A Comissão de Agricultura e Reforma Agrária aprovou nesta quarta (29) o projeto do senador Jaime Bagattoli (PL-RO) que autoriza a utilização de recursos dos fundos constitucionais do Norte, Nordeste e Centro-Oeste no programa Terra Brasil, que financia a compra de imóveis rurais por agricultores familiares (PL 3100/2023). O projeto vai agora à Comissão de Assuntos Econômicos, e, se aprovado, segue para a Câmara dos Deputados.
A repórter Raíssa Abreu chega com mais informações direto do Senado Federal.
A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) pode votar nos próximos dias o projeto que amplia o Seguro Rural para além da agricultura, incluindo atividades como pecuária, aquicultura, pesca e silvicultura (PL 2951/2024). O relator, senador Jayme Campos (União-MT), defende que o projeto harmoniza normas e impede o contingenciamento unilateral de recursos por parte do Governo Federal. Bruno Lourenço está de volta e traz mais detalhes direto do Senado Federal.
O Governo Federal não deve editar decretos ou restringir normas definidas em lei sobre a compra de armas. É o que diz projeto de lei (PL 2424/2022) aprovado na Comissão de Segurança Pública. O relator, Luís Carlos Heinze (PP-RS), explicou que a ideia é dar segurança jurídica a setores ligados ao uso de armas de fogo, em especial os clubes de tiro, empresas de segurança e moradores de áreas rurais.
O repórter Bruno Lourenço é quem traz mais informações direto da Rádio Senado.
O setor brasileiro de carnes registrou desempenho histórico em outubro, com recordes de exportação em todas as proteínas. A carne bovina alcançou 320,6 mil toneladas embarcadas — o maior volume mensal já registrado — e movimentou US$ 1,77 bilhão.
O frango também bateu recorde, com 474 mil toneladas exportadas, enquanto a carne suína somou 125,7 mil toneladas, o melhor resultado para o mês. No acumulado do ano, as três carnes geraram juntas US$ 2,89 bilhões em divisas, ou seja, R$ 15,5 bilhões. Vlamir Brandalizze detalha os números e faz um balanço do desempenho das carnes brasileiras.
O mercado do feijão iniciou novembro em ritmo de calmaria, mesmo com a semana de pagamento de salários, quando se esperava maior movimentação no varejo. O setor permanece cauteloso, com empacotadores evitando formar estoques devido ao alto custo do crédito — entre 22% e 25% ao ano — e aguardando reação do consumo. Os preços do feijão carioca tipo nobre variam entre R$220 e R$260 por saca, enquanto o feijão preto é negociado entre R$130 e R$140. Nas lavouras, produtores relatam clima irregular, queda de área plantada e baixa produtividade, fatores que podem pressionar os preços para cima nas próximas semanas.
O mercado do arroz segue em ritmo lento e sem grandes mudanças, à espera dos contratos de opção da Conab, que garantem preço mínimo em torno de R$ 63 por saca. Apesar do interesse dos produtores gaúchos em vender, há reclamações sobre a demora no repasse dos recursos. No campo, o plantio no Rio Grande do Sul já alcança entre 70% e 80% da área prevista, enquanto os preços variam entre R$ 54 e R$ 58 na fronteira oeste. Vlamir Brandalizze destaca que, no varejo, o arroz é vendido de R$ 10,90 a R$ 28 o pacote, sem aumento significativo da demanda.
O mercado internacional do trigo registrou forte queda na primeira semana de novembro, com desvalorização de quase 20 pontos em Chicago. Isso porque a Rússia — maior importadora global — adquiriu apenas dois navios de 60 mil toneladas, volume considerado insignificante diante da demanda esperada. O excesso de oferta do Leste Europeu acentuou a pressão sobre os preços. No Brasil, a colheita avança rapidamente no Paraná, já com mais de 90% da área colhida, enquanto os preços internos variam entre R$ 1.050 e R$ 1.200 por tonelada no Sul do país. Quem avalia esse cenário é Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting.
O mercado internacional de milho registrou queda de 1,5% em Chicago ao final da primeira semana de novembro, acompanhando o movimento de baixa das commodities agrícolas. Apesar da desvalorização, o cereal mantém viés de alta, com contratos de dezembro próximos de US$ 4,30 por bushel.
No Brasil o plantio chega a 90%, com exportações de outubro somando 6,5 milhões de toneladas. Vlamir Brandalizze chama a atenção para a safrinha 2026. Vários produtores já estão de olho nos insumos, que devem ser um desafio mais uma vez.
O mercado internacional de commodities agrícolas enfrentou forte pressão negativa na primeira semana de novembro, após a China reduzir parte das tarifas de importação sobre produtos americanos. No entanto, não houve retomada das compras de soja dos Estados Unidos. A frustração com a ausência chinesa e o cenário político norte-americano derrubaram as cotações em Chicago, com a soja tentando se manter acima de US$ 11 por bushel nas posições de janeiro. Enquanto isso, no Brasil, Vlamir Brandalizze comenta sobre o avanço, com atraso, no plantio da oleaginosa.
Com obras iniciadas em 2022 e estrutura pronta, a escola agrícola de Paracatu vai receber as primeiras turmas em sua sede própria a partir do ano 2026. Agora, os alunos vão poder cursar o ensino médio e ter uma formação técnica voltada ao agro de forma paralela. Quem conversa conosco e traz mais detalhes é Cleber Henrique Oliveira, professor do curso técnico em agropecuária.
O mercado de café encerrou a primeira semana de novembro sob forte volatilidade, influenciado pelo avanço das chuvas nas regiões produtoras do Brasil e pelo aumento das exportações e da produção no Vietnã, que deve alcançar 29,4 milhões de sacas — a maior em quatro anos. A expectativa de retomada das precipitações no Sul de Minas e no Cerrado Mineiro reduziu os temores de seca e pressionou as cotações em Nova York. O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto, também destaca que o setor cafeeiro do Brasil tenta negociar com os Estados Unidos uma trégua de 90 dias nas tarifas de importação do grão, que hoje chegam a 40%.
Os contratos futuros de café registraram fortes oscilações nesta semana nas bolsas de Nova York e Londres, com quedas superiores a 4% após intensa rolagem de posições e vencimento de opções. O contrato março, o mais negociado, caiu para 379 centavos de dólar por libra-peso, rompendo o canal de alta técnico e testando suportes entre 360 e 358 centavos. O agente autônomo de investimentos, João Santaella Neto, explica que a volatilidade foi agravada por ajustes climáticos, expectativas sobre tarifas dos EUA e dados altistas de produção no Vietnã.
O produtor rural, presidente da Coopervap, Valdir Rodrigues, proseou com Francys de Oliveira, sobre a crise vivida pelo setor produtivo leiteiro do Brasil, que segundo Valdir, é a pior dos últimos 30 anos. A diminuição drástica na importação de leite, já que está no mínimo, o dobro do que seria necessário, é uma das ações que deveriam ser realizadas.Confira a prosa, e deixe sua opinião
O mercado pecuário brasileiro segue aquecido neste início de novembro, impulsionado pela retomada das chuvas e pela forte demanda por bezerros Nelore. As vacas magras também registram boa liquidez, refletindo o interesse de confinadores diante da escassez de garrotes na região. Com leilões movimentando mais de 90% das ofertas e escalas curtas nos frigoríficos, o setor mantém ritmo firme. O leiloeiro Moacir Naves, no entanto, projeta que o preço do boi gordo deve se estabilizar até o fim do ano.
O mercado do boi mantém forte ritmo de alta, impulsionado pela combinação de demanda interna aquecida e exportações recordes. No mercado paulista, a arroba já ultrapassa R$320 e mira os R$330, enquanto o Brasil soma mais de 2,45 milhões de toneladas de carne bovina embarcadas no ano. Vlamir Brandalizze também chama a atenção para os setores de frango e suíno, que registraram volumes históricos de exportação em outubro, consolidando 2025 como um ano de desempenho excepcional para as proteínas animais brasileiras.
Mesmo com safra menor e exportações em alta, o mercado do feijão ainda não decolou neste início de novembro. Os preços do feijão carioca variam entre R$190 e R$260 a saca de 60kg, enquanto o feijão preto mantém leve pressão de alta, mas com poucos negócios efetivos. Problemas climáticos no Paraná reduziram a produtividade e afetaram a qualidade das lavouras, agravando o cenário de oferta limitada. Vlamir Brandalizze projeta maior movimentação do varejo nas próximas semanas para impulsionar as cotações.
O mercado do arroz segue travado no Brasil, com preços estáveis entre R$54 e R$58 a saca de 50 kg no Rio Grande do Sul e baixa movimentação entre produtores e indústrias. A expectativa pela liberação dos programas de apoio da Conab, como AGF, PEP e Pepro, mantém o setor em compasso de espera, enquanto o varejo resiste a novos repasses e o ritmo de vendas continua lento. No campo, Vlamir Brandalizze chama a atenção para o plantio da safra gaúcha, que avança para a reta final sob risco de chuvas nos próximos dias.
Em plena colheita, o mercado do trigo no Brasil enfrenta baixa liquidez e queda nas cotações, mesmo com viés positivo nas bolsas internacionais. No Rio Grande do Sul, produtores aceleram os trabalhos para escapar das chuvas previstas, enquanto o preço da tonelada recua para entre R$1.070 e R$1.090, os menores níveis do ano.
Vlamir Brandalizze ressalta que esse cenário é reflexo da cautela dos moinhos e o fraco ritmo de compras no mercado interno.
O mercado do milho mantém viés de alta, impulsionado pelo forte ritmo da colheita nos Estados Unidos e pela crescente demanda interna no Brasil. O país, inclusive, deve atingir recordes históricos nos setores de ração e etanol até 2026. Com 6,6 milhões de toneladas ainda nas mãos dos produtores, o mercado nacional aguarda apoio das cotações em Chicago para sustentar novas altas nos portos.
Quem avalia esse cenário é Vlamir Brandalizze.
O mercado internacional da soja segue travado diante da cautela da China nas compras dos Estados Unidos e da valorização do dólar. Isso tem pressionado as commodities agrícolas e limita altas na Bolsa de Chicago. No Brasil, o plantio avança lentamente — atingindo 55% da área, abaixo da média histórica — após semanas de estiagem. Apesar do atraso, o país deve registrar novo recorde de exportações de soja e derivados em 2025. Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, comenta sobre os impactos do atraso da soja para o calendário agrícola de 2026.