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42 semanas
42 semanas
58 episodes
4 days ago
O seu podcast empírico e científico sobre parto humanizado. Relatos de parto de todo o Brasil que escutam, acolhem e informam
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Parenting
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O seu podcast empírico e científico sobre parto humanizado. Relatos de parto de todo o Brasil que escutam, acolhem e informam
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Episodes (20/58)
42 semanas
#58 planejando o maternar, mudança no local de parto e o chamado para doulagem de Marina (Tuca) Loretti

#58 planejando o maternar, mudança no local de parto e o chamado para doulagem de Marina (Tuca) Loretti

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Desde os 4 anos a @tucaloretti já sabia que queria ser mãe. Ela imigrou para o Canadá e se preparava para o matenar lendo relatos de parto e acompanhando mães na internet para se informar de como sua vida mudaria. Ela estudou muito para decidir o tipo de mãe que ela queria ser.

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A Marina é irmã de obstetra @draamandaloretti e também foi aprendendo sobre parto humanizado e medicina baseada em evidências vendo a trajetória da irmã.

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A Tuca tinha diu e engravidou no primeiro mês sem ele. Ela mora em Vancouver e planejava ter parto domiciliar acompanhada por midwives, as parteiras do sistema público de saúde. Porém ela teve diabetes gestacional e de última hora as parteiras mudaram de opinião e fizeram ela mudar o plano de parto para ir para o hospital.

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Mesmo com algumas intervenções, incluindo epidural, o nascimento do Érico foi uma experiência positiva. Ela conta como foi muito incrível ver seu bebê nascer pelo espelho sem sentir nenhuma dor. 

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Tivemos um papo sobre como é entrar na maternidade depois de um longo planejamento, seu chamado para a doulagem e muito mais. 

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Olha um trechinho:

“Eu sinto que a minha gravidez, o meu parto, o meu pós-parto, meu puerpério, meu maternar (óbvio que é muito desafiador e tal), mas eu sinto que tudo foi muito mais fácil por eu ter uma boa base de infromação, de troca, por eu meio que saber o que esperar e por eu ser aberta a vivenciar as coisas, compartilhar, falar sobre, não guardar para mim”

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1 year ago
58 minutes 25 seconds

42 semanas
#57 De tentante à gestante. Estimulação ovulatória depois de 3 anos de tentativa da Dani. Continuação #29


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A Dani tentou engravidar por 3 anos sem sucesso. Ela tem Síndrome do Ovário Policístico (SOP) e o seu marido tem uma contagem de espermatozóides abaixo do esperado.
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No último episódio, ela compartilhou suas tentativas de melhorar os hábitos alimentares e de exercício físico. Porém após mais 2 anos de tentativas, ela foi recomendada à uma médica que está a acompanhando.
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A Dani tinha medo de ter síndrome de hiperestimulação ovariana e por isso ainda não tinha tentado essa intervenção. Sua nova médica sugeriu uma medicação nova para estimulação ovariana que estimula apenas um óvulo por vez.
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Após dois meses de tratamento e acompanhamento de folículos ela engravidou!

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A Dani decidiu fazer o teste genético não invasivo (NIPT) e descobriu o sexo do bebê com 11 semanas, que é uma menina. O NIPT usa amostra de sangue da mãe para analisar os cromossomos do nenê.
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Hoje a Dani planeja um parto vaginal hospitalar com presença de obstetriz na sua casa. 

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Vamos aqui desejar uma ótima maternidade para a Dani.
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Ela volta em breve para contar sobre seu parto e amamentação.
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Parabéns Dani e Flora
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Referências:
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https://www.dasagenomica.com/blog/exame-nipt-panorama-teste-pre-natal-nao-invasivo/
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https://ipgo.com.br/sindrome-da-hiperestimulacao-ovariana-o-vilao-da-inducao-da-ovulacao/
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#partohumanizado #partonormal #partonatural #podcast #cesárea 
#tentante #enfermeiraoobstetrica #relatodeparto

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2 years ago
45 minutes 50 seconds

42 semanas
#56 Endometriose e o parto da Beatriz Cassoni Gomes na Casa de Parto Sapopemba.

#56 Endometriose e o parto da Beatriz Cassoni Gomes na Casa de Parto Sapopemba.

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O relato de hoje é da @biacamestho que vem conversar sobre a chegada do seu primeiro filho, o Leo.

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Ela era casada a 8 anos e está com seu marido desde os 14, porém a maternidade não era uma certeza. Ela usava o método de tabelinha e tinha muita dor na menstruação e procurava ajuda e um diagnóstico. A Bia tratou a endometriose, mudou seus hábitos e perdeu 26kg com uma dieta de baixo carboidrato e engravidou fora do período fértil.

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A Bia queria um parto vaginal e passou por 5 obstetras do convênio até encontrar uma equipe que a apoiasse no SUS. Ela fez uma visita na casa de parto de Sapopemba que é do SUS e planejou seu parto fora do hospital.

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Nesse episódio falamos sobre endometriose, desafios da maternidade, parto, qualidade e negligência no atendimento obstétrico, solidão materna e muito mais.

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Olha um trechinho:

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“Sim, e pelo sus, o que eu acho muito bonito de falar de tudo isso é que foi um parto extremamente respeitoso, eu tendo condições de fazer pelo convênio, escolhi o SUS porque eu sabia que ali seria o lugar dentro das minhas possibilidades em que eu seria mais respeitada e mais acolhida, e realmente foi assim.”

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Equipe:

@enfcrissantos

@doula.biancasouza

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Recomendações:

Estudar se quiser o parto normal

Procurar uma consultora de amamentação

@obstetra.gravida

@biaherief

@pediatratiago

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#casadeparto #sus #relatodeparto #podcast #partonatural

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Ouça em sua plataforma de áudio favorita

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3 years ago
1 hour 45 minutes 11 seconds

42 semanas
#55 Doula no Canadá, parto domiciliar no Brasil e diferença do pré-natal com parteiras por Cris Neves

Episódio #55 no ar! A diferença do pré-natal com parteiras, seu parto em casa positivo no Brasil, enquanto espera a segundano Canadá.

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@crisnevesdoula entrou no mundo da humanização aprendendo sobre a episiotomia, se tornou doula após o parto e hoje é doula em Montreal.

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Ela planejou e teve certeza que tinha engravidado desde a concepção. Mesmo com um convênio que cobriria o parto na perinatal, ela decidiu contratar equipe particular depois de ouvir sobre um parto muito ruim com obstetra por lá que teve Kristeler e episitomia.

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Ela seguiu sua intuição e encontrou o @coletivodeparteiras, mas continuou também com a obstetra para poder ter reembolso dos exames.

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Teve um parto tsunâmico sem toques, mas com muito apoio, chuveiro, pressão no quadril, colo, quatro apoios e respeito. Maitê nasceu depois de 6 horas da primeira contração.

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Falamos também sobre o sistema de parto canadense:

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“Para mim, pro meu parto, eu não consigo me imaginar indo pra um hospital sem ter uma emergência de saúde, não consigo me imaginar estar naquele ambiente para passar por aquilo que passei;

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…Que foi tão íntimo, tão intenso, que eu passei num lugar que eu tava tão a vontade, não consigo me imaginar fazendo a viagem de carro até um hospital, não consigo imaginar estar naquele ambiente tão estéril e cheio de máquinas e bipes e protocolos.””

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Nesse episódio falamos sobre yoga, cuidado de parteiras, parto domiciliar, intuição, concepção consciente, parir no Canadá, amamentação, e muito mais.

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Equipe

@coletivodeparteiras

@maira_libertad_ @priscilabastos.parto

@mari.menezes.obstetriz

@doularaquelcorrea

@deborasilveirafotografia

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Recomendações

@maira_libertad_

@fadynhadoula

@sentadireitogarota podcast

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#relatodeparto #partodomiciliar #partohumanizado #amamentação #podcast

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3 years ago
1 hour 13 minutes 8 seconds

42 semanas
#54 A Laís pariu no sítio da avó! 32h de parto, expulsivo com mecônio. Continuação #42

A Laís, a segunda voz do podcast, pariu e veio no podcast mostrar como foi seu parto depois de falar das sua expectativas no episódio #42.

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Ela teve um parto no sítio da avô com equipe de 3 parteiras e 39s1d. Ela falou para o filho quando ficou pronta para recebê-lo e começo a contrair no mesmo dia e sua bolsa estourou no mesmo dia.

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Ela conversou com a avó (dona do sítio) sobre a ideologia do que era o parto para ela e a importância de parir em um lugar que ela se sentisse em casa, os seus avós, os dois nascidos em casa com filhos nascidos em casa, ficaram animados.

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Ela sabia que teria um parto demorado e também tinha uma intuição forte com mecônio, o parto aconteceu exatamente como ela envisionou.

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“Eu cismei com mecônio no parto quando eu estava grávida,

Intuitivamente eu tive esse desejo de pesquisar e uma das primeiras coisas que eu perguntava para a equipe é: Como vocês lidam com mecônio no parto?”

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Duas equipes disseram transferência imediata.

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“Poxa, mas em todos os casos? Não concordo muito com essa conduta. Assim que eu perguntei, a terceira equipe falou: “Bom, pode ser hospital, pode ser casa, depende muito, caso a caso, como tá o bebê? como tá você? Como tá esse mecônio?
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Depois quando terminou essa reunião eu já virei para o Alexandre, que é meu parceiro, e falei: São elas! Porque era uma questão muito importante para mim e eu não sabia explicar por que.”

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Depois de 24 horas ela estava aberta 3 cm e teve mecônio como previu. Conexão corpo e mente né? Pariu o Telú na água (3.340 kg) e houve síndrome de aspiração meconial, todos os cuidados foram feitos em casa e não precisou de transferência. Ela conta como a amamentação está indo sem dor. A Laís seguiu a tradição familiar parindo em casa, e lá estavam seu pai, mãe, irmão, parceiro, amigas, doula e parteiras.

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Esse episódio tem mudança de tipo de contração no parto, escolha de equipe, intervenções no parto domiciliar planejado, auto toque, estimulação clitoriana no parto, mecônio, medo, dor e muito mais.

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Equipe

JÉSSICA, KARINA E DANIELA

Parindo do principio (Jéssica, Karina e Daniela)

Doula:

Parceiro: Alexandre

Amigas: Paloma e Joana

Camila a doula professora de yoga

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Reomendação:

Leite fraco

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3 years ago
54 minutes 57 seconds

42 semanas
#53 Mãe na adolescência, cesáreas e uma vitória na amamentação por Nicole Lima

#53 Mãe na adolescência, cesáreas e uma vitória na amamentação por @nicole.vlima

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Trazendo outra história de gravidez na adolescência, temos a Nicole Lima que tem hoje 34 anos e engravidou com 16 da Laura que tem hoje 17 anos e do Pietro que tem 5 anos.
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A Nicole nos conta como escondeu a gestação dos seus pais até sua mãe notar as mudanças no corpo, achar o recibo da farmácia e o seu pai comprar um teste no seu quarto mês. Ela tinha tomado pílula do dia seguinte, mas não da maneira correta e a Laura chegou.
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Ela queria um parto normal como sua mãe, mas não entendia o quão difícil era parir no Brasil. Ela teve um pico de pressão, foi medicada e em uma consulta de rotina por sua pressão estar normal e por ”ser pequena” seu obstetra deu os papéis para a internação da cesárea.
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“Eu não tive um parto traumático, na verdade foi um parto muito tranquilo, mas depois de anos, de eu estudar deu entender tudo aquilo, eu sei que foi me tirado muitos direitos dentro do parto… naquela época nem se falava tanto em humanização”

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Sua recuperação física foi fácil, mas sua neném saiu com fórmula desde a maternidade e ela amamentou por três meses por causa da confusão de bicos e cansaço. A Nicole se separou e teve depressão pós parto diagnosticada aos 7 meses de puerpério. 12 anos depois da primeira gestação engravidou do Pietro com o segundo parceiro e Pietro nasceu por uma cesárea fora de trabalho de parto por apresentação pélvica da qual ela se arrepende. Porém dessa vez ela amamentou com mais facilidade e por 2 anos!
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A Laura é da área de TI e terapeuta integrativa e nos conta sobre seus desafios de ser mãe jovem tem condições solo, sobre o desbalance de responsabilidade entre a mãe e pai, sobre seu amadurecimento, depressão, separação e muito mais.

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Recomendação:

Se informem e tome escolhas responsáveis.

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Ouça em sua plataforma de áudio favorita
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#relatodeparto #mãenaadolescência #cesárea #amamentação #podcast

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3 years ago
1 hour 1 minute 9 seconds

42 semanas
#52 Ser mãe solo e gravidez na adolescência (ALERTA de gatilho: suicídio)
Natalia tem um menino de uma gravidez não planejada na adolescência Ela teve gravidez, parto e pós-parto muito complicados emocionalmente, se sentiu desolada e desamparada durante a gestação enquanto terminava seu último ano de ensino médio. Ela tinha medo de chamar atenção e escondeu a gravidez até o sétimo mes. Com completo apoio familiar ela pensou em terminar a gestação mas não conseguiu achar um lugar seguro para isso. Ela fez o pré natal e escolheu o SUS para o parto normal. Teve o parto induzido as 41 semanas com ocitocina e sofreu VO física e emocional no seu parto. Depois de um descolamento de membranas e pedir para tirar a ocitocina, ela acabou pedindo por uma cesárea por exaustão. Depois de esperar 3 partos na sua frente ela foi para a cesariana e seu bebê nasceu mal, precisou de reanimação e UTI neonatal. Falamos sobre não sentir amor de primeira e também sobre a relação conturbada e abusiva com o pai do bebê, que sofreu de depressão, ansiedade e faleceu. Conversamos sobre ser mãe na adolescência e a virada de chave de não querer ser mãe para virar uma mãe leoa. A Natalia se recuperou, começou a trabalhar, foi para a terapia e hoje é mãe solo. Foi emocionante ouvir sua história de como ela foi construindo o amor pelo seu neném, superando seu perfeccionismo e ansiedade. É um episódio difícil de ouvir, mas importante para acolhermos essa mãe, que sofre, se esforça, chora, mas que sempre se levanta. Deixe um comentário de carinho para a Natalia. Recomendação: Terapia Nos visite no @42semanas #relatodeparto #podcast #cesariana #gravideznaadolescencia #partohospitalar #sus #maternidadesolo
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3 years ago
1 hour 9 minutes 21 seconds

42 semanas
#51 Da escolha de não maternidade para mãe solo de dois. A história de maternidade, cesárea e parto da Gleice Cristina

Nessa temporada do podcast nos aprofundamos nas histórias de maternidade solo de algumas brasileiras.
Nesse episódio ouvimos a Gleice que hava decidido não ser mãe e descobriu sua gravidez com 17 semanas.
A Gleice teve uma cesárea, uma indução e parto vaginal de seus dois meninos.

Ela cria seus Joãos em um estado diferente de sua família e nos conta sobre como é ser mãe solo.

Para mais informações visite o instagram @42semanas

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3 years ago
1 hour 2 minutes 11 seconds

42 semanas
#50 E quando a mulher quer "ficar para titia"? A decisão de NÃO ter filhos com Tainah Miranda

Episódio #50 no ar! E quando a mulher quer "ficar para titia"? A decisão de NÃO ter filhos com Tainah Miranda

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Hoje temos a minha amiga @tainahverallo para conversar sobre o outro lado da moeda do maternal, a decisão de não ser mãe.

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Desde que a conheço Tainah é decidida em não ter filhos, batemos um papo incrível sobre maternidade compulsória, as responsabilidades de materna e o papel social e biológico da mulher.

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Tenho certeza que se assim decidisse Tainah seria uma ótima mãe mas ela chegou a decisão consciente de não trilhar esse caminho pensando também nesses possíveis filhos e como seria a vida de ambos.

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Lê um trechinho sobre o que ela falou sobre essa escolha:
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“Você vai ouvir da sua família, de seus amigos, de qualquer pessoa que você mencione esse assunto…

…A principal reação, a primeira reação é falar que você está errada, que não é assim, que você vai repensar… E tudo bem se você repensar…

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A minha decisão hoje é essa, mas eu não descarto a possibilidade de algum dia eu mudar de ideia. Mas ai vai ser uma mudança de ideia consciente, porque a minha decisão foi consciente”

..

Soa meio egoísta falar: Eu não faria porque eu não quero me entregar para outro ser humano, mas fundamentalmente não é egoísta porque você está pensando naquele outro ser humano, porque se você não vai conseguir se entregar da forma com que você acha que aquela pessoa, aquela criança merece, você está pensando nela também.
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É melhor você não fazer do que fazer de qualquer jeito”

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Ouça esse papo profundo sobre maternidade e ser mulher na sua plataforma preferida, depois comenta aqui o que achou.

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Recomendações

A filha perdida, 2021

The act, 2019

Eu Não Quero Ser Mãe, Assim Como Muitas Mulheres, Clementino, 2021

Maternidade novas possibilidades, antigas visões, Barbosa e Rocha-Coutinho, 2007

Imagem: ”Willow & Roxas" por @willowandroxas

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3 years ago
52 minutes 6 seconds

42 semanas
#49 Partos domiciliares e o maternar da médica Ana Bárbara Jannuzzi

Descrições e referências em breve e no instagram 42 semanas

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3 years ago
1 hour 4 minutes 43 seconds

42 semanas
#48 Parto Domiciliar pelo SUS da doula Kamila Ribeiro (Hospital Sofia Feldman)

No episódio 48 quem nos conta sua história é a Kamila Ribeiro (@kamilaribeiroyoga), doula, professora de yoga, massoterapeuta e graduada em letras.

Kamila é mãe da Sol, que nasceu no @hospitalsofiafeldman,  e do Yam, nascido em um parto domiciliar, pela mesmo instituição, 100% SUS.

Durante sua primeira gestação vivenciou uma perda muito dolorida, mas não conseguiu vivenciar plenamente seu luto, pela pressão externa de não se permitir chorar, sofrer ou ficar triste enquanto grávida. Desenvolveu pré-eclâmpsia e teve seu parto induzido com 40 semanas. 

Liberar-se para vocalizar, gemer, gritar e atravessar as dores das contrações permitiu que o parto fluísse muito bem e que ela expressasse sua dor de luto latente, guardada durante a gestação.

Sua vivência positiva de parto,  incentivou Kamila a fazer um curso de doula. Ela afirmou, mais de uma vez, durante nossa conversa, o quanto lhe é importante passar para frente seus aprendizados e seus valores, seja através da yoga, da doulagem ou da educação. 

“Eu acredito muito no poder da educação”

Na gestação do Yam vivenciou muitos quadros de ansiedade. Teve medo que a pressão alta e pré-eclâmpsia se repetisse, e chegou a desconfiar que entraria em trabalho de parto espontâneo, dentro da data limite da equipe de parto domiciliar.

Mas, a vida lhe ofereceu um trabalho de parto intenso e ao mesmo tempo suave. Desafiador e também delicioso. 

No final do trabalho de parto foi identificado mecônio e a conduta seria ir para a maternidade, apesar de Kamila e Yam estarem muito bem. Porém, os puxos começaram e antes de chegar a ambulância ela pariu no sofá! Ao lado de seu companheiro Tiago e de sua filha, sentindo o cheiro da comida da sua mãe. 

Kamila conta das mulheres que foram sua rede de apoio; dos desafios de terminar uma graduação sendo mãe de um bebê; e como o parto e a maternidade contribuíram para encontrar e reafirmar seus propósitos e atuações no mundo. 


REFERÊNCIAS

Doula Tuane @ tuane_aromatologia

Hospital Sofia Feldman www.sofiafeldman.org.br

Casa tina @casatinamartins

Doula @doula.vanessa.abreu

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3 years ago
1 hour 11 seconds

42 semanas
#47 Uma gravidez prazerosa, diabetes gestacional, parto normal pelo coletivo nascer com 6 horas de expulsivo com Thatiane Pereira

Episódio 47 no ar!

A Thatiane, comunicadora e empreendedora veio contar tudo sobre sua gravidez e parto da Louise que aconteceu a menos de 1 mês.

Ela e o Allan estavam casados a 3 anos quando a Thati engravidou. Sua gestação foi prazerosa e controlou a diabetes gestacional com dieta e exercício. Depois de pedir a taxa de cesárea do seu plano, entendeu que seria muito difícil parir ali.

Ela escolheu o @coletivonascer e o Hospital Sepaco para seu parto. O coletivo tem um grupo de obstetras, EOs e anestesistas que trabalham em esquema de plantão e tem taxas baixas de cesárea (para o Brasil) com possibilidade de reembolso integral de acordo com os serviços ofertados pelo plano e ANS.

As 39 semanas a Thati fez 2 descolamentos de membrana e a bolsa rompeu em casa, e depois as contrações começaram.

Ela passou a madrugada toda contraindo e sua doula reserva Kalu @olharmamifero a ajudou. Thatiane chegou no hospital com 3 cm e mudou de ideia sobre a analgesia, ela não queria mais saber a dilatação para não desanimar

também.

E optou por uma segunda dose de analgesia quando ainda estava em 3 cm, começou a ocitocina gradual e o parto engatou aos 9 cm. Teve mecônio e os batimentos baixaram um pouco e foi sugerido o vácuo.

São três tentativas se não a indicação é cesárea.

A primeira escapou, a segunda não deu certo. Ela estava na banqueta, com analgesia e sentia o momento de fazer força, ela controlava o puxo e a meia noite Louise chegou.

Laceração de segundo grau superficial sem pontos

Ela teve seus direitos respeitados de se mover, parir na banqueta, se alimentar e golden hour.

Olha um trechinho:

“ Mas eu acho que o principal ponto de ter um expulsivo mais longo… que é uma porque ela não estava de fato encaixada … faltou dar aquela voltinha, e outra porque eu ainda não tinha me conectada com ela de verdade, durante esse período todo eu não tinha conversado com a Louise na barriga, não tinha interagido, a gente estava bem distante. Eu estava com medo do expulsivo…

…Nessa hora eu já estava pedindo por cesárea,

…falei -não dá, preciso de uma cesárea! E a instrução que eu tinha dado pro Alan,

…falei -Alan, eu vou pedir cesárea, mas não é para ceder!.

…E ele firme e forte: -Não, você consegue, você sempre quis isso … foi fundamental. Pq se ele em algum momento tivesse: -tem certeza? Se você quiser cesárea a gente vai.

Acho que eu teria ido para cesárea, a equipe também fantástica, dando todo o suporte, incentivando, ai a gente seguiu…

…Ai no terceiro vácuo ela saiu…… e ai foi muito emocionante, porque foi ai mesmo que eu me conectei e eu comecei a chamar: -Vem louse, vem Louise, mamãe tá esperando, vem filha, ai aquela gritaria bem selvagem, até então eu estava bem contida…

…E foi tudo do jeito que a gente queria.”

Recomendação

@gentlebirthbrasil

Maneiras de lidar com diabetes gestacional:
https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/11151461/

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3 years ago
54 minutes 47 seconds

42 semanas
#46 Lidando com o medo de não parir e o relato de parto natural respeitoso pelo SUS da doula Juliane Carrico

Episódio #46 no ar! Lidando com o medo de não parir e o relato de parto natural respeitoso pelo SUS da doula Juliane Carrico
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A @ju.carrico_doula_macrameira é de Ponta Grossa - Paraná, ela descobriu a doulagem quando participou de uma roda de gestante e ouviu pela primeira ver sobre VO e doulas em 2019. Ela se sentiu tão tocada com a situação das pessoas gestantes que pensou em fazer enfermagem ou medicina para ajudar as parturientes de alguma forma.

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Ela engravidou do Caetano e queria muito um parto domiciliar planejado, por questões financeiras ela seguiu com o atendimento do SUS que tinha uma Enfermeira Obstetra acolhedora e seguiu se preparando para um parto normal.
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Em um ultrassom no quarto mês, o profissional a assustou dizendo que ela tinha placenta prévia mesmo sendo muito cedo e sabendo que a placenta muda de posição até o final da gestação.

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Esse evento fez com que ela confrontasse o seu medo de não parir e enfrentar um puerpério operada e é sobre isso que esse episódio focou. A Ju se preparou na gestação para uma possível cesárea de emergência para evitar o choque desse possível evento.

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O parto é um ritual de passagem, tanto para o bebê que nasce quanto para a mulher que se torna mãe. A Ju resgatou esse medo como herança familiar porque sua mãe e avó sofreram violência obstétrica, sua mãe sem saber que foi vítima. Então como manter esse ritual positivo quando uma cesárea vem?

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Na nossa conversa a gente estabeleceu que a certeza de que uma cesárea é necessária é o que muda a sensação de luto e perda por não parir. Quando o parturiente sabe que a operação é a melhor opção para a sua saúde ou a do bebê, o nascimento passa a ser percebido como positivo e bom.

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Ela teve um parto natural de 12 horas e foi para o hospital próximo ao expulsivo. Ela ficou a maior parte do tempo no chuveiro e no vaso e vocalizou muito.

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Olha o que ela diz para você:

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“Se você tem medo assim como eu de não conseguir parir de parto normal e talvez precisar de cesárea, também trabalhe isso de uma forma psicológica, de que tá tudo bem se a gente precisar de uma cesárea para salvar nosso filho e nossa vida. E que a cesárea, ela foi feita para salvar vidas, ela não foi feita para ser banalizada como tem sido hoje em dia. Também ressignifique essa forma de chegar ao mundo porque ela também pode ser tão bonita quanto um parto normal.”

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Recomendações:
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Maternaí e roda de gestante gratuita em Ponta Grossa
Livro: Origens mágicas, vidas encantadas

Livro: A maternidade e o encontro com a própria sombra

@caiporasaberesancestrais
@elainesabialuadoula
@caroline.doula.ponta.grossa

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Disponível em todas as plataformas de áudio

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#relatodeparto #gestante #nascimento #doula #partohumanizado #mulheressabias #doulas #podcast #partonatural #partonormal #cesarea #culturacesarista

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3 years ago
1 hour 4 minutes 41 seconds

42 semanas
#45 Parto normal e parto natural pélvico com matrona na Espanha da bailarina Bruna Athayde

A Bruna é bailarina clássica e conheceu seu marido na Espanha, os dois moraram no Brasil e decidiram construir sua família na Europa.  .  A Bruna começou a estudar sobre parto 2 anos antes da gravidez, ela já sabia que queria um parto natural sem intervenções.

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Achou uma equipe que a acompanhou no seu primeiro parto vaginal com analgesia Ivonne (38 +5) porém a mesma equipe não acompanhou seu segundo parto porque a Nina estava pélvica

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Ela fez uma VCE versão cefálica externa e passou mal após o procedimento que vira o bebê dentro da barriga enquanto a mão está anestesiada. . Quando a versão não foi bem sucedida, ela começou a ser acompanhada pela sua obstetra e pelo novo médico que assistiria o parto vaginal.

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E assim foi feito,

.  “Foi um sacrifício porque eu não sou rica, mas eu e meu marido a gente sabia que era o melhor para mim e para neném…

Pq a gente geralmente pensa só no bebê, a mãe fica meio em segundo plano.

...

todo mundo que eu falava, vou tentar fazer um parto pélvico, você é louca, e se sua filha ficar intalada, e se sua filha morre?

..

Peraí mais e na cesárea, e se eu morro? Eu tenho outra filha também. .. ...

A cesárea eu acho muito válida, quem faz cesárea, … Como meu médico mesmo disse, a cesárea tá para salvar vidas,   .. Para aquelas mulheres que realmente quer cesárea, ok, mas no meu caso eu não queria, eu sabia que era capaz de parir minha filha de bunda.”

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A Nina nasceu no hospital com a ajuda da matrona da Bruna (parteira), ela se ofere para ir para o hospital e pela primeira vez o hospital aceitou. Foi raro no hospital ver um parto pélvico sem intervenção.

. Falamos sobre tipos de pélvicos e os riscos do parto pélvico e da cesárea. Depende da posição dos pés e da cabeça do bebê, nível de líquido amniótico e não ter cesária. Falamos sobre cabeça derradeira, mecônio e amamentar na Espanha, sobre voltar a dançar no pós parto e muito mais.
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Referências e recomendações noo instagram @42semanas e no site https://adrinedesouza.wixsite.com/42semanas/post/parto-normal-e-parto-natural-pélvico-com-matrona-na-espanha-e-da-bailarina-bruna-athayde

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3 years ago
1 hour 33 minutes 46 seconds

42 semanas
#44 Parto autônomo pós cesariana domiciliar com Nat Lopes (parto livre PNAC/VBAC)

Essa semana temos a @natlopesss para nos contar como foi parir seu Nino em casa de forma autônoma depois de uma cesárea de 15 anos atrás.
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A Nat teve a famosa desnecesárea na sua primeira gestação depois de fazer repouso absoluto desde o quinto mês por suspeita de parto prematuro (a insuficiência ístimo-cervical). O repouso e parto foram eventos traumáticos. Com muitos remédios na gestação, uma cesárea marcada onde a médica a dopou e interrompeu a Nat de experienciar o nascimento da sua bebê. A Mel ficou por 8 horas na incubadora longe de sua mãe e sem golden hour.
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Dessa vez, a Nat queria algo diferente para esse segundo nascimento. Ela queria parir em paz, sem um grupo de profissionais por perto intervindo e agitando. Ela abandonou o pré-natal porque sua médica minava sua confiança e a colocava para baixo em toda consulta por ela fazer exercício físico, além de perderem seus exames e outras violências.

A Nat teve o auxílio online da parteira @lux.berndt e entrou em trabalho de parto espontaneamente. Ela teve medo no começo do explosivo e a Lux a ajudou a voltar a confiar em seu corpo, ela teve um parto de 12 h e um explosivo longo que terminou 5 minutos depois que ela rompeu sua própria bolsa.
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Já temos um post sobre parto livre no feed do Instagram e queria lembrar você que o parto é um evento milenar e fisiológico e milhões de mamíferas já passaram por esse evento sozinhas. Também fica o lembrete que a mulher que escolhe um parto livre (ou autônomo) pode a qualquer momento procurar assistência médica, a questão é que elas procurariam o sistema de saúde quando realmente necessário ao invés do nosso padrão de intervir mesmo antes da necessidade.
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O Nino nasceu em casa, totalmente saudável, teve golden hour e mamou na primeira hora. O único problema desse nascimento foi a represária do sistema de saúde pelo parto em casa, queriam internar o bebê para prover os exames do recém-nascido. 


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Episódio disponível em todas as plataformas de áudio.
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Referências
(4:56) Risco, segurança e escolha no parto
Lothian, J. A. Risk, safety, and choice in childbirth. J. Perinat. Educ. 21, 45–47 (2012).

#relatodeparto #gestante #nascimento #doula #partohumanizado #vbac #pnac #mulheressabias  #doulas #podcast #partonatural #partonormal #cesarea #culturacesarista 


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3 years ago
36 minutes 27 seconds

42 semanas
#43 FIV depressão com Camila e Daiana. Tudo sobre FIV, prematuras, UTI e cesáreas. Um papo profundo sobre reprodução assistida

Post 1 - Episódio 43 no ar com a @fivdepressao !


Como tivemos duas convidadas incríveis essa semana, nada mais justo que dois posts também, esse é o post #1.
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Essa semana temos a @camila_fressatti e a Daiana do Instagram FIV depressão para conversar sobre concepção, reprodução assistida e maternar. As duas são doulas e passaram por rodadas de Fertilização In Vitro (FIV).
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A Camila é casada desde 2013 e em 2016 ela decidiu engravidar. Ela foi doadora de óvulos (ovo-doação) e fez sua primeira fertilização in vitro que não deu certo. Em 2017 foi para a segunda FIV em que a transferência de embrião funcionou. A Isabela nasceu de 34 semanas, ficou na UTI por 20 dias e hoje é uma menina saudável. A Daiana compartilha sua luta para amamentar sua filha que passou pela UTI e sua cultura anti-amamentação.
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Nesse episódio falamos sobre os aspectos legais da reprodução assistida e as mudanças na legislação em relação a doação de gametas e o desconto no processo.
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Falamos também sobre a espera do processo, a preparação para a maternidade e as dificuldades (e a culpa) de ser fivete. Esse episódio também passou pela história de perda da Daiana, sobre violência obstétrica nesse período de pré-gestação e sobre cesárea e UTI.
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A Daiana está casada desde 2008 e em 2014 começou as tentativas de engravidar. A menstruação da Daiana parou por alguns meses e ela foi diagnosticada com Síndrome de Ovários Policísticos (SOP) além do seu parceiro ter espermograma alterado nesse momento. Eles foram encaminhados para especialistas em reprodução assistida.
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Em 2017 a Daiana fez sua primeira FIV sendo ovo-doadora e a transferência deu certo de primeira. . Ela gestou a Olivia por 26 semanas, porém a hipertensão gestacional levou a gestação para outros caminhos :(
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A Daiana desenvolveu pré-eclampsia e a complicação grave síndrome HELLP (quando o fígado passa a ser afetado negativamente) e a Olivia nasceu de 26 semanas por uma cesárea de incisão vertical. . Pela prematuridade extrema a Olivia ficou na UTI neonatal por 49 dias e faleceu :( A Daiana virou doula e agora se dedica a ajudar outras mães e fivetes.
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Nesse episódio falamos sobre as desigualdades que não dão acesso a reprodução assistida a muitos casais que precisam. Um exemplo que a Daiana trouxe é que são pouquíssimos os lugares no SUS que oferecem tratamento de fertilidade (aproximadamente 11 centros) acarretando em uma fila de espera longa. Além das dificuldades financeiras que previnem casais de se tornarem pais (medicamentos não são cobertos nem em casos subsidiados pelo SUS).  
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Falamos também da espera pela gestação e das diferenças nos protocolos de reprodução de acordo com a clínica.
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Em 2020 a Daiana fez uma nova FIV que não deu certo e agora está no seu terceiro ciclo de FIV à espera do seu bebê arco íris.  
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Referências
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(39:30) Risco de cesárea e FIV
Lodge-Tulloch, N. A. et al. Caesarean section in pregnancies conceived by assisted reproductive technology: a systematic review and meta-analysis. BMC Pregnancy Childbirth 21, 244 (2021).
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(49:25 e 53:20) Incisão vertical na cesariana e prematuros (impossibilita partos vaginais depois)
Wylie, B. J. et al. Comparison of transverse and vertical skin incision for emergency cesarean delivery. Obstet. Gynecol. 115, 1134–1140 (2010).

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3 years ago
1 hour 5 minutes 45 seconds

42 semanas
#42 Gestação: da descoberta da gravidez à preparação para o parto e o puerpério.

... descrições completas no instagram @42semanas

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3 years ago
55 minutes 46 seconds

42 semanas
#41 Partos das famosas: Violências obstétricas travestidas de humanização? Partos naturais e as experiências da Doula Jaquelini com as várias faces de violência no período reprodutivo

O episódio #41 foi com a Jaquelini @jaquelinidoula. Doula, educadora perinatal e mãe de duas crianças. 

A discussão inicial foi sobre a nossa postura, enquanto militantes da humanização do parto, diante de relatos de partos online cheios de violência obstétrica sendo anunciados como parto humanizado.

Discutimos o relato de um parto divulgado recentemente no youtube, em que houve, nitidamente, diversas violências obstétricas porém, a narrativa as encobre de tal forma que dá a entender que as condutas violentas da equipe foram necessárias e respeitosas. 

Muitas das atitudes desta equipe parecem ter sido realizadas sob a carapaça da  “violência perfeita”, quando o(a) profissional induz a mulher a algo desnecessário/violento fazendo-a interiorizar a sugestão como se fosse seu próprio desejo ou escolha. É feito de tal forma que a mulher não percebe a perda da autonomia nem a coerção do(a) profissional. Exemplo disso são as ameaças veladas, ditas em um tom de falsa ternura à uma parturiente vulnerável, como: '"Ô Fulana, seria muito bom fazer isso, porque se não o bebezinho não vai aguentar” ou “Mãezinha, eu vou ter que fazer um piquezinho porque o coraçãozinho do seu bebê está muito fraquinho, tá bom?”

Normalizar condutas violentas é muito perigoso. E veicular nas redes sociais esses relatos de forma a parecer que são condutas humanizadas é problemático. 

Nas redes falamos para um público. Nossos seguidores podem nos ver como fontes de autoridade e verdade.

Repassar casos de violência sem reconhecê-la e denunciá-la é propagar uma educação perinatal distorcida e perigosa, pois pode induzir pessoas a acreditar que aquilo é aceitável e respeitoso.

Na segunda metade do episódio, Jaquelini conta sobre a violência obstétrica sofrida nos seus dois partos.

Ela, que não sentia desejo de ser mãe, passou por um negacionismo quando descobriu sua  primeira gestação, já com 22 semanas.
Até a 30° semana estava convicta de que faria uma cesárea eletiva, após ter lido uma reportagem falando do “ponto do marido’’, uma conduta violenta e desrespeitosa, adotada por alguns médicos que, ao suturar uma episiotomia, dão um ponto a mais, para deixar a vagina mais “apertada” e dar maior prazer para o marido. 
Mas, depois de assistir ao “Renascimento do Parto”, firmou seu desejo de buscar por um parto natural. Então, com 36 semanas, em busca do seu parto humanizado, foi para o Rio de Janeiro, para parir na maternidade Maria Amélia. Porém, a assistência não foi como ela esperava. Fizeram um descolamento de membranas sem real indicação e com 7 cm de dilatação foi amarrada à cama, sem poder se movimentar. A sequência de violências a fez ir embora da maternidade em meio ao trabalho de parto!

Na segunda gestação, as violências obstétricas começaram mais cedo, já na assistência pré-natal.
No trabalho de parto, a caminho do hospital já sentia puxos e a cabecinha do bebê, que nasceu no estacionamento de um pronto socorro, recebendo assistência de médicos e enfermeiras dentro do carro. Quando encaminhada para o hospital, o terror das violências se deu em cascata. Jaquelini sofreu abuso psicológico, físico, verbal e institucional. 
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É muito importante trazermos aqui relatos de partos violentos e desrespeitosos, como forma de alerta!
A violência obstétrica é institucionalizada e escapar dela é um grande desafio. Principalmente pela falta de opções de maternidades no Brasil com condutas respeitosas e baseadas em evidências científicas.
Precisamos nos informar e lutar pelo direito de trazer nossos filhos ao mundo com respeito e com assistência humanizada. 

A Jaquilini fez da sua experiência dolorosa um ato de revolução. É uma mulher que está somando para a reconstrução desse cenário!

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4 years ago
1 hour 10 minutes 14 seconds

42 semanas
#40 Mulher gorda pode parir? PODE! Parto natural a jato hospitalar com a advogada Dywliane Kawanny

Episódio 40 no ar! Isso mesmo, o 42 semanas chegou ao termo completo! São 40 episódios de pura informação com relatos de partos positivos.
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E essa semana temos a advogada Dywliane Kawanny.
 A @dywlianekawannyadv é uma mulher gorda que entrou em contato por email para contar seu relato depois de ouvir todos os episódios do podcast na sua preparação

. A Dywli sofreu desde o início da gravidez com o desrespeito no sistema médico por causa do seu peso.
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Mesmo com enjôos muito fortes, sem se alimentar e perdendo 8 kg a preocupação era com sua emagrecer e não comua saúde e bem estar.


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Depois de uma experiência traumática com um ultrasonografista que a deixou em lágrimas e se sentindo inadequada, ela entendeu que não conseguiria parir se continuasse com o atendimento padrão de Apucarana.
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Assim, ela encontrou a @patimorettidoula e o @obstetra.jadkaue que ajudaram ela escrever sua história com autonomia e respeito.


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Ela entrou em trabalho de parto espontâneo, chegou no hospital com dilatação completa e pariu naturalmente depois de 1 hora e meia no hospital. 


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Leia um trechinho do relato dela:

“Mesmo emagrecendo 8 kgs, eu chegava e a primeira coisa que perguntaram era: - Você está controlando a alimentação? Gente, eu não estava conseguindo comer!
…
Então essa gordofobia é velada pela questão da gestação… … é um preconceito pelo seu corpo, seu biotipo”.
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Vem ouvir esse episódio em todas as plataformas e aprender com a gente que mulher gorda pode parir (se a deixarem). 

Informação é tudo! Deixe sua opinião ou comentário abaixo:

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RECOMENDAÇÕES:
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1.Jad Kaue Domene, Obstetra e Ginecologista @obstetra.jadkaue
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2. Braulio Zorzella Obstetra, Médico Obstetra @brauliozorzella_obstetra
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3. Documentáro "O renascimento do parto"
 (disponível na Netflix) @orenascimento_
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4. Relato de parto da @bebedorminhoco sobre parada nas contrações depois de chamar a euqipe (Podcast "Parto in foco")
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5. Gentle Birth @gentlebirthbrasil , @gentlebirthofficial
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Referências bibliográficas
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O risco de cesáreas eletivas:
shorturl.at/tJV56
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Bebês nascidos de cesárea tem microbioma diferente (e faltam algumas boas bactérias)
shorturl.at/foAIS

Crianças nascidas de cesárea sem indicação tem risco 25% aumentado de morte na infância (Fiocruz)
shorturl.at/ixFW6

Em português:
 Os efeitos da cesárea eletiva em consequências perinatais:
shorturl.at/hsAD6
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#relatodeparto #gestante #nascimento  #partohumanizado #gordaspodemparir #podcast #partonatural #partonormal #cesarea #culturacesarista


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4 years ago
1 hour 3 minutes 19 seconds

42 semanas
#39 As diferentes culturas de parto do Brasil e os ensinamentos da parteria tradicional com a doula Andressa Carvalho

Referências e descrição vem a seguir. Para mais informações visite o instagram @42semanas.

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4 years ago
36 minutes 52 seconds

42 semanas
O seu podcast empírico e científico sobre parto humanizado. Relatos de parto de todo o Brasil que escutam, acolhem e informam