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Diário de Bordo
Joaquim Paulo
77 episodes
6 days ago
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Diário de Bordo
Um até já

Nazaré, 26 de maio de 2023

Caro ouvinte, quero agradecer-lhe a paciência com que me escutou ou leu nestes últimos quatro meses. Fazer um podcast diário sobre a realidade de uma terra ou um concelho não é uma tarefa fácil, mas como não sou de desistir facilmente, por cá andei desde janeiro a tentar passar aquilo que é o meu olhar sobre a realidade da Nazaré aos ouvintes da Rádio Nazaré e a quem me segue nas plataformas de podcast. Foram quase 100 episódios, em que procurei retratar a realidade da minha terra e do meu concelho, evocando algumas pessoas e entidades e tentando ajustar os conteúdos à atualidade informativa, sempre que isso era possível. Devo, todavia, fazer uma interrupção nesta colaboração com a minha Rádio de sempre, prometendo que voltarei com novas abordagens e novos registos sobre a atualidade e a história da nossa terra. Obrigado e até já.

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2 years ago
1 minute 27 seconds

Diário de Bordo
A malta gosta é de novelas

Nazaré, 25 de maio de 2023

Começou ontem o Europeu de andebol de praia no Estádio do Viveiro, mais uma grande competição internacional que decorre na nossa terra e que ajuda, sem margem para dúvidas, a ativar o território do ponto de vista económico. A aposta que o município fez neste tipo de eventos é uma das imagens de marca da gestão de Walter Chicharro à frente dos destinos do concelho. Há uma década em funções, o mérito de ter alavancado a marca Nazaré enquanto destino turístico ninguém lhe pode retirar. Podemos discordar das prioridades, discorrer sobre quais os caminhos que o concelho deve percorrer no sentido de se tornar um território menos dependente do turismo, hoje é mais claro que a procura turística tem muitas implicações no custo de vida da nossa terra, mas a verdade é que basta falar com um qualquer paleco e todos estão rendidos à estratégia que, através da onda gigante e dos desportos de praia, recolocou a Nazaré no centro das atenções. Tenho, no entanto, para mim que foi a novela “Nazaré”, em prime time na SIC, que nos deu maior notoriedade a nível nacional. Por vezes, nós próprios, nazarenos, já não nos deixamos surpreender com o potencial da nossa própria realidade, pois nascemos com a beleza desta terra como uma certeza adquirida. Também por isso, por vezes, é preciso que os de fora nos abram os olhos para essa realidade.

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2 years ago
2 minutes 11 seconds

Diário de Bordo
O velho "Tribunal"

Nazaré, 20 de maio de 2023

Remontam à década de 1960 as primeiras notícias sobre a vontade de a Câmara da Nazaré construir um complexo desportivo fora do centro da vila, decisão que obrigaria o GD “Os Nazarenos” a abandonar o mítico, e único, Campo da Comissão Municipal de Turismo. O velho "Tribunal". Demorou quase 30 anos, mas esse desígnio foi atingido e, pode dizer-se, foi essa decisão estratégica que deu início ao declínio desportivo do clube, que viveu os anos de glória das subidas à 2ª Divisão, à eliminatória com o Sporting na Taça de Portugal, à presença na liguilla e inúmeras participações nos campeonatos nacionais jovens naquele pelado tão especial. A atmosfera naquele campo era, de facto, especial e os adversários entravam em campo já a perder. Para mim, aquele campo era o estádio mais bonito do mundo, mesmo com bancadas de madeira a apodrecer, um peão sem condições para os adeptos e balneários pequenos e com poucas condições. Recordo-me de me tornar sócio aos 15 anos para poder ver os jogos na bancada central, pois com essa idade já não podia entrar pela mão do meu avô, e tenho vagas lembranças do jogo com o Ac. Viseu, sobretudo do golo do brasileiro Inaldo que destruiu o nosso sonho e da confusão após o apito final, tendo fugido da carga policial pela mão do meu pai. Mas sobretudo do que tenho saudades é daqueles domingos, em que ia com os meus amigos do Urbisol à missa na igreja de Santo António às 9 da manhã e, após a celebração religiosa, íamos em festa até ao campo ver os juniores ou os juvenis nos campeonatos nacionais. Que grandes jogos ali pudemos assistir, que grandes manifestações de fervor alvinegros ali vivemos. Como esquecer a vitória dos juniores sobre o Benfica ou quando o nosso Emílio Peixe jogou cá pelo Sporting e permitiu ao meu amigo Manel Esteves defender um penálti… A mística de um clube pode construir-se de muitas formas, mas também se pode perder. Talvez com demasiada facilidade.

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2 years ago
2 minutes 58 seconds

Diário de Bordo
Promover a Praia do Salgado

Famalicão, 23 de maio de 2023

Ao longo dos últimos anos, a freguesia de Famalicão tornou-se o porto de abrigo de muitos estrangeiros que decidiram ali viver, procurando a qualidade de vida e a tranquilidade que localidades pequenas, mesmo que próximas de grandes centros turísticos como a Nazaré, podem oferecer. O custo da habitação em locais como a Serra da Pescaria, mas não só, subiu de forma exponencial com a chegada destes imigrantes endinheirados, bem educados e que procuram integrar-se nas comunidades onde vivem. Mas nem sempre foi assim. Durante anos, a Praia do Salgado, que possui o galardão da Bandeira Azul e a bandeira Praia de Ouro, esta atribuída pela Quercus, parecia destinada a ser como a Praia do Norte: um destino restrito para quem não queria chocar de frente na praia da Nazaré ou de São Martinho com milhares de banhistas no areal, mas com um mar mexido e perigoso e um histórico de mortes que também afastaram muitos interessados. O Salgado é, também por isso, ainda uma pérola por explorar. Talvez merecesse mais sinalização e promoção. Talvez merecesse mais infraestruturas de apoio e transportes públicos que servissem aqueles que ali se querem deslocar. Mas, na verdade, talvez outras praias ainda relativamente desconhecidas do nosso concelho também o justificassem. Quando se perceber que a Nazaré não é só a Praia da vila e a Praia do Norte, talvez se consigam alavancar areais como o Salgado ou a Praia Nova como destinos turísticos de excelência e sem a massificação de outras praias.

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2 years ago
2 minutes 2 seconds

Diário de Bordo
O orgulho alvinegro

Sítio, 22 de maio de 2023

Os elementos que compuseram a equipa de juvenis do Grupo Desportivo “Os Nazarenos” que se sagraram campeões distritais na temporada 1965/66 reuniram-se, no passado sábado, num restaurante do Sítio. A iniciativa proporcionou o reencontro, 57 anos depois, de um grupo de homens que deu ao clube um dos primeiros títulos na formação, num tempo em que, é justo dizê-lo, a prática do futebol ainda não estava tão disseminada no distrito como hoje em dia. É isso que explica que alguns jovens alcobacenses tivessem integrado esta equipa, pelo simples facto de que não havia futebol de formação no Ginásio de Alcobaça… Vítor Martins foi um desses casos. Iniciou-se nos Nazarenos, conquistou o título distrital de juvenis e logo rumou ao Benfica, onde viria a terminar a formação e, depois, a desfrutar de 11 temporadas consecutivas na equipa principal das águias e atingindo o estatuto de internacional A. Conquistou sete campeonatos e três Taças de Portugal e foi apenas um dos vários jovens formados no antigo Campo da Comissão Municipal do Turismo a rumar aos grandes do futebol nacional ao longo das últimas décadas. Não vi o Vítor Martins a jogar, nem o João Cardoso, nem o Delfim, nem o Ruben, mas a descrição que o meu pai me faz destes craques, de cada vez que o assunto nos almoços semanais passa pelo GDN, faz-me sonhar com aqueles grandes momentos em que o nosso clube era o grande embaixador da nossa terra e em que até os palecos queriam jogar. Agora até os nossos jovens, ou os pais deles, trocam “Os Nazarenos” por clubes de outras terras vizinhas, mesmo quando competem no mesmo escalão. É caso para dizer: mudam-se os tempos, mudam-se as vontades.

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2 years ago
2 minutes 26 seconds

Diário de Bordo
A ida à Senhora da Vitória

Sítio, 19 de maio de 2023

A tradição do Círio da Senhora da Vitória perde-se no tempo. No caso dos nazarenos, nascemos e fazemos a viagem até àquela praia em maio sem que nos expliquem propriamente porquê. Mas gostamos. Apreciamos aquele momento em família e respeitamos. No meu caso, recordo-me de ficar a dormir na praia, numa tenda, e de ficarmos todos em família durante aqueles dias. E até aprendi com o meu avô Augusto como refrigerar as bebidas, enterrando as garrafas na areia junto ao rio… Ontem foi quinta-feira da Ascensão e, por isso, foi possível observar a romaria de muitos nazarenos, alguns deles a cavalo, desde a Nazaré até às Paredes, na freguesia de Pataias. Dizem que é assim desde o século XVI. O cortejo dirige-se para Paredes e ao chegar à Ermida de Nossa Senhora da Vitória, dão-se três voltas em torno da mesma. Desde há muitos anos que parte deste ritual perdeu alguma relevância. Já não se podem vislumbrar as famílias nazarenas reunidas na praia, pois as regras do jogo mudaram substancialmente e, agora, o ponto de encontro é o parque de campismo. Perdeu-se muito do encanto da ida à senhora da Vitória, isso é certo, mas regras são regras e há que cumprir as diretrizes. A tradição, e a pena de Alves Redol confirma-o de forma inequívoca, é algo que a nossa comunidade leva muito a sério e se a história nos diz que foi das Paredes que chegaram os pescadores que se fixaram na nossa Nazaré então há que defender essa ideia de união umbilical entre duas localidades vizinhas. E próximas desde sempre. 

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2 years ago
2 minutes 30 seconds

Diário de Bordo
Quem foi Amadeu Gaudêncio

Nazaré, 18 de maio de 2023

Amadeu Gaudêncio é um nome que entrou no léxico de muitas gerações de nazarenos, mas poucos saberão, efetivamente, quem foi um dos grandes nazarenos do século XX e que, entre outras ações beneméritas, doou a casa de férias do jornalista Joaquim Manso no Sítio para a instalação de um museu e os terrenos para a construção do antigo ciclo, hoje transformado na escola-sede do Agrupamento de Escolas da Nazaré. Nasceu na Pederneira, em 1889, foi pedreiro e estudou à noite para obter o estatuto de construtor de obras públicas e foi nessa área que se destacou como um dos grandes empreiteiros a nível nacional, ao que não terá sido alheio o facto de ter pertencido à maçonaria. Chegou a ter mais de 1.500 funcionários a seu cargo. Entre outras grandes obras públicas, foi responsável pela construção do Hospital de Santa Maria, em Lisboa, do Hospital de São João, no Porto, da Gare do Aeroporto de Lisboa ou do edifício da administração da Casa da Moeda, o que diz bem do gabarito que recolheu enquanto proprietário da Sociedade de Construções Amadeu Gaudêncio ainda no tempo do Estado Novo. Após o 25 de Abril, viu a empresa tornar-se em sociedade anónima e em 1977 este ilustre nazareno acabaria por deixar a administração. A empresa aguentou apenas 15 anos após a morte do fundador, sendo declarada falência em 1995. Mas a obra de Amadeu Gaudêncio continua a honrar o nosso concelho e o país.

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2 years ago
2 minutes 8 seconds

Diário de Bordo
Parabéns ao Planalto

Sítio, 17 de maio de 2023

Uma das instituições desportivas mais marcantes do nosso concelho celebra hoje o cinquentenário. A Associação Recreativa Planalto comemora foi fundada a 17 de maio de 1973, ainda antes da chegada da democracia, mas como um sinal de afirmação do Sítio e dos siteiros, que sempre ambicionavam ter uma coletividade própria que permitisse aos jovens a prática desportiva. O Planalto é um grande clube, tão grande que cedo se pôde orgulhar, através do empenho de muitos sócios e beneméritos, de ter um pavilhão próprio e instalações que, à época em que foram construídas, eram de referência, com muitos balneários e espaços multifacetados. Ficou por fazer a bancada, mas a disposição do pavilhão, com galerias que a transformam quase numa pequena arena, tem particularidades que acabam por permitir interação entre o público. Recordo-me de grandes torneios de futebol de salão naquele espaço. No verão ia ao Planalto pela mão do meu pai ver os jogos à noite e apreciava a qualidade e a raça do jogador nazareno, tal como sucedia na Praia, quando passávamos noites a ver os torneios no Stella Maris. Mas aquele também é um espaço de andebol, modalidade que sempre teve grande expressão no Sítio e na nossa terra. E como esquecer o dia em que, com a camisola do Dom Fuas, fomos lá ganhar e até fiz um golo… A Associação Recreativa Planalto está de parabéns pelos 50 anos ao serviço da comunidade, do Sítio e do concelho. Hoje há jantar-convívio e, como quem lidera a coletividade é alguém que pensa fora da caixa, o clube oferece a refeição aos sócios com quotas em dia… E no domingo, há festa no Terreiro, com o festival “Raízes do nosso povo”. Parabéns, Planalto!

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2 years ago
2 minutes 20 seconds

Diário de Bordo
O jogo da malha

Nazaré, 16 de maio de 2023

O meu avô Augusto teve uma taberna durante alguns anos na Rua Branco Martins e foi ali que passei tantas tardes a ver os homens (sim, os homens, porque naquele tempo as mulheres tinham tarefas imprescindíveis para assegurar) a jogar à malha. Era ainda muito pequeno e, por isso, ficava impressionado com a destreza e a técnica do meu avô e dos amigos e clientes, que se divertiam a atirar a malha e a tentar acertar no objeto. Após horas e horas de jogo, e muitos copos de vinho depois, a atenção deles divergia e, por fim, lá tinha a oportunidade de agarrar naquele objeto mágico e tentar também a minha sorte, até que eles se lembrassem de desfazer o jogo, obrigando-me a procurar outra ocupação. A nossa terra tem tradições que se perderam e que nos dizem muito, porque são reminiscências da nossa identidade pessoal e coletiva e que mereciam ser, pelo menos nalguns casos, recuperadas e evocadas. A capacidade que as crianças tinham de inventar jogos, de criar brincadeiras e gerar empatia praticamente sem recursos é algo que faz muita diferença. Hoje em dia, as crianças e, sobretudo, os jovens não conseguem viver sem um telemóvel. Mas sabem eles que ainda na década de 1970, e não foi assim há tanto tempo, só havia um canal de televisão e as emissões começavam a meio da tarde. Podemos ser felizes com pouco. Basta recorrer à imaginação e à criatividade e o nosso mundo tão pequeno, afinal, pode ser gigante.

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2 years ago
2 minutes 5 seconds

Diário de Bordo
Dom Fuas à beira da história

Nazaré, 15 de maio de 2023

O Dom Fuas apurou-se para a fase de subidas à 1ª Divisão nacional de andebol e mantém vivo o sonho de guiar a Nazaré ao escalão principal de uma modalidade na qual tem muita tradição ao nível da formação, mas em que os projetos coletivos nunca tiveram a relevância que agora estão a ter. É evidente que o forte empenhamento da autarquia acelerou o processo, com a contratação de jogadores e treinadores de craveira, mas, ao contrário do que alguns possam pensar, os orçamentos não ganham campeonatos. É preciso provar o favoritismo no terreno de jogo e no desporto nem sempre dois mais dois são quatro. O objetivo da promoção à principal divisão do andebol nacional tem vindo a ser trabalhado e mereceu apoio do poder político, tal como sucede com outros projetos e modalidades que têm ganho visibilidade. Pode discutir-se se os apoios estão a ser bem distribuídos, mas é preciso também acabar, de uma vez, com a ideia que tudo deve ser apoiado por igual, pois a credibilidade de quem lidera os projetos faz muita diferença. Seja como for, aqui chegados, é momento de apoiar o Dom Fuas a subir e a tornar-se o primeiro emblema do concelho a atingir o escalão principal de uma modalidade coletiva de pavilhão.

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2 years ago
1 minute 45 seconds

Diário de Bordo
Tratar da saúde do nosso Centro de Saúde

Nazaré, 12 de maio de 2023

A falta de médicos não é um problema exclusivo da Nazaré, nem sequer cabe ao município resolvê-lo, mas qualquer cidadão ficará, no mínimo, perplexo pela forma como o Estado olha para as questões da saúde e é incapaz de garantir a contratação de equipas clínicas para equipamentos que custam milhões de euros a construir e a manter. E depois de tantos anos a assistir a tantas moções votadas por unanimidade a exigir um novo Centro de Saúde causa alguma estranheza o silêncio de algumas forças políticas sobre a falta de médicos a que se assiste na nossa terra. O nosso Centro de Saúde, inaugurado com a pompa e circunstância que a pandemia permitia, com primeiro-ministro e ministra da Saúde a visitarem o burgo de forma confiante e sorridente, é um exemplo paradigmático. Depois de tantas décadas à espera de um novo Centro de Saúde, a obra, enfim, chegou. Mas, depois, falta aquilo que é essencial para que possa, efetivamente, prestar serviços de saúde de qualidade a uma população, sobretudo a mais envelhecida, que não tem condições para recorrer aos privados e que precisa de alternativas credíveis. O estado de saúde dos nossos cuidados de saúde primários inspira muitos cuidados, mas era hora de alguém neste país ser capaz de gerar as soluções que permitam pagar melhor aos médicos e enfermeiros e, dessa forma, acabar com a sangria de profissionais do Serviço Nacional de Saúde. Se nada for feito, qualquer dia teremos grandes e novos hospitais e centros de saúde e não teremos quem trate dos nossos.

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2 years ago
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Diário de Bordo
O Centro do Valado

Valado dos Frades, 11 de maio de 2023

Há instituições que têm um papel absolutamente crucial na vida das nossas comunidades e o Centro Social de Valado dos Frades é um desses casos. A entidade fundada há oito décadas e que integra a Fundação Luiza Andaluz marcou muitas gerações de valadenses e de habitantes de outras freguesias da região, em diversas valências, desde o jardim de infância até à terceira idade. O Centro, como é carinhosamente apelidado pela comunidade, é uma casa que é de todos e em que todos são importantes. Em que o propósito é servir as pessoas e valorizá-las na justa medida em que, todos os dias, podemos aprender a ser melhores pessoas. Não por acaso, muitos nazarenos optaram, desde há muitos anos, por depositar naquela entidade os cuidados das crianças até à entrada do 1º ciclo, por reconhecerem qualidade de serviço e uma particular preocupação com a transmissão de valores solidários e humanitários aos meninos e meninas que ali começam, literalmente, a dar os primeiros passos. Assim aconteceu, também, comigo. Foi no Centro Social de Valado dos Frades que os meus três filhos começaram a saber o que é estar em comunidade, com educadores e auxiliares atentos e preocupados e uma estrutura que procura dar resposta às necessidades e problemas dos utentes. É bom saber que no nosso concelho ainda há casas onde os utentes são tratados como utentes e não, como o léxico moderno obriga, meros clientes. E isto não é apenas uma questão de semântica.

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2 years ago
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Diário de Bordo
As festas e a vida em Fanhais

Fanhais, 10 de maio de 2023

A aldeia de Fanhais, que nos últimos dias tem estado nas bocas do mundo por causa da construção de uma central de produção de hidrogénio verde, está em festa dentro de algumas semanas aquando da realização das Festas em Honra de Nossa Senhora da Conceição. Será, como manda a tradição, no primeiro fim de semana de junho e as festividades comportam inúmeras atividades, desde ações de demonstração de atividades, à atividade musical ou à realização do habitual peditório pela localidade. Por mais que alguns digam o contrário, Fanhais é, muitas vezes, uma terra esquecida no concelho da Nazaré. Está isolada no território, apesar de fazer parte da freguesia que é sede do concelho. E a proximidade com Pataias origina que muitos habitantes da aldeia acabem por rumar mais àquela vila do concelho de Alcobaça do que para a Nazaré. Se a isto juntarmos a reduzida oferta de transportes públicos, fica completo o ramalhete do afastamento de Fanhais relativamente à sede do concelho e a um certo esquecimento ou menorização da localidade. É por isso que, neste tempo de individualismos desmedidos e da falta de verdadeiras redes sociais que sustentem as comunidades, devemos valorizar as instituições de Fanhais que mantêm viva a aldeia e as pessoas que trabalham desinteressadamente por manter viva a terra onde nasceram ou viveram. Já agora, não será demais recordar que, depois de amanhã, se realiza uma sessão de esclarecimento sobre a tal central de energia verde. Acontece às 18h00, junto ao parque infantil. E é a prova que aquela terra está viva.

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2 years ago
2 minutes 12 seconds

Diário de Bordo
Uma nazarena a brilhar no andebol europeu

Nazaré, 9 de maio de 2023

A apetência dos nazarenos pelo andebol é algo que merecia um estudo sério. Desde que o professor João Manuel trouxe esta modalidade para a nossa terra, já depois de aqui ter experimentado o basquetebol, o que durou pouco tempo devido à impetuosidade dos nossos jovens, que o andebol se tornou na segunda modalidade desportiva mais praticada no concelho, com projetos como o Dom Fuas, que tive a honra de representar durante dois anos como um pouco brilhante ponta-esquerda, e o Planalto. Ao longo dos anos, somaram-se títulos no andebol escolar e lançaram-se talentos, alguns dos quais atingiram o mais alto patamar. Havia muitos para destacar, mas o caso de Inácio Carmo, creio que o único andebolista que representou os chamados quatro grandes do andebol nacional, foi o mais paradigmático. Recentemente, porém, também na vertente feminina começaram a surgir talentos na nossa terra, sendo o mais destacado o caso de Ana Carolina Silva, que no passado domingo se sagrou vice-campeã europeia de andebol ao serviço das espanholas do Atlético Guardés. A lateral-esquerda atinge, aos 25 anos, o ponto mais alto de uma carreira que iniciou no Dom Fuas e já a levou pela Juve Lis, Alavarium e Madeira SAD, antes de se mudar para Espanha. A internacional A portuguesa é uma grande embaixadora do andebol nacional, mas também da Nazaré, que em breve, mas na vertente masculina, pode ter uma equipa na 1ª Divisão nacional.

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2 years ago
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Diário de Bordo
Defender a pesca e os pescadores

Nazaré, 8 de maio de 2023

Ontem foi dia de a Nazaré se engalanar para receber a Festa do Homem do Mar, com procissão em terra, doze barcos no mar e toda uma comunidade envolvida num evento que diz muito a todos nós. Na nossa terra costuma dizer-se que quem não rema, já remou, porque todos temos na família pais, tios, sobrinhos ou avós que foram ou são pescadores. No meu caso, nunca tive apetência pela pesca, pois na família não tínhamos barcos. Mas toda a minha origem familiar, em várias gerações, tem ligação à venda do peixe, pelo que desde cedo tomei contacto com a realidade dos homens do mar, das dificuldades e da incerteza que a atividade profissional acarreta, da instabilidade financeira e da falta de condições de segurança de quem faz da pesca vida. Como tantas outras crianças da minha geração, nasci antes do Porto de Abrigo ser inaugurado e brinquei nos barcos que estavam depositados no inverno na praia. Eram tempos em que éramos felizes com pouco. Brincávamos aos pescadores, aprendíamos a remar em terra e simulávamos tantas vezes como seria enfrentar a fúria das ondas com a bravura daqueles verdadeiros heróis. Hoje em dia, a profissão de pescador continua a ser olhada de soslaio por muitos quadrantes, como se todos os jovens, homens ou mulheres, tivessem de ser engenheiros, doutores ou arquitetos. No entanto, quero acreditar que está a crescer na sociedade a noção que a pesca é uma atividade essencial à nossa condição humana e que, por isso, aqueles homens do mar merecem mais respeito do Estado e, pelo menos ao nível do sistema de aposentações, que reconhecesse o desgaste da profissão.

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2 years ago
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Diário de Bordo
Hidrogénio em Fanhais

Fanhais, 5 de maio de 2023

Foi notícia, há pouco mais de um mês, a formalização da intenção de um grupo estrangeiro de instalar uma central de hidrogénio em Fanhais, um investimento de cerca de 150 milhões de euros. À primeira vista, o ‘Nazaré Green Hydrogen Valley’ inclui uma unidade para produção do hidrogénio verde e uma central solar que forneceria a energia necessária para a eletrólise, através dos quais está prevista a criação de 140 novos postos de trabalho. Nestas coisas do hidrogénio e das energias alternativas, à primeira vista tudo parece uma maravilha. Prometem-nos mundos e fundos, a última ponta da tecnologia, empregos e rentabilidade. O pior costuma vir depois e, sem acesso a informação concreta, o inevitável aconteceu. A população uniu-se através de um abaixo-assinado, protestou contra o que podia ser uma ameaça, até porque a área de implementação do projeto inclui a duna da Aguieira, e, desse modo, condicionou a decisão da Câmara quanto à viabilização do processo. Não se sabe se o investimento vai avançar, mas este processo tem muitas semelhanças com o que sucedeu com o Bico da Memória, em que foi preciso que a população se unisse para que, por fim, as autoridades olhassem com olhos de ver para o que pretendiam fazer. Valha-nos isto: no nosso concelho, a voz das populações ainda se faz ouvir.

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2 years ago
1 minute 54 seconds

Diário de Bordo
As obras da Sub-Vila

Nazaré, 4 de maio de 2023

Para quem, como eu, fui criado ali bem junto à Sub-Vila, olhar para a forma como aquela artéria tem vindo a perder importância ao longo dos últimos anos é uma dor de alma. A voragem dos dias leva-nos muitas coisas, entre as quais as referências. Aquela rua teve, em tempos, dois espaços míticos da nossa terra: a loja do Sr. Abílio, onde todos os jovens encomendavam os livros escolares e material e tinham no proprietário um fiel defensor dos seus interesses junto das editoras, e a loja do Sr. Carlos da Drogaria, outro comerciante de fibra e de um amor impossível de quantificar pela nossa terra. Felizmente ainda temos a minha querida Júlia das Flores ou o Joaquim Alfredo como representantes de uma geração de comerciantes que eram, na verdade, muito mais que meros comerciantes. Eles faziam parte da nossa vida. Da nossa família. Da nossa comunidade. Os tempos mudaram e, felizmente, outros negócios de relevo se instalaram naquela que é uma artéria essencial na Nazaré, mas aquela rua, que podia ser um verdadeiro centro comercial a céu aberto, merece mais. Nos últimos tempos, têm chovido críticas a propósito das obras na Sub-Vila. Como não conheço os contornos do processo, não vou opinar. Mas de duas coisas tenho a certeza: a primeira é que ninguém gosta de obras enquanto elas decorrem e, por isso, o desagrado é natural; a segunda, e bem mais importante, é que aquela rua precisa ser valorizada e, por isso, tudo o que ali se faça é uma boa notícia.

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2 years ago
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Diário de Bordo
Revitalizar a Festa do Homem do Mar

Nazaré, 3 de maio de 2023

A Festa do Homem do Mar é um dos momentos mais relevantes para a comunidade piscatória e este ano o figurino apresenta alterações substanciais. Como sempre acontece quando se decide mexer em algo de tão estrutural, a crítica fácil aparece, mas todos sabemos que quando nada se faz também há espaço para a maledicência sustentar que é preciso fazer alguma coisa... Adiante. Este ano, contudo, as mudanças são mais profundas e começaram, desde logo, com a criação de uma zona de divertimentos no parque de estacionamento junto ao Porto de Abrigo, que suscitou alguma surpresa, mas que tem sido ponto de encontro de pessoas e famílias desde há vários dias. Este ano, as festividades prolongam-se por três dias, com as procissões em terra e no mar e incluem um jantar-convívio para os pescadores e um espetáculo de homenagem. Alterar o figurino desta festa, além de legítimo, é também necessário, para revitalizar um acontecimento tão relevante para a Nazaré. E desde que, na procissão no mar, os barcos voltem a ser engalanados, transportem as imagens dos santos e continuem a dar as três voltinhas à nossa enseada, certamente, ninguém se importará.

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2 years ago
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Diário de Bordo
Parabéns à BIR

Valado dos Frades, 2 de maio de 2023

Celebrou ontem 90 anos uma das mais relevantes instituições do concelho da Nazaré e aquele que foi, em tempos, o clube mais eclético do distrito de Leiria. Confesso que não sei se essa condição ainda se mantém, mas tenho a certeza que os ideais daqueles que fundaram a Biblioteca Instrução e Recreio continuam a ser cumpridos. A coletividade que nasceu com o propósito de criar condições para permitir às pessoas do Valado que aprendessem a ler à luz das velas é, hoje, uma grande referência do nosso território, tendo ajudado a formar, enquanto atletas e enquanto homens e mulheres, muitos milhares de pessoas, tendo sempre em conta os valores máximos do desporto e do saber estar em sociedade. Além de ser uma associação de Valado dos Frades, a BIR é um dos grandes referenciais do nosso concelho, tendo acolhido crianças e jovens da Nazaré e até de outros concelhos vizinhos, permitindo-lhes a prática desportiva e outras atividades a custos simbólicos. Durante décadas, isto só foi possível devido às Tasquinhas da BIR, um empreendimento levado a cabo pelos dirigentes e voluntários, em que as secções do clube conseguiam juntar receitas suficientes para fazer face às despesas de funcionamento. A BIR é, de facto, um clube muito especial. Tive a honra de o servir diretamente durante cinco anos, em funções diversas e guardo esse período com grande carinho. E é um clube tão especial que até permitiu que, enquanto treinador, ganhasse um troféu: o Grupo B de iniciados, em 2015/16, com o golo da vitória na final diante do Vieirense a ser marcado pelo meu filho Alexandre. Não podia pedir melhor despedida. Parabéns, BIR, que te mantenhas fiel ao lema “Luz, sempre mais luz”, pelo menos, por mais 90 anos.

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2 minutes 23 seconds

Diário de Bordo
A Nazaré no cinema

Nazaré, 28 de abril de 2023

A imagem coletiva da nossa terra começou a ser construída há mais de um século, mas é indubitável que o cinema muito contribuiu para que a Nazaré se tenha tornado numa referência turística nacional e internacional. Confesso que me emociono cada vez que o filme “Nazaré”, de 1952, da autoria de Manuel Guimarães, com Artur Semedo passa na RTP Memória. Mas mais notável, ainda, é “Maria do Mar”, de Leitão de Barros, de 1930, um hino ao cinema mudo português e que tive a felicidade de assistir, há uns largos anos, no Teatro José Lúcio da Silva, musicado pelo pianista Bernardo Sassetti e pela Orquestra Filamornia das Beiras. Um filme-concerto que só tenho pena de nunca ter sido exibido no nosso Cine-teatro. Merecia ter acontecido e com repetições ao longo de vários dias, porque a nossa população merece. A sétima arte é um espaço único para difundir a arte, mas também para promover marcas ou territórios e, nessa medida, temos muito a agradecer a quem, há tantas décadas, por aqui andou a reproduzir em película a nossa identidade, a nossa cultura, as nossas gentes. Confesso que ainda não vi o documentário sobre a onda gigante que passa na HBO, que deve estar espetacular e muitos turistas traz à nossa terra, mas nunca será demais relembrar que a Nazaré já é reconhecida nacional e internacionalmente há muitas décadas. 

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2 years ago
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Diário de Bordo
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