“A cultura de massa produz obesos anêmicos”
A nossa “faixa bônus”, fechando a primeira temporada do programa, foi com o professor da UNISUL, Alexandre Linck. Doutor em Literatura, Alexandre se descreve como um pesquisador de quadrinhos. O seu canal no Youtube conta com mais de uma centena de milhar de espectadores semanais. Ali, ele trata de quadrinhos como uma área específica da arte, apresentando, de maneira materialista, as condições de produção desta expressão que chega no sec. XXI como referência para produção de mais uma volta no parafuso da ideologia.
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A TVRSul é um veículo popular de luta na área de comunicação. Apoie através do PIX 14.058.141/0001-70 (Gilberto Fernandes Madeira). Caso possa, mande R$1,00 com o texto “Azul Encarnado”.
O Azul Encarnado é um dos braços do Comitê Popular de Lutas de Tubarão. Quer participar? Mande uma mensagem para nós no Instagram em @azul.encardo. Apenas a mobilização popular poderá melhorar nossa vida comum.
“O golpe de 2016 foi a demonstração cabal de que o campo institucional, é um campo que sozinho não resolve a nossa vida”
Viver sob o regime de destruição nacional do novo regime militar-fisiológico, fez ainda mais contundente a afirmação de que sem organização política da classe trabalhadora não é possível sustentar transformações que caminhem para uma justiça social.
Gilberto Carvalho, ex-ministro e atual Secretário de Economia Solidária do Ministério do Trabalho e Emprego, é, dentro do círculo mais próximo a Lula, aquele que mais se preocupa com a ligação entre o povo e o governo. Um dos principais idealizadores do movimento de retorno à base, através dos Comitês Populares de Luta, Gilberto conversou comigo sobre as perspectivas de organização da base e como o governo pretende participar desta organização promovendo cidadania.
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“Todos nós sabemos que o papel do Lula é central para enfrentar o fascismo”
Professora aposentada da Universidade Federal Fluminense, Virgínia Fontes é um dos principais nomes do marxismo brasileiro. Traçando análises desde o campo da educação até a economia política, Virgínia nos ajudará a entender, desde uma perspectiva marxista, como podemos nos posicionar de uma maneira responsável frente ao novo governo Lula.
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Confira a entrevista também pelo Youtube:
https://youtu.be/LpbQkaSZGhI
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“Essa ligação [do Contestado] em relação a atual luta pela terra, que é: como as pessoas comuns, que foram excluídas do processo de democratização, de direito à terra, como elas fazem valer os seus direitos”
Cristina é pesquisadora do Grupo de Investigação sobre o movimento do Contestado, tendo defendido sua tese de doutoramento com o tema: Conflitos no ex-contestado: coronelismo e bandoleirismo numa região de fronteira. Nessa conversa, tratamos dos conflitos fundiários que sucederam a guerra entre os sertanejos e os coronéis, fazendo, assim, uma ponte entre a guerra sertaneja e a luta do povo pela terra.
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Confira a entrevista também pelo Youtube:
https://youtu.be/-ZkbOYT48YU
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“Não existe produção privada de ópera”
Não, Breno não se referia ao Opera Mundi, site do qual é fundador. Breno Altman, um dos mais importantes jornalistas brasileiros, entende que só é possível preservar a função social do jornalismo se este passar a ser tratado como é tratada a música clássica.
Contando com intervenções de Matheus Madeira, presidente do PT de Tubarão, Gilberto Madeira, coordenador da TVRSul (não, não são parentes), Claudia Weinman, fundadora do A Fronte Jornalismo e Janaína Santos, coordenadora do setor de comunicação do MST de Santa Catarina, a conversa com Breno foi sobre os impasses na relação entre o Estado e a Mídia.
Além de tratar da crise do jornalismo enquanto função social, Breno nos falou sobre a crise do jornalismo enquanto negócio, questão democrática e como arma da luta de classes. É no imbricamento destas dimensões que Breno nos aponta a solução para o impasse da comunicação popular enquanto ferramenta de transformação social.
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https://youtu.be/QDt4TFsWWrk
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“[…] há interesse em criminalizar esses sertanejos com crimes comuns e não como crime político, crime de guerra ou algo do tipo. [naquele momento] Não há um olhar do judiciário de que há uma guerra civil no sul do Brasil.”
O pesquisador João Felipe Morais (UFSC) se dedica a estudar o comportamento do poder judiciário catarinense ao longo do conflito do Contestado. O que há de mais lapidar em sua pesquisa é a constatação de que, na nascente república, a separação dos poderes nunca se realizou.
Os princípios da legalidade, impessoalidade e moralidade foram corrompidos pela burguesia local. O construção da progressiva parcialidade do juiz Guilherme Abry mostra que a “república catarinense”, desde seu início, nunca esteve à altura de tal nome e dos valores que professa.
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https://youtu.be/qztZFMry-s8
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“A arte diretamente engajada, que pretenda transformar, seja ela épica ou delicada, […] ela é muito difícil de ser feita. A arte tem que ser uma verdade pra aquele artista”
Compreender que a potência transformativa da arte depende, sobre tudo, da capacidade de quem a faz de expressar uma verdade para si mesmo, poderia ser um lugar-comum se não viesse de um artista que pode demonstrar isso com sua obra.
Vitor Ramil faz parte da geração de Lenine, Chico Cesar, Zeca Baleiro, dentre outros. Longe de apostar no caminho do “centro” da indústria cultural brasileira, Vitor tomou sua história a seu modo e com isso foi capaz de recentrar e religar uma parte importante da cultura do sul brasileiro ao movimento do tempo.
Ele diz que não faz milongas, mas ramilongas. Para muitos de nós que nos atentamos a tal ritmo só depois de ter ouvido Ramilonga - a Estética do frio (1997), por mais que tenhamos escutado as milongas de então, a música de Vitor Ramil passa a ser uma marca indelével, principalmente sobre o passado.
Neste programa, contamos com a participação do coordenador de cultura do MST, Leonel Nascimento e com o trovador catarinense, Pedro Pinheiro, que fizeram questionamentos sobre a luta pela cultura popular e as dificuldades de fazer uma arte distante das demandas restritivas do mercado.
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Confira a entrevista também pelo Youtube:
https://youtu.be/fTpH3qusX6I
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"O Brasil precisa ter um sistema de inovação tecnológica [...] Sem esse sistema não vamos caminhar para uma agroecologia de fato"
Ele fez a escolha de se tornar um intelectual público do campo popular brasileiro. É preciso não confundir este papel com o de professor, pesquisador e dirigente político. Elias Jabbour é um dos mais notórios provocadores do debate do campo marxista atual. Profundo conhecedor do processo de transformação chinês, Elias força os comunistas brasileiros em direção a uma visão radicalmente dialética dos processos transformativos socialistas, apontado as contradições singulares das suas experiências.
A conversa que tivemos contou com a intervenção da coordenadora do MST de Santa Catarina, Juliana Adriano, que levantou o problema da transição para uma agroecologia de larga escala, além de uma pergunta feita pelo Comissário do Espírito Coletivo do Comitê Popular de Lutas de Tubarão e Região (cargo máximo da entidade), Otávio Tonon, sobre a posição do Brasil em relação à guerra na Ucrânia.
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“A Cidade Santa implicava na criação de uma irmandade onde as atividades mercantis eram proibidas de serem realizadas entre irmãos”
A guerra do Contestado ainda tem muito a dizer sobre o estado de Santa Catarina e sobre o Brasil. As ideias daquele tempo como Monarquia Celeste, parecem extemporâneas e até mesmo alucinatórias. Contudo, aquelas ideias representavam não apenas aspectos transcendentais e fantásticos. Eram também tentativas de se opor ao progresso da república da espada que chegava nos rincões ceifando a mata e o povo.
O professor Universidade Federal de Santa Catarina, Paulo Pinheiro Machado, um dos pesquisadores mais dedicados ao tema hoje, nos fala sobre o que esta guerra significou naquele momento e como o esforço de compreender da maneira o mais extensa possível aquelas contradições, nos permite perceber a perenidade dos problemas que o capitalismo não se mostra capaz de resolver ainda…
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Confira a entrevista também no Youtube:
https://youtu.be/3vZb9wEneU0
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Será o marxismo apenas mais um modo parcial de ver o mundo?
Natural de São Paulo capital, Mauro Iasi é um dos mais importantes intelectuais marxistas brasileiros hoje. Formou-se em História na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, em 1983, obtendo mestrado em 1999 e doutorado em 2004, ambos pela Universidade de São Paulo (USP).
Como membro do Comitê Central do Partido Comunista Brasileiro, o PCB, em 2006 foi candidato a vice-governador de São Paulo na chapa com Plínio de Arruda Sampaio do PSOL. Em 2014 foi candidato a presidente da república em chapa pura do PCB com Sofia Manzano como vice.
Atualmente é professor aposentado da Escola de Serviço Social da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).
Mauro tem dedicado boa parte da sua vida ao estudo da consciência de classe e da ideologia. Articulando Marx, Freud, Lacan, Lukács, Mészáros e tantos outros, Mauro Iasi nos ajuda a compreender sobre qual a parcialidade do marxismo que o faz, paradoxalmente, um método de conhecer o todo.
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“Justiça de transição?! Não. Justiça de transação”
Egípcio. Sim, Maurice Politi tem nome francês, nasceu em Alexandria, no Egito, e é decididamente brasileiro. Ele veio para o Brasil quando tinha 8 anos e por aqui ficou até ser preso, torturado e expulso do país pela ditadura militar, aos 21. As marcas que imprime na sua e na nossa história são, mais que tudo, marcas da verdade brasileira.
Sua militância política tem seu capítulo decisivo em um cursinho pré-vestibular, na USP. A Aliança Libertadora Nacional (ALN), da qual fez parte, visava ter o cursinho como uma ferramenta de formação e arregimentação política contra o governo ditatorial das forças armadas. É por sua atuação naquele espaço que Maurice é preso.
Após a anistia, já aposentado, passou a ser um dos protagonistas no esforço de inscrever as experiências do arbítrio e da monstruosidade como história coletiva nacional. Nesse sentido, trabalhou no governo federal na gestão Lula na área de direitos humanos e lá contribuiu, dentre outros esforços, para instauração da Comissão Nacional da Verdade. Também teve participação decisiva para que as antigas sedes do DEOPS e do DOI-Codi, em São Paulo, passassem a ser afrontas às tentativas de apagamento da violência discricionária perpetrada pelo Estado Militar.
Hoje, é diretor do Núcleo de Preservação da Memória Política, organização que se dedica a fazer circular os nomes, os atos e as consequências que não podem voltar a se repetir. A democracia não se negocia.
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O professor da Universidade de São Paulo, Alysson Leandro Mascaro, conversou conosco sobre as perspectivas da luta contra o fascismo hoje e a história da da teoria crítica sobre o fenômeno.
Entrevista com a professora da UNICAMP, Selma Venco, sobre o desmonte histórico da Educação Básica, com foco no projeto de Educadores Sociais.
Entrevista com o professor da Universidade da Integração Latino Americana e ex-assessor do Ministério de Indústria Básica e Mineração da Venezuela, Lucia Wexell Severo, sobre a construção da crise no país.
Entrevistamos o professor André Roncaglia sobre os ardis do liberalismo para instituir a penúria ao povo.
Entrevista realizada com Christian Dunker em dezembro de 2022.
O Azul Encarnado é uma inciativa entre o psicanalista Leojorge Panegalli, a TVRSul e o Comitê Popular de Lutas de Tubarão.