No Brasil, a publicidade, a comunicação e o marketing, durante muitos anos, foram áreas predominantemente ocupadas por profissionais do sexo masculino. As disparidades de gênero persistem e refletem em diferenças salariais, oportunidades desiguais de progressão na carreira e representação desequilibrada em tomadas de decisão. Um cenário que começou a mudar não há muito tempo. Embora ainda longe da equidade, já colecionamos alguns excelentes exemplos do protagonismo feminino por aqui.
Para encerrar a primeira temporada do CenpCast, este último episódio tem como convidadas duas profissionais de grande destaque no mercado brasileiro: Manzar Feres, diretora geral de negócios integrados em publicidade da Globo, e Daniela Cachich, presidente da Future Beverages (divisão de produtos dedicada a alcoólicos que não sejam cerveja) da Ambev. Mais do que ocupar cargos importantes e liderar grandes times, elas são responsáveis por implementar mudanças que revolucionaram as companhias nas quais atuam e a indústria como um todo.
Entre os muitos hábitos que vêm se transformando, um dos que mais se destacam é o de consumo de mídia e de entretenimento. E nesse cenário, áudio e vídeo se sobressaem: o mercado de podcast ressignificou o setor – a publicidade no segmento movimentou cerca de US$ 1,4 bilhão só nos Estados Unidos em 2021. Por aqui, também não para de crescer.
Da mesma forma, as múltiplas possibilidades de consumo de vídeo fazem desse formato um dos principais jeitos de conectar marcas ao público. Não à toa, ele concentrou 63% do investimento publicitário no Brasil no ano passado, de acordo com a Kantar Ibope Media.
Produzir e distribuir conteúdo seja em áudio ou em vídeo nunca foi tarefa simples, mas agora ganha camadas de complexidade que desafiam a nossa indústria. É sobre isso que Regina Augusto conversa com Rodrigo Tigre (country manager da Cisneros Interactive e presidente do Comitê de Áudio Digital do IAB), e Essio Floridi (diretor de vendas e operações da Samsung Ads Latam).
Desde a retomada da rotina e da mobilidade urbana no pós-pandemia, o mercado de Mídia Out Of Home se fortalece e dá claros sinais de crescimento. Segundo o Cenp-Meios, ela já ocupa o terceiro lugar no ranking de investimentos, movimentando mais de R$ 886 milhões nos seis primeiros meses de 2022, atrás somente da TV aberta e da internet.
A transformação digital do OOH é uma realidade que tem tudo a ver com o novo jeito de fazer comunicação. Neste episódio do CenpCast, Regina Augusto conversa com Alexandre Guerrero (CEO da Eletromidia) e Ana Célia Biondi (CEO da JCDecaux) sobre o aperfeiçoamento de soluções, as perspectivas do setor e o papel da mídia programática.
O que torna uma marca ou empresa inovadora a ponto de se destacar dentre seus concorrentes? Em um ambiente de profunda e rápida transformação, como acompanhar os movimentos cada vez mais ágeis dos consumidores?
Rever posicionamentos, gerar conversas, escutar e aprender. Temos dois grandes exemplos: para começar o McDonald’s, que vem mostrando intimidade com o público de um jeito bastante particular – no Brasil, excepcionalmente, escreve-se M-É-Q-U-I. Mudança que foi muito além da troca de um nome, mas envolveu um novo conceito de branding.Outra marca cuja transformação estamos testemunhando há alguns anos é a do Banco Santander – que, só em 2022, conseguiu "quebrar tradições bancárias" e intensificar ações no mundo dos games.
Os convidados de Regina Augusto neste episódio, João Branco (CMO do McDonald 's) e Igor Puga (CMO do Santander), contam o segredo das marcas que mudaram.
A despeito de todas as teorias sobre um possível declínio, os jornais seguem como referência de jornalismo, pautando o debate público, ao mesmo tempo em que se reinventam – um movimento essencial para continuar a exercer com excelência sua principal função: informar.
A credibilidade do jornal, aliás, ultrapassa o papel e abraça com firmeza outras plataformas – na dança da transformação da comunicação, se mantêm fortes editorialmente e comercialmente, lançando, impulsionando e renovando marcas e produtos. Mas, se leitores (e consumidores) estão ligados em todas as plataformas, como exatamente esse "consumo multi" impacta os jornais?
Neste episódio, Regina Augusto conversa com Marcelo Benez, vice-presidente comercial da Folha de S. Paulo, e Paulo Pessoa, CCO do Grupo Estadão, sobre o jornal como mídia multiplataforma.
No mundo pós-George Floyd, no qual conceitos como racismo estrutural passaram a entrar na pauta da mídia brasileira e de uma parte da sociedade, marcas começaram a ser pressionadas por seus consumidores por campanhas mais inclusivas.
Mas a diversidade no mercado publicitário realmente já começou a sair do papel? Uma pesquisa, divulgada em abril de 2022 e realizada pela Aliança sem Estereótipos (iniciativa da ONU Mulheres), apontou o que a nossa percepção já dizia: tivemos avanços, mas ainda estamos distantes de algum equilíbrio de cores, gêneros e tipos físicos em geral, na TV e em redes sociais.
Neste episódio do CenpCast, Regina Augusto conversa sobre a jornada da diversidade com Felipe Silva, fundador da Gana, uma agência formada 100% por profissionais pretos e periféricos, e por Valerya Borges, diretora de Diversidade, Equidade & Inclusão da VMLY&R, agência de marketing e comunicação com forte atuação global.
O Brasil é um país de dimensões continentais. Apesar da desigualdade econômica, força e criatividade vêm dos nossos quatro cantos e as oportunidades para marcas extrapolam o eixo Rio-São Paulo. No entanto, é necessário que haja engajamento das marcas nas ações locais – porque, sim, pensar em segmentação é quase uma obrigação num país tão grande como o nosso.
Na busca do melhor caminho para regionalizar, muitas empresas vêm executando estratégias que transformam diversas regiões em verdadeiros laboratórios para a adequação de marcas.
Como considerar a capilaridade do mercado brasileiro? O que as agências com atuação local podem oferecer e acrescentar à estratégia de comunicação?
Neste episódio do CenpCast, Regina Augusto conversa com Eduardo Breckenfeld, CSO da da agência Ampla, e Lisiane Campos, Gerente de marketing Piracanjuba (Laticínios Bela Vista).
Hoje, o consumidor brasileiro tem a possibilidade de buscar conteúdo em vídeo nos locais, horários e aparelhos mais convenientes, de acordo com o momento. Mesmo com toda essa liberdade, as emissoras de TV linear ainda são responsáveis por 79% do tempo de consumo de vídeo dentro de casa, segundo o Inside Video 2022, estudo da Kantar IBOPE Media. A liderança também se reflete em investimento de mídia: são 46% de share, como mostra o último painel consolidado do 1º semestre do Cenp-Meios.
A transformação dos hábitos de consumo, no entanto, já colocou em xeque o modelo de negócio. Como resposta, as grandes emissoras vêm se ajustando e expandindo a atuação multiplataforma, com o conhecimento acumulado de décadas de produção de conteúdo.
Mas isso é suficiente? Qual é o futuro desse meio no Brasil? Neste episódio de CenpCast, Regina Augusto entrevista executivos de duas grandes representantes do setor sobre a força da TV aberta em tempos de transformação: Fred Müller, Diretor Executivo de Negócios e Marketing do SBT, e Alarico Naves, Superintendente Comercial Multiplataforma da Record.
Entrevistados
Fred Müller, Diretor Executivo de Negócios e Marketing do SBT
Alarico Naves, Superintendente Comercial Multiplataforma da Record
Ryan Roslansky, CEO global do LinkedIn, subiu ao palco do Cannes Lions 2022 para falar da importância que a comunicação tem para a inovação e para dar um alerta: 2021 registrou uma fuga de talentos sem precedentes na indústria publicitária. Obviamente, vários fatores podem ser elencados para explicar esse fenômeno que vai desde questões filosóficas - como a facilidade da Geração Z de mudar de emprego - e o desejo (potencializado pela pandemia) de fazer algo significativo com a própria vida até a dura realidade: outros setores vem se mostrando mais atraentes para os talentos. Como nossa indústria tem reagido a esse fenômeno? Como lidar com a gestão de talentos num setor em profunda transformação e com concorrências de outras áreas também muito atrativas? Qual o papel do propósito para engajar as novas gerações?
Entrevistados
Ana Moises, Diretora de Área de Soluções de Marketing do LinkedIn Latam
Cintia Pessoa, diretora de Recursos Humanos da Publicis Brasil
As mudanças no comportamento das pessoas associadas ao uso da tecnologia estão ditando o movimento da transformação da publicidade. As agências devem acompanhar os novos rumos do mercado e propor novas formas de impactar o consumidor, seja pelo tipo de abordagem ou canal de comunicação com o público. Em um ambiente de constante evolução, o dilema da publicidade passa por unir entretenimento e performance. O grande desafio, portanto, é construir relevância antes de vender e, para isso, as marcas precisam aprender a entreter. Uma conversa com duas importantes lideranças sobre os caminhos possíveis para agências manterem seu papel de alavancar a economia.
Viver não tem piloto automático. Teremos que fazer a correção de rumos a todo momento nas nossas vidas, nas nossas relações e nas nossas empresas. Como os profissionais e líderes das áreas de publicidade, marketing e comunicação podem se encarregar da mudança em suas organizações? Para colocar a Gestão da Mudança em perspectiva e entender como a função do setor tem se transformado conversamos com o psicanalista, médico psiquiatra e escritor Jorge Forbes, e com o consultor, investidor e conselheiro de diversas startups e empresas inovadoras Silvio Genesini. Ambos estão à frente da Beatt, uma consultoria que apoia líderes e organizações a traduzirem o futuro.
Entrevistados
Jorge Forbes, psicanalista, médico psiquiatra e escritor.
Silvio Genesini, consultor, investidor e conselheiro de startups