O uso de tecnologia nas escolas tem estado em debate, mas é precisamente nas escolas que a CDI Portugal quer transformar vidas através da ... tecnologia. Neste episódio, conversamos com Matilde Buisel, gestora do Apps for Good, um programa educativo tecnológico, que desafia alunos e professores a desenvolverem aplicações para smartphones ou tablets, mostrando-lhes o potencial da tecnologia na transformação do mundo e das comunidades onde se inserem. Uma conversa sobre literacia digital e transformação na educação.
A Filipa apresenta-se como "mãe, mulher e humana". Tudo competências valiosas dentro das chamadas soft skills. Mas têm muito pouco de "soft". Antes pelo contrário. É nesta batalha para humanizar as competências e as organizações que se tem focado nos últimos anos, nas plataformas Kinderpedia e PowerUp. A primeira, dirige uma plataforma digital que aproxima professores, encarregados de educação e alunos e, na segunda, um projeto para dotar organizações sociais com as chamadas competências humanas. Uma conversa sobre a dureza das soft skills, a importância das power skills, ou competências humanas, e a forma como as duas se combinam para criar ambientes profissionais mais saudávels, produtivos e facilitador de desenvolvimento.
Agricultura e cidades são conceitos que normalmente não andam de mãos dadas. A UpFarming nasceu para os conjugar e voltar a trazer práticas agrícolas para o seio de comunidades urbanas, com o objetivo de as fortalecer e criar momentos de partilha à volta da horta e da mesa. Tudo começou com a instalação de hortas verticais em contexto urbano como um meio para um fim: transformar o sistema alimentar, desde o cultivo ao consumo, não esquecendo o transporte. Uma conversa com uma economista que geriu a estratégia de angariação de fundos de uma ONG em África e que se tornou fundadora de uma organização que implementa, entre outras coisas, agricultura aeropónica em escolas e estabelecimentos prisionais.
As vulnerabilidades dos territórios de baixa densidade são sobejamente conhecidas. A Rural Move nasceu para apresentar as "oportunidades escondidas" no interior: oportunidades de negócio, qualidade de vida e custo de vida mais baixo. Esta associação ajuda comunidades rurais a atrair capital humano para viver e investir no interior. Uma conversa sobre dualidades (campo-cidade; litoral-interior), gestão do território e a sua coesão, sobre "viver no campo" e as oportunidades escondidas na ruralidade.
A inclusão de pessoas sub-representadas no mercado de trabalho é "uma jornada". Daí que a expressão tradicional DEI (Diversidade, Equidade e Inclusão) tenha dado lugar a IDE. Neste caminho da igualdade, a Elisangela fundou o IDE Social Hub, uma plataforma de integração de talentos que promove a inclusão e o acesso de pessoas sub-representadas ao mercado de trabalho. Ela própria uma pessoa sub-representada - mulher negra e imigrante - acredita no caminho e tem aberto portas em empresas e organizações. Uma conversa sobre as vantagens e as necessidades de diversidade.
O nível de escolaridade da mãe é um dos maiores preditores de sucesso escolar de uma criança. A este contexto, mais ou menos aleatório, juntam-se muitos outros que determinam em larga medida a aprendizagem. Fica, então, fácil de perceber por que é que algumas crianças enfrentam mais barreiras à sua educação do que outras. Ciente destas determinantes, o Miguel decidiu dedicar boa parte da sua carreira a eliminar a desigualdade no acesso à educação. Interessado em soluções à base de evidência científica para alcançar uma sociedade mais equitativa, o convidado do terceiro episódio da terceira temporada é diretor associado do Ambition Institute, uma organização sem fins lucrativos britânica que apoia escolas e professores que trabalham com crianças de contextos mais desfavorecidos. Uma conversa sobre desigualdade, educação e boas práticas para que todas as crianças possam aprender mais e melhor.
A Ajuda em Ação é uma ONG internacional de apoio ao desenvolvimento com mais de 40 anos de experiência com atividade em 20 países da Europa, Ásia, África e América Latina. Como é que se desenvolvem projetos avaliados, no total, em quase 30 milhões de euros e chegaram a 1,5 milhões de pessoas? Tudo começa com presença e escuta ativa. E, às vezes, "com sandes de courato". Quem o diz é o Mário Baudouin, o diretor nacional da Ajuda em Ação. Uma conversa sobre intervenção social e comunitária, co-construção de projetos para aliviar os problemas sociais das próprias populações.
A Fundação Calouste Gulbenkian é uma das peças centrais no ecossistema de inovação social e empreendedorismo de impacto. A organização acompanhou o setor desde os seus primeiros passos e prepara-se agora para o seu terceiro "terceiro ato". Luís Jerónimo, diretor do programa Equidade da Gulbenkian estreia a terceira temporada d'O Ar é de Todos com uma conversa transversal e "macro" sobre impacto, e as diferentes formas de o alcançar, as fases de maturação do ecossistema e de um projeto.
Terminamos a segunda temporada d'O Ar é de Todos com uma conversa sobre o setor social como um todo, contrapondo o foco habitual nos "ramos" do empreendedorismo de impacto e da inovação social. A Patrícia é diretora-executiva da Fundação Manuel Violante e conhece bem a economia social e conhece ainda melhor as dores e desafios do "setor ideal". A Fundação Manuel Violante gere o programa Miles, um projeto de capacitação dos recursos humanos do setor social. Uma conversa sobre um setor a duas "velocidades", com características distintas mas com um propósito semelhante e com muito a ganhar pela construção de pontes e partilha de conhecimento e experiências.
A Operação Nariz Vermelho leva alegria a crianças hospitalizadas. A receita é aviada por 34 doutores palhaços, que carregam a bata branca mas fogem a sete pés do genérico. Por trás de cada nariz vermelho está uma rigorosa operação de recursos humanos, artísticos e financeiros para se tornar numa referência do trabalho em ambiente hospitalar e com tantos benefícios terapêuticos registados. Uma conversa sobre uma das marcas mais reconhecidas do setor social em Portugal e, precisamente, a gestão de recursos humanos em organizações sem fins lucrativos.
O Fábio é o ideólogo da Rede Muda Mundo, um ecossistema de inovação social e engajamento cívico no Brasil. Começou no Recife a transformar vidas de pessoas, capacitando-as para transformar as suas comunidades. Uma conversa sobre um novo jeito de participação cívica no Brasil que tem vindo a empoderar pessoas e lugares.
Um agradecimento especial à Rádio Miúdos por permitir a gravação deste episódio durante a Aldeia da Inovação Social.
Passaram cinco anos desde a última Aldeia da Inovação Social e, nesse tempo, o ecossistema de impacto cresceu, construiu pontes com o setor público e privado e cristalizou as suas práticas, metodologias e projetos. Agora, a Portugal Inovação Social volta a juntar “toda a gente num evento épico”. Uma conversa sobre o setor social, à boleia do seu “maior evento de sempre” com a Vera, uma das pessoas que ajudou a montar dois dias em que se vai respirar inovação social na Aldeia da Luz.
O empreendedorismo corre-lhe nas veias e desde cedo se dedicou a perceber como a tecnologia podia alavancar as soluções para os problemas que via à sua volta. Depois de mais de uma década de carreira com decisões "intencionais mas não totalmente conscientes", co-fundou duas organizações: a AthenaDAO e a Portuguese Women in Tech, ambas para, de uma forma ou de outra, consciencializar para a igualdade de género através da saúde e da empregabilidade do setor tecnológico. Uma conversa sobre a interseccionalidade entre empreendedorismo (social), tecnologia e direitos das mulheres.
Uma casa é mais do que o conjunto das paredes que suportam o seu telhado. E a Casa do Impacto é muito mais do que o que acontece dentro das paredes do Convento de São Pedro de Alcântara, em Lisboa. É um frenesim de pessoas a entrar e a sair, a ocupar os espaços e a criar. E todas têm em comum: a vontade de fazer diferente e melhor. A alma da Casa do Impacto são os empreendedores sociais e as empreendedoras sociais que a habitam e nela constroem um mundo melhor. Nesta conversa com a Inês, fundadora e diretora da Casa do Impacto, falamos sobre o ecossistema português de inovação social. E porque são sempre as pessoas que fazem os sítios, uma conversa sobre pessoas cujo retorno do seu empreendimento é o impacto e a inovação social.
O Raul é psicólogo especializado em situação de crise e emergência, é um autoproclamado "egoísta" mas isso não o impediu de participar em missões humanitárias em quatro continentes. Essa experiência levou-o a escrever o livro "O Altruísmo não existe. Mas, como assim, o altruísmo não existe? Uma conversa sobre a desmitificação do que é o altruísmo e do que é necessário para ter impacto na vida das pessoas que nos rodeiam. Spoiler alert, é muito mais fácil do que por vezes pensamos e não está reservado a "santos" ou a "madre Teresas de Calcutá".
Há milhões de caminhos possíveis para a vida de uma menina em Moçambique. A maioria está "vedada" por falta de referências ou exemplos para estas crianças. É para isso que a Mara e a Girl MOVE trabalham: para empoderar crianças, adolescentes e jovens adultas a serem "as líderes das próprias vidas" e a perceberem que não precisam de assumir os papéis que lhes são esperados à partida. Uma conversa sobre o empoderamento e o seu impacto para a solução de problemas sociais: uma menina moçambicana de cada vez!
Um rizoma é um caule que "cresce horizontalmente e que é capaz de lançar rebentos em vários direções que vão alimentar o resto da planta". A Rizoma - Cooperativa Integral é precisamente isso: tem uma estrutura horizontal que vai crescendo em várias direções e que alimenta a própria estrutura e, sobretudo, as pessoas que a constituem. Começou como uma forma de organizar um grupo de pessoas que queria gerir uma mercearia comunitária mas, entretanto, foi-se expandindo para projetos sociais, culturais, agroflorestais e até habitacionais. Uma conversa horizontal e aberta sobre o modelo cooperativo, que pode servir para pessoas "alimentarem" objetivos, desejos ou suprir necessidades.
O Tiago quer "ligar os pontos para a transição sustentável". Mas rapidamente percebemos que para ligar os pontos é preciso "ligar as pessoas". Ligar pessoas que "falam línguas diferentes" e têm diferentes perspetivas é, em si mesmo, um grande desafio. É por isso que o Tiago se tem debatido e tem ocupado grande parte da sua carreira: capacitar e treinar jovens para os perigos das alterações climáticas. Uma conversa à volta da sustentabilidade mas centrada nas pessoas e nas organizações.
O Sandro trabalha "há vinte e tal anos" no Júlio de Matos mas não tem a certeza se sabe o que é a doença mental. Para ele, a doença mental está "associada a uma grande honestidade e transparência". Nas aulas de pintura que deu no hospital descobriu artistas que poderiam expor junto de outros de renome nacional. Desde então, dedicou a sua vida a dignificar artistas com doença mental. Há quatro anos fundou o Manicómio, uma galeria de arte bruta que promove artistas e quer "santificar e normalizar" a saúde mental. Uma conversa sobre a inexistência de um "normal" e a dignificação da arte e do artista.
Nós somos aquilo que comemos. Também somos o conjunto dos nossos contextos e das nossas experiências. E, ao mesmo tempo, esses contextos influenciam as nossas escolhas alimentares. Quando ganhou consciência deste conjunto de ações reações, a Helena decidiu dedicar a sua carreira à política pública em saúde, tanto no Parlamento Europeu como no setor privado, e tem trabalhado temas que, segundo ela, "andam sempre ligados", como a alimentação, nutrição ou a agricultura. Nas redes sociais, a irritação que lhe causa ver desinformação à volta destes temas levou-a a criar a página Food et al., na qual desmitifica questões de alimentação e nutrição. Uma conversa sobre a alimentação, a sua ligação emocional à nossa memória coletiva e a paradoxo de "desvalorizar algo que é essencial".
