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Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Jéssica Iancoski
1882 episodes
5 days ago
Título: Podcast Toma Aí Um Poema Ano de produção: 2020 - presente País de origem: Brasil Duração: 1 minuto por episódio Classificação: Livre Gênero: Videos curtos Direção: Belise Campos e Jéssica Iancoski. Curadoria: Mabelly Venson. Sonoplastia: Jéssica Iancoski Roteiro: Belise Campos e Jéssica Iancoski. Edição de vídeo: Jéssica Iancoski e Felipe Ogawa. Vozes: Flavia Ferrari, Jaime Barros dos Santos Júnior e Jéssica Iancoski
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Título: Podcast Toma Aí Um Poema Ano de produção: 2020 - presente País de origem: Brasil Duração: 1 minuto por episódio Classificação: Livre Gênero: Videos curtos Direção: Belise Campos e Jéssica Iancoski. Curadoria: Mabelly Venson. Sonoplastia: Jéssica Iancoski Roteiro: Belise Campos e Jéssica Iancoski. Edição de vídeo: Jéssica Iancoski e Felipe Ogawa. Vozes: Flavia Ferrari, Jaime Barros dos Santos Júnior e Jéssica Iancoski
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Episodes (20/1882)
Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Dan Fagundes - Nosso Time | Livres como versos

Nosso time


Nosso amor já foi
o estádio lotado;
o olé pra torcida;
o gol de placa.

Hoje
o meio de campo é nosso forte:
o passe lento
(e preciso)
a cadência de jogo;
o “toca-me e vou”
sem pressa.

Os tempos são outros,
meu bem,
mas nosso time
ainda bate um bolão.

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1 week ago
25 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Miu Yuná — Alambrado | Livres como versos

Alambrado


farejei a seiva,
rastejei o chão,
senti o pulso da terra onde jaz meu bicho solto.

nem cabe
(e eu não cabia),
não cabia — e me apequenei.

desfiz-me nas margens,
onde o solo se estende como promessa
e a carne se dissolve no infinito
da mudez de um corpo que nunca antes.

o vento
me sussurra antigos mistérios
de minha dança selvagem em desatino voraz.

nem cabe, pensei,
(e eu não caberia)
nos limites de um corpo que já não é meu.

fui minha própria cerca, fui o arame,
fui o vazio que me preenche.

sou o pulso. sou a seiva.
sou o sussurro do vento.

permaneço com olhos de fúria
e a terra que me abraça em silêncio.

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1 week ago
55 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Deyse Lima — SOLO | Livres como Versos

Gaúcha, publicitária, escritora e mãe solo. Autora de dois livros infantojuvenis, dedica-se também à literatura de ficção autobiográfica. Escreve a partir da experiência, do que arde e permanece. Sua escrita é território de memória, de afeto e de coragem.


*


SOLO



A cidade girava — alheia ao seu ser.

Ela — estátua — atônita.

O metrô partia com seus pedaços,

e o tempo, tirano disfarçado de rotina.

Nos pés, a pressa herdada das urgências alheias.


Mãe solo. Não por ter gestado só, depois de uma relação falida,

mas por ser — dia após dia — esquecida.


Caminhava entre vozes que não a chamavam,

Queria — talvez — um toque. Um esbarrão.

Um sussurro casual que dissesse: “Eu te vi.”


Ela veste — a roupa que lhe cabe há oito anos:

sua personagem-mãe.


E há tantas... tantas Olívias por aí.

Que correm, como ela,

sem tempo de se esbarrarem.

Fortalezas ambulantes,

com trincheiras no peito.

Procurando por pertencimento.


Solo. No sentido mais humano da palavra.

Solo — entre o abismo da plenitude

e a margem da ausência.

A esperança — ainda que tênue

de reencontrar-se inteira.

Um dia. Quem sabe.

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1 month ago
1 minute 25 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Adriana Carneiro — VIGOR | Livres como versos

Adriana Carneiro (Recife) é formada em dança (Konservatorium der Stadt Wien /Áustria), Letras (UNICAP) e especializada no ensino do alemão (Friedrich-Schiller-Universität Jena/ALE). Publicou a obra “O corpo como parte de um sistema” (Patuá, 2023). O que move seus poemas não é o corpo; porém, são o ser humano, a natureza e seus atributos.


*


VIGOR



o corpo celebra a cada desejo correspondido

não é tão fácil compreender a manipulação da mente sobre o que ele sente

vigor é amalgamar corpo e mente e deixá-lo ser no seu tempo

ele nasce, cresce e quer amar eternamente

como se o amanhã fosse sempre o hoje

como se o vigor fosse para sempre

um corpo que pensa assim é potente

não se deixa vencer facilmente

ele é jovem incessantemente

desde que foi uma semente

que no útero eclodiu

de um encontro de vigor de duas vidas




Poema da obra O corpo como parte de um sistema

(Editora Patuá/SP, 2023)


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1 month ago
50 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Cecília Zugaib — Vermelho no branco | Livres como Versos

Participou de diversas antologias no Brasil e na Suíça. Foi finalista no Festival de Poesia de Lisboa 2024 e fez parte do Festival Zürich liesst com a instalação da Zwischentext. Lançou os livros de poesia Fina Linha e Khalas em 2024. Atualmente, trabalha em dois livros de haiku e um de contos.


*


Vermelho no branco



Desolação,

se saísse,

seria um urro do abdômen

um soco na parede

o vermelho no branco

uma mordida na carne

o branco no vermelho

as lágrimas escorrendo

o vermelho invadindo o branco

o poema no papel

o vermelho – todo o vermelho –

no branco.

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1 month ago
37 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Gisela Maria Bester — UM CORPO QUE CAI | Livres como versos

Escritora gaúcha radicada no Paraná e no Tocantins, mestra e doutora com estágio pós-doutoral em Direito. Vencedora do 38.º Prêmio Yoshio Takemoto de Literatura 2024 (Haicai). Autora dos livros Pinte-me de Azul (Mondru, 2023 –Troféu Capivara Reconhecimento Literário, no Prêmio Literário da Cidade de Curitiba 2024) e Sorrir, esse sacrifício (TAUP, 2024).


*


UM CORPO QUE CAI



Mulher, te dei morada, mas...

essa boca humilhada

esses olhos gencianos

onde estão teus dentes?


Mulher, te dei caminho

de veias, para resvalar o sangue quente

de pernas, para levar teus sonhos ao cio

de línguas, para friccionar tuas traduções

e há glossários, para necessárias desobediências


Mulher, te dei desejos

Cordas e sons de cantar a vida úmida

Mas essa dobradiça repetindo

rangendo mecânica dor

esgotada

e seca

qual trapo perdido, escorregando no vazio

movimenta insana inanição


Mulher oceânica

investiga teus rastros

e tenha em ti um poema

porque um corpo que cai

é o mesmo que se levanta

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1 month ago
1 minute 9 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Hibson da Silva — Torda | Livres como versos

É homem bicha-bicho instinto — como se descreve em seu primeiro livro, Máscaras que Caem do Teto, publicado pela Editora Urutau em 2024. Nascido em Tracunhaém, na Mata Norte de Pernambuco, vive há 15 anos no Recife. Administrador e pós-graduado em Gestão de Pessoas, é apaixonado por literatura desde a adolescência e poeta desde o primeiro choro.


*


Torda



Gostaria de não ser

tão saudosista ou tão magoatista.

Mas há um engenho

doce em meus lábios

e violento nas minhas lágrimas.


Rude em minha fala

de homem caboclo,

um mamulengo de pau erguido,

um veado crescido.


Manipulado pelas mãos por trás da torda,

de quem desejou um dia

ser o dono daqueles engenhos.

Mas, coitado...

o controle do mamulengueiro

pra eu não ser veado.

Mas, se eu for,

é só ninguém saber —

e só ele me comer.


Abro a boca, mas não digo.

Encerra a cena

com o pau atravessado

na minha goela-fala.



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1 month ago
56 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Surian dos santos — [sem título] | Livres como Versos

Poeta, músico, terapeuta e educador apaixonado pelas relações humanas e a serviço de novas culturas regenerativas. Graduado em Comunicação Social pela UFRJ, pesquisa rituais em torno da palavra e da escuta como caminhos vivos de prática e estudo do Bem Viver. Autor de Concreto Imaginário (2024, TAUP).


*


o

sol

ambe

ste

spaço

nde

stamos

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1 month ago
1 minute 25 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Gustavo Simas — a sinalética da vida | Livres como Versos

De Florianópolis, explora a complexidade do mundo com olhar crítico e humor sutil. Trabalha com Inovação e Engenharia do Conhecimento, pesquisando sobre tecnologia e saberes. Tem artigos científicos e obras em diferentes mídias, e também edita a publicação Dedálicos Inventos no Medium.


*


a sinalética da vida



a sinalética da vida está em obras

desvio à esquerda depois do beco sem saída

contradictio in adjectis

a shoppinização da ciência vende ômega 3 em cápsula softgel para memória que falha

um monofisismo diário

desamor, angústia e ansiedade numa só substância cinza

impossível de separar

o tomismo dos manuais não contempla essa heresia

a megamáquina planta mais uma pobreza bonsai

poda poda poda

qualquer ambição contida no vaso de 30 centímetros quadrados

o consumo conspícuo grassa

enquanto o lixeiro passa

e vê o contraste padrão

repito o tetrapharmakos sem muita convicção

é só mais um exercício de ser rápido no que é fugaz

em pensamento autotélico ou tentativa de distração

a tecnolatria promete o upload da consciência

para continuarmos artífices da nossa própria sujeição

mas não vão me matar agora

ah não

ainda tenho boletos a pagar

e ir no mercadinho comprar

mais torpor em promoção




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1 month ago
1 minute 24 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Sheila Simone de Souza — Rio Verde | Livres como Versos

Mineira de Belo Horizonte e viajante do mundo! Que sonha em fazer um poema com objetivos diretos como o orvalho e o rio que se entoam naturalmente!


*


Rio Verde



Aprofundar-te seria perder...

E era como um segredo

cortar-te ao meio, cegar-te

voluptuosidade clandestina

fazer de conta que era mistério

que a realidade acontecia nua

inundando o desejo

incrustado em seu chão transparente, era estesia!


Magicamente, algo nos vigiava atento

a memória esvaziava, a fantasia vinha

e o silêncio eclodia.


E era como fogo

sede-sedução

alimento orgânico

gorjeio desenfreado.


Querer-te seria morar-te

olhos verdes

Rio Verde.


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1 month ago
59 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Leonardo Menegatto — Restauração | Livres como Versos

Natural de Americana, SP. Lançou em 2024 o infantojuvenil “A fantástica aventura de Ferdinando e quem eu lá conheci” -- vencedor do Prêmio Book Brasil nas categorias Melhor Infantojuvenil e Aclamado pelo Público. Participou de antologias de ficção e nesse ano lança a obra de realismo fantástico “Na estranha imagem entre nós”.


*


Restauração



Subindo a escada da virtude

Afogo-me nos desejos dos outros

Cedo à tentação de ignorar as faces já esquecidas

Suplico a Deus para que não me perca de mim mesmo

Dos elementos que hoje me parecem estranhos

Mas que foram talhados no gabinete da minha história

Escondo a desordem por trás dos sorrisos contidos

Mas sempre me escapam as palavras



Nos meus cabelos ao vento

Deixo que me suma a estrada

Ignorando a fotografia da violência

Toca a melodia da alegria nos campos da tristeza esquecida

E continuam a me espetar

Mas estou detrás das camadas que não podem nem ver nem sentir

Nesse mundo tão meu

Só são convidados os que olham para dentro de mim


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1 month ago
1 minute 4 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Carolina Ana — Plutão chegou a Áquario | Livres como Versos

Sua escrita é uma constante busca por pertencimento, expressando incômodos e reflexões. Inspirada em questões filosóficas, espirituais, ancestrais e LGBTQIA+, ela mergulha em temas como vida, morte, amor e desejo. Com formação em comunicação e especialização em escrita criativa, sua voz singular ecoa através das palavras. @carolina.ana.oz


*


Plutão chegou a Áquario



no dia 20 de janeiro

plutão chegou a áquario

caindo como um explosivo

sobre nosso relacionamento


pedindo renovação

arcano XVI

a queda inevitável:

é das cinzas do ego

que nasce a consciência!


a solução vem do treze

passar por qualquer coisa

e se tornar mais forte


o segredo é o ritmo

embalar o outro

escolha complementar

encontrar o meio termo

sem anular o próprio ritmo


como num barco

o remo segue a corrente

do braço


como uma dança

pés sincronizados

o gozo ainda é

a única coisa

que o capital

não conseguiu


e a solução vem da morte.




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1 month ago
1 minute 3 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Cátia Castilho Simon — PÊNDULOS | Livres como Versos

Escritora e poeta. Prêmios: Vianna Moog, em 2014 (ensaio) UBE/RJ; Off-Flip de Poesia na antologia Tchê!, 2024 e na antologia Terra, 2025. Integra o Mulherio das Letras/RS; coorganizadora da live Digressões Clariceanas desde 2021. Vice-presidenta cultural da AGES 2023/2024, 2025/2026.


*


PÊNDULOS



a infância

é pedra de Sísifo

Portinari que o diga,

cantigas de roda

rodopios de pipa


a música ressoa

se essa rua fosse minha

em meio a correria

o esconde-esconde

a amarelinha


e há também os assombros

a escuridão do quarto

os passos da lagartixa


o calendário aponta

os festejos

de Cosme e Damião

fluxo contínuo

na ladeira da minha avó


movimento de pêndulo

afaga

o olhar que guardo

tateando o passado



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1 month ago
46 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Malu Baumgarten — Os pés de meu pai | Livres como Versos

Jornalista, fotógrafa, autora do livro bilingue A poesia da hora braba (2023, ed. Bestiário). Participa de antologias de poesia e prosa pelo Brasil. É uma das criadoras do site Nós e Outras (noseoutras.com), que divulga a arte da mulher desde 2020. Faz parte do coletivo Enluaradas e do Mulherio das Letras. Vive em Toronto, no Canadá e não come animais.


*


Os pés de meu pai



Nunca toquei os pés de meu pai. Morenos

de sol, plantados no chão do barco,

longos e magros, seguros no viver,

eram bonitos os pés de meu pai.


As mãos de meu pai, nunca peguei

só por afeto, nem ele as minhas.

Mas não falsearam a ofertar-me o prumo

no balanço traiçoeiro do Huracán,


prontas a parar-me a queda, os pés firmes

na popa do veleiro, olhos negros que viam

longe e não me viam, os olhos dele


mais além. Sua voz dizia o mundo, do Rio Grande

à Rússia vermelha, do jazz à milonga triste, meu pai,

um homem qualquer.

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1 month ago
55 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Nathan Soares — OS DENTES E OS CHIFRES | Livres como versos

Paulistano de 18 anos, é escritor e poeta em início de trajetória. Aborda em seus poemas temas existenciais e sentimentais, procurando explorar as palavras e seus silêncios.


*


OS DENTES E OS CHIFRES



Eu sou Tudo. E nesse Tudo sou

—Também— Todo seu Oposto.

O avesso — do meu rosto,


— Remonto-me; —

Troca-peles—troco o osso.

Minha própria imagem e semelhança.


Aprisiono a Ti— Corpo

que não possuo.

Me esgarro em Ti, como um grunhido mudo.


Isso sorri para mim no escuro.

Os Dentes — mordem a gengiva

Me afoga—Tamanha Agonia.


Agora; eu sou a caça: veado troca-peles.

Vitima— Ptolemaea; Devoro o caçador.

Perco o reflexo no espelho


Sou Tudo, Sou Oposto — Sou o peso. —.

Sem receio

O corpo em meus chifres—Me ergo.


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1 month ago
1 minute 8 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Túlio Velho Barreto — O OLHO DO MAR | Livres como Versos

Participou de dezenas de antologias e coletâneas de poesia e contos. Recentemente, publicou os livros Do Estar no Ainda - Haikais (Patuá, 2022), Versos em Cordas Primas (Helvetia, 2023), premiado pelo Festival de Poesia de Lisboa, e Pequeninos Animais em Haikais, (Patuá, 2024), voltado para o público infantil. Em 2025, foi 1º lugar no Prêmio Off Flip de Literatura com o conto “A Invenção de Fernando Pessoa”.


*


O OLHO DO MAR



o olho do mar

atravessa

a praia

alcança espumas

acaricia

lambe

beija a areia

a seduz

quando clareia

a sob a lua

se divide

se multiplica

em leve flerte

e reflete

tudo o que mira

como o sol

da manhã

e da tarde

para apenas

à noite revelar:

o olho do mar

é farol


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1 month ago
36 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Marcos Roberto — O Pagador de Contas | Livres como Versos

Autor de A poesia para: outra poesia, dentre tantas (independente); do jeito que ahhh! encruzilhando beiradas, Abissais, ambos pela editora TAUP e de um canal de poesias audiovisuais no YouTube: poesiasdemarcosrobertodossa


*


O Pagador de Contas



por vinte anos financiei a vida

por mais tantos a renegociei

esta odisseia triste está invicta

meu totem e tabu pai astro rei


de assinar eu não lembro este contrato

nem discutir aqueles termos nem

com a substituição concordar com

ponto com sitcom triunvirato


era apenas um código de barras

tenro frágil febril uma ousadia

fé na vida um gracejo da fortuna


tudo que faz de si o seu vigia

.............................................................

mais vinte anos parecido nem...

mais vinte anos parecido com...


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1 month ago
54 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Rodolfo Guimarães Neves — MÉRITO E MENDICÂNCIA | Livres como Versos

Nasceu em Olinda, Pernambuco. Bacharel em Direito e em Economia e com especialização em Planejamento e Gestão Pública. Atualmente trabalha como servidor público federal. Teve poemas e contos selecionados em diversas antologias. É autor da ficção científica “A Dinâmica Orgânica”, Ed. Ibis Libris, 2024.


*


MÉRITO E MENDICÂNCIA



Havia sido um pobre e simples cristão

Mas você exige grandeza dos homens

Nada poderia querer de um simplório

Embora do seu amor em vão imploro

Porém, da paixão que recebo as ordens

Sim, tolo que sou, mas que coração!


Corri em busca de glória e de riqueza

Com desejo ardente e vontade forte

Cobri-me de título e de medalha

Empreendi, menti, lucrei às custas da alma

Levei a inimigos perigo de morte

Implacável, por cima, virei a mesa


Ouça então esta súplica, por favor

Eu assim mereço que me corresponda

Pois tudo que tinha ao meu alcance fiz

Consegui obstinado o que sempre quis

Rogo para que logo me responda

Tornei-me agora digno do seu amor?



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1 month ago
1 minute 16 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Juliana Abdon — [sem título] | Livres como Versos

É poeta, artista visual e designer gráfica. Tendo a poesia como fio condutor para suas experimentações, utiliza-se do rasgo, das dobras, das cisuras e costuras para criar imagens e versos. É autora do livro de poemas Parabólica publicado pela editora Patuá (2021).


*


No dia em que a terra parou eu fui embora pra

[Pasárgada


Tomei o mapa num gole só e me inebriei de silêncios


Desconectados das redes globais, adormecidos todos os televisores, abandonados todos os carros


O calendário cansou de existir e pensou se não seria melhor ordenar suspiros


No dia em que a terra parou eu fui embora


Pra Pasárgada passar meus dias


Tomei a estrada num gole só e me inebriei de vento e orvalho


No dia em que a terra parou e tudo parou na terra


Eu vivi

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1 month ago
45 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Daniel Soares Filho — Homens em vão | Livres como Versos

O carioca, doutor em Literatura Comparada, como escritor sempre experimentou o deleite e o sofrimento de juntar palavras. Além de professor de idiomas, traz 13 livros sobre a religião de umbanda, bem como tem publicados diversos poemas e contos em antologias.


*


Homens em vão



Em definitivo,

Diga-me cada um:

Estão as mentes todas

Cansadas ou doentes?


E não saiam pela tangente

Sem resposta efetiva

Da inquietação latente:

Somos todos enfermos?


E há quem diga

Que tudo é mentira!

E que nada é certeiro.

Porém eu pouco creio.


Será minha sina,

Ou então o meu receio

De encontrar acolhida

Da certeza do que vejo.


Ó, meus irmãos vivos,

Onde mais morremos

Se não na vida

Esgotada e enfermiça?



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1 month ago
51 seconds

Toma Aí um Poema: Podcast Poesias Declamadas | Literatura
Título: Podcast Toma Aí Um Poema Ano de produção: 2020 - presente País de origem: Brasil Duração: 1 minuto por episódio Classificação: Livre Gênero: Videos curtos Direção: Belise Campos e Jéssica Iancoski. Curadoria: Mabelly Venson. Sonoplastia: Jéssica Iancoski Roteiro: Belise Campos e Jéssica Iancoski. Edição de vídeo: Jéssica Iancoski e Felipe Ogawa. Vozes: Flavia Ferrari, Jaime Barros dos Santos Júnior e Jéssica Iancoski