
Entra e sai estação e, a cada mudança, lojas de departamento que geralmente são franquias, produzem coleções gigantes para atender a demanda mundial de “estar sempre dentro da moda”. O fast fashion se baseia no uso quase descartável das roupas que estão sempre seguindo tendências voláteis. E constantemente, ofertando produtos de sazonalidade a preços baixos (ou não, às vezes lojas fast fashion vendem caro uma peça que estará na moda por apenas alguns meses e depois não terá mais valor nenhum). Estão envolvidos nessa problemática os valores sociais de consumo-descarte-consumo; a necessidade de se auto afirmar socialmente e, principalmente, a dificuldade que temos em preferir comprar uma roupa mais cara que irá durar mais tempo do que comprar uma roupa barata que, daqui a alguns meses, estará fora da moda e muitas vezes, estragada. Mais da metade das roupas de fast fashion são descartadas antes de 1 ano. Para que a indústria da moda possa produzir tudo de forma tão rápida, e os recursos naturais são explorados ao máximo. [...] Essa realidade do fast-fashion propõe uma produção rápida de roupas geralmente sem qualidade, os produtos são feitos para ser consumidos logo, e depois descartados. Quando olhamos de uma forma geral para esse setor, entendemos que antes de tudo precisamos de uma mudança sistêmica (...) ainda precisamos caminhar muito e de mais responsabilização das marcas. Quais seriam as Soluções? Para solucionar essa realidade nociva do processo de produção e de descarte dos produtos têxteis, recomenda-se a adoção da economia circular. [...] Temos também a economia regenerativa. Precisamos pensar em processos produtivos que estejam contribuindo para a regeneração do nosso sistema, como matérias-primas que venham de uma produção agroflorestal e orgânica, trazendo nutrientes para o solo e respeitando o seu tempo de produção. [...] Você sabe o que slow-fashion? O slow fashion é um movimento de consumo desacelerado que usa de diversas ações, ideias e conceitos para ser colocado em prática. Um dos pilares é a produção de roupas atemporais, ou seja, que não sirvam apenas para uma moda que durará alguns meses. Você com certeza consegue pensar em outras tendências passageiras da moda, tendências essas, que muitas vezes, não combinam com sua personalidade ou estilo e que muito provavelmente já foram para o lixo há muito tempo. Mas sem pânico, agora que você tem consciência dos problemas acarretados pela indústria da moda, vamos recomeçar! Compras em brechó - Outro ato do slow fashion é a compra de roupas em brechós. Hoje em dia existem brechós dos mais variados tipos; de roupas de grife, de roupas de marcas mas com valor mais em conta e brechós com roupas baratinhas que exigem um pouco de garimpo para encontrar itens que se encaixem em seu estilo. Isso é muito bacana pois você deixa de comprar roupas, e colaborar com a indústria fast fashion, comprando uma roupa que já foi usada mas que continue em perfeito estado – assim, evitando que ela vá para o lixo e polua a natureza. [...] Outra proposta seria a roupa usada como moeda de troca: o usuário devolve a peça, e dependendo do estado, ganha desconto para um novo produto. Já a peça devolvida, dependendo das condições, poderá ser doada ou reciclada e vira uma nova vestimenta.
Fontes (créditos):
https://www.euronews.com/green/2022/03/31/is-this-the-beginning-of-the-end-for-fast-fashion-the-eu-is-moving-to-clean-up-the-dirty-i
https://noticias.r7.com/tecnologia-e-ciencia/qual-e-o-impacto-que-nossas-roupas-causam-ao-meio-ambiente-01122021
https://www.cnnbrasil.com.br/estilo/roupas-descartaveis-novo-padrao-de-consumo-na-era-do-ultra-fast-fashion/
https://ecoassist.com.br/moda-sustentavel-e-impactos-fast-fashion/
Imagem (créditos):
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