Até 2024, o uso de biodiesel no Brasil evitou a emissão de cerca de 127 milhões de toneladas de CO2, o equivalente a plantação de 930 milhões de árvores
O uso desta energia reduz em até 94% as emissões de gases de efeito estufa
Inclui 300 mil agricultores familiares que movimentam em média 9 bilhões de dólares por ano em matérias-primas
O aumento da mistura para B15 (15% de biodiesel ao diesel) também melhora a economia, com crescimento de 3,59% de empregos na cadeia produtiva
Diretor fala sobre parceria da Barry Callebaut com agricultores familiares, práticas de sustentabilidade adotadas e as novas fronteiras do cacau no Brasil, como São Paulo e Mato Grosso
“O Brasil perdeu um momento chave, uma janela para negociar com os Estados Unidos quando nós tínhamos uma taxa abaixo de 10%. Nós nos escondemos e estamos pagando caro por isso.” - Caio Carvalho, presidente da Abag
Segundo o presidente da entidade, com a queda do multilateralismo o Brasil precisa aproveitar melhor as oportunidades que o mercado apresenta
“Quem tiver mais força ou mais poder é quem acaba desenhando de forma fragmentada esse novo mundo ou essa reglobalização.”
Caio Carvalho ainda lembra que o lado competitivo do agro brasileiro não nos isenta dos desafios globais
“Eu acho que a gente não pode ficar na inocência de achar que porque somos competitivos, somos os melhores. Nós somos competitivos.”
“A partir do momento que o produtor entra com o pedido de certificação se o sistema dele for baixo carbono, ele já sai com o certificado da soja, do milho, do trigo, do sorgo ou daquilo que ele produz depois da soja.” - Roberta Carnevalli, chefe de Pesquisa e Desenvolvimento Embrapa Soja
O Programa Soja Baixo Carbono é uma iniciativa inovadora que busca transformar a produção de soja brasileira, colocando o sistema produtivo sustentável em primeiro lugar
O objetivo principal do Programa é reduzir as emissões de gases de efeito estufa, mitigando os impactos do aquecimento global
Com a coordenação da Embrapa Soja e a participação de vários especialistas, o programa busca certificar práticas agrícolas sustentáveis que promovem a redução da intensidade das emissões de GEEs
Apesar dos desafios impostos pelo tarifaço americano, Sindirações projeta crescimento de 3% para a alimentação animal neste ano
“A participação da produção ou da demanda de ração para bovinocultura de corte é menor do que aquela demandada pela produção de aves e suínos. E no caso de aves e suínos, o Brasil tem seus grandes destinos na China, no Oriente Médio, está bem pulverizada essa distribuição. Portanto, a gente aposta num crescimento de quase 3% no ano.”, revela Ariovaldo Zani
O setor de alimentação animal apresentou um crescimento de 2,2% no primeiro semestre de 2025 em relação ao mesmo período de 2024
A produção nacional atingiu 43,4 milhões de toneladas de rações e concentrados, demonstrando a força e a resiliência da indústria, mesmo diante de desafios sanitários e comerciais, como o episódio isolado da gripe aviária no início do ano
O executivo falou também sobre a recente reunião com o Ministério da Agricultura onde a pauta foi a Lei dos Bioinsumos
“Aqui é onde a gente pode ter um termômetro do que está acontecendo com a indústria como um todo. Pegando também o panorama de toda a América Latina com essas visitas internacionais.” Sebas van den Ende
A Victam Latam 2025 é feira crucial para a indústria de ração animal, onde tendências, tecnologias e sustentabilidade se encontram
O número de expositores cresceu 50% neste ano, com mais de 250 empresas presentes que representam cerca de 350 marcas
Acompanhe o episódio completo
“Eu vejo um futuro promissor técnico e profissional que traz essa bagagem de desenvolvimento e conduta técnica porque o biológico funciona, ele é útil e tem o seu momento adequado.” - José Francisco Garcia, Diretor da Global Cana
O Congresso Global Cana é considerado referência em soluções para a cana-de-açúcar, reunindo produtores, lideranças e profissionais da indústria que discutiram desafios e avanços do setor
“Nós estamos sendo protagonistas. A gente pega essa inteligência e tecnologia e a Global Cana traduz isso a prática, ao campo.”
“Nós temos visto o setor do cacau, principalmente as empresas de chocolate com metas de descarbonização. Então elas estão investindo e buscando cada vez mais um cacau descarbonizado. E vai totalmente em linha, ao encontro do que a Barry Callebaut está buscando e que a Yara busca também como ambição.” - Guilherme Schmitz, vice-presidente de Marketing e Agronomia da Yara
As soluções apresentadas pela empresa já promovem na cacauicultura uma pegada de carbono 39% a menos na produção da amêndoa
“Para as próximas safras nós já estamos planejando com a Barry trazer essa nova geração de fertilizantes que é o Yara Climate Choice que tem uma redução de pegada de carbono de até 90% na produção, ou seja, eu consigo reduzir 90% da emissão de carbono no processo produtivo.”
O intuito é acelerar a descarbonização através de um modelo de negócio rentável para toda cadeia da cacauicultura, em especial aos produtores
“No final a gente trabalha o valor para o produtor que é o benefício menos o custo. Por ser que uma solução tenha um custo maior? Sim, mas terá que gerar um benefício. E se ela agrega valor ao produtor, pra nós faz sentido.”
“Temos uma série de pautas que trabalhamos com os produtores através de treinamentos, verificação interna, mas o ponto principal é que hoje o mercado demanda essa sustentabilidade. Os consumidores querem saber como o meu chocolate chegou nesta gôndola, se o produtor foi bem remunerado, se tem boas práticas agrícolas nesta fazenda e boas práticas trabalhistas. Então isso é uma coisa que a Cargill tem estimulado como companhia pra que a gente veja um futuro próspero dentro dessa cadeia.” - Paula Santana - Coordenadora de desenvolvimento de produtores da Cargill
Além da sustentabilidade, a multinacional trabalha com os cacauicultores no intuito de fomentar a capacitação
“A Cargill acredita muito na profissionalização dos produtores. A gente trabalha muito focado no treinamento técnico para que os produtores consigam gerir sua propriedade e poder organizá-la de forma que ela consiga trazer um retorno para o investimento que ele faz dentro da lavoura. Então são vários treinamentos para gestão, boas práticas agrícolas, organização da força de trabalho da fazenda e ainda outros pontos de sustentabilidade voltados para a conservação e para a parte social.”
O olhar diferenciado de acordo com a realidade de cada propriedade também acontece
“A maior parte da cacauicultura no Brasil hoje está nas mãos de pequenos e médios produtores. E cada um desses produtores está num nível de profissionalização e organização diferente. Então nós temos produtores testando novas tecnologias, como tratores elétricos para diminuir emissão de carbono na fazenda e a gente tem produtores que estão começando a aprender a preencher o caderno de gestão pra saber as receitas e despesas. Então a Cargill vem trabalhando muito nesse programa todo personalizado de acordo com as necessidades individuais de cada produtor.”
“A solução da cacauicultura do Brasil passa pelo aumento de produtividade necessariamente. Não é a única, mas é fundamental. Na verdade, foi a revolução que todas as culturas que o Brasil hoje lidera no mundo como a soja, milho, algodão, cana, café, laranja. Todas essas cadeias fizeram a revolução da produtividade nos últimos 20, 30 anos.”
O resgate da produtividade é fundamental para o cacauicultor se manter na atividade
“O preço melhorou em relação há 3 anos, mas tem muitos produtores com produtividade baixa que não estão conseguindo aproveitar o preço que melhorou. E o produtor que tem produtividade alta hoje está muito bem, com ótimo lucro.”
A intenção é até 2030 dobrar a produção de cacau, atualmente em 200 mil toneladas/ano
“É missão da Gencau e está nos nossos valores o apoio a agricultura familiar, ao pequeno produtor, principalmente nos biomas da Amazônia e Mata Atlântica. Então a gente vê que se apoia o produtor familiar ele vai manter a floresta em pé, manter os recursos naturais e ter uma qualidade de vida excelente. Ele não vai precisar abrir mais áreas para produzir cacau. Dentro daquela mesma área ele vai produzir mais” - Lucas Cirilo - diretor de sustentabilidade e marketing da Gencau
Lucas ainda fala sobre os programas de remuneração aos cacauicultores, o incentivo para a melhora de qualidade e o aumento de produtividade
“Quando a gente olha para a produção de cacau nas áreas tradicionais elas são altamente sustentáveis. A gente tem no sul da Bahia e Espírito Santo principalmente o que a gente chama de modelo cabruca, que é a produção de cacau embaixo da Mata Atlântica. Aqui na Bahia, onde tem Mata Atlântica tem cacau” - Anna Paula Losi, presidente executiva AIPC (Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau)
O novo episódio do Podcast Renata Maron Entrevista - Especial ExpoCacau 2025 - traz em pauta a cacauicultura brasileira e seus principais desafios e oportunidades
“Desde criança eu realmente queria muito trabalhar com microbiologia e biológicos. Queria ajudar de alguma maneira a aumentar a produção de alimentos. Porque eu sempre fui muito impactada por pessoas passando fome. Eu era uma menina da cidade, eu não tenho família com fazenda, nada disso. Mas quis fazer agronomia porque eu queria produzir alimentos e ajudar de algum modo a ter menos gente passando fome” - Mariangela Hungria, pesquisadora da Embrapa Soja e vencedora do World Food Prize 2025 (Nobel da Agricultura)
São mais de 40 anos dedicados à pesquisa e ciência no setor de biológicos. Mas nem tudo foram flores. Mariangela sempre resiliente e ouvindo muitos nãos, jamais se intimidou ou pensou em parar
“A gente acredita muito no diálogo. O Brasil é um país que tem relações amistosas com todos os países do mundo. Não é diferente com os Estados Unidos, são 200 anos de relações diplomáticas, 200 anos de relações de amizade. A gente tem buscado a via da negociação” - Luís Rua, Secretário de Comércio e Relações Internacionais do MAPA
O 9º episódio do Podcast Renata Maron Entrevista traz o Secretário de Comércio e Relações Internacionais do MAPA, Luís Rua. O destaque é a ampliação dos mercados internacionais para os produtos brasileiros do agro
“Se a gente olhar para essas 397 novas oportunidades geradas, mais de 170 são no continente asiático. Neste continente tem crescido renda, população, o consumo tem alterado. De maneira que o Brasil se coloca como fornecedor estável, seguro e confiável” - Luís Rua, Secretário de Comércio e Relações Internacionais do Ministério da Agricultura
A relação com os chineses tem ganhado ainda mais espaço nos últimos anos
“A China é o principal parceiro comercial do agronegócio brasileiro. Aproximadamente 30% de tudo que a gente exporta vai para a China. Então a China é um parceiro extremamente estratégico para o Brasil”
Outro mercado que o país tem ampliado as relações é com o mundo árabe
“A gente vê uma oportunidade para o suco de laranja na Arábia Saudita. Temos pedido para os nossos adidos agrícolas na região buscarem essas novas oportunidades para outros produtos para além daqueles que o Brasil já tem uma posição consolidada. A gente entende que é um mercado que está crescendo”
“O último grupo que recebemos no Brasil era de europeus e eu comentei de levar os produtores brasileiros para visitá-los também. Eles disseram: ‘Não, a gente não tem o que mostrar. Vocês são a referência, tudo o que vocês fazem é grandioso. A gente não se sente capaz de chegar até onde vocês estão em relação a tecnologia e pesquisa.’ Fiquei muito feliz porque a gente sempre acha que lá fora é melhor. E os produtores brasileiros estão de parabéns, os centros de pesquisa, a gente tem muito pra mostrar” - Daiana Bisognin Lopes, CEO FB Group
O grupo FB trabalha há mais de 20 anos na realização de eventos para o agro, recebe comitivas estrangeiras, promove experiências internacionais aos produtores brasileiros e desempenha uma jornada de conexão constante entre os principais atores do agro: produtor rural, ciência, pesquisa e empresas públicas e privadas
“O Halal é um ESG de 1400 anos atrás”
Mohamad Orra Mourad, Secretário-Geral Câmara de Comércio Árabe-Brasileira
O novo Secretário-Geral da Câmara é o nosso entrevistado do 7º episódio do Podcast Renata Maron Entrevista
“Existe uma preocupação de como abater esse animal, como criar esse animal, como alimentar esse animal. Fazer de uma maneira com que ele sofra menos. E depois toda parte de armazenagem, transporte e logística. É um ciclo completo. Isso tudo é levado muito a sério”
Nossa conversa abordou também o evento Global Halal Brazil, maior Fórum do segmento das Américas, que será realizado em 27 e 28 de outubro, em São Paulo. Tratamos ainda do fomento da certificação Halal entre pequenas e médias empresas do agro, por meio da parceira com a ApexBrasil. Além de abordarmos as novas possibilidades de parcerias entre Brasil e países árabes
“O programa de incentivo à exportação, tornar o Brasil um hub de exportação de tecnologias de bioinsumos se deve ao fato do destaque do mercado de bioinsumos, de controle fitossanitário feito com agentes biológicos sejam macro ou microrganismos e o crescimento no mercado e dos resultados. Isso chamou a atenção do governo” - Danilo Pedrazzoli, Diretor Industrial Koppert Brasil
O mercado de bioinsumos brasileiro, um setor florescente dedicado à promoção de práticas agrícolas sustentáveis e inovadoras, tem experimentado um crescimento acelerado tanto no Brasil quanto no mundo
Um levantamento recente realizado pela CropLife revelou que, durante a safra 2023/2024, o uso de bioinsumos no Brasil aumentou 15% em comparação com a safra 2021/2022, alcançando um valor impressionante de R$5 bilhões
Recentemente a ApexBrasil e a CropLife Brasil lançaram o Projeto Setorial Bioinsumos do Brasil, uma iniciativa que tem como objetivo fortalecer a presença internacional das empresas brasileiras dessesetor no mercado global
“Levamos os técnicos da Apex em uma biofábrica para saber como é produzido, como é feito o controle de qualidade, como era utilizado. O tema atrai. É muito nacional. Porque a gente usa organismos oriundos da biodiversidade do Brasil, que é a maior do mundo. O governo está olhando para o mercado sustentável agrícola brasileiro, não só na exportação de commodities, mas na exportação de insumos para serem utilizados na agricultura de outros países”
Mais de 10 milhões de hectares de terras utilizam bioinsumos para o controle biológico de pragas no país. Além disso, 40 milhões de hectares são cultivados com bactérias promotoras de crescimento
“O reconhecimento maior é da academia. Sem uma academia forte e estruturada, você não teria essas tecnologias hoje. Você não teria a descoberta desses organismos utilizados na agricultura. Eu fico muito feliz de fazer parte desse movimento e eu acho que é só o começo”
A parceria com a Esalq também foi um ponto chave para a Koppert
“A gente quebrou uma barreira porque nos 125 anos de Esalq a gente é a primeira empresa privada a construir um prédio dentro da universidade com fins puramente comerciais. Pesquisa para a exploração comercial. E o retorno é o royalties”
Segundo o executivo, esse crescimento dos biológicos ainda é só o começo
“A gente pode esperar para o futuro novas tecnologias, mais parcerias público-privadas, trazendo a academia junto com a gente, parcerias internacionais e um futuro sustentável. O Brasil sendo protagonista neste mercado nos próximos anos e líder absoluto no mercado de controle biológico”
“Hoje existe tecnologia para produzir cada vez mais, com mais eficiência, gerando um resultado econômico e sendo sustentável ambientalmente e socialmente. Nunca esquecendo do pilar econômico, que o negócio tem que ser viável para continuar evoluindo o e investindo. Por isso temos investindo tanto nessa visão holística do sistema de produção” - Aurélio Pavinato, CEO SLC Agrícola
A companhia brasileira trabalha no avanço da sustentabilidade e compartilha exemplos reais, das fazendas que já desenvolvem a agricultura regenerativa, respeitam a saúde do solo e trabalham na cultura da economia verde
Nosso 4º episódio do Podcast Renata Maron entrevista desembarcou em uma fazenda referência, em Itiquira, Mato Grosso, região de Rondonópolis
Lá conferi de perto o ressignificar da dor em exemplo de superação. Norma Gatto, ao ficar viúva ainda jovem e com três filhos tomou a frente dos negócios e hoje é um exemplo de liderança e perpetua seu legado entre filhos e netos