
Episódio #46 no ar! Lidando com o medo de não parir e o relato de parto natural respeitoso pelo SUS da doula Juliane Carrico
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A @ju.carrico_doula_macrameira é de Ponta Grossa - Paraná, ela descobriu a doulagem quando participou de uma roda de gestante e ouviu pela primeira ver sobre VO e doulas em 2019. Ela se sentiu tão tocada com a situação das pessoas gestantes que pensou em fazer enfermagem ou medicina para ajudar as parturientes de alguma forma.
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Ela engravidou do Caetano e queria muito um parto domiciliar planejado, por questões financeiras ela seguiu com o atendimento do SUS que tinha uma Enfermeira Obstetra acolhedora e seguiu se preparando para um parto normal.
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Em um ultrassom no quarto mês, o profissional a assustou dizendo que ela tinha placenta prévia mesmo sendo muito cedo e sabendo que a placenta muda de posição até o final da gestação.
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Esse evento fez com que ela confrontasse o seu medo de não parir e enfrentar um puerpério operada e é sobre isso que esse episódio focou. A Ju se preparou na gestação para uma possível cesárea de emergência para evitar o choque desse possível evento.
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O parto é um ritual de passagem, tanto para o bebê que nasce quanto para a mulher que se torna mãe. A Ju resgatou esse medo como herança familiar porque sua mãe e avó sofreram violência obstétrica, sua mãe sem saber que foi vítima. Então como manter esse ritual positivo quando uma cesárea vem?
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Na nossa conversa a gente estabeleceu que a certeza de que uma cesárea é necessária é o que muda a sensação de luto e perda por não parir. Quando o parturiente sabe que a operação é a melhor opção para a sua saúde ou a do bebê, o nascimento passa a ser percebido como positivo e bom.
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Ela teve um parto natural de 12 horas e foi para o hospital próximo ao expulsivo. Ela ficou a maior parte do tempo no chuveiro e no vaso e vocalizou muito.
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Olha o que ela diz para você:
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“Se você tem medo assim como eu de não conseguir parir de parto normal e talvez precisar de cesárea, também trabalhe isso de uma forma psicológica, de que tá tudo bem se a gente precisar de uma cesárea para salvar nosso filho e nossa vida. E que a cesárea, ela foi feita para salvar vidas, ela não foi feita para ser banalizada como tem sido hoje em dia. Também ressignifique essa forma de chegar ao mundo porque ela também pode ser tão bonita quanto um parto normal.”
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Recomendações:
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Maternaí e roda de gestante gratuita em Ponta Grossa
Livro: Origens mágicas, vidas encantadas
Livro: A maternidade e o encontro com a própria sombra
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