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Podcasts de Ecologia/Composições musicais/Natureza Ecology Podcasts/Musical Compositions/Nature
multimidiavillage
176 episodes
4 days ago
Neste espaço estamos disponibilizando, gratuitamente, podcasts sobre ecologia, meio ambiente e biodiversidade. Também incluimos composições musicais de minha autoria, como forma de expressão da linguagem universal que é a música. In this space we are making free podcasts available on ecology, environment and biodiversity. We also included musical compositions of my own, as a way of expressing the universal language that is music.
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Neste espaço estamos disponibilizando, gratuitamente, podcasts sobre ecologia, meio ambiente e biodiversidade. Também incluimos composições musicais de minha autoria, como forma de expressão da linguagem universal que é a música. In this space we are making free podcasts available on ecology, environment and biodiversity. We also included musical compositions of my own, as a way of expressing the universal language that is music.
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Episodes (20/176)
Podcasts de Ecologia/Composições musicais/Natureza Ecology Podcasts/Musical Compositions/Nature
Construir mais ciclovias nas cidades.

Grandes centros urbanos deveriam investir mais em transportes alternativos do que alargar avenidas para mais carros! Grandes centros urbanos tendem a ser projetados para pessoas ricas que têm condições de possuir carro. Numa foto espantosa de Xangai feita em 1991, multidões de ciclistas atravessam uma ponte a caminho do trabalho. Os únicos veículos motorizados visíveis são dois ônibus. Essa era a China dos anos 1990: um "Reino da Bicicleta" em que 670 milhões de pessoas possuíam bicicleta. Os governantes ainda estavam seguindo a orientação de Deng Xiaoping, que definiu a prosperidade como "uma bicicleta em cada casa". Hoje a China é o reino das rodovias de oito pistas. A maioria das megacidades de baixa e média renda pelo mundo afora abandonaram a bicicleta, mas agora precisam recuperá-la. As chamadas megacidades modernas (definidas como aglomerados de pelo menos 10 milhões de habitantes) são os maiores assentamentos humanos da história – e estão crescendo sem parar. O mundo tinha dez megacidades em 1990 e 33 em 2018; segundo as Nações Unidas, terá 43 até o ano 2030. Mais de um terço do crescimento demográfico se dará na Índia, China e Nigéria. Mais carros significarão mais congestionamentos e mais efeitos nocivos às pessoas, ao planeta e à vida urbana. Felizmente, é perfeitamente viável que esses lugares voltem a tornar-se reinos da bicicleta.

[...] Muitas megacidades ainda estão em fase suficientemente inicial de seu desenvolvimento para poderem evitar o desvio equivocado em direção aos carros seguido pelas cidades europeias após a guerra. Os prefeitos deveriam estar construindo infraestrutura de recarga de e-bikes, não mais avenidas arteriais. Algumas pessoas têm medo de andar de bicicleta em cidades assoladas pelo crime. Mas muitas pessoas em outras megacidades anseiam por andar de bicicleta. Quase metade dos chineses dizem que gostariam de usar bicicleta para ir e vir do trabalho diariamente, enquanto outros 37% prefeririam ciclomotores ou motonetas. O passo seguinte, algo que já vem sendo feito em cidades de renda alta, é substituir os caminhões de entrega por bicicletas de carga. Quantas vezes um denso emaranhado de problemas tem uma solução única, barata, verde, saudável e low-tech? As cidades inteligentes vão implementar essa solução.

Fonte (texto e créditos):

https://www1.folha.uol.com.br/mundo/2022/06/megacidades-pobres-deveriam-investir-em-postos-de-recarga-para-bikes-eletricas-nao-em-avenidas.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo

Imagem (créditos):

Carros parados em trânsito de Xangai, na China - Aly Song - 10 mar. 2021 / Reuters.

Trilha sonora (créditos):

 https://www.youtube.com/watch?v=4_u2Gf7c5YY. NOSTALGIAS | NATIVE AMAZING MUSIC | FLUTE COVER BY WUAUQUIKUNA |

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3 weeks ago
8 minutes 14 seconds

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A crise climática e o desaparecimento de cidades e países.

Crise climática pode fazer desaparecer de cidades até países inteiros. O aumento do nível do mar ameaça cidades costeiras e nações insulares do mundo todo. O país de Tuvalu – por exemplo - é formado por nove ilhas, no meio do Pacífico, e tem uma população menor do que muitos bairros brasileiros: não chega a 12 mil habitantes, que estão na linha de frente da crise climática. Esse arquipélago, formado ao longo de milhões de anos por corais e erupções vulcânicas, está, em média, a menos de 2 metros acima do nível do mar. É um lugar que pode sumir se o mundo não reduzir as emissões de gases de efeito estufa, fazendo com que o nível do mar aumente e as previsões mais catastróficas dos cientistas se concretizem. O país está sofrendo com as mudanças climáticas agora mesmo, todos os dias. Todos os dias nós vemos o avanço do nível do mar que chega por baixo da terra. Além da erosão nas praias, que vão fazendo as ilhas ficarem cada vez menores, o oceano também invade a terra firme pelo subsolo. Isso causa enchentes e apodrece plantações, que não resistem à água salgada. Com uma economia baseada na pesca e na agricultura de subsistência, as ondas também podem levar o modo de vida dessas pessoas. Tuvalu não é a única vítima em potencial do avanço dos oceanos. Existem muitos países insulares —principalmente no Pacífico, mas também no Caribe— onde um aumento do nível do mar de, digamos, 1,7 a 2 metros pode fazer ou que o país desapareça por completo, porque são ilhas relativamente rasas e pequenas, ou com que a vida se torne absolutamente inviável, basicamente fazendo desaparecer uma nação por completo.

[...] Esse não é o único efeito da crise climática que já atinge várias ilhas paradisíacas. Os peixes também estão diminuindo em tamanho e quantidade, o que impacta mais um setor econômico importante, a indústria pesqueira. Um futuro sem redução nas emissões de gases de efeito estufa e que o planeta aqueça 4°C, o nível do mar pode aumentar 15 metros até o ano 2300. Então, você imagina praias como Copacabana e Ipanema com o nível do mar no segundo andar dos prédios. Esse é o cenário que nós temos que evitar a qualquer custo.

Fonte (texto - créditos):

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2022/01/crise-climatica-pode-fazer-desaparecer-de-cidades-ate-paises-inteiros.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo&origin=folha

Imagem (créditos):

Simon Kofe, ministro da Justiça, Comunicação e Assuntos Internacionais (Tuvalu) - faz seu discurso dentro do mar que foi exibido na COP26. O país corre o risco de desaparecer por causa da crise climática - Foto: Reuters.

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=YF2ah8aRUao.  Adele - Set Fire To The Rain (Official Instrumental).

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1 month ago
7 minutes 22 seconds

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Funcionamento do sistema imunológico de acordo com a hora do dia.

Você sabia que o nosso sistema imunológico muda conforme a hora do dia? (*) Quando micro-organismos — como bactérias ou vírus — nos infectam, nosso sistema imunológico entra em ação. Ele é altamente capacitado para detectar e eliminar infecções e reparar qualquer dano causado por elas. Em geral, presume-se que nosso sistema imunológico funcione exatamente da mesma maneira, independentemente se a infecção ocorrer durante o dia ou à noite. Pesquisas realizadas ao longo de mais de meio século mostram que nosso organismo responde de maneira diferente de dia e à noite. A razão para isso é nosso relógio biológico e o fato de que cada célula do corpo, incluindo as células do sistema imunológico, pode identificar a hora do dia. Nosso relógio biológico evoluiu ao longo de milhões de anos para nos ajudar a sobreviver. Cada célula do corpo possui uma coleção de proteínas que indicam o tempo, com base em seus níveis.

[...] Mais recentemente, pessoas na faixa dos 20 anos que foram imunizadas com a vacina BCG (contra tuberculose) entre 8h e 9h apresentaram uma resposta imunológica melhor em comparação com as que foram vacinadas entre meio-dia e 13h. Portanto, para certas vacinas, há evidências de que ser imunizado de manhã cedo pode oferecer uma resposta mais robusta. Uma razão para observarmos uma resposta imunológica melhor à vacinação pela manhã pode ser devido à maneira como nosso relógio biológico controla o sono. Estudos mostraram que dormir o suficiente após a vacinação contra hepatite A melhora a resposta imunológica, aumentando o número de células imunológicas específicas da vacina que fornecem imunidade de longo prazo, em comparação com restringir o sono após a imunização. Ainda não se entende totalmente por que o sono aumenta a resposta à vacina, mas pode ser devido a como nosso relógio biológico controla diretamente a função e a localização das células imunológicas durante o sono. Assim, por exemplo, ele envia as células imunológicas aos nossos linfonodos enquanto dormimos para saber que infecções foram encontradas durante o dia e construir uma "memória" disso.

Fonte (texto - créditos):

(*) Annie Curtis é professora de Medicina e Ciências da Saúde na Universidade Royal College of Surgeons in Ireland (RCSI).Este artigo foi publicado originalmente no site de notícias acadêmicas The Conversation e republicado aqui sob uma licença Creative Commons. Leia aqui a versão original (em inglês). https://www.bbc.com/portuguese/geral-57411013

Imagem (créditos): 

https://www.bbc.com/portuguese/geral-57411013 - Getty Images.

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=K_nKFBVT-_g. The Lonely Shepherd.

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1 month ago
7 minutes 46 seconds

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Como o fogo é usado para controlar incêndios?

Como fogo é usado para evitar incêndios no Cerrado e Pantanal. Normalmente apontado como um vilão do meio ambiente, o fogo tem sido cada vez mais usado para prevenir incêndios em unidades de conservação brasileiras. Por meio de queimadas controladas feitas antes da estiagem, gestores de parques e comunidades tradicionais buscam reduzir a quantidade de material inflamável disponível, como capim e folhas secas. A técnica vem sendo usada principalmente no Cerrado, mas já começa a ser aplicada em outros biomas, como o Pantanal e em formações de savana na Amazônia. O objetivo é impedir a ocorrência de grandes incêndios no auge da seca, quando fica mais difícil controlar as chamas e o fogo costuma ser bem mais destrutivo. As queimadas são aplicadas em áreas diferentes de cada vez, para que os animais consigam fugir e a vegetação tenha tempo de se regenerar. Agentes monitoram as chamas para mantê-las baixas e evitar que escapem para outras áreas.

[...] As queimas controladas também vêm ganhando espaço nos últimos anos em outros países que têm sido duramente afetados por incêndios, como o Canadá, os EUA, a Austrália e Portugal. Tanto no Brasil quanto em alguns desses países, gestores de parques têm trocado experiências com povos indígenas e comunidades tradicionais, que há séculos manejam o fogo em territórios com grande biodiversidade.

Fonte (texto - créditos):

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-61170389

Imagem (créditos): 

Queima controlada na Estação Ecológica Águas Emendadas, no Distrito Federal (Brasília/DF). Governo do DF.

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=5bJkS01DbgI.    The Sound of Silence || Flute Instrumental. 

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2 months ago
5 minutes 9 seconds

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Eco-ansiedade.

As mudanças climáticas são uma realidade e ameaçam o futuro da Terra. Essa circunstância pode ter impactos psicológicos em algumas pessoas, um fenômeno conhecido como eco-ansiedade. A expressão "eco-ansiedade" foi apresentada ao mundo em 2017 pela American Psychology Association (APA — a associação de psicologia do EUA), descrita como: "medo crônico de sofrer um cataclismo ambiental que ocorre ao observar o impacto, aparentemente irrevogável das mudanças climáticas, gerando uma preocupação associada ao futuro de si mesmo e das próximas gerações". Apenas em outubro de 2021 que ela entrou oficialmente para o dicionário de Oxford como um "desconforto ou preocupação sobre o dano atual e futuro causado no meio ambiente pela atividade humana e a mudança climática". Desde então, o termo tem aparecido com mais e mais frequência, principalmente entre os jovens. Mas você sabe como identificar essa sensação tão nova? A ansiedade climática é uma expressão clínica do medo crescente dos desastres e cataclismos ambientais. A eco-ansiedade é um medo que surge a partir da nossa observação sobre os impactos das mudanças do clima. Vemos que os pacientes temem cada vez mais sobre o futuro, pelas gerações que virão e de como será o mundo. É uma ansiedade que se traduz, sobretudo, em perguntas sobre o que elas próprias podem fazer para evitar e prevenir tais desastres. Será que já existe algum tratamento específico para lidar com essa sensação? Por não se tratar de uma patologia específica, ainda não existe um tratamento personalizado, mas como todo sofrimento, ela é sempre acolhida pela psicanálise. Primeiro é realizada uma escuta analítica, e claro, a psicanálise mobiliza toda a sua estrutura conceitual para ajudar o sujeito a investigar essa sensação e a lidar com ela. Como todas as ansiedades, elas estimulam também os mecanismos primitivos de defesa, como por exemplo a denegação, que reconhece o problema, mas finge que não existe. Busca-se entender esses mecanismos inconscientes que se entrelaçam e amarram o mundo externo ao interno da pessoa. [...] Uma notícia positiva sobre o combate à eco-ansiedade é que os problemas climáticos estão mudando a consciência de grande parte da população acerca da necessidade de cuidar do planeta. Um estudo realizado, revela que 90% dos entrevistados em âmbito mundial afirmam que pensar na crise climática lhes provoca incômodo em relação ao seu futuro, um incômodo que, especialmente nos mais jovens, se transforma em um ativismo ecológico como o representado pela icônica Greta Thunberg e que faz pensar em um futuro mais próspero para o planeta.


Texto (créditos):

https://www.iberdrola.com/compromisso-social/o-que-e-ecoansiedade#:~:text=O%20QUE%20%C3%89%20A%20ECO%2DANSIEDADE.&text=A%20American%20Psychology%20Association%20(APA,mesmo%20e%20das%20gera%C3%A7%C3%B5es%20futuras%E2%80%9D.

Imagem (créditos):

https://www.iberdrola.com/compromisso-social/o-que-e-ecoansiedade#:~:text=O%20QUE%20%C3%89%20A%20ECO%2DANSIEDADE.&text=A%20American%20Psychology%20Association%20(APA,mesmo%20e%20das%20gera%C3%A7%C3%B5es%20futuras%E2%80%9D.

Trilha sonora: arquivo pessoal - composição musical própria.

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2 months ago
11 minutes 30 seconds

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Previsão de eventos climáticos no Nordeste do Brasil.

Como que a temperatura do Atlântico Norte ajuda a prever eventos climáticos extremos no Nordeste do Brasil até três meses antes. A temperatura das águas do oceano Atlântico Norte pode ser usada como um indicador climático para prever com antecedência de até três meses a ocorrência de eventos extremos ligados à redução de chuvas e secas intensas na região Nordeste do Brasil. As pesquisas estão sendo desenvolvidas em uma nova abordagem metodológica, com foco no déficit de precipitação, e estão mostrando que, nos últimos anos, a influência do Atlântico Norte se tornou mais persistente do que a atuação do Pacífico tropical, até então apontada como um dos fatores de impacto na intensidade das secas no Nordeste. Ao mesmo tempo, a conexão entre Pacífico e Atlântico Norte ficou mais frequente, sugerindo que essas interações entre as bacias oceânicas tropicais reforçaram as estiagens na região nas últimas décadas.

[...] Entre as conclusões do artigo, o grupo de pesquisadores aponta ainda que outros fatores, como mudanças no uso da terra, podem levar a alterações no ciclo hidrológico, como já demonstrado em estudos de modelagem, particularmente sobre a bacia amazônica. Quando discutimos variações climáticas estamos falando também em impactos socioeconômicos e na biodiversidade. Por isso, centros meteorológicos podem usar o modelo para trabalhar em prevenção, focando em políticas públicas ou na tomada de decisão sobre ações de mitigação de eventos extremos, dizem os pesquisadores.

Fonte (texto - créditos):

https://agencia.fapesp.br/temperatura-do-atlantico-norte-ajuda-a-prever-evento-climatico-extremo-no-nordeste-ate-tres-meses-antes/38816/

Imagem (créditos):

Usina Hidrelétrica de Sobradinho, na Bahia, com nível extremamente seco (dezembro,2015). Foto: Marcello Casal Jr. Agência Brasil.

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=Ev66twsveLA. Richard Clayderman Greatest Hits - The Best Of Richard Clayderman.

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3 months ago
3 minutes 57 seconds

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Impacto ambientais de nossas roupas no meio ambiente.

Entra e sai estação e, a cada mudança, lojas de departamento que geralmente são franquias, produzem coleções gigantes para atender a demanda mundial de “estar sempre dentro da moda”. O fast fashion se baseia no uso quase descartável das roupas que estão sempre seguindo tendências voláteis. E constantemente, ofertando produtos de sazonalidade a preços baixos (ou não, às vezes lojas fast fashion vendem caro uma peça que estará na moda por apenas alguns meses e depois não terá mais valor nenhum). Estão envolvidos nessa problemática os valores sociais de consumo-descarte-consumo; a necessidade de se auto afirmar socialmente e, principalmente, a dificuldade que temos em preferir comprar uma roupa mais cara que irá durar mais tempo do que comprar uma roupa barata que, daqui a alguns meses, estará fora da moda e muitas vezes, estragada. Mais da metade das roupas de fast fashion são descartadas antes de 1 ano. Para que a indústria da moda possa produzir tudo de forma tão rápida, e os recursos naturais são explorados ao máximo. [...] Essa realidade do fast-fashion propõe uma produção rápida de roupas geralmente sem qualidade, os produtos são feitos para ser consumidos logo, e depois descartados. Quando olhamos de uma forma geral para esse setor, entendemos que antes de tudo precisamos de uma mudança sistêmica (...) ainda precisamos caminhar muito e de mais responsabilização das marcas. Quais seriam as Soluções? Para solucionar essa realidade nociva do processo de produção e de descarte dos produtos têxteis, recomenda-se a adoção da economia circular. [...] Temos também a economia regenerativa. Precisamos pensar em processos produtivos que estejam contribuindo para a regeneração do nosso sistema, como matérias-primas que venham de uma produção agroflorestal e orgânica, trazendo nutrientes para o solo e respeitando o seu tempo de produção. [...] Você sabe o que slow-fashion? O slow fashion é um movimento de consumo desacelerado que usa de diversas ações, ideias e conceitos para ser colocado em prática. Um dos pilares é a produção de roupas atemporais, ou seja, que não sirvam apenas para uma moda que durará alguns meses. Você com certeza consegue pensar em outras tendências passageiras da moda, tendências essas, que muitas vezes, não combinam com sua personalidade ou estilo e que muito provavelmente já foram para o lixo há muito tempo. Mas sem pânico, agora que você tem consciência dos problemas acarretados pela indústria da moda, vamos recomeçar! Compras em brechó - Outro ato do slow fashion é a compra de roupas em brechós. Hoje em dia existem brechós dos mais variados tipos; de roupas de grife, de roupas de marcas mas com valor mais em conta e brechós com roupas baratinhas que exigem um pouco de garimpo para encontrar itens que se encaixem em seu estilo. Isso é muito bacana pois você deixa de comprar roupas, e colaborar com a indústria fast fashion, comprando uma roupa que já foi usada mas que continue em perfeito estado – assim, evitando que ela vá para o lixo e polua a natureza. [...] Outra proposta seria a roupa usada como moeda de troca: o usuário devolve a peça, e dependendo do estado, ganha desconto para um novo produto. Já a peça devolvida, dependendo das condições, poderá ser doada ou reciclada e vira uma nova vestimenta.

Fontes (créditos):

https://www.euronews.com/green/2022/03/31/is-this-the-beginning-of-the-end-for-fast-fashion-the-eu-is-moving-to-clean-up-the-dirty-i

https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/qual-e-o-impacto-que-nossas-roupas-causam-ao-meio-ambiente-01122021

https://www.cnnbrasil.com.br/estilo/roupas-descartaveis-novo-padrao-de-consumo-na-era-do-ultra-fast-fashion/

https://ecoassist.com.br/moda-sustentavel-e-impactos-fast-fashion/

Imagem (créditos):

https://ecoassist.com.br/moda-sustentavel-e-impactos-fast-fashion/

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3 months ago
14 minutes 58 seconds

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Cultivando vegetais em água salobra.

Cultivar vegetais dentro do mar pode ser a resposta para alimentar bilhões de pessoas. A produção de alimentos precisa aumentar em 70% nos próximos 30 anos para alimentar uma população mundial que deve chegar a 9 bilhões de pessoas, de acordo com um estudo recente. No entanto, a agricultura tradicional está enfrentando crescente escassez de água devido às mudanças climáticas. A água doce - com a qual bebemos, lavamos e cozinhamos - representa apenas 2% de toda a água da Terra, e nem temos acesso à maior parte porque está trancada em geleiras. Em muitas áreas, como na região subsaariana – na África - e no continente sub-indiano, a água é seriamente escassa ou altamente contaminada. [...] Cultivo de vegetais do mar em água salgada. Pegamos esta terra, sejam terras agrícolas degradadas ou terras afetadas por inundações, e então construímos um ecossistema artificial de sapal onde podemos extrair alimentos ao mesmo tempo. Um sapal é a designação dada às formações aluvionares periodicamente alagadas pela água salobra e ocupadas por vegetação halofítica ou, em alguns casos, por mantos de sal. Plantas halofíticas que, sendo essencialmente terrestres, estão adaptadas a viverem no mar ou próximo dele, sendo tolerantes à salinidade. Vamos bombear água do mar sobre esta área, às vezes a inundamos e depois começamos a cultivar plantas salinas. Essas culturas, chamadas halófitas, prosperam em águas com alta porcentagem de sal, como semi-desertos e praias. As halófitas são plantas comestíveis tolerantes à salinidade. Estas espécies representam cerca de 1% da flora mundial e são frequentemente plantas ricas em proteínas, fibras, aminoácidos e vitaminas. O seu cultivo em condições de solo e água inadequadas para culturas convencionais pode ser uma alternativa de agricultura. [...] À medida que as mudanças climáticas impactam ainda mais a Europa, mais decisões precisam ser tomadas para garantir o melhor futuro para o setor agrícola. Embora a irrigação com água do mar possa não ser a única resposta, as halófitas da moda cultivadas e as culturas resistentes ao sal estudadas, mostraram que pensar sobre a água de uma maneira diferente pode fornecer a solução.

Fontes (textos/créditos):

https://www.euronews.com/green/2022/05/24/growing-vegetables-in-seawater-could-be-the-answer-to-feeding-billions

https://www.agroportal.pt/cultivo-de-plantas-halofitas-comestiveis-como-alternativa-a-agricultura-convencional/

Imagem (créditos):

https://ciclovivo.com.br/mao-na-massa/horta/italianos-criam-estufas-para-plantio-no-fundo-do-mar/

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=BjnnUCmNREI - Baroque Music for Studying & Brain Power - HALIDONMUSIC

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4 months ago
7 minutes 49 seconds

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Peixe considerado extinto que voltou à vida selvagem.

Biodiversidade: o curioso caso do peixe 'extinto' que voltou à vida selvagem. É apenas um pequeno peixe, sem muitas cores e não desperta muito interesse em termos de conservação global. É o peixe tequila, que voltou a aparecer quase duas décadas depois de ter sido declarado extinto. "Desaparecido" desde 2003, Zoogoneticus tequila reapareceu recentemente em rios do sudoeste do México. A reintrodução está sendo apontada como um exemplo de como ecossistemas e espécies de água doce podem ser salvos. Os habitats de água doce são alguns dos mais ameaçados da Terra, de acordo com a União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês), com as espécies dependentes de água doce "extinguindo-se mais rapidamente do que a vida selvagem terrestre ou marinha". Ameaças, a exemplo da poluição, continuam a exercer pressão não apenas sobre a vida selvagem, mas também sobre a água potável e a oferta de alimentos que dependem de rios e lagos. A comunidade local (pessoas que vivem perto do local de soltura do peixe tequila no estado mexicano de Jalisco) está desempenhando um papel fundamental, monitorando a qualidade da água dos rios e lagos.

Esta é a primeira vez que uma espécie de peixes considerada extinta foi reintroduzida com sucesso no México. Então é um verdadeiro marco para a conservação. É um projeto que já abriu um precedente importante para a futura conservação de muitas espécies de peixes do país que estão ameaçadas ou mesmo extintas na natureza, mas que raramente chamam a nossa atenção. Embora os conservacionistas inicialmente tenham liberado 1.500 peixes, eles dizem que a população agora está se expandindo para o sistema fluvial. Espera-se que possa ser um modelo para outras espécies de água doce, incluindo o achoque, um parente próximo da salamandra axolotl que vive em apenas um lago no norte do México e que enfrenta ameaças muito semelhantes. Este anfíbio único, que segundo a cultura local tem propriedades curativas, foi salvo da extinção, em parte, por um grupo local de freiras que administram um criadouro de animais em cativeiro. Isso só mostra que os animais podem se readaptar à natureza quando reintroduzidos na hora certa e nos ambientes certos.

Fontes (texto e créditos):

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-59818871#:~:text=A%20esp%C3%A9cie%20de%20que%20fala,rios%20do%20sudoeste%20do%20M%C3%A9xico.

https://www.correiobraziliense.com.br/ciencia-e-saude/2021/12/4974052-biodiversidade-o-curioso-caso-do-peixe-extinto-que-voltou-a-vida-selvagem.html

https://headtopics.com/br/o-curioso-caso-do-peixe-extinto-que-voltou-a-vida-selvagem-bbc-news-brasil-25267694

https://www1.folha.uol.com.br/ambiente/2021/12/biodiversidade-o-curioso-caso-do-peixe-extinto-que-voltou-a-vida-selvagem.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo

Imagem (créditos):

https://www.bbc.com/portuguese/internacional-59818871#:~:text=A%20esp%C3%A9cie%20de%20que%20fala,rios%20do%20sudoeste%20do%20M%C3%A9xico.

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=4qKqM0-VBc0. J.S. Bach: Suite No. 3 in D Major, BWV 1068 - II. Air David Bell - Tema.

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4 months ago
3 minutes 13 seconds

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O mundo deverá escolher entre a Cooperação ou a sua Extinção!

É um impulso humano natural e político recuar quando ameaçado por uma crise que parece além do nosso controle. O mundo está enfrentando vários desses estresses ao mesmo tempo: escassez de alimentos, inflação, persistência do COVID-19, guerras e os efeitos do aquecimento global. Coletivamente, eles ameaçam a estabilidade e a prosperidade de países ao redor do mundo. Essa ameaça pode acelerar o recuo da globalização e da cooperação internacional que muitos países já iniciaram. Esta não é a lição a ser tirada. A COVID-19, as mudanças climáticas e agora o espectro de uma crise alimentar global demonstram claramente que os problemas do mundo estão muito entrelaçados e ligados, assim como as soluções. O poder da cooperação foi demonstrado na resposta coordenada ao combate da pandemia do COVID-19. É necessário mais cooperação, não menos, para superar outras crises e virão no futuro. Isso pode se aplicar até mesmo à inflação, um problema agudo que muitas pessoas em vários países, esperam que seus governos nacionais resolvam. A inflação está agora mais alta do que em qualquer outro momento desde o início da década de 1980, o que significa que muitas pessoas não podem continuar comprando os mesmos produtos e serviços. A alta inflação em outras economias desenvolvidas ressalta que o aumento dos preços é um fenômeno global, causado em grande parte por interrupções globais no fornecimento de combustível, alimentos e outros bens. Como muitas vezes acontece, são os países mais pobres que sofrem o impacto, e a história mostra que a fome pode rapidamente se tornar mortal. Nigéria, Somália, Etiópia, Egito e Iêmen, entre outros países no mundo, já sofrem com a escassez de alimentos. É louvável que estejam sendo feitas tentativas para colocar o abastecimento mundial de alimentos à frente das demandas de conflitos bélicos. O dilema entre o interesse pessoal e o bem-estar da coletividade já foi caracterizado como a Tragédia dos Comuns. Embora a expressão exista desde o século XIX, ganhou popularidade em 1968, com o lançamento de livro do ecologista Garrett Hardin, no qual o autor alertava para os riscos de perecimento de recursos naturais no caso de sua exploração desmedida. Os COMUNS segundo Garrett Hardin (1968), são os recursos ambientais como o ar, a água, o solo e os recursos ecossistêmicos de uso compartilhado e comum a todas as espécies e que precisam ser utilizados de forma racional e equilibrada evitando assim, o seu esgotamento ou deterioração, o que seria uma verdadeira tragédia para a vida na Terra. As sociedades humanas vivem o paradigma do consumismo. Após a revolução industrial, a humanidade vem atuando massivamente na superfície do planeta, alterando dramaticamente as paisagens naturais. Muito mais do que em outras épocas. É imperioso aceitar que os efeitos das ações descontroladas e inconsequentes dos seres humanos no planeta afetarão em um primeiro momento os sistemas mais frágeis e as comunidades menos favorecidas. Ao final entretanto, todos sofrerão severamente o resultado da insensatez humana. A biosfera disponibiliza o necessário para a vida equilibrada de todos os seus habitantes. Porém não conseguirá atender aos excessos, pois possui uma capacidade de suporte que é finita. Nenhuma política social do terceiro milênio pode ser dissociada de políticas ambientais firmes e protetivas dos ecossistemas e dos recursos comuns, pois caso contrário estará na contramão das possibilidades de permanência e sobrevivência da espécie humana no planeta.

FONTES:

https://www.nytimes.com/es/2022/06/20/espanol/opinion/escasez-alimentos-inflacion.html

https://www.jota.info/opiniao-e-analise/colunas/reg/coronavirus-e-a-tragedia-dos-comuns-25032020

https://www.biotadofuturo.com.br/a-tragedia-dos-comuns/

IMAGEM:

https://www.bbc.com/portuguese/articles/cd10r9l3g7yo

Trilha sonora: composição pessoal.

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Cooperativas.

Como criar uma Cooperativa? A organização deve ser guiada por princípios democráticos e pode reunir pescadores, trabalhadores rurais e prestadores de serviço em geral. No país, há quase 5.000 cooperativas registradas. Juntas, elas representam cerca de 20 milhões de cooperados, segundo a OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras). Ao contrário de uma empresa convencional, a cooperativa é uma propriedade coletiva, formada por pessoas que se unem de forma voluntária. Por norma, o número mínimo de integrantes é 20, mas podem haver algumas exceções. Tradicional em diferentes setores, o cooperativismo pode ser adotado, por exemplo, por pescadores, trabalhadores rurais, médicos e prestadores de serviço em geral. A receita para que uma cooperativa funcione e gere resultado financeiro satisfatório é o respeito aos princípios democráticos. Um dos principais desafios das cooperativas é a governança. Nem sempre os interesses são convergentes e isso pode acarretar ruptura entre grupos e até levar ao fim das atividades.

[...] Os rendimentos são partilhados conforme o número de cotas de cada cooperado. Da mesma forma, é feito o rateio da taxa de administração e serviços, cujo percentual varia de acordo com a atuação da cooperativa. Também é variável o número de membros da diretoria ou do conselho de administração --escolhidos por votação. Mesmo após o início das atividades, a regularidade das assembleias é fundamental. Elas devem ser realizadas sempre que necessário, com pauta de decisões comunicada previamente a todos. Até o quórum necessário para as aprovações deve constar do estatuto. Cooperativas com grande número de cooperados podem adotar a representação por delegados, quando um membro é eleito para representar uma determinada quantidade de integrantes.

Fonte (texto - créditos): 

https://www1.folha.uol.com.br/mpme/2021/11/saiba-como-criar-uma-cooperativa.shtml?utm_source=sharenativo&utm_medium=social&utm_campaign=sharenativo

Imagem (créditos): 

Processo de triagem dos materiais na cooperativa de coleta seletiva Coopercaps. Foto: Danilo Verpa / Folhapress.

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=8NJpmg6v4Mg.     The Best of Richard Clayderman / BEST PIANO MUSIC #piano #pianomusic #bestpianomusic.

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Manejo com fogo: aumento da diversidade funcional.

Manejo com fogo aumenta diversidade funcional e fixação de carbono nas savanas. As gramíneas que compõem as savanas tropicais evoluíram há cerca de 8 milhões de anos, na presença do fogo, muito antes do surgimento da espécie humana no planeta. E o fogo continua a ser um importante fator evolutivo nesse tipo de bioma. Há evidências de que o fogo promove a diversidade funcional devido às estratégias de regeneração das plantas depois das queimadas. E também contribui para a fixação de carbono no solo e no subsolo. Para determinar como o fogo interfere nos processos que ocorrem nas savanas, pesquisadores mediram diversos parâmetros em duas áreas distintas do Cerrado: uma que pega fogo frequentemente e estava recém-queimada e outra que se encontrava já há 16 anos sem queimar. Os estudiosos nfocaram especificamente duas características dessas áreas: a diversidade funcional da vegetação e a dinâmica de carbono.

[...] Áreas que ficam muito tempo sem pegar fogo começam a perder biomassa subterrânea. O estudo mensurou os estoques de carbono das duas áreas, tanto o carbono fixado na biomassa, quanto o carbono fixado no solo em função da decomposição das folhas, galhos, caules e raízes. Foram feitas medições do que estava acima do solo e o que estava até 20 centímetros abaixo. Vale enfatizar que as savanas e as florestas tropicais são realidades muito diferentes. Uma queimada de grandes proporções tem efeito desastroso na Floresta Amazônica, levando à perda de biodiversidade e, no limite, ao colapso de toda a área afetada. Além do impacto sobre o clima regional e global. Já no Cerrado, o uso criterioso do fogo, com rotação das áreas queimadas e queima na época certa, é uma técnica de manejo altamente desejável. O estudo comprovou que a exclusão do fogo leva a perdas de carbono e diversidade funcional do solo”.

Fonte (texto e créditos):

O artigo Fire promotes functional plant diversity and modifies soil carbon dynamics in tropical savanna pode ser acessado em www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048969721073939?dgcid=author.

https://agencia.fapesp.br/manejo-com-fogo-aumenta-diversidade-funcional-e-fixacao-de-carbono-nas-savanas/37775/

Imagem (créditos):

https://agencia.fapesp.br/manejo-com-fogo-aumenta-diversidade-funcional-e-fixacao-de-carbono-nas-savanas/37775/

Estudo da Unesp mensurou a quantidade de espécies e seus atributos, bem como a dinâmica do carbono em duas áreas distintas do Cerrado: uma submetida a queimadas regulares e outra que ficou 16 anos sem queimar (área do Cerrado manejada regularmente com fogo; foto: acervo das pesquisadoras).

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=4wYCet9rtEo. LEO ROJAS - El Condor Pasa - Matsuri.

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Turbinas eólicas ambientalmente amigáveis.

Equipamentos de energia renovável mais amigáveis. A energia eólica é limpa e renovável. A brisa não é apenas infinita em vários lugares da Terra - embora variável dependendo da localização - também cria energia sem queimar nenhum combustível fóssil caro e deixa de poluir o ar. Para alguns, é um elixir ambiental. Para outros, nem tanto. Os planos para um enorme parque eólico no planalto de "Somuncura", na Argentina, um extenso deserto perto da costa atlântica, estão levantando preocupações. Este planalto na Patagônia argentina é único com uma proliferação de espécies pequenas e altamente endêmicas que não são encontradas em nenhum outro lugar da Terra. O local proposto pelo projeto cruza o lar de 66 aves da espécie de condor dos Andes, uma espécie majestosa de ave resgatada da beira da extinção na região graças a um esforço de conservação de décadas. O condor é a maior ave voadora do mundo e a que tem a terceira maior envergadura de asas, com 3,3 metros (perdendo somente para o Marabu, cuja envergadura de asas chega a 3,5 metros e para o Albatroz-errante que chega à mesma envergadura). O condor pode chegar a pesar 14 quilos e voar até 300 quilômetros por dia. Eles são capazes de voar por distâncias superiores a 170 quilômetros sem bater suas asas. [...] Projetos de parques eólicos em todo o mundo colidiram com outros objetivos e obstáculos ambientais, criando dilemas complicados à medida que a humanidade tenta criar um futuro de baixo carbono e ecologicamente correto. Por que as pás das turbinas eólicas são pintadas de preto? Nada fica despercebido por aqueles que projetam e constroem turbinas eólicas. Um engenheiro projetista de energia renovável, ressalta que há décadas de esforço para solucionar os problemas ambientais causados ​​pelo projeto, instalação e operação de turbinas eólicas. Já está disponível a tecnologia alimentada por Inteligência Artificial que pode detectar pássaros que se aproximam e girar as lâminas (pás) eólicas para reduzir o risco de colisões mortais, enquanto pintar turbinas de preto melhora sua visibilidade. [...] Qual é o impacto dos parques eólicos na vida marinha? A pesquisa ainda é contestada sobre o impacto dos parques eólicos marinhos na vida marinha. Um relatório da Agência Europeia do Meio Ambiente de 2022 destacou que alguns problemas potenciais são causados ​​pelo ruído subaquático durante a construção, que pode deslocar certas espécies de peixes e interferir na localização do eco. [...] Muito dinheiro está sendo investido tentando melhorar o processo de reciclagem das pás, particularmente novos tipos de plástico que permitem que as peças da turbina sejam desmontadas e reutilizadas com mais facilidade. 

Fontes (textos/créditos):

https://www.euronews.com/green/2022/11/06/protected-species-trump-new-turbines-how-a-renewables-designer-works-around-wildlife

https://pt.wikipedia.org/wiki/Condor-dos-andes

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=UdNOqNHxoQI - Classical Music for Brain Power - Bach - HALIDONMUSIC

Imagem (créditos):

https://pt.wikipedia.org/wiki/Condor-dos-andes

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Bio-acústica do solo.

Desvendando os sons desconhecidos da terra. A primeira vez que Marcus Maeder fixou um sensor de ruídos no solo foi por curiosidade. Artista do som e ecologista acústico, ele estava sentado sobre a grama da montanha e fincou no solo um microfone especial que ele havia construído. Ele certamente não estava preparado para a algazarra que invadiu seus fones de ouvidos. Eram sons muito estranhos. Havia vibrações, trinados e raspagens. Você precisa de um vocabulário novo para descrevê-los. Maeder percebeu que estava espionando criaturas que vivem no solo. Os ecologistas sabem há muito tempo que a terra abaixo dos nossos pés abriga a maior diversidade e quantidade de vida que quase qualquer outro lugar do planeta. Para o leigo, o solo parece pouco mais que uma camada compacta de terra suja. Mas, na verdade, o solo é um cenário labiríntico de túneis, cavidades, raízes e detritos em decomposição. [...] A vida no subsolo é uma caixa preta. À medida que a abrimos, percebemos como nosso conhecimento é pequeno. A compreensão dessa vida no subsolo é importante porque a ecologia do solo é fundamental. O solo ajuda a transformar elementos nutrientes como carbono, nitrogênio, fósforo e potássio, que alimentam as plantas, para termos comida, florestas ou para preencher o ar com oxigênio e todos nós podermos respirar. Cada organismo do solo produz sua própria trilha sonora. Larvas que se alimentam de raízes emitem cliques curtos enquanto rompem as fibras da sua refeição. Minhocas sussurram enquanto se arrastam pelos túneis, da mesma forma que as raízes das plantas à medida que empurram grãos de terra. Mas as raízes se movem mais lentamente que as minhocas e em velocidade mais constante. Diferenciando esses sons, os estudiosos da acústica do solo pretendem esclarecer questões que ainda estão sem resposta, como por exemplo: quando as raízes das plantas crescem? à noite? durante o dia? somente quando chove? [...] Para sua decepção, os pesquisadores estão descobrindo que nem tudo que eles detectam no solo é novo e exótico. Alguns ruídos são inquietantemente familiares, onde é possível "ouvir locais de construção e rodovias que estão distantes. Até aviões." Ainda não se sabe ao certo qual o impacto da poluição sonora humana sobre a vida subterrânea. É difícil acreditar que não haja nenhum impacto. E os cientistas também estão descobrindo que a orquestra subterrânea de atividade animal começou a ficar em silêncio em grandes trechos de terra, particularmente nas fazendas de agricultura intensiva, onde "as coisas ficam quietas". A redução do ruído indica diminuição da biodiversidade e, portanto, solo menos saudável. Isso coincide com um relatório recente da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) que concluiu que um terço da terra do mundo já sofreu degradação pelo menos moderada, muitas vezes devido à agricultura. Talvez a acústica do solo ajude mais pessoas a perceber a importância do que está em risco. Um projeto iniciado recentemente de ciência cidadã que empresta sensores acústicos para as pessoas ouvirem por si próprias a atividade subterrânea em alguns países europeus. As gravações estão sendo reunidas em uma biblioteca nacional de sons do solo, na esperança de incentivar a conscientização.

Fonte (texto/créditos):

https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-61793019

Imagem (créditos):

https://www.bbc.com/portuguese/vert-fut-61793019

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=vEngXaIvQWY - Film Music on Piano | Movie Soundtracks: Piano Covers - HALIDONMUS.

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Efeitos das mudanças climáticas na saúde humana.

A poluição do ar é causada principalmente pela queima dos mesmos combustíveis fósseis que causam as mudanças climáticas. E ar poluído gera muitos problemas respiratórios para todos nós, inclusive elevando a mortalidade devido a doenças cardiovasculares e pulmonares. Além disso, as mudanças no clima podem deixar mais favorável à propagação de doenças transmitidas por vetores e outras doenças infecciosas. Sabe o arroz e feijão do nosso prato? Eles podem ser impactados pelo aumento das temperaturas na Terra. Se chove mais ou menos do que o esperado no campo, a colheita pode sofrer danos e nossa comida ficar bem mais cara. E a mudança no padrão de chuvas é uma das consequências da emergência climática, que já estamos vendo e sentindo no bolso.


Existe um ditado popular que diz: “pior cego é aquele que não quer enxergar”. Outra frase verdadeira é aquela que diz: “Quer conhecer a pessoa? Dai poder a ela”. Infelizmente esses dois ditados parece que ainda continuam presentes na grande parte de nossa sociedade, e em muitos governantes, que são responsáveis pela adoção e fiscalização de políticas de saneamento básico e de meio ambiente. Além das interferências das mudanças climáticas no aumento da desigualdade social, redução das florestas e deslocamentos humanos por meio das migrações e também sobre os povos indígenas. [...] Aqui estão apenas 10 maneiras pelas quais já estamos vendo as mudanças climáticas impactando o corpo humano – algumas você já está vivenciando, algumas você pode esperar, enquanto outras são mais discretas. 1º Estresse térmico no coração. 2º Perturbação do sono. 3º Problemas respiratórios. 4º Danos nos rins. 5º Alergias agravadas. 6º Danos à circulação do coração. 7º Infertilidade. 8º Desnutrição. 9º Saúde mental. 10º Micro plásticos encontrados em nossos corpos. [...] Como podemos agir?


À medida que nos tornamos cada vez mais conscientes do impacto que as mudanças climáticas têm em nossa saúde, há esperança de que ações sejam tomadas para mudar o futuro.


O Acordo de Paris responsabiliza os países para limitar o aquecimento global a menos de 2 graus Celsius. Cientistas e ativistas estão oferecendo soluções para mitigar os riscos. Os governos estão sendo desafiados a agir, e rapidamente. Há esperança. Mas sem uma ação urgente, a saúde humana continuará sendo afetada negativamente pelas mudanças climáticas e o destino das gerações futuras parece sombrio.

Fontes (créditos):

https://www.euronews.com/green/2022/06/18/infertility-heart-failure-and-kidney-disease-how-does-climate-change-impact-the-human-body

https://www.greenpeace.org/brasil/blog/falar-de-mudancas-climaticas-e-falar-sobre-a-sua-vida/?utm_term=&utm_campaign=pareto.de.gsn+-+Sales-Performance+Max+-+DOA%C3%87%C3%83O&utm_source=google&utm_medium=cpc&hsa_acc=3659611372&hsa_cam=16555859233&hsa_grp=&hsa_ad=&hsa_src=x&hsa_tgt=&hsa_kw=&hsa_mt=&hsa_net=adwords&hsa_ver=3&gclid=CjwKCAjw-rOaBhA9EiwAUkLV4ooParl6FgY6i5pzSrMc_SMQi_ojt7679DhM840IS6cZPkSpNBFkThoCnBwQAvD_BwE

Imagem (créditos):

https://www.greenpeace.org/brasil/blog/falar-de-mudancas-climaticas-e-falar-sobre-a-sua-vida/?utm_term=&utm_campaign=pareto.de.gsn+-+Sales-Performance+Max+-+DOA%C3%87%C3%83O&utm_source=google&utm_medium=cpc&hsa_acc=3659611372&hsa_cam=16555859233&hsa_grp=&hsa_ad=&hsa_src=x&hsa_tgt=&hsa_kw=&hsa_mt=&hsa_net=adwords&hsa_ver=3&gclid=CjwKCAjw-rOaBhA9EiwAUkLV4ooParl6FgY6i5pzSrMc_SMQi_ojt7679DhM840IS6cZPkSpNBFkThoCnBwQAvD_BwE

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7 months ago
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Florestas tropicais resilientes a mudanças climáticas.

Estudo revela fatores que tornam as florestas tropicais mais resilientes a mudanças no clima. (*) Em estudos recentes, um grupo internacional de pesquisadores buscou compreender quais aspectos do funcionamento das florestas tropicais podem garantir maior ou menor resiliência às mudanças climáticas globais. Como explicam os autores, em um ecossistema todos os organismos interagem entre si e com diversos fatores ambientais, como temperatura e disponibilidade de água, por exemplo. Essas interações são influenciadas tanto pela diversidade de espécies como pela diversidade de grupos de espécies com funções específicas dentro de um mesmo ecossistema, ou seja, pela diversidade funcional. Outro conceito importante para a compreensão da pesquisa é a redundância funcional – que ocorre quando em um mesmo ecossistema existem várias espécies que desempenham a mesma função. Nesse caso, se uma delas desaparecer, sua função ecológica não estará perdida. No trabalho, os pesquisadores analisaram as relações entre a diversidade funcional e a redundância funcional das florestas tropicais com sua capacidade de adaptação a mudanças. 

[...] Os resultados das pesquisas mostram que as mudanças climáticas estão alterando as condições da Terra, afetando o clima regional e, em um futuro próximo, o aquecimento global provavelmente causará o surgimento de condições climáticas sem precedentes nas regiões tropicais. Portanto, determinar a distribuição das florestas tropicais mais ou menos resilientes a um clima em mudança e entender os mecanismos envolvidos é fundamental para a conservação da biodiversidade e do funcionamento dos ecossistemas.

Fonte (texto e créditos):

O artigo Functional susceptibility of tropical forests to climate change pode ser lido em: www.nature.com/articles/s41559-022-01747-6. (*) Com informações de Érica Speglich, do boletim Biota Highlights.

https://agencia.fapesp.br/estudo-revela-fatores-que-tornam-as-florestas-tropicais-mais-resilientes-a-mudancas-no-clima/38694/

Imagem (créditos):

Vista aérea da floresta estacional semidecidual no Parque Estadual Morro do Diabo, em Teodoro Sampaio, Estado de São Paulo (foto: Edmar Jr / Wikimedia Commons).

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=fvDL3narpA0. Sunny Mornings.

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8 months ago
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Convivência entre seres humanos e animais selvagens.

À medida que os humanos invadem cada vez mais o mundo natural, muitas espécies selvagens lutam para sobreviver. Essa ameaça existencial geralmente é pior perto de centros humanos. Mas não precisa ser assim, sugere um novo estudo. Pesquisadores analisaram registros paleontológicos para comparar a distribuição histórica das 14 maiores espécies da Ásia com suas populações nas florestas tropicais atuais. Eles descobriram que tigres, elefantes, javalis e leopardos na verdade tinham números populacionais mais altos perto dos humanos. Os resultados mostram que, sob certas condições, alguns animais de grande porte podem viver perto de humanos e evitar a extinção. Esses resultados desafiam a narrativa dentro de alguns círculos de conservação de que humanos e megafauna são incompatíveis. Por que alguns animais prosperam perto de humanos? Normalmente, os grandes animais lutam para viver ao lado dos humanos, porque são alvos de caçadores. Essa tendência é chamada de “rebaixamento trófico.” Mas os humanos também podem ajudar os animais, sugere o estudo. No caso de tigres, elefantes, javalis e leopardos, suas populações asiáticas são maiores nas proximidades de humanos. [...] É preciso também termos em mente que muitos animais selvagens, por exemplo da nossa Amazônia, além de serem parte do cotidiano da vida de caboclos, atraem cada vez mais o interesse de criadores e colecionadores de espécimes exóticos. É notável essa vontade de interagir com animais silvestres, levando pessoas, muitas vezes, a negligenciarem a legislação, estabelecendo o trafico de animais silvestres, o terceiro maior comércio ilegal em nosso país. Além das questões legais que concernem à posse, compra e venda de animais silvestres, é importante levantar a questão sanitária. Estudos comprovaram que grande parte das doenças infecciosas emergentes é representada por patógenos causadores de zoonoses e, destes, 72% têm origem em animais silvestres. Portanto, a estreita convivência entre animais silvestres, sem que os mesmos tenham sido devidamente inspecionados por médicos veterinários em criatórios legalizados, pode levar à disseminação de agentes etiológicos causadores de diversas enfermidades ao homem e aos animais domésticos.


Fontes (textos/créditos):

https://www.euronews.com/green/2022/10/24/defying-extinction-asian-tigers-leopards-and-elephants-can-thrive-near-humans-research-sho

https://umsoplaneta.globo.com/biodiversidade/noticia/2021/07/13/humanos-e-animais-selvagens-podem-coexistir-em-paz-novo-estudo-indica-que-sim.ghtml   Animais silvestres – convivência e riscos. PDF. Vania Maria França Ribeiro e Luciana dos Santos Medeiros (colaboradoras). UDUFAC.

Imagem (créditos):

https://www.euronews.com/green/2022/10/24/defying-extinction-asian-tigers-leopards-and-elephants-can-thrive-near-humans-research-sho

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=HeQGJxmT-xI&list=RDMM&start_radio=1&rv=u9QKQF5GPBk - Forever - 

Peder B. Helland

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A ameaça invisível à vida das baleias nos oceanos.

A poluição sonora dos oceanos é algo real. Muitos acham que o fundo do mar é completamente silencioso. Quem mergulha no oceano a poucos metros de profundidade ou até mesmo quem assiste a alguns documentários na televisão tem a impressão de que se trata de um ambiente muito calmo. No entanto, há muito barulho no mar, como a crepitação de corais e os sons emitidos por cachalotes (uma espécie de baleia), golfinhos e muitos outros animais. Os sons no oceano são naturais, mas hoje estão dez vezes mais altos do que em meados do século XX. E é claro que a humanidade está envolvida nisso. Surgiram, com o passar das décadas, novas tecnologias de navegação e de pesquisas sísmicas (que usam extensas ondas de som a fim de explorar o fundo do oceano e seus recursos naturais) que estão afetando a vida marinha e causando poluição sonora. Um estudo publicado em 2015 analisou a poluição sonora dos oceanos e seus efeitos na biota marinha. Para se ter uma ideia, pesquisas sísmicas intensas atingem uma média de 230 decibéis (dB) – um show de rock atinge entre 105 dB e 120 dB. Esse nível de som afeta a audição dos animais de acordo com a exposição, coloca em risco a comunicação entre espécies e submete o animal a um estresse de longo prazo, o que provoca problemas psicológicos e reprodutivos. [...] Animais marinhos como as baleias usam o som para fazer de tudo, desde comunicar-se e viajar até procurar alimento e encontrar ambientes seguros. O som viaja mais rápido e mais longe na água que no ar e os animais marinhos se aproveitam disso. Mas isso também significa que o zumbido quase constante da poluição sonora subaquática, como o causado pelo tráfego dos navios, pode prejudicar muito o seu modo de vida. Nos últimos 50 anos, o aumento da navegação fez crescer em 30 vezes o ruído de baixa frequência existente ao longo das principais rotas marítimas. Imagine seu vizinho no andar de cima reformando seu apartamento e você em uma importante apresentação profissional em uma chamada de vídeo. Você terá muita dificuldade para ouvir e comunicar-se com seus colegas para fazer um trabalho adequado. É isso que os animais marinhos que vivem ou migram perto dos ruídos humanos precisam suportar na maior parte do tempo. [...] O som de baixa frequência tem longo alcance e pode prejudicar as comunicações entre os animais marinhos em uma área muito grande. Os golfinhos-nariz-de-garrafa, por exemplo, usam todo tipo de sons para comunicar-se entre si. Alguns desses sons podem ser detectados por outros golfinhos a mais de 20 km de distância e são frequentemente prejudicados pelos ruídos de origem humana.

Fonte (texto/créditos): https://www.ecycle.com.br/poluicao-sonora-dos-oceanos/

Trilha sonora (créditos): Tomaso Albinoni Oboe & Violin Concerto. Classical Tunes | Música Clássica. https://www.youtube.com/watch?v=pblCSOzzGhM

Imagem (créditos):  https://www.ecycle.com.br/poluicao-sonora-dos-oceanos/

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9 months ago
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Mudanças climáticas devem criar novos ecossistemas.

Como podemos redesenhar estratégias de conservação de biodiversidade em meio à crise do clima? Não é possível, hoje, bater o martelo a respeito da evolução das tendências climáticas — exatamente como e onde vão ocorrer, e em que grau de intensidade —, mas modelos científicos já predizem que os biomas ao redor do mundo sofrerão grandes alterações na composição de suas espécies. Ou seja: haverá novos ecossistemas, mas ainda existem incertezas sobre quais vão permanecer, e em que lugar do planeta. Por isso os dados de que dispomos são de difícil implementação em políticas públicas de preservação e uso da terra. De qualquer modo, é urgente que se enfrentem os desafios com as armas que hoje temos em mãos. E por que as mudanças climáticas põem em risco as espécies? Porque as condições do clima nas regiões onde elas vivem se tornam inadequadas à sua sobrevivência. Assim, sua subsistência pode depender de elas serem bem-sucedidas em alcançar regiões favoráveis, mas esse processo pode ser interrompido por paisagens ou barreiras que dificultam sua dispersão, como terras agrícolas e cidades. Dado esse contexto, uma das melhores e menos exploradas opções para evitar as extinções decorrentes de mudanças climáticas seria estabelecer uma rede sólida de reservas biológicas e parques nacionais, dentre outros.


À mudança do clima se soma a uma série de ameaças que já afetam a conservação de espécies e ecossistemas, como a fragmentação de habitats e mudanças do uso do solo, incêndios e poluição, produzindo efeitos sinérgicos e de difícil previsão e monitoramento. Os maiores castigados pelas mudanças climáticas serão provavelmente os países tropicais, tais como o Brasil. Segundo os relatórios do IPCC - Painel Intergovernamental para a Mudança de Clima -, poderão ocorrer uma série de inundações, em virtude da intensificação das tempestades, e períodos longos de estiagem. Nessas duas situações, a pecuária e a agricultura poderão ser prejudicadas, assim como a sobrevivência de diversas espécies. [...] Se as espécies precisam chegar a novas regiões conforme o clima muda, será que a atual rede de áreas protegidas serão efetivos esforços de preservação? A resposta, talvez uma das mais cruciais aos gestores preocupados com os ecossistemas naturais, urbanos e agrícolas, exige o uso de dados mais sólidos, supercomputadores e abordagens de ciências sociais que considerem a implementação dos modelos de mudanças climáticas e seu contexto de aplicação. Afinal, decisões sobre prioridades de subsistência são tomadas em ambientes do mundo real, onde a biodiversidade e seus movimentos são apenas um dos conjuntos de preocupações. É possível que existam milhões de pessoas em terras que seriam de interesse para políticas de preservação. Como promover a autonomia e a autodeterminação das pessoas que chamam essas terras de sua casa? Como integrá-las aos esforços para mitigar os impactos das modificações climáticas? Projetos para o futuro devem integrar o uso de dados mais sólidos e confiáveis de biodiversidade e cenários de mudanças climáticas com a participação das partes interessadas e dados de ciências sociais já no processo de concepção. Essa abordagem multifacetada é do interesse de todos, pois tem o potencial de otimizar o cumprimento de metas relacionadas ao bem-estar humano no curto e longo prazos. Mas, considerando a enorme lacuna que ainda existe entre ecologia, ciências sociais e governança ambiental, será que chegaremos lá a tempo de minimizar os impactos das alterações do clima?

Fontes (créditos):

https://serrapilheira.org/mudancas-climaticas-vao-criar-novos-ecossistemas/

https://pt.wikipedia.org/wiki/Metas_de_Aichi

Imagem (créditos):

https://serrapilheira.org/mudancas-climaticas-vao-criar-novos-ecossistemas/

Ilustração: Valentina Fraiz - Por: Danilo Neves.

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Descobertas incríveis no Oceano Ártico.

Os cientistas descobriram um ecossistema surpreendentemente rico e densamente povoado que cresce nas profundezas do Oceano Ártico. Enormes “jardins de esponja” – como poderíamos assim dizer - foram encontrados vivendo nos picos de vulcões extintos perto do Polo Norte durante uma expedição de um navio polar de pesquisas. Essas criaturas primitivas são uma das formas mais básicas de vida animal e podem ser encontradas em todo o mundo, desde recifes tropicais rasos até as profundezas do Oceano Ártico. Usando uma câmera muito abaixo do gelo, a equipe capturou imagens dos jardins de esponjas. Depois de analisar as amostras no laboratório, eles determinaram que tinham em média 300 anos. Prosperando no topo dos extintos montes submarinos vulcânicos foram encontrados enormes jardins de esponjas. Com muita pouca luz penetrando na superfície gelada, não há muita comida nessas profundezas. A equipe sugere que as esponjas marinhas podem estar se alimentando de restos de animais que foram extintos há milhares de anos. [...] Este é um ecossistema único. Nunca foi visto nada parecido antes no alto Ártico Central. O Ártico também é uma das regiões mais afetadas pelas mudanças climáticas, com o gelo marinho recuando a um ritmo alarmante. A descoberta destaca o quanto ainda há para aprender sobre as partes mais profundas de nossos oceanos – e o que corremos o risco de perder com as mudanças climáticas. Com a cobertura de gelo marinho diminuindo rapidamente e o ambiente oceânico mudando, um melhor conhecimento dos ecossistemas de hotspots é essencial para proteger e gerenciar a diversidade única desses mares do Ártico sob pressão. [...] Essa descoberta abre caminho para existência de outros oásis de esponjas marinhas no Ártico. Provavelmente esse estilo de alimentação sem precedentes abre a possibilidade de que haja mais desses oásis de esponjas em todo o Oceano Ártico. Certamente há mais áreas de esponjas que são semelhantes a esta posicionada ao longo da cordilheira vulcânica. Tais oásis seriam boas notícias para uma variedade de outras criaturas. Como os corais, as esponjas são engenheiras eficazes de ecossistema. À medida que crescem, elas criam uma variedade de recantos e fendas para outros animais viverem. As esponjas também criam uma superfície pegajosa onde bactérias e detritos podem se instalar. Isso age como um prato de matéria orgânica que atrai outros animais em alto mar. Quando pesquisaram as áreas de esponjas do Ártico, os cientistas também descobriram camarões minúsculos, pequenos vermes e estrelas do mar. Até tufos de corais profundos saíram debaixo das esponjas comedoras de fósseis. À medida que as esponjas se baseiam nas ruínas do antigo ecossistema de fósseis, elas criam novas oportunidades ecológicas.

Fontes (textos/créditos):

https://www.euronews.com/green/2022/02/09/scientists-discover-huge-sponge-gardens-thriving-deep-under-the-north-pole

https://olhardigital.com.br/2022/02/14/ciencia-e-espaco/biologos-se-surpreendem-com-esponjas-marinhas-que-se-alimentam-de-fosseis-no-artico/

https://brasilescola.uol.com.br/o-que-e/biologia/o-que-e-hotspot.htm

Imagem (créditos):

https://olhardigital.com.br/2022/02/14/ciencia-e-espaco/biologos-se-surpreendem-com-esponjas-marinhas-que-se-alimentam-de-fosseis-no-artico/

Trilha sonora (créditos):

https://www.youtube.com/watch?v=UdNOqNHxoQI - Classical Music for Brain Power - Bach -

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9 months ago
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