Resumo:
A ciência já comprovou amplamente os benefícios do contacto com a natureza para a saúde e desenvolvimento humano e neste episódio poderemos compreender como podemos incluir elementos da ecoterapia nos contextos de saúde e educação, recuperando elos ancestrais, reforçando esquemas de sobrevivência inatos e apurados ao longo dos tempos que nos permitem lidar com os desafios da saúde mental na vida contemporânea. Estar na natureza é diferente de estar com a natureza e é aqui que compreendemos que existem diversas abordagens dentro da ecoterapia, onde encontramos a ecopsicologia, a terapia assistida por animais, a horticultura terapêutica, o mindfulness baseado na natureza ou os banhos de natureza. Neste episódio do Podcast Compor Mundos, Irene Monteiro, psicóloga clínica no Hospital Escola Fernando Pessoa, conversa com Carla Ladeira em redor do tema da ecoterapia e sua aplicabilidade em contextos de saúde, educação e sociedade .
Convidada:
Carla Ladeira, terapeuta da fala, com um percurso de formação e experiência diversa, desde a terapia da fala, arteterapia, horticultura terapêutica, garden design, nutrição ortomolecular e psiconeuroimunologia, entregou a sua natureza ao longo desta conversa onde a ancestralidade, a biofilia, as evidências científicas e o potencial da natureza para a saúde humana se combinaram para compor um mundo, que só existe na forte interdependência entre o mundo humano e mais que humano.
Apresentadora:
Irene Bárbara Jouin Monteiro, Psicóloga clínica e arte-terapeuta. Exerce funções na Unidade de Cuidados Continuados do Hospital-escola Fernando Pessoa.
Resumo:
Neste podcast é apresentada a pesquisa que resultou no livro Mudanças Climáticas – Percepções e Comportamentos, de autoria de Tadiane Popp, Evandro Guindati e Karen Schroeder. A investigação mostra como os estudantes do ensino secundário, do Oeste de Santa Catarina, Brasil, percebem as mudanças climáticas, o nível de consciência sobre o problema e comprometimento com o fazer face aos desafios ambientais. Numa região do país que tem sido afetada anualmente com desastres naturais, há uma perceção sobre a responsabilidade individual entre os jovens que, também, acabam por elencar aspetos importantes e inesperados para os investigadores, a serem abordados em futuras pesquisas.
Convidada:
Tadiane Popp – Professora na Universidade do Oeste de Santa Catarina, doutoranda em Ciências da Comunicação pela Universidade Fernando Pessoa. Autora do livro Mudanças Climáticas – Percepções e Comportamentos, atua nas áreas de Educação, Marketing, Administração e Gestão de Tecnologia da Informação.
Apresentadora:
Patrícia Weber - Professora na Universidade Fernando Pessoa e doutorada em Ciências da Informação, na área de Jornalismo e Estudos de Média pela mesma Instituição. Professora e jornalista com especialização nas áreas de Rádio, Metodologia de Pesquisa e Ensino a Distância.
Resumo:
Neste PODCAST os objetivos eram, primeiro, saber um pouco da carreira e do trabalho da nossa convidada; segundo, entender as razões das suas escolhas formativas e das atividades desenvolvidas ao longos destes anos; e, em terceiro lugar, com mais incidência, saber do papel do voluntariado e da economia social na sociedade contemporânea, perante os desafios que enfrentamos.
A profundidade e entusiasmo com que a convidada, Mestre Sónia Fernandes, falou destes temas, permitiu-nos aceder à importância do voluntariado e do espaço de inovação que há numa área nem sempre valorizada. Aproximando-nos do ano de 2016, dedicado pela ONU ao Voluntariado, importa reter as palavras de Sónia Fernandes, num olhar diferenciado, promissor, e absolutamente transformador, do voluntariado e da economia social. De um trabalho que foi visto muitas vezes de forma amadora, não profissionalizada, o voluntariado e a economia social, passaram a ser cada vez mais áreas exigentes, que implicam estratégias de gestão e organização complexas. Das suas palavras resulta a conclusão: o voluntariado transforma a sociedade, mas, sobretudo, transforma aqueles e aquelas que o fazem.
Convidada:
Licenciada em Antropologia (200), é Mestra em AçãoHumanitária, Cooperação e Desenvolvimento (2013). Sendo uma das maiores especialistas em projetos sociais e voluntariado, foi selecionada, em 2023, para ser uma das 100 melhores mulheres em empresas sociais. Autora de várioslivros e manuais sobre voluntariado, é coautora do livro: Manual Completo de Gestão de Voluntariado. Criou a metodologia de capacitação em gestão devoluntariado CaDEI. É Fundadora e Presidente da ONG Pista Mágica – Associação. Com experiência em vários continentes, trabalha na “Conceção e gestão deprojetos sociais de inovação social”; “Voluntariado e gestão de voluntariado”; “Planeamento estratégico de organizações da economia social”. Nestas áreas faz serviços de Formação, Docência e Consultoria.
Apresentador:
Álvaro Campelo - Professor Associado da Universidade Fernando Pessoae Membro do Projeto “Compor Mundos. Membro Integrado no CRIA (Centro em Rede de Investigação em Antropologia), Vice-Presidente da Sociedade Portuguesa de Antropologia e Etnologia; Diretor da Revista Cultural Mealibra, membro doConselho Redatorial de várias revistas da especialidade em antropologia, nomeadamente da revista da UFP Antropológicas. É Antropólogo, e, para além dadocência e investigação, coordena vários projetos de intervenção social em comunidades locais, nacionais e internacionais, nas áreas do património e estratégias de desenvolvimento. Pesquisa e publica nas seguintes áreas: teoria antropológica; antropologia das religiões; antropologia da arte; antropologia do desenvolvimento, antropologia da saúde, e património cultural imaterial.
Resumo: Sabia que a Hipertensão é a Doença da Pobreza? Que outras histórias e contextos imprime a dinâmica socioeconómica à Saúde Pública de um país…? Saúde Pública, por definição, será a aplicação de conhecimentos médicos, que têm como propósito a organização de sistema e serviços de Saúde de forma a verificar, vigiar e controlar os fatores que condicionam e determinam os processos que relacionam as dinâmicas entre 'saúde' e 'doença', com o objetivo primeiro de controlar a incidência de doenças nas populações. Por outro lado, a definição de Saúde defendida pela OMS considera, nos seus primeiros itens, a Saúde como o “completo bem-estar físico, mental e social, e não, simplesmente, a ausência de doença ou enfermidade” e a defendem-na como direito fundamental e como a principal meta social de todos os governos. A partir da conversa com o Prof Doutor José Calheiros, vamos explorar e esclarecer os conceitos de Saúde e de responsabilidade social e individual na Saúde Pública de um país.
Convidado: José Manuel Lage Campelo Calheiros, médico especialista em Medicina Interna, é Doutor em Antropologia Médica, Ciências Sociais e Cuidados da Saúde, é especialista em Saúde Pública, Ambiental e Epidemiologia. Com particular interesse na promoção, desigualdades e determinantes socioeconómicos da Saúde, José Calheiros foi Diretor e Diretor Adjunto da Unidade Norte Instituto Nacional de Saúde Pública, Doutor Ricardo Jorge em 1988-91 e também chefe interino do seu departamento de doenças infeciosas em 2010-14. Para além da vasta experiência no terreno, José Calheiros é professor catedrático convidado na Universidade Fernando Pessoa, diretor do Instituto de Investigação, Inovação e Desenvolvimento (FP-I3ID), presidente da Comissão de Ética para a Saúde do HE-FFP e membro integrado da Unidade de Investigação RISE-Health. Para além da sua brilhante carreira académica e de investigação extensa, José Calheiros recebeu o prémio da Associação Portuguesa de Epidemiologia pelos seus contributos para o desenvolvimento desta área, em Portugal.
Apresentador: Ana Gabriela Nogueira Docente na Universidade Fernando Pessoa (UFP) na área de Rádio, Jornalismo e das Ciências da Comunicação, concluiu o doutoramento em Audiovisual e Jornalismo pela Universidade de Santiago de Compostela (USC) e a licenciatura em Ciências da Comunicação pela UFP. É membro integrado do ICNOVA, Instituto de Comunicação da Universidade Nova de Lisboa, e colabora também no centro de investigação Novos Medios (USC) e no de Cultura y Comunicación Interactiva, da Universidade da Coruña.
Apresentação:
Patrícia Weber,
Docente na Universidade Fernando é doutorada em Ciências da Informação, na área de Jornalismo e Estudos de Média pela mesma Instituição. Também professora na UNISINOS, durante 17 anos, atuou como supervisora de estágio de Rádio na Agência Experimental de Comunicação e foi coordenadora do Núcleo de Ensino a Distância.
Convidada:
Clélia Mello Silva
Bióloga especialista em Biologia Parasitária e Educação. Chefe do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do Instituto Oswaldo Cruz da Fiocruz. Líder do grupo de pesquisa do CNPq -Saúde e Educação Ambiental com ênfase nas relações parasitárias. Coordenadora do mestrado e o Doutorado em Ensino de Biociências e Saúde.
Apresentação:
Ana Gabriela Nogueira
Docente na Universidade Fernando Pessoa (UFP) na área de Jornalismo e das Ciências da Comunicação, concluiu o doutoramento em Audiovisual e Jornalismo pela Universidade de Santiago de Compostela (USC) e a licenciatura em Ciências da Comunicação pela UFP. É membro integrado do ICNOVA, Instituto de Comunicação da Universidade Nova de Lisboa, e colabora também no centro de investigação Novos Medios (USC) e no de Cultura y Comunicación Interactiva, da Universidade da Corunha.
Convidada:
Prof Doutora Mónica Martinez
Especializada em Psicologia Junguiana pelo Instituto Junguiano de Ensino e Pesquisa e graduações em Psicologia pela Universidade de Sorocaba e em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Metodista de São Paulo, é docente do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba, onde conduz pesquisas na Linha Análise de Processos e Produtos Mediáticos e é responsável pelo Grupo de Pesquisa em Jornalismo Literário e Narrativas de Transformação Pessoal e Social.
Resumo:
Com especialização em Psicologia Junguiana, Mónica Martinez, docente do Programa de Pós-graduação em Comunicação e Cultura da Universidade de Sorocaba e é neste cenário que nos vem falar não só das questões da literacia científica versus o aspeto elitista e até sobranceiro da comunicação da Ciência, mas também da ecologia da comunicação e da passagem da consciência ego-sistémica para uma consciência eco-sistémica, nesta busca de que mundos compor na criação de novos sentidos e soluções também anti-epistemicídio, apresentando o “ser humano integrado” e explicando, entre outras conteúdos e conceitos, os Media como ferramentas sociais e porque é que, ao ser humano, foi arrancado o biotempo e esse enraizamento do Homem na realidade ecológica e social.
Apresentação:
Daniel Seabra
Coordenador Científico do Observatório da Violência Associada ao Desporto. Investigador de Claques de Futebol, Movimento Ultra, Hooliganismo e Estilo Casual - Docente da Universidade Fernando Pessoa - Doutorado em Ciências Sociais pelo Instituto de Ciências Sociais da Universidade de Lisboa - Investigador do Centro Interdisciplinar de Ciências Sociais – CICS/NOVA - Investigador do Observatório permanente Violência Crime.
Convidada:
Dr.a Martha Gens
Presidente da Associação Portuguesa de Defesa do Adepto (APDA). Licenciada em Direito - Advogada.
Resumo:
A presidente da APDA dá a conhecer esta associação, bem como as condições do seu surgimento, enunciando os principais motivos da sua criação. A pirotecnia nos estádios de futebol e o enquadramento legal que proíbe o seu uso por parte dos adeptos; diálogo sobre algumas críticas que são apontadas a esta Associação que reitera os motivos da sua existência e também uma visão crítica do enquadramento legal que impende sobre os grupos organizados de adeptos são algumas das temáticas abordadas nesta conversa que termina com Martha Gens a apresentar os planos da APDA para o futuro, nos quais se inclui o reforço da sua internacionalização.
Apresentação:
Patrícia Weber
Docente na Universidade Fernando é doutorada em Ciências da Informação, na área de Jornalismo e Estudos de Média pela mesma Instituição. Também professora na UNISINOS, durante 17 anos, atuou como supervisora de estágio de Rádio na Agência Experimental de Comunicação e foi coordenadora do Núcleo de Ensino a Distância.
Convidado:
Jacques Mick,
Professor Doutor em Sociologia Política e Pró-reitor de Pesquisa e Inovação da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC-Brasil).
Resumo:
A pandemia de Covid-19 foi responsável por profundas mudanças no mundo do trabalho. O trabalho informal foi elevado a um novo patamar e as diferenças sociais se aprofundaram mais do que nunca na sociedade, principalmente nos países subdesenvolvidos. Enquanto nos estados com direitos trabalhistas solidificados houve mudanças na cultura do trabalho, nas demais, verifica-se uma precarização do mercado.
Em Portugal, por exemplo, muitas empresas adotaram o modelo híbrido nas funções que possibilitam esse tipo de modalidade. Porém, como explica o Professor Jacques Mick, no Brasil houve a fragilização do mercado de trabalho. Neste podcast vamos falar sobre a emergência da sociabilidade, a necessidade de uma agenda de igualdade e as perspetivas de futuro na política de emprego.
Apresentação:
Diogo Guedes Vidal
Investigador Auxiliar Convidado no Centro de Ecologia Funcional, Laboratório Associado TERRA, Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra.
Professor Convidado e tutor na Universidade Aberta.
Convidado:
Ana Mendonça
Investigadora no Centro de Ecologia Funcional, Laboratório Associado TERRA, Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra;
Técnica Superior em Ambiente e Sustentabilidade na Câmara Municipal do Cadaval.
Resumo:
Neste episódio, exploramos a complexa interação entre governança, alterações climáticas e bem-estar em contextos insulares, com foco nas realidades da Ilha da Madeira e Las Palmas de Gran Canaria, tendo por base como as perceções locais sobre as alterações climáticas influenciam as políticas de mitigação e adaptação. A partir de uma evolução da comunicação sobre as alterações climáticas nessas ilhas, destacando desafios e oportunidades, discutimos também a estrutura e implementação das políticas climáticas locais, examinando o seu reflexo no conhecimento das comunidades e na promoção da participação. Este episódio oferece uma visão abrangente e inovadora sobre os principais desafios e oportunidades enfrentados pelas comunidades insulares na luta contra as alterações climáticas, destacando a importância da participação comunitária e da governança inclusiva.
Apresentação:
Dra. Irene Bárbara Jouin Monteiro,
Psicóloga clínica e arte-terapeuta. Exerce funções na Unidade de Cuidados Continuados do Hospital-escola Fernando Pessoa.
Convidado:
Prof. Doutor Agostinho Anselmo Coelho Monteiro,
Médico e Professor de Medicina Interna, FMUP (aposentado), Competência em Geriatria pela OM.
Resumo:
Envelhecer é um processo complexo envolvendo muitas variáveis além das fisiológicas. Em Portugal, a esperança de vida saudável após os 65 anos é baixa em comparação com outros países da UE. Neste diálogo abordamos vários temas relacionados com o envelhecimento e obstáculos condicionantes da qualidade de vida neste processo: crenças e preconceitos, atitudes e estilos de vida, literacia em saúde, relação médico-doente, como envelhecer, o contributo do psicólogo no acompanhamento da pessoa a envelhecer, o contributo do médico para um envelhecimento com qualidade de vida, o ambiente, os fatores socioeconómicos, a doença e a morte, a experiência de vida que torna cada idoso um ser único.
Apresentação:
Hélder Lopes,
Professor no Departamento de Geografia da Universidade do Minho e Investigador do Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território e do IdRA – Instituto de l’Aigua – Grupo de Climatologia, Membro da Rede Compor Mundos.
Convidado:
Rony Iglecio,
atualmente professor adjunto na Universidade do Estado do Amazonas - UEA. Tem experiência na área de Geociências e Ensino de Geografia, com ênfase nos domínios de Ambiente e Sociedade.
Resumo:
Este episódio o traz uma perspectiva geográfica essencial para compreender os desafios socioecológicos contemporâneos, com enfoque especial na Amazónia. A sua investigação destaca a interligação entre sociedade, ambiente e saúde, com ênfase na importância da floresta amazónica para o equilíbrio planetário. Esta aborda a necessidade de uma análise holística, integrando aspectos físicos e sociais para lidar com problemas socioambientais. Na Amazónia, as relações sociedade-natureza têm sido desafiadas, com a identificação de vários esforços na gestão de vulnerabilidades e riscos socioambientais, com destaque para a necessidade de compreensão da legislação ambiental pela população e a escolha de gestores comprometidos. Os estudos desenvolvidos, particularmente em Tabatinga, revelam vulnerabilidades socioambientais relacionadas com o crescimento demográfico, as atividades económicas e a ausência de planeamento urbano. Desta forma, destaca-se a necessidade de estratégias bottom-up para mitigação e adaptação, com participação pública e investimentos em infraestruturas e capacitação de recursos humanos. O Professor Doutor Rony Iglecio releva a importância de ações individuais e coletivas para a conservação da Amazónia e dos recursos hídricos, visando a promoção da saúde planetária e socioambiental, designadamente assente na resiliência e nos impactes positivos locais, regionais e internacionais.
Apresentação:
Diogo Guedes Vidal
Investigador Auxiliar Convidado no Centro de Ecologia Funcional, Laboratório Associado TERRA, Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra; Professor Convidado e Tutor na Universidade Aberta.
Convidado:
Vanda Vegas
Investigadora no Centro de Ecologia Funcional, Laboratório Associado TERRA, Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra; Doutoranda em Sustentabilidade Social e Desenvolvimento e Tutora na Universidade Aberta.
Resumo: Neste episódio refletimos sobre a criação e funcionamento de uma unidade curricular inovadora na licenciatura em ciências sociais da Universidade Aberta. Esta unidade curricular transcende abordagens tradicionais, destacando a complexidade dos campos do ambiente e saúde como construções sociais espaço-temporalmente determinadas. Ao longo da conversa, descobrimos que a origem dessa abordagem pioneira está enraizada na necessidade de abordar os desafios contemporâneos de forma holística. Os objetivos do currículo vão além da transmissão de conhecimento, visando desenvolver pensamento crítico e capacidade de análise transdisciplinar. Olhando para o futuro, antevemos a possibilidade de construir outros mundos e outros futuros possíveis, preparando os e as estudantes para enfrentarem os desafios socioambientais contemporâneos com resiliência e empatia.
Apresentação:
Fátima Alves,
Prof Associada da Universidade Aberta, Investigadora do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra, Laboratório Associado TERRA
Convidada:
Sílvia Portugal, Professora Associada da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra, Investigadora do CES
Resumo:
Neste episódio pretendemos refletir sobre a necessidade de problematizar as interconexões no século XXI, na medida em que as sociedades contemporâneas estão cada vez mais interligadas e dependentes dessas conexões, seja ao nível da globalização da economia, das culturas e das sociedades. O que nos lança o desafio de compreender como essas interdependências afetam questões transversais para as ciências e as sociedades, como as desigualdades estruturais e estruturantes e, também, as culturas e as identidades, que impactam na saúde e bem-estar. Estas interconexões também se observam na tecnologia e nas sociedades em rede que moldam dinâmicas sociais, as identidades e as políticas, etc., e na inteligência artificial e seus impactos nas dinâmicas e estrutura das sociedades. As interconexões também se refletem ao nível das migrações, bem como das relações entre sociedades e natureza ou naturezas, que são centrais para abordar por exemplo as alterações climáticas, a perda de biodiversidade ou a degradação ambiental. Questões como a saúde pública global, as pandemias, a migração forçada, guerras, conflitos transnacionais, exigem a visão destas interconexões.
Apresentação:
Maria Margarida Cantista
Médica Especialista em Medicina Física e de Reabilitação. Pós-Graduada em Hidrologia Médica, Medicina Desportiva e Medicina Estética. Docente Universitária desde 2010. Diferenciada em Técnicas Médicas (Técnicas infiltrativas, Nesoterapia, Toxina Botulínica, Ácido hialurónico, PRPs, Laser e Aparatologia Médica) nas áreas de M.F.Reabilitação, Dor e Medicina Estética, Diferenciação em Reabilitação Dermatofuncional, Pós-Cirúrgica e Tratamento de Cicatrizes.
Convidado:
Jorge Gabriel
Jornalista e apresentador de televisão.
Resumo:
É indubitável o papel da Televisão na evolução da Sociedade Civil e da sua literacia ao longo das últimas décadas em Portugal. Também no que se refere à Saúde, a Televisão parece ter um papel determinante na Promoção de Comportamentos Saudáveis e na Educação para a Saúde.
Numa sociedade cada vez mais ávida de imediatismo, de procura de respostas rápidas e inundada de fake news, questionamos qual o papel da Televisão na transmissão de informação credível e idónea em Saúde.
Numa conversa descontraída com o apresentador de televisão Jorge Gabriel, reconhecido pela sua vasta experiência e talento em Comunicação, abordaremos o tema “Saúde e Televisão”. Falaremos também sobre a sua forma de estar e de viver, os seus hábitos em Saúde e a forma como gere a sua própria Saúde Física e Mental num meio tão exigente como o Televisivo e Mediático. Será que as figuras públicas também desempenham um papel como modelos de Saúde? De que forma poderão também eles ser motores de políticas e de comportamentos saudáveis?
Acima de tudo, com este Podcast, pretendemos elevar o papel da Televisão como meio de comunicação ainda tão preponderante na Literacia e na Educação para a Saúde e lançar esta reflexão: poderá estar a Televisão ainda mais integrada nas Políticas para a Saúde em Portugal?
Apresentação:
Diogo Guedes Vidal
Investigador Auxiliar Convidado no Centro de Ecologia Funcional, Laboratório Associado TERRA, Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra
Convidada:
Luciana Bragança
Professora da Escola de Arquitetura da Universidade Federal de Minas Gerais
Resumo:
Neste podcast, exploramos as reflexões e descobertas da Luciana Bragança sobre os Jardins Possíveis. Através de um olhar profundo, adentramos nos espaços de convívio e nos territórios simbióticos que dão forma a esses jardins, indo além da dimensão estética.
Os jardins possíveis tornam-se, assim, construções de valores identitários, de relações afetivas e de espiritualidade. São espaços de re-existência que desafiam os limites da definição de jardim, expandindo-os para abraçar não apenas o que é humano, mas também todos os outros seres vivos que connosco cohabitam o mesmo Planeta.
Apresentação:
Diogo Guedes Vidal
Investigador Auxiliar Convidado no Centro de Ecologia Funcional, Laboratório Associado TERRA, Departamento de Ciências da Vida da Universidade de Coimbra
Rui Maia
Professor Associado Convidado da Universidade Fernando Pessoa e Investigador no Centro de Investigação Transdisciplinar “Cultura, Espaço e Memória” da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Membro da Rede Compor Mundos
Resumo:
Neste episódio, mergulhamos no mundo dos dados secundários e na forma como estes desempenham um papel fundamental na compreensão da saúde, do ambiente e da demografia nas sociedades contemporâneas. Os dados secundários, muitas vezes negligenciados, têm o potencial de revelar conhecimentos profundos sobre a complexa rede de fatores que moldam a nossa saúde e demografia. No entanto, falta um olhar humanista sobre estes dados de forma a obter uma compreensão mais profunda dos fatores culturais e sociais que os moldam, que vá além dos números brutos e das estatísticas, enquadrando-os nas histórias, significados e experiências que representam. Será uma conversa certamente muito interessante com o nosso convidado, Professor Rui Maia, que nos ajudará a refletir sobre a necessidade de desenvolver um olhar mais profundo, reflexivo e humanista sobre os dados secundários, de forma a nos capacitar para tomadas de decisões mais informadas e mais compassivas para enfrentar os desafios de saúde, ambientais e de bem-estar do nosso tempo.
Apresentação: Marina Lencastre
Professora Catedrática Jubilada da Universidade do Porto. Professora Catedrática na Universidade Fernando Pessoa. Psicoterapeuta e Supervisora Científica e Clínica na Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica.
Convidado:
Paulo Azevedo
Psicoterapeuta psicanalítico e Supervisor Clínico. Membro Especialista e Formador na Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica. Mestre em Psicologia Clínica do Desenvolvimento. Editor na Revista Portuguesa de Psicanálise.
Resumo:
A conversa deste podcast desenvolve-se a partir da questão central “Onde para o Édipo no século XXI”. Será que ainda faz sentido incluir esta noção fundamental da primeira psicanálise no trabalho psicoterapêutico contemporâneo? Será que uma abordagem simbólica do Édipo permite a sua adequação aos problemas que são trazidos atualmente à psicoterapia? Na relação diádica entre a criança pequena e a sua mãe entra, a certa altura, um terceiro, geralmente o pai, mas poderão ser outros significativos no ambiente infantil, que ajudarão à separação e ao desenvolvimento de competências exploratórias, de comunicação e simbólicas na criança.
O Édipo é isso, uma posição interna do desenvolvimento na origem da capacidade de separação, de adiar a gratificação e de gerir a atividade pulsional mais crua, assim como de gerir as emoções associadas, do encontro com a frustração e o compromisso, do interesse pelo símbolo e pela possibilidade de continuar a viver de forma saudável mesmo na ausência do objeto securizante que é o primeiro objeto de amor. No adoecer há regressão para modos de funcionamento mais primários e mais crus, que podem acontecer na pessoa, mas também nos grupos e, por vezes, nas próprias nações. Nessas alturas manifestam-se as personalidades psicologicamente mais adaptadas ao estado caótico da sociedade e podem surgir os líderes despóticos e psicopáticos.
O comportamento animal pode ajudar a compreender aspetos da natureza humana, desde os mais positivos como a empatia, o vínculo, a amizade e o amor, mas também os aspetos mais sombrios como a agressão, a destrutividade, a inveja e o ciúme, mostrando quais as suas funções e também como se sublimam em obras de arte ou na literatura. Para Paulo Azevedo, o Édipo hoje define-se como uma função e acontece no jogo das identificações dentro das dinâmicas familiares, sociais e também culturais.
Apresentação: Diogo Guedes Vidal
Investigador Auxiliar Convidado no Departamento de Ciências de Vida da Universidade de Coimbra, Investigador do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra e Professor Auxiliar Convidado no Departamento de Ciências Sociais e Gestão da Universidade Aberta, Membro da Rede Compor Mundos
Participação:
Hélder Lopes Hélder Lopes, Professor no Departamento de Geografia da Universidade do Minho e Investigador do Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território e do IdRA – Instituto de l’Aigua – Grupo de Climatologia, Membro da Rede Compor Mundos
Resumo: Neste podcast propomo-nos a refletir a complexa interação entre as sociedades humanas e o ambiente natural. Neste episódio, discutiremos como a geografia afeta a nossa compreensão dos desafios socioecológicos e quais as principais implicações para o futuro. Estaremos à conversa com Hélder Lopes, Professor no Departamento de Geografia, da Universidade do Minho e Investigador do Lab2PT – Laboratório de Paisagens, Património e Território e IdRA – Instituto de l’Aigua – Grupo de Climatologia, um jovem geógrafo brilhante e com uma carreira promissora que interliga as questões climáticas, as sociedades e as múltiplas dimensões da saúde.
Apresentação: Marina Lencastre
Professora Catedrática Jubilada da Universidade do Porto. Professora Catedrática na Universidade Fernando Pessoa. Psicoterapeuta e Supervisora Científica e Clínica na Sociedade Portuguesa de Psicologia Clínica.
Participação:
Nuno Ferrand de Almeida
Professor Catedrático da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Fundador do CIBIO, concebeu da Galeria da Biodiversidade e o Museu da Universidade do Porto. Desenvolve parcerias com África através do TwinLab e filmou para a RTP “As Novas Viagens Philosophicas”.
Paulo Farinha Marques
Arquiteto Paisagista e Professor Associado da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto. Membro da CIBIO & Biopolis-UP.
Resumo:
A partir da sedentarização em torno da agricultura e também da domesticação animal, passamos a conviver no mesmo local com muitos outros animais e plantas e um dos aspetos mais importantes, hoje, consiste na forma como nos organizamos para integrar esta diversidade viva em locais comuns. A investigação em biologia evolutiva, ecologia e paisagismo ajuda a melhor compreender estas relações, mas hoje, mais do que nunca, precisamos de lugares de formação coletiva como os museus. O ensino informal sobre o mundo vivo, e o nosso lugar dentro dele, ajuda-nos a organizar o convívio inter-espécies, sendo que o projeto em paisagismo tem como um dos desígnios centrais o abrandamento da competição e da agressividade, promovendo a pacificação dos espaços de vida.
O movimento do ‘rewilding’ levanta a questão prática de como conviver com predadores e também com as prezas tradicionais dos humanos. Esta questão coloca-se particularmente em África, sobretudo nas reservas transfronteiriças onde o Nuno esteve recentemente, e onde constatou a presença massiva de conflitos dos humanos entre si e com as outras espécies animais. A importância da cooperação entre as instituições científicas do Norte e do Sul, e do Sul entre si, são fundamentais para a conservação do imenso potencial de biodiversidade africano, em contraponto à presença extrativista da China que não atende aos interesses dos países locais.
Os TwinLabs apresentam como objetivo promover, de forma cooperativa, o desenvolvimento de estruturas de investigação e de conservação em África, envolvendo os parceiros ocidentais, particularmente os parceiros portugueses. O paisagismo está ausente em África devido a razões históricas ligadas à colonização, mas consiste num recurso importante para organizar os lugares de acolhimento das populações migrantes contemporâneas. O aquecimento global é um tema de investigação essencial do Nuno, Paulo e colaboradores, que criaram o Centro de Mértola no local mais quente de Portugal, para albergar investigadores nacionais e internacionais que estudam de forma imersiva os efeitos concretos das alterações climáticas na ecologia mediterrânica. O envolvimento da população de Mértola e a sua apropriação do Centro leva o conhecimento científico para as pessoas, criando espaços de mediação e de diplomacia entre agentes, humanos e não humanos, mantendo a qualidade de conhecimento livre da Universidade.
Apresentação:
Rui Estrada, Professor Catedrático da Universidade Fernando Pessoa. Investigador do CITCEM da Universidade do Porto.
Participação:
Ricardo Jorge Pinto, Professor Associado da Universidade Fernando Pessoa, jornalista, doutor em Estudos Mediáticos pela Universidade de Sussex.
Renato Ferreira, Doutorado em Ciências da Informação, desde 2013, pela Universidade Fernando Pessoa, onde defendeu uma tese sobre Jornalismo Político. Docente, desde 2020, na Universidade Fernando Pessoa.
Resumo:
Neste podcast, refletimos sobre estas questões: a 'indústria do comentário' e o impacto que tem, ou não, na opinião pública. Estão os comentadores a falar entre eles em um mundo fechado ou há uma influência real que decorre desses debates? Os consumidores de informação reflectem sobre a fonte directa (por exemplo, o discurso de PR ou do PM, ou outro) ou sobre o que se comenta imediatamente a seguir a essa mensagem? O comentarismo por vezes procura condicionar o espírito crítico (subvalorizando a mente das audiências) ou confiar em conhecimentos aprofundados (sobrevalorizando a mente das audiências)?