Falar sobre o tratamento de fertilidade enquanto ainda estamos a vivê-lo é difícil… mas a Maria João Amorim considera que é importante mostrar todas as fases do processo, mesmo aquelas em que existe vulnerabilidade e incerteza.
Neste episódio, sentamo-nos com as emoções da Maria João e navegamos a sua história em que "correu tudo bem" mas que deixou, inevitavelmente, um trauma reprodutivo.
Depois de ter uma filha, a Maria João decide abrir novamente a porta da infertilidade e tentar ser mãe pela segunda vez. "Vale a pena sujeitar-me a isto tudo novamente?" - a dúvida que apenas o amor é capaz de acalmar e dar resposta.
Por detrás de todos os processos de fertilidade existe uma história de amor... esta é a da Maria João :)
Neste episódio, a Raquel conta-nos o seu percurso de 10 anos de tratamentos de PMA até chegar à Adopção de Embrião. Falámos da necessidade de acompanhamento psicológico antes, durante e depois dos tratamentos; da importância de as equipas de PMA identificaram e anteciparem as necessidades emocionais dos pacientes, de meditação, espiritualidade e sensibilidade aumentada, da sua gravidez vivida com felicidade mas sem êxtase, de querer sentir "tudo" na gravidez e pós parto, da doação de gâmetas e embriões como ato de bonomia e altruísmo, da importância relativa da genética, de adopção enquanto projeto de parentalidade separado da PMA, e da relação de casal como porto de abrigo. Para ouvirem quando se sentirem disponíveis emocionalmente. Não se esqueçam de deixar os vossos comentários, quero saber como ressoou em vocês :)
Dizem-nos que temos 35-50% de hipóteses de engravidar, e o que acontece aos restantes 65-50% de casos? Como ficam as pessoas que têm de recolher os estilhaços da infertilidade sem o tão desejado bebé?
Neste episódio do Podcast "Emoção Fértil", ouvimos a história da Joana Magalhães, e como se reconstruiu depois do abismo das tentativas falhadas de tratamentos de PMA. Um caminho contínuo e sem término previsto, com muito autoamor e paciência.
Porque todas as histórias de fertilidade merecem ser acolhidas, as que têm um bebé nascido e as que têm transformação pessoal e construção de um novo sentido.
Estratégias que ajudaram a Joana no seu processo de fertilidade:
- Desenvolver raciocínio crítico sobre as dietas restritivas, hábitos alimentares e de vida que não têm relação comprovada com a fertilidade, e optar por escolhas equilibradas para o seu corpo e mente;
- “Deixar estar” pensamentos que surgem sobre o que poderia ter feito e que poderia ter resultado em gravidez e escolher não valorizá-los;
- Nomear e elaborar os seus lutos, incluindo o luto do sonho de infância de ser mãe, da identidade, da gravidez bioquímica;
- Procurar terapia e respeitar que precisava de um tempo de pausa da mesma;
- Escrever um blog para direcionar o seu cuidado e dedicação aos outros;
- Apoiar-se nos seus animais de estimação;
- Falar publicamente sobre a infertilidade apenas quando lhe fez sentido;
- Praticar Yoga como forma de se conectar com o corpo e a mente;
- Descentrar-se de si e dos seus problemas, convivendo socialmente com pessoas com percursos diferentes e sendo curiosa com as suas histórias;
- Colocar limites aos tratamentos de fertilidade e à auto-destruição que lhe causavam;
- Comunicar as suas necessidades de forma clara ao companheiro, o seu porto de abrigo durante o processo;
- Ser honesta consigo e permitir-se não fechar totalmente a porta dos tratamentos nem tomar decisões sobre a sua fertilidade sem se sentir emocionalmente preparada.
Neste episódio, a Isabel Coimbra conta-nos o seu olhar sobre o seu processo de fertilidade: tratamentos, gravidez, mais tratamentos, gravidez de gémeas, dois pós-partos, e a esperança de ainda engravidar naturalmente.-
Aqui ficam as estratégias que a Isabel usou para a ajudar no seu processo:
- Ter consciência da impermanência da experiência para conseguir tolerar o desconforto e o cansaço
- Tratar a sua mente por "Tu" e falar em frente ao espelho quando precisava de resolver algo consigo mesma ("Desfusão Cognitiva")
- Conhecer bem o ciclo menstrual (fez formação/consultas com as especialistas Patricia Lemos e Bárbara Yu Belo)
- Ter alguém a quem podia dizer absolutamente tudo e ser autêntica
- Permitir-se chorar de compaixão pelo seu próprio sofrimento
- Partilhar a sua vulnerabilidade e fazer trabalho de comunidade (criou o Podcast Semente)
- Fazer terapia para a ajudar a lidar com a sua ansiedade
- Permitir-se dizer "Não" quando algo não está alinhado com as suas necessidades ou valores
- Experimentar a mudança de perspectiva quando o seu amigo lhe diz "Ah, vais fazer um tratamento por uma coisa boa!"