FONTESHealth of the world's Roma population
INQUÉRITO ÀS CONDIÇÕES DE VIDA, ORIGENS E TRAJETÓRIAS DA POPULAÇÃO RESIDENTE, 24 de junho de 2024
Mais de metade das pessoas de etnia cigana diz já ter sofrido discriminação em Portugal
Este é um episódio sobre partos, menstruações e bruxas.
FONTES
Vidas de portugueses no ano de superavit comercial de 1943, Irene Pimentel
Fernanda da Luz - Igualdade [blogue]
Amor à pancada [youtube]
Carriça a cantar [youtube]
A Amélia Serrano é avó do André, o que torna este episódio mais íntimo e, para mim, mais acolhedor. Era uma noite fria e com trovoada, perfeita para uma conversa sobre liberdade.
FONTES
A Lei da Terra, 1977 [youtube]
VIAGEM TRIUNFAL DO PRESIDENTE CARMONA AO PORTO, em 1949 [youtube]Chão nosso, Trovante [youtube]
Obrigada por aguardarem meses entre o último episódio e este. Estou muito sensibilizada porque o podcast tem hoje mais ouvintes do que alguma vez teve!
FONTES
Aerograma [RTP]
Irmã Marginal (Sister Outsider), Audre Lorde
Contactos:
laurafalesia@gmail.com
instagram: @falesia_
Fontes:
A Dama e o Vagabundo [vídeo]
Raras e Discretas, conhecer um pouco da história das primeiras mulheres da Universidade de Coimbra [artigo]
Contactos:
laurafalesia@gmail.com
instagram: @falesia_
Nesta temporada falo com a Natércia Salgueiro Maia, com quem contactei através da Associação Salgueiro Maia.
FONTES
O que ficou na memória: os castigos corporais na escola primária 1900-1960, volume II [tese]
Cálculo do factor de atualização de escudos para euros [calculadora]
O desvio do Santa Maria e o princípio da Guerra do Ultramar [vídeo]
CONTACTO
laurafalesia@gmail.com
Ser anti-racista é um trabalho de todos os dias e de todas as pessoas. E podemos começar em qualquer lado e a qualquer momento. Já há muitos anos que se solidificou a percepção de que o racismo existe na sociedade, criando desigualdades e abismos sociais: trata-se de um sistema de opressão que nega direitos, e não um simples ato de vontade de um sujeito.
FONTES
Rádio Clube de Moçambique [vídeo]
Rádio Libertação [texto e som]
Pequeno Manual Antiracista [PDF]
CONTACTO
laurafalesia@gmail.com
Fontes:
Irmã Marginal, Audre Lorde [comprar livro]
O colonialismo dos anticolonialistas, Cunha Leal [livro]
Retrato do Colonizado, Albert Memmi [livro]
Portugal pode viver sem as colónias? [livro]
PROCLAMAÇÃO DA INSURREIÇÃO ARMADA - SAMORA MACHEL [vídeo]
41 ANOS DO ATAQUE À MATOLA [vídeo]
Neste episódio falo com a Celeste José, 76 anos, sobre ser da terra do Eusébio, trabalhar para uma família portuguesa e ir pela primeira vez ao cabeleireiro.
POEMAS LIDOS
AFORISMO
Havia uma formiga compartilhando comigo o isolamento e comendo juntos. Estávamos iguais com duas diferenças: Não era interrogada e por descuido podiam pisá-la Mas aos dois intencionalmente podiam pôr-nos de rastos mas não podiam ajoelhar-nos.
José Craveirinha
BAYETE
Ergueste uma capela e ensinaste-me a temer a Deus e a ti. Vendeste-me o algodão da minha machamba pelo dobro do preço por que mo compraste, estabeleceste-me tuas leis e minha linha de conduta foi por ti traçada. Construíste calabouços para lá me encerrares quando não te pagar os impostos, deixaste morrer de fome meus filhos e meus irmãos, e fizeste-me trabalhar dia após dia, nas tuas concessões. Nunca me construíste uma escola, um hospital, nunca me deste milho ou mandioca para os anos de fome. E prostituíste minhas irmãs, e as deportaste para S. Tomé…
– Depois de tudo isto, não achas demasiado exigir-me que baixe a lança e o escudo e, de rojo, grite à capulana vermelha e verde que me colocaste à frente dos olhos: BAYETE?
Noémia de Sousa
FONTES
Esperança de vida em Portugal segundo o nível de escolaridade, por Filipe Pereira [Artigo]
Educação e empregabilidade em moçambique [artigo]
Gender Inequality in Employment in Mozambique [artigo]
José Craveirinha [poemas]
Noémia de Sousa [poemas e biografia]
Matutuíne [imagens]
Mafalala [wikipédia]
Esse cabelo, por Djaimilia Pereira de Almeida [excerto]
A avó veio trabalhar [site]
No último episódio desta temporada, falamos de Deus, do regresso do fascismo e da recolha de história oral.
FONTES
Emissão da Emissora Nacional [youtube]
Entrevista a Óscar Cardoso [youtube]
"A homossexualidade no masculino, parte I", Falatório, por Anabela Mota Ribeiro [RTP Arquivos]
Adelfopoiesis [wikipédia]
CONTACTO
laurafalesia@gmail.com
Instagram: @falesia_
Neste episódio falo com a Raimunda da Conceição, 89 anos, sobre apaixonar-se, o dia do casamento e a roupa que se vestia.
FONTES
Idade média do primeiro casamento [estatística]
Povo que Canta [youtube]
Linda de Suza [youtube]
CONTACTO
laurafalesia@gmail.com
Em cada temporada converso com uma pessoa ao longo de vários episódios. Neste episódio, o primeiro da temporada, falo com a Raimunda da Conceição, 89 anos, sobre ir à escola, nassos e vacinação.
Este era um dia de inverno em Beringel, uma aldeia no Alentejo. Estamos na sala da Raimunda, quentinhas: eu e a Celina da Piedade, a vizinha da Raimunda e minha amiga, que nos pôs em contacto.
Do longo desta entrevista, a Celina vai intervindo a cantar e a ajudar a puxar pela memória.
A Raimunda tem cabelo curto e cara risonha. Muitas rugas de expressão. Está confortável no sofá e eu tenho vista para o dia chuvoso na rua.
FONTES
Aviso ao povo para não morrer de bexigas [publicação]
Ponto de Desencontro FNAC, com Maria Gil [podcast]
Livro do Pantagruel [Livro]
Portugueses Ciganos e Ciganofobia em Portugal [Livro]
O Anticiganismo - Reflexões sobre uma variante moderna e por isso esquecida do racismo moderno [Livro]
CONTACTOS
laurafalesia@gmail.com
A Gracinda, que queria ser Graciete, engravidou e gestou três vezes, educou duas filhas, não namorou enquanto não se pagava o terreno que o pai tinha comprado para poder plantar árvores e terem sombra e fruto.
A Gracinda que se apaixonou pelo carpinteiro da aldeia porque não vinha sujo para casa, que era vista como a culpada das bebedeiras dele, a quem lhe gastaram o dinheiro na taberna.
Que começou a trabalhar aos 11 anos.
Que nunca foi à escola porque não havia ali ao pé. Que fez quase 100 quilómetros a pé para ir vindimar por um caminho perigoso. E depois voltou para casa pelo mesmo caminho, mas com dinheiro.
Que não foi ouvida pela Jacinta nem pelo Francisco, porque os pastorinhos não lhe salvaram a bebé, que foi a enterrar numa caixa de sapatos.
Que não nomeou as filhas nem Jacinta, nem Francisco, nem Graciete nem qualquer nome que gostasse.
Que ultrapassou a idade da mãe em três anos.
Que em dezembro de 2023 me deu esta entrevista deitada na sua cama, à hora de almoço, num quarto a cheirar a chá de cidreira, com sol de inverno e um frio de rachar na rua e um aquecedor aos pés da cama.
Que, quando eu me despedi, disse “até à próxima”, sabendo que não haveria próxima, e ela disse "até à próxima filha, muita sorte, espero ter dito qualquer coisa que ajude".
MÚSICA
Todo Este Céu, Fausto Bordalo Dias [música]
Neste episódio falamos de ab*rtar, Deus acudir a umas e não a outras e votar pela primeira vez sem saber ler.
FONTES
Malala e educação infantil, 2013 [vídeo]
Travessia do Deserto, José Mário Branco [música]
Discurso de Sá Carneiro PPD-PSD [vídeo]
Neste episódio falo com a Gracinda de Jesus, de 94 anos, sobre fazer muitos quilómetros a pé para ir vindimar, bailaricos e os pequenos almoços da infância em 1935.
FONTES
Severa [filme completo]
Fole [documentário]
Na temporada 7 de MEMÓRIA FUTURA entrevisto a Gracinda, de 93 anos.
O pequeno quarto onde conversei com a Gracinda era um rodopio silencioso de mulheres. A Raquel ia rindo das piadas da avó. A tia da Raquel, lá ao longe, cozinhava - no áudio há loiça a lavar e grelhados ao lume. E a mãe da Raquel aguardava que a conversa terminasse.
Éramos 4: quatro mulheres juntas num quarto. Um quarto só para nós.
A Gracinda deixou-nos em Janeiro. É uma grande honra ter recolhido o seu testemunho em vida.
A voz das mulheres, a nossa voz, ficará para memória futura.
No último episódio da temporada - o mais longo! - falamos sobre castigos corporais, ser g.ay no Estado Novo e assédio. E acordar!
CONTACTO
@falesia_ [instagram]
laurafalesia@gmail.com
FONTES
O que ficou na memória: os castigos corporais na escola primária 1900-1960 [tese]
A resistência quotidiana dos homossexuais no Estado Novo [artigo]
Decreto-Lei n.º 27.279 de 24 de novembro de 1936
Protesto na Universidade de Lisboa: “O assédio nas faculdades existe e tem de ser tratado” [reportagem]
Acordai!, de Fernando Lopes Graça [música]
Liberdade, de Sérgio Godinho [música]
Nem mais uma palmada [site]
Neste episódio falamos de Audre Lorde, aprender a escrever aos 4 anos e comunismo.
Ainda estou no rescaldo das legislativas de março de 2024. É inadmissível que num país tão pequeno como Portugal, mais de 1 milhão de pessoas tenha votado num partido de extrema-direita, racista, xenófobo e homo, bi, lés, transfóbico.
A memória é curta. E é por isso que têm que existir gravações de pessoas que viveram vidas longas.
FONTES
Educação Feminina no Estado Novo (1938-1948): impacto na imprensa periódica [tese]
Quanto mais urgente é a escrita Mais humilde o suporte. Tudo o que realmente importa foi escrito em bilhetes de autocarro, guardanapos quase translúcidos, versos de sobrescritos, pacotes de pastilha elástica. E ninguém o compreende porque quanto mais urgente a escrita mais ilegível a letra.
André Tecedeiro
Olá! Obrigada por te juntares a mais uma temporada do MEMÓRIA FUTURA.
Neste episódio falo com a Amélia Espiridião sobre ganhar consciência política de esquerda, comunismo e ser filha de um patrão.
______________________________________________________
No Memória Futura preocupo-me com diversidade de histórias, por isso estou à procura de mulheres não brancas, mulheres de etnia cigana, mulheres lésbicas, bissexuais, trans ou queer com mais de 80 anos para entrevistar.
Se conheceres alguém com uma destas características, por favor contacta-me.
FONTES
Marvão: Nas memórias do contrabando, contam-se chinesas, castanhas e café [reportagem]
Economia de guerra [tese de mestrado]
Censos de 1950 [PDF]
Bichxs de Merda, Aristóteles, fêmeas e outros monstros de-generativos, P. Feijó, maio maio edições, s/d
CONTACTOS
mail: laurafalesia@gmail.com
Instagram: @falesia_