No episódio de hoje do Literatura Miojo apresentamos a obra Fenomenologia do Espírito, de Georg Wilhelm Friedrich Hegel, publicada em 1807.
No Capítulo 3 – Força e Entendimento, Hegel mostra que nosso modo de conhecer o mundo avança da percepção imediata para uma busca por estruturas mais profundas. Já não vemos apenas coisas isoladas: buscamos as forças invisíveis que explicam o movimento e a relação entre os fenômenos. O entendimento tenta organizar essas forças em leis universais, mas descobre que toda lei é sempre um recorte, uma tentativa provisória de capturar o real vivo. Assim, o pensamento persegue algo que sempre escapa e, nesse movimento, reconhece que conhecer é um processo dialético, não uma conclusão fixa. O mundo não é estático — é tensão, ação, jogo entre visível e invisível. A consciência começa a perceber que ela própria participa da realidade que tenta explicar.

Como Hegel diria, não há verdade pronta — há caminho.

Esse foi o Literatura Miojo. Rápido, mas com gosto de quero mais. Todas as terças e quintas, às 10 horas, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original e experimente a leitura completa, porque nada substitui o prazer da leitura.
A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

No capítulo 2 da Fenomenologia do Espírito, Hegel sai da “certeza sensível” e entra no mundo da percepção — aqui, o sujeito já não vê só o imediato, mas tenta organizar o mundo em coisas com propriedades. Parece simples: eu vejo uma mesa, digo que ela é sólida, marrom, de madeira. Mas Hegel destrói essa inocência: essas qualidades mudam conforme o olhar, o contexto, o que a torna uma mistura confusa entre unidade e multiplicidade.

O drama? A percepção quer agarrar a verdade, mas a coisa percebida já se desfaz em contradições. O sujeito tenta separar o que é dele e o que é da coisa, mas tudo é um jogo de espelhos — quem garante que a cor é da mesa e não do modo como eu a vejo? Resultado: o conhecimento humano é como montar um móvel sueco sem manual — cheio de peças e nada encaixa direito.

Todas as terças e quintas às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

No episódio de hoje do Literatura Miojo, mergulhamos em The Open Society and Its Enemies, Volume I: “The Spell of Plato” (1945), de Karl Popper.
Popper acende o fogo da crítica contra um dos gigantes da filosofia: Platão. Segundo ele, o autor de A República não era o herói da razão que muitos pintam, mas o arquiteto de uma sociedade fechada — hierárquica, rígida e inimiga da liberdade. Popper vê em Platão o “encantamento” da certeza, o feitiço de quem prefere a ordem absoluta à crítica e ao debate.
Com sua escrita afiada, Popper defende que o verdadeiro progresso nasce da dúvida e da contestação — de uma sociedade aberta, onde ideias possam brigar sem que pessoas precisem brigar.
É filosofia política, história e rebeldia intelectual servidas em um prato quente: questionar é o primeiro ato de liberdade.
Todas as terças e quintas-feiras às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

Nesse episódio do Literatura Miojo, mergulhamos no capítulo 1 da Fenomenologia do Espírito, de Hegel: “A Certeza Sensível.” Aqui, Hegel começa sua jornada mostrando o primeiro passo da consciência — aquele momento em que acreditamos conhecer o mundo apenas pelo que sentimos e vemos. Mas ele logo desmonta a ilusão: o que parece “certeza” é pura aparência. O “isto” e o “agora” mudam a cada instante, e o sensível se dissolve. A lição? A percepção imediata não é saber — é só o ponto de partida da mente em busca de verdade.
Todas as terças e quintas-feiras às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

No episódio de hoje do Literatura Miojo, vamos com “Crepúsculo dos Ídolos, ou Como Filosofar com o Martelo”, escrito por Friedrich Nietzsche em 1888. Nesta obra curta e afiada, Nietzsche ergue o martelo — não para destruir, mas para testar os “ídolos” da cultura ocidental: a moral tradicional, a filosofia socrática, a religião cristã e até mesmo a ideia de verdade absoluta. Cada seção é como um golpe que ressoa, revelando rachaduras onde muitos viam solidez. O filósofo defende a vida, a força criadora e a superação das ilusões decadentes.

📚 Todas as terças e quintas-feiras, às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

No episódio de hoje do Literatura Miojo:
O Caso dos Denunciantes Invejosos, de Lon L. Fuller, 1949.

Nesse famoso caso hipotético, Fuller nos transporta para uma sociedade onde vizinhos invejosos denunciam cidadãos por descumprirem leis injustas de um regime tirânico. Com a queda do governo, surge o dilema: como julgar os denunciantes? Eles apenas seguiram a lei ou foram cúmplices de uma injustiça? Fuller apresenta o debate entre legalistas, que defendem a obediência formal à lei, e jusnaturalistas, que sustentam que leis injustas não têm validade moral. O caso revela as tensões entre legalidade, moralidade e justiça, mostrando que aplicar o direito não é apenas seguir regras, mas enfrentar dilemas éticos.

Frase final da obra:
"Não é porque algo está na lei que se torna justo."

Todas as terças e quintas-feiras, às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

No episódio de hoje do Literatura Miojo:
Princípios de Moral e Legislação, de Jeremy Bentham, publicado em 1789.

Nesta obra fundamental do utilitarismo, Bentham apresenta o princípio da utilidade como critério para julgar ações e leis: aquilo que promove a maior felicidade para o maior número é o que deve guiar a moral e a política. Ele analisa como prazeres e dores determinam a conduta humana e propõe uma "aritmética dos prazeres", onde cada ação deve ser medida pelo equilíbrio entre benefícios e sofrimentos que gera. A obra também discute punições, recompensas e a função das instituições legais, defendendo que a legislação deve sempre buscar o bem-estar coletivo. É uma defesa racional da moralidade e do direito, com base na experiência e nas consequências práticas.

Frase final da obra:
"A maior felicidade do maior número é a medida do certo e do errado."

Todas as terças e quintas-feiras, às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

No episódio de hoje do Literatura Miojo:
Do Contrato Social, de Jean-Jacques Rousseau, publicado em 1762.

Nesta obra clássica da filosofia política, Rousseau reflete sobre como os homens podem viver em sociedade sem abrir mão da liberdade. Ele defende que o poder legítimo não nasce da força, mas do acordo coletivo: o contrato social. Cada indivíduo, ao se unir à comunidade, submete-se à vontade geral, que não é a soma dos interesses particulares, mas a busca do bem comum. Rousseau distingue entre soberania, que é do povo, e governo, que deve apenas executá-la. É um chamado para pensar a política como expressão da liberdade e da igualdade, e não da opressão.

Frase final da obra:
"O homem nasce livre, e por toda parte encontra-se acorrentado."

Todos os dias às 10h, uma obra nova.

Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

No episódio de hoje do Literatura Miojo:
O Discurso do Método, de René Descartes, publicado em 1637.

Nesta obra fundamental da filosofia moderna, Descartes apresenta seu projeto para alcançar a verdade por meio da razão. Ele propõe quatro regras básicas: aceitar apenas o que é claro e distinto; dividir cada problema em partes; ordenar o pensamento do simples ao complexo; e revisar tudo cuidadosamente. Ao duvidar de tudo, encontra uma certeza indestrutível: “Penso, logo existo” (Cogito, ergo sum). O livro também reflete sobre ciência, moral provisória e a importância de usar a razão como guia para viver e conhecer. É um manifesto pela autonomia do pensamento e pela confiança no método racional como caminho seguro para a verdade.

Todos os dias às 10h, uma obra nova.

Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

🎙️ No episódio de hoje do Literatura Miojo, vamos falar da obra "Filosofia: e nós com isso?" de Mario Sergio Cortella, publicada em 2006.

Com linguagem acessível e cheia de exemplos do cotidiano, Cortella mostra que filosofia não é coisa de outro mundo: ela está em nossas decisões, valores e até nas pequenas dúvidas do dia a dia. A obra convida o leitor a pensar criticamente sobre ética, sentido da vida, liberdade, justiça e responsabilidade. Ao longo do livro, Cortella mostra como grandes questões filosóficas podem – e devem – ser pensadas por todos nós, não só por acadêmicos. Filosofar, para ele, é um ato de cidadania e de cuidado consigo e com o mundo. É filosofia com café quente e conversa boa!

☕ "Pensar incomoda, mas é isso que nos diferencia."

📚 Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

🎙️ No episódio de hoje do Literatura Miojo: Dois Tratados sobre o Governo – Segundo Tratado, de John Locke, publicado em 1689 — o berço do liberalismo político moderno.

Nesta obra, Locke defende a ideia revolucionária de que o poder político legítimo nasce do consentimento dos governados. Contra a teoria do direito divino dos reis, ele propõe que todos nascem livres e iguais, com direitos naturais à vida, à liberdade e à propriedade. O governo só é justo quando protege esses direitos — e pode (e deve!) ser derrubado se falhar nessa missão. O contrato social é o pilar que une governantes e sociedade, e a separação de poderes é fundamental para evitar abusos. Com isso, Locke lança as bases do constitucionalismo moderno e influencia diretamente revoluções como a Americana e a Francesa.

📚 Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

No episódio de hoje do Literatura Miojo:
A Constituição da Liberdade, de Friedrich Hayek, publicado em 1960.

Nesta obra monumental, Hayek defende a liberdade individual como pilar essencial da civilização ocidental. A liberdade, para ele, não é simplesmente fazer o que se quer, mas viver num sistema de regras que limite o poder coercitivo do Estado. O autor critica o planejamento centralizado e alerta sobre os perigos de governos que tentam impor o "bem coletivo" com mão pesada. Hayek distingue liberdade de democracia e argumenta que a verdadeira liberdade depende de instituições jurídicas sólidas, mercado livre e limites claros ao poder político. Ele traça conexões históricas, filosóficas e econômicas para sustentar sua visão liberal clássica, defendendo um Estado de Direito que garanta o espaço da ação individual sem opressão.

"A liberdade não é apenas um dos muitos valores, mas a fonte de onde todos os valores se originam."

Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

🎙️ No episódio de hoje do Literatura Miojo, vamos falar da obra "O Caminho da Servidão" de Friedrich Hayek, publicada em 1944.

Hayek, economista e filósofo austríaco, faz aqui um alerta poderoso: o controle estatal excessivo da economia pode abrir as portas para o autoritarismo. Ele analisa como regimes totalitários se aproveitam da centralização do poder para minar liberdades individuais. Em linguagem firme e argumentativa, Hayek defende que o planejamento econômico centralizado, mesmo com boas intenções, pode levar à perda da democracia. O livro é um clássico do liberalismo, propondo que liberdade política só floresce onde há liberdade econômica. Uma leitura que provoca, questiona e faz pensar o papel do Estado em nossas vidas.

📚 Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

🎙️ No episódio de hoje do Literatura Miojo: A Lei, de Frédéric Bastiat, publicada em 1850 — um libelo liberal contra os abusos do Estado.

Nesta obra breve e incisiva, Bastiat defende que a função da lei é proteger a vida, a liberdade e a propriedade — e nada mais. Quando o Estado ultrapassa esse limite e começa a “legalizar” a espoliação, ou seja, tirar de uns para dar a outros sob o pretexto da justiça social, ele se corrompe. Bastiat ataca o assistencialismo forçado e os privilégios garantidos por leis injustas. Para ele, quanto mais a lei tenta “consertar” a sociedade, mais ela se afasta de sua função natural. A obra é um manifesto a favor do liberalismo clássico e contra a engenharia social feita à força.

📚 Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

🎙️ No episódio de hoje do Literatura Miojo: A Riqueza das Nações, de Adam Smith, publicada em 1776 — a certidão de nascimento da economia moderna.

Nesta obra monumental, Smith investiga o que faz uma nação prosperar. Defende que o trabalho é a verdadeira fonte de riqueza e que a especialização aumenta a produtividade. Explica como o livre mercado, guiado por uma “mão invisível”, pode coordenar interesses individuais e gerar benefícios coletivos. Smith analisa impostos, comércio, divisão do trabalho e o papel do Estado, que deve prover justiça, defesa e infraestrutura, sem sufocar a iniciativa privada. Embora defensor do liberalismo econômico, Smith também alerta contra os monopólios e o poder exagerado dos comerciantes. Um tratado que une filosofia moral e economia para explicar como funcionam os sistemas de troca, produção e consumo.

📚 Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

🎙️ No episódio de hoje do Literatura Miojo: Dois Tratados sobre o Governo – 1º Tratado, de John Locke, publicado em 1689 — o golpe filosófico contra o absolutismo.

Neste primeiro tratado, Locke desmonta ponto por ponto a teoria do direito divino dos reis, defendida por Robert Filmer em Patriarcha. Para Locke, a autoridade política não pode ser herdada como se fosse um bem familiar, nem justificada com base na figura bíblica de Adão. Com argumentos racionais e exemplos históricos, ele nega que o poder dos reis venha de Deus, e argumenta que o governo deve ter base no consentimento dos governados. É uma verdadeira varredura conceitual contra a tirania, preparando o terreno para o segundo tratado, onde Locke apresentará sua própria proposta de governo legítimo.

📚 Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

🎙️No episódio de hoje do Literatura Miojo: Verdade e Método – Parte III, de Hans-Georg Gadamer, publicado em 1960 — quando a hermenêutica encontra sua dimensão filosófica plena.

Nesta parte final, Gadamer explora como a compreensão vai além da interpretação de textos: ela é um processo existencial. A linguagem não é apenas um instrumento, mas o espaço onde o ser humano habita e constrói realidade. O autor mostra que todo ato de entender envolve uma interação entre passado e presente, tradição e inovação. Não existe interpretação neutra: cada leitura é um encontro entre diferentes horizontes. Gadamer reforça que a verdade não é resultado de um método fixo, mas de um diálogo contínuo, histórico e aberto. Com isso, a hermenêutica deixa de ser técnica e se torna filosofia — uma reflexão sobre o próprio modo de existir e conhecer.

📚 Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

🎙️No episódio de hoje do Literatura Miojo: Verdade e Método – Parte II, de Hans-Georg Gadamer, publicado em 1960 — onde o conhecimento nasce do diálogo e da tradição.

Na segunda parte da obra, Gadamer aprofunda a reflexão sobre o papel da linguagem na construção do sentido. Para ele, compreender é sempre um ato linguístico, e o diálogo é o lugar onde o saber floresce. A hermenêutica, portanto, não é só método, mas modo de ser. Gadamer discute como os preconceitos — no bom sentido — são inevitáveis e essenciais ao entendimento, pois já trazemos uma bagagem interpretativa ao abordar qualquer texto ou acontecimento. A “fusão de horizontes” volta como conceito-chave: só nos entendemos ao nos abrirmos ao outro e à tradição que nos molda. Assim, o saber não é posse individual, mas experiência compartilhada e histórica.

📚 Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

🎙️No episódio de hoje do Literatura Miojo: Verdade e Método – Parte I, de Hans-Georg Gadamer, publicado em 1960 — onde a filosofia resgata o valor da compreensão.

Na primeira parte dessa obra monumental, Gadamer questiona os métodos científicos aplicados às ciências humanas e resgata a tradição hermenêutica como caminho legítimo para o conhecimento. Em vez de buscar verdades objetivas e fixas, ele valoriza a interpretação, o diálogo e a fusão de horizontes — onde o leitor e o texto se encontram. A arte, a linguagem e a história ganham protagonismo como meios de revelação da verdade, não por métodos rígidos, mas por vivência, tradição e compreensão. Gadamer mostra que entender é mais que decifrar: é entrar numa conversa com o passado e com o outro, onde a verdade se revela na escuta.

📚 Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.

🎙️No episódio de hoje do Literatura Miojo: A Voz do Silêncio, de Helena Petrovna Blavatsky, publicada em 1889 — um sussurro místico vindo do Oriente.

Nesta obra breve e densa, Blavatsky reúne ensinamentos do esoterismo oriental, especialmente do budismo tibetano, com uma linguagem simbólica e profundamente espiritual. Dividida em três fragmentos — A Voz do Silêncio, Os Dois Caminhos e Os Sete Portais — o livro guia o buscador pelo caminho da sabedoria interior, da compaixão universal e do sacrifício altruísta. A ideia central é clara: o verdadeiro discípulo deve calar o ruído do mundo e ouvir a voz silenciosa da alma. A evolução espiritual, segundo Blavatsky, não é um prêmio, mas um dever — e exige renúncia, disciplina e amor pela humanidade.

📚 Todos os dias às 10h, uma obra nova. Curtiu? Então procure a obra original. A literatura te espera — sem pressa, mas com prazer.