No episódio que encerra esta temporada, 100% dedicada a falar sobre viagens, nós quatro compartilhamos nosso amor por explorar o mundo. Você vai descobrir qual é a nossa viagem inesquecível, como a Sandra escolhe seus destinos, por que a Lúcia recomenda uma aventura de motorhome pela Itália, qual foi a primeira viagem internacional da Tereza e respostas para a seguinte pergunta feita pela Mel: a gente viaja para ser quem a gente é ou a gente viaja para ser outra pessoa? Também relembramos as memórias de uma viagem juntas para Natal (RN) – embora a Mel não tenha ido por medo de avião. Por fim, nos despedimos revelando nossos próximos destinos. E não perca os perrengues da Sandra, da Lúcia e da Tereza.
Quando o assunto é etiqueta, os bons modos são bem-vindos em qualquer lugar. Ser gentil, agir com respeito, ser pontual e falar baixo nunca faz mal. Contudo, ao viajarmos para o exterior, é importante observar as regras específicas de cada cultura. Um exemplo curioso: mascar chiclete em público em Cingapura é considerado falta de educação e pode gerar multa caso a goma seja descartada inadequadamente na rua. Já em muitos países do Oriente Médio, o gesto de positivo com o polegar para cima tem um significado ofensivo, equivalente a mostrar o dedo do meio.
Para nos ajudar a representar bem o Brasil onde quer que estejamos, conversamos com a especialista Célia Leão, autora de diversos livros sobre etiqueta, incluindo Boas Maneiras de A a Z. “Quando viajamos, precisamos estudar os costumes do país e nos adaptar a eles”, afirma Célia. “Somos visitantes; não podemos impor nossos hábitos.” E ela ainda reforça: “Abra-se a novas experiências, experimente a comida local, informe-se sobre o destino e, acima de tudo, seja feliz.”
Viajar é sempre bom e é uma das melhores maneiras de fortalecer o vínculo com outra pessoa. Aliás, uma pesquisa nos Estados Unidos descobriu que 42% dos entrevistados se apaixonaram novamente pelo parceiro depois de viajarem juntos. Mas atenção ao que diz a psicóloga Jarlem Cunha, 52 anos, terapeuta de casais em Fortaleza, CE: “Dependendo da condição do casal, se a comunicação está interrompida, eles podem ficar lado a lado sem ter assunto durante 24 horas por dia, o que pode evidenciar o problema. A viagem é um recurso para o casal que quer se reconectar.” Ou seja, se não houver amor e vontade de resolver a crise, não há viagem romântica que salve um casamento. Por outro lado, a viagem pode ser uma experiência capaz de reacender a faísca e criar intimidade. Recomendação da Jarlem, fundadora do Instituto de Terapia de Casal: converse primeiro, procure um destino que concilie os interesses de ambos e, muito importante, que reconecte vocês a experiências importantes dos passado.
Não tem jeito: cada vez que vamos viajar, especialmente para fora do país, bate o desespero sobre o que colocar na mala. Levo casaco? Quantas calças? Quantas partes de cima? Quantos sapatos? Todas essas dúvidas são respondidas nesta entrevista que fizemos com Érica Steffens, 42 anos, consultora de imagem e estilo, uma catarinense radicada na Itália. Érica é autora do e-book Mala Inteligente - Passo a passo para uma viagem inesquecível, à venda na plataforma EDUZZ (se comprar, indique que soube pelo podcast e ganhe 20 minutos de consultoria exclusiva com ela). Ela é muito prática. Sua primeira recomendação é priorizar o conforto: selecionar itens fáceis de usar, evitar salto, escolher materiais confortáveis. Segundo ela, temos dificuldade de fazer a mala porque não nos planejamos; deixamos para a véspera ou até o dia da viagem. “O grande erro é escolher as peças mais novas e mais bonitas, só que elas não se conversam”, diz. Uns dias antes, você deve provar e fotografar os looks completos, dos pés à cabeça, incluindo acessórios. Se houver algum ajuste necessário, ainda dá tempo de levar à costureira. Além disso, a especialista recomenda uma proporção de três partes de cima para cada parte de baixo. Ouça a entrevista e saiba o que levar na bolsa de mão e as atualizações sobre a mudança na lei europeia sobre líquidos de até 100 ml.
Há no mercado viagens para todos os gostos: enogastronômicas, culturais, de aventura e religiosas . Há viagens só para mulheres, só para casais, só para o público LGBT e, uma tendência em alta, são as viagens voltadas exclusivamente para a observação de pássaros. Não sabe qual tema escolher para sua próxima viagem? Ouça a entrevista com Claudia Felix, 59 anos, dona da agência Divines.Tur, que trabalha há 25 anos no setor de hotelaria e turismo. “O bom é que muitos desses temas podem estar na mesma viagem; você pode combinar história com vinho e gastronomia na Itália ou templos maravilhosos com a natureza exuberante do Butão”, diz ela. Ouça e compartilhe com quem você gosta.
As mulheres têm mais medo de voar do que os homens. A Sociedade Brasileira de Psiquiatria estima que algum nível de medo atinge quase metade de nós (para os homens, só 34%). Por isso, e também porque a Mel, nossa irmã, sofre com essa fobia, nesta temporada dedicada a falar de viagem, não poderíamos deixar o tema de fora. Para tratar do assunto, entrevistamos a psicóloga Solange Ferrari Cianfa, 49 anos, fundadora da Clínica Sol Ferrari Psique, de São Paulo. Segundo ela, o medo de voar geralmente está associado a outros medos, como o de altura e o de lugares fechados. O tratamento, que pode alcançar resultados em até um ano, passa por entender essas crenças limitantes. Segundo Solange, na hora do voo é importante praticar respiração profunda, se distrair, abrir o vento e deixá-lo no rosto e, se possível, segurar a mão de alguém. "Beber é pior", diz ela, que também recomenda planejar a viagem com antecedência e dar preferência a voos noturnos, que facilitam o sono.
Neste episódio, nossa convidada é a Patrícia de Mello Barboza, 62 anos, advogada, proprietária da Amavi Tour, empresa especializada em organizar viagens para pessoas com mais de 50 anos. Segundo ela, 80% do sucesso de uma viagem é a companhia. Por isso, ela trabalha com no máximo 10 pessoas no grupo, em geral familiares e amigos. Patricia cita algumas regras inegociáveis para viagens em grupo com pessoas mais velhas: a primeira é que seguro saúde é obrigatório; e a segunda é só ficar em hotel nos quais o transporte tenha acesso até a porta e que tenha elevador. "É preciso muita pesquisa para achar o lugar certo", diz ela. E qual é o melhor roteiro para pessoas com mais de 60 anos? "Depende do interesse da pessoa e do que ela quer vivenciar. Dizem que a Islândia, que é um país de natureza pura, não é para velhos e crianças, mas levei um grupo que se divertiu muito", diz. Ou seja, não há limites geográficos quando o assunto é viagem.
Manoela Carvalhaes, 54 anos, psicóloga mineira especializada em atender mulheres com mais de 50 anos, sempre amou viajar. Para ela, as viagens são uma fonte de liberdade e alegria. Durante os 30 anos de casamento, o marido cuidava de tudo, e Manoela apenas aproveitava. Quando se separou, em 2019, descobriu que precisava aprender a viajar sozinha. Logo surgiram as dúvidas: “Será que vou dar conta? Como vou para o aeroporto? Como vou me sentir sem alguém ao meu lado?” Percebeu então que estava ficando ansiosa. “Mas eu não queria ter ansiedade; queria leveza na vida”, diz ela, na entrevista ao podcast em que conta como, gradualmente, foi vencendo a insegurança e está ganhando o mundo novamente. Sua estratégia? Muita pesquisa e planejamento. E, o mais importante, respeitar seus limites. Um alerta essencial: viajar sozinha significa apenas não ter alguém conhecido como companhia; não significa estar em solidão. “Eu descobri uma Manoela que estava adormecida.”
Desde que começou a viajar para sair da depressão, Marcia Reis, 61 anos, a @coroamochileira, virou uma influencer de viagens baratas. Esta é sua segunda vez no podcast (ouça o episódio), numa entrevista gravada logo depois de voltar de um giro de cinco meses pela Europa. Para gastar pouco, ela ficou na casa de amigos ou em hostels (sempre com notas acima de 7 no Booking.com). Na Grécia, enjoou de comer kebab (“era o que meu orçamento permitia”); em Paris, tirou fotos na fachada do Louvre e viu a Torre Eiffel por fora (“não senti falta de entrar nos lugares”). Quanto aos hostels, sempre que possível, preferia a rede Safestay, onde encontrou segurança e conforto.
Na estreia da 14ª temporada do nosso podcast, vamos falar de viagens. E na estreia fizemos uma entrevista com a cearense Josefa Feitosa, 64 anos, que já conheceu 68 países. Ela tem viajado desde que se aposentou, em 2016, carregando uma mochila de 10 quilos e gastando de 40 a 50 euros por dia. Sua história é tão incrível que já deu lhe rendeu entrevistas em rádio, TV e jornal, além de ter conquistado muitos seguidores no Instagram. Recentemente, voltou de um giro de 85 dias por países como Suécia, Estônia e Letônia. Atualmente, ela não tem mais residência fixa. “Não sinto falta de voltar para casa; me incomoda ter coisas que vão ficar comigo pelo resto da vida”, nos disse. Para onde ela voltaria? Para onde não voltaria? Quais são suas dicas para viajar muito gastando pouco? Ouça e descubra.
Nós, seres humanos, não lidamos bem com o sofrimento. Nem o nosso e nem o do outro. Por isso, muitas vezes não sabemos como ajudar uma parente ou amiga que ficou viúva. O que fazer nos dias seguintes ao enterro? Como abordar quem está sofrendo a perda do amor da sua vida? "Não temos que incorrer no erro de achar que sabemos o que ela precisa. Ela também não sabe. Mostre que está disponível: 'eu tô aqui, no quê posso ajudar? Quer falar hoje? Quer uma comidinha? Posso ajudar de alguma forma prática", recomenda a psicóloga Gabriela Casellato, 50 anos, que tem doutorado em Psicologia Clínica pela PUC SP e é cofundadora, professora e supervisora do 4 Estações Instituto de Psicologia. Neste último episódio da temporada 13, também falamos sobre o que Gabriela chama de "lutos não reconhecidos", toda situação que envolve o rompimento de um vínculo significativo para a nossa vida, seja com uma pessoa, lugar ou função. Segundo a especialista, que tem vários livros lançados sobre o tema, a "vivência psicológica é a mesma, com agravo de que é um luto que a sociedade não reconhece". Para ela, o divórcio e a aposentadoria são exemplos deste tipo de luto.
Logo depois que o marido, Anésio, morreu, Maria de Lourdes Mafra Tambosi, hoje com 75 anos, moradora de Itajaí, litoral de Santa Catarina, achou uma carta endereçada a ela. Ele lamentava que ela estivesse lendo o texto, pois sabia que estava sofrendo, declarava seu amor e fidelidade e dava orientações sobre a vida financeira da família. "Eu era dependente dele para tudo, não sabia nada das contas, mas ele deixou tudo organizado", diz Lourdes nesta entrevista exclusiva ao podcast, na qual relembra o impacto da viuvez na sua vida. "Foi horrível, eu entrei em depressão. Eu me via num deserto, sozinha, sem saber que direção a tomar." Cerca de três anos depois, Lourdes conheceu seu segundo marido, com quem casou no civil, e viveu com ele até final de 2022. "Agora, sou viúva e divorciada", diz brincando.
Um casamento é feito de hábitos compartilhados. Quem dorme de qual lado da cama? Quem cuida disso ou daquilo? Os hábitos são rituais e comportamentos que realizamos automaticamente; repetimos rotinas sem pensar. "Os hábitos trazem uma margem de segurança", diz a psicóloga Marina Simas de Lima, 53 anos, do Instituto do Casal. Doutora em psicologia clínica, Marina diz que a viúva precisa ressignificar os hábitos que tinha com o marido. Para isso, pode começar devagar, tomando uma decisão consciente de mudar o hábito. Com o tempo, uma nova rotina assume o espaço da anterior."Você vai repetindo até virar algo natural", diz.
Foram 37 anos de casamento. 4 filhos. Planos de viver o resto da vida juntos. Até que um acidente de carro levou Osvaldo, o amor da vida de Rita Renzi, hoje com 70 anos, moradora de Mogi das Cruzes, interior de São Paulo. Isso foi há uma década. Depois de muito sofrimento, muitas lágrimas e um luto que parecia não ter fim, Rita diz que aprendeu a viver sem a presença dele. Mas não é só isso: ela voltou para a faculdade para estudar Direito (se formou recentemente) e também virou uma influencer sobre moda para a maturidade no Instagram. "A dor se acomoda dentro da gente. Ou a gente cresce ou se afunda. Tinha que fazer algo para sair do luto. Resolvi crescer", diz Rita nesta entrevista. Ouça e compartilhe.
O luto pode ser estudado sob diversos aspectos: pelo que provoca no cérebro, pelo que provoca nas emoções, pela fé, pela autoajuda. Foi em busca de respostas para o próprio luto que a escritora Sonia Consiglio, 56 anos, iniciou as pesquisas para o livro “#Sobrevivi - o que li, vivi e aprendi no meu luto”, lançado em março deste ano. A autora apresenta as passagens que mais a tocaram em 24 livros que leu depois da morte do ex-marido, a quem ela chama de "companheiro de alma". Nesta entrevista para o podcast, Sonia diz que "luto não se supera, se elabora; é uma nova condição na vida, nunca mais serei a mesma pessoa". Ela considera importante falar sobre o assunto, jamais fazer de conta que não aconteceu e que a viúva precisa saber que cada pessoa vive o luto de uma forma. "A presença da ausência num luto profundo é muito desafiador", diz. Ouça e compartilhe.
Imagine que você tem um casamento feliz há 10 anos. Que seu marido é um sujeito brilhante e um pai carinhoso e presente na vida de seus dois filhos. Imagine, então, que num dia 30 de dezembro, a família está reunida numa cidade bucólica para passar o Ano Novo e, numa cena corriqueira, ele vai escovar os dentes, sofre um AVC e morre nos seus braços. Foi assim que a Renata Piza, hoje com 45 anos, redatora-chefe da revista Elle, ficou viúva, aos 33 anos. É possível se recupera de uma perda assim? "A fase mais pesada do demorou de seis a sete anos para passar e não sei se um dia consegui sair dele. Eu sempre vou ser a viúva do Daniel, faz parte da vida", diz ela nesta entrevista. É preciso dizer que Renata, com dois filhos pequenos e sozinha para pagar as contas, não conseguiu ficar em casa chorando, teve que levantar e trabalha. Ouça a entrevista completa.
"Atire a primeira pedra a mulher que nunca sofreu um abuso financeiro”, diz a jornalista Mara Luquet, especialista em finanças pessoais, CEO e fundadora do site de notícias MyNews. Mara diz que em geral somos abusadas pela família, filhos e marido - e não nos damos conta disso - e que a situação piora quando nos tornamos viúvas. É preciso ter cuidado com todos que se candidatam a “ajudar” ou que chamam para uma “sociedade” ou que pedem dinheiro emprestado. “Diga não, não e não.” Mara também defende que a viúva não abra mão da sua parte na herança em hipótese alguma. “Não divida nem o seguro de vida : é seu dinheiro, você vai precisar dele. Você tendo, seu filho tem. Ele tendo, você terá ou não”, diz a autora do livro “Infidelidades Financeiras - Crônicas de uma voyeur”, lançado em 2020. Recomendações rápidas para você que ainda não é viúva: tenha uma previdência complementar no seu nome; pague o INSS, que é uma forma de garantir renda vitalícia; tenha educação previdenciária antes mesmo de ter educação financeira. Ouça o episódio completo e saiba mais.
Em 2019, Angélica Consiglio, agora com 53 anos, jornalista e empreendedora em São Paulo, ficou viúva após um casamento de quase três décadas. Os meses que se seguiram foram de intenso sofrimento. Angélica, que sempre foi forte, segura, determinada, teve síndrome do pânico, enxaqueca por 92 dias, quebrou duas costelas, sofreu distensão em todos os esportes que pratica. "Eu casei aos 22 anos. Não tinha tido vida adulta sozinha, só com ele. Durante o processo de luto, eu me vitimizava", contou ela durante entrevista ao podcast. Para realinhar sua vida, contou com o apoio da família, de tratamento psicológico e da pintura, que se tornou uma atividade regular. Um ano após o falecimento, ela começou a se preparar para encontrar um novo amor. E deu certo: desde janeiro de 2022 está casada com Gilberto Morelli de Andrade. Ouça o depoimento dela e descubra como é possível recomeçar: "O meu coração expandiu", diz.
Quais são os direitos da esposa quando o marido morre? Levamos esta pergunta para a advogada Paloma Iannuzzi, 35 anos, do escritório Iannuzzi Advocacia, de Sorocaba. Paloma é especializada em direito de família e sucessão. Para responder a esta pergunta, ela explica os regimes de casamento (são cinco) previstos em lei, em que condição a viúva é meeira, quem assume as dívidas do falecido e o que são herdeiros necessários e o que são herdeiros colaterais. O tema é complexo, mas tentamos simplificá-lo para você. Ouça e depois nos conte o que achou.
É fato: a viuvez ocorre mais para as mulheres, pois elas vivem mais que os homens. Dados do IBGE mostram que quatro em cada dez mulheres de 60 anos ou mais são viúvas. Se a viuvez é uma grande perda para todas, por que temos tanta dificuldade para falar sobre o assunto? Para a psicóloga Denise Miranda, 53 anos, do Instituto do Casal, "nós precisamos nos preparar para esse momento; falar com nossos parceiros ele quer que seja o enterro; perguntar como estão as finanças?" Enfim, precisamos tratar de assuntos práticos hoje, os dois juntos, cada um expondo sua visão. Além de nos orientar sobre essa difícil conversa, Denise também dá conselhos para superar a tristeza que certamente virá.