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Danilo Baltieri
Danilo Baltieri
16 episodes
2 days ago
Danilo Baltieri é médico psiquiatra. Professor Livre-Docente pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Atualmente é Professor Assistente da Faculdade de Medicina do ABC, Coordenador do Programa de Residência Médica em Psiquiatria da FMABC, Pesquisador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria da FMUSP (GREA-IPQ-HCFMUSP) e Coordenador do Ambulatório de Transtornos da Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC (ABSex). Tem experiência em Psiquiatria Geral, com ênfase nas áreas de Dependências Químicas
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Danilo Baltieri é médico psiquiatra. Professor Livre-Docente pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Atualmente é Professor Assistente da Faculdade de Medicina do ABC, Coordenador do Programa de Residência Médica em Psiquiatria da FMABC, Pesquisador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria da FMUSP (GREA-IPQ-HCFMUSP) e Coordenador do Ambulatório de Transtornos da Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC (ABSex). Tem experiência em Psiquiatria Geral, com ênfase nas áreas de Dependências Químicas
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Episodes (16/16)
Danilo Baltieri
Os Incels
A cultura incel (abreviação de "involuntary celibates", ou celibatários involuntários) é um fenômeno social e online que surgiu inicialmente como uma comunidade de apoio para pessoas que se sentiam isoladas e incapazes de formar relacionamentos românticos ou sexuais. No entanto, ao longo do tempo, o termo foi apropriado por um grupo predominantemente masculino que adotou uma visão misógina, extremista e às vezes violenta. Os incels acreditam que a sociedade está estruturada de forma a privilegiar homens considerados atraentes (chamados de "Chads") e mulheres que preferem esses homens (chamadas de "Stacys"). Eles frequentemente culpam as mulheres e a sociedade moderna por sua exclusão sexual e romântica, adotando uma visão niilista conhecida como "blackpill", que afirma que a atratividade física e o sucesso romântico são determinados geneticamente e, portanto, imutáveis. Essa ideologia é marcada por sentimentos de raiva, ressentimento e desesperança, e em alguns casos, pode levar à radicalização e à violência. Quando ocorrem, trata-se de crimes de ódio. O termo "incel" tornou-se perigoso devido à radicalização de parte dessa comunidade, que passou a adotar discursos de ódio misógino, homofóbico e, em alguns casos, racista. A identificação com o termo pode levar indivíduos a internalizar uma visão de mundo extremamente pessimista e distorcida, onde a violência é vista como uma forma de resistência ou vingança contra um sistema que eles acreditam que os oprime.
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7 months ago
18 minutes 48 seconds

Danilo Baltieri
Tratamento Hormonal (“Castração Química”) para Apenados com Transtorno Pedofílico?
oA “castração química” tem sido usada para evitar o comportamento sexual patológico/donoso e para prevenir a reincidência criminal entre agressores sexuais desde a década de 1940. Atualmente, as legislações em cerca de nove Estados Americanos e vários países europeus permitem a “castração” dirigida principalmente a indivíduos que apresentam um Transtorno Parafílico. É importante frisar que nem todos os agressores sexuais têm um diagnóstico de Transtorno Parafílico, e que Transtorno Parafílico não é sinônimo de agressor sexual. De qualquer forma, os Transtornos Parafílicos são de fato mais prevalentes entre agressores sexuais do que na população geral. Nos Estados Unidos da América, a “castração” é formalmente opcional em alguns estados, enquanto em outros é obrigatória ou mesmo uma condição sine qua non para a liberação do cárcere. Na Europa, a abordagem dominante é oferecer a “castração” como uma intervenção formalmente opcional ou voluntária (Koo, Ahn, Hong, Lee, & Chung, 2014). Estudos têm, de fato, relatado que a “castração química” é uma estratégia eficaz na redução da reincidência, na prevenção da agressão sexual contra menores, na melhoria da qualidade de vida dos indivíduos parafílicos e na redução do ônus individual e social do comportamento sexualmente ofensivo (Grubin & Beech, 2010; Koo et al., 2013), desde que associada com psicoterapia especializada e outras formas de abordagem médica e psicossocial. Existem vários senões e porquês de adotar esse procedimento nos cenários jurídicos, como por exemplo: Preocupações éticas: Questiona-se se profissionais médicos podem e/ou devem estar envolvidos no procedimento sendo feito involuntariamente. A penalização química não é a mesma coisa do que o tratamento médico com medicações hormonais! O uso involuntário da “castração química” é muito mais uma forma de controle social ao invés de um tratamento puramente médico. Aqui, levanta-se um grave conflito entre o papel do médico no bem-estar do paciente e o objetivo social de segurança pública. Eficácia: Apesar das dificuldades no desenvolvimento de pesquisas farmacológicas bem desenhadas, existem algumas evidências de que a “castração química” é eficaz na redução das taxas de reincidência criminal sexual. Poucos estudos mostram taxas de reincidência significativamente mais baixas naqueles que se submeteram a esses procedimentos em comparação com outros métodos de tratamento. No entanto, a falta de estudos duplo-cegos controlados por placebo (devido às preocupações éticas) contribui para dúvidas sobre a efetividade de procedimento. Efeitos colaterais: A “castração química” pode trazer efeitos colaterais significativos, incluindo osteoporose, doenças cardiovasculares, anormalidades metabólicas e ginecomastia. Por isso, se for determinada a realização de um tratamento hormonal, médicos psiquiatras altamente especializados no assunto devem estar incluídos. Contexto do tratamento: As intervenções médicas (como seria o caso do Tratamento Hormonal) devem fazer parte de um plano de tratamento mais amplo envolvendo psicoterapias específicas e supervisão. Não se trata de uma solução autônoma! No contexto médico, a importância do consentimento informado do infrator é evidente. Contexto legal e político: Os cenários legal e político em torno da “castração química” em vários países variam abundantemente e não faltam interesses políticos na aprovação de certos projetos de Lei. Destaco, aqui, que as propostas de abordagens são variadas e a influência de crimes sexuais de alto perfil nas decisões políticas é decisiva. Defendemos uma abordagem cautelosa para a chamada “castração química”. Embora reconheçamos a sua eficácia relativa na redução da reincidência, enfatizamos fortemente as considerações éticas e médicas. A ênfase deve ser dada no consentimento informado e na integração dentro de uma estratégia terapêutica ampla, não apenas como método de punição ou controle social.
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10 months ago
17 minutes 35 seconds

Danilo Baltieri
Sequestro de Crianças
Os sequestros de crianças nos países da Europa Ocidental são relativamente raros, representando apenas 0,12% de todas as condenações violentas anualmente (média de 44 condenações por ano). No entanto, enfatizamos que essa baixa prevalência não diminui a gravidade do crime. Autores têm elaborado uma tipologia dos sequestradores de crianças, com a finalidade de melhor entendê-los bem como aprimorar os meios de identificá-los. Os dados revelam que a maioria dos sequestros (80%) é cometida por perpetradores não familiares, com os sequestros por motivação sexual compreendendo o maior grupo. Os sequestros familiares (20%) são predominantemente motivados pelo desejo de custódia. Portanto, embora a taxa geral seja baixa, as motivações específicas e os perfis dos perpetradores mostram um quadro mais complexo. Pesquisas adicionais com um conjunto de dados maior podem dar uma ideia mais precisa da prevalência. Principais tipologias por Motivação Sexual (60%): Este tem sido o motivo mais frequente, com vítimas do sexo feminino superando significativamente as vítimas do sexo masculino. Custódia (15%): Este motivo é associado exclusivamente a sequestros familiares, motivados principalmente por disputas parentais. Desejo Materno (15%): Este está exclusivamente ligado a mulheres infratoras não familiares. Outros (10%): Esta categoria engloba diversos motivos, como religiosos, roubo (com crianças presentes incidentalmente), etc. Este grupo tem o nível mais alto de histórico criminal e é principalmente de natureza não familiar. Características da vítima: Embora não totalmente documentados, os dados disponíveis indicam que as vítimas do sexo feminino são mais numerosas do que as vítimas do sexo masculino em todos os tipos de sequestro. As vítimas de sequestros por motivação sexual têm uma idade média significativamente maior em comparação com outras categorias (10 anos versus 1 ano, respectivamente). Características do Infrator: Os quatro tipos de sequestradores apresentam padrões distintos. Os sequestradores sexualmente motivados têm taxas significativamente mais altas de crimes sexuais e violentos anteriores e consistem na única categoria com sequestro anterior de crianças. Os sequestradores sob custódia tendem a ter menos antecedentes criminais e consistem principalmente de pais distantes. Os sequestradores por desejo materno são exclusivamente mulheres infratoras não familiares com baixo histórico criminal e vítimas jovens. O grupo "Outros" mostra grande heterogeneidade na história criminal. Comparação com a pesquisa dos EUA: Os resultados das pesquisas europeias se alinham amplamente com os resultados da pesquisa dos EUA, particularmente no que diz respeito à alta proporção de abduções não familiares e à prevalência de motivação sexual em casos não familiares. Os estudos destacam a heterogeneidade dos eventos de sequestro de crianças, desafiando a única categoria de "ofensa violenta" usada nas estatísticas oficiais de crimes. Eles ressaltam o papel significativo da motivação sexual e a necessidade de uma compreensão mais sutil das tipologias de sequestro de crianças para melhorar as estratégias de prevenção e intervenção.
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11 months ago
12 minutes 22 seconds

Danilo Baltieri
Aula "Transtornos Parafílicos – Foco em Pedofilia" COMU XLIII 18/10/2024

Congresso Médico Universitário – Faculdade de Medicina da USP – 18/10/2024


 A apresentação “Transtornos Parafílicos – Foco em Pedofilia”, ministrada pelo Prof. Dr. Danilo Antonio Baltieri, oferece uma visão abrangente e complexa do transtorno pedofílico, situando-o dentro do espectro mais amplo dos transtornos parafìlicos. A aula aborda a problemática da sua definição, diagnóstico e tratamento, destacando as dificuldades inerentes a essa área e os desafios que a pesquisa enfrenta.

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1 year ago
29 minutes 54 seconds

Danilo Baltieri
Frotteurismo

Frotteurismo deriva de uma palavra francesa, frotter, que significa esfregar, irritar, golpear ou acariciar. O Frotteurismo refere-se a tocar e/ou esfregar o corpo, especialmente as partes íntimas, contra uma pessoa que não consentiu. O comportamento geralmente ocorre em locais lotados, como shoppings, elevadores, veículos de transporte público, ônibus, metrôs, calçadas movimentadas e festivais públicos. Lugares lotados oferecem oportunidades únicas para o frotteur, não apenas porque ele pode facilmente mascarar o seu comportamento de se esfregar, mas também porque ele pode escapar mais facilmente da detecção e de uma possível prisão.

O toque pode ser direcionado a uma determinada parte do corpo ou pode ser uma carícia mais geral. A atividade geralmente é realizada por um pessoas do sexo masculino em direção a uma mulher.


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1 year ago
15 minutes 35 seconds

Danilo Baltieri
Asfixiofilia

“John, um estudante de 17 anos, relatou que começou a se masturbar na idade de sete anos com pensamentos envolvendo meninas e mulheres jovens. Porém, após o início da adolescência, aos 12 anos, ele também começou a se interessar sexualmente por outros meninos. Ele afirmou que eram principalmente os pescoços dos meninos que o atraíam, mas apenas se fossem “lisos e de aparência feminina”; pelos faciais não o atraíam...

Ele também descreveu como, desde os 15 anos, ele começou a se “enforcar” mais ou menos uma vez por semana. Durante essas sessões de “enforcamento” ele se masturbava com fantasias de fazer sexo tanto com homens quanto com mulheres. Ele explicou que uma de suas fantasias envolvia uma outra pessoa estrangulando-o e que ele poderia ficar sexualmente excitado simplesmente pensando nessa cena. Ele afirmou que foi essencialmente aquela “sensação de asfixia” que o despertara sexualmente.

Ele negava qualquer interesse sexual em travestismo, escravidão ou qualquer outra parafilia. Ele indicou ainda que não gostava de qualquer tipo de dor.

John não conseguia se lembrar do que o levou a tentar a autoasfixia, mas acreditava que ele havia descoberto por acidente. Ele amarrava as duas pontas de uma corda a um gancho preso na parede acima da cama, deitava-se e colocava a cabeça no laço. Geralmente ele fazia esse enforcamento enquanto estava vestido e se masturbava por cima das roupas ao invés de tirar o pênis. Às vezes, porém, ele asfixiava-se nu após sair do chuveiro. Como técnica alternativa de asfixia ele enterrava o rosto em um travesseiro enquanto se masturbava.

Ele era ambivalente em relação a esses comportamentos sexuais, dizendo: “Quanto mais incomum, maior é a minha excitação”. E ele saboreava a sua “vida secreta”. Ao mesmo tempo, ele tinha medo de que, de forma inadvertida, deixasse escapar o seu mais “nobre” segredo.

John estava bem ciente dos riscos envolvidos com a prática da autoasfixiofilia, porque já tinha ouvido falar sobre outros jovens que haviam tido um desenlace infeliz com tal comportamento sexual. Em uma ocasião, ele desmaiou enquanto estava suspenso, mas recuperou a consciência.

As ocasiões em que ele se sentiu mal devido à asfixia faziam-no assustado e ele chegou a tentar cessar o comportamento por várias vezes, mas sem sucesso. O impulso sempre retornava... Na época em que ele procurou ajuda médica, John afirmou que não corria perigo algum, porque colocava a corda de tal uma maneira que ele poderia “escapar facilmente”. Acrescentou, no entanto, que esperava poder diminuir esse comportamento e, às vezes, conseguia reduzir a frequência.

Ele também descreveu sentimentos de depressão e dificuldades de socialização com seus colegas de tal forma que ele frequentemente tinha pensamentos suicidas. Estes pensamentos depressivos estavam amalgamados com as suas fantasias e comportamentos sexuais. John costumava afirmar: “parece uma estranha relação entre o prazer inenarrável do sexo e a morte por suicídio”.

O parto de John foi difícil e o seu cordão umbilical ficou enrolado no seu pescoço, causando algum dano cerebral relacionado com a hipóxia. Apresentou retardo no seu desenvolvimento neuropsicomotor. Ele também andava desajeitadamente e tinha dificuldades com o controle motor fino. Testes psicológicos foram feitos à época da busca por auxílio médico e os relacionados à inteligência indicaram um QI verbal superior (WAIS-R), mas pontuações médias em itens como desempenho. Havia problemas com a sua destreza manual e com a velocidade da resposta; todavia, a sua memória, a atenção e a concentração estavam todas intactas.

Após as avaliações neuropsicológicas e um período breve de acompanhamento médico especializado, John desapareceu de vista até que, meses depois, a equipe médica e de psicólogos que o seguia foi informada de que John morrera por enforcamento aos 21 anos de idade. Dentre várias avaliações pericias post-mortis, o seu computador pessoal revelou que John estava participando de um grupo de autoasfixiofílicos, trocando mensagens e fotos privadas com o membros do dito grupo” (Hucker, 2017).

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1 year ago
26 minutes 39 seconds

Danilo Baltieri
Exibicionismo – Da lascívia ao ato criminoso

O exibicionismo como um transtorno foi descrito pela primeira vez em uma revista científica em 1877 por um médico francês Charles Lasègue (1809-1883). Apesar disso, a história tem mostrado figuras talhadas em pedras do exibicionismo feminino; por exemplo, as Sheelas, esculturas figurativas de mulheres nuas exibindo uma vulva exagerada, encontradas em igrejas, castelos e outros edifícios, especialmente na Irlanda e na Grã-Bretanha datadas do século XII. Entre as explicações para essas esculturas, é que elas serviriam como uma advertência religiosa contra os pecados da carne. Isso é possível que tais esculturas tenham sido influenciadas por casos de mulheres exibicionistas ocorridos naquela época.

Assassino em série americano Jeffrey Dahmer (1960–1994) exibiu muitas parafilias simultaneamente, sendo o exibicionismo uma delas.

Mas apenas em 1950, o exibicionismo foi definido como “o ato de expor o órgão sexual em público para a satisfação da lascívia do expositor”.

Embora o exibicionismo não seja um fenômeno novo, não foi incluído no Manual de Diagnóstico e Estatística de Transtornos Mentais [DSM] até o ano de 1980. Desde então, a definição clínica do transtorno exibicionista permaneceu relativamente inalterada e cai na categoria dos transtornos parafílicos junto com outros, tais como o voyeurismo, o fetichismo, o frötteurismo, o sadismo sexual, a pedofilia, dentre outros.

O exibicionismo, quando praticado, é também considerado um crime sexual, portanto ilegal (Ato Obsceno). O ato de expor em um contexto público ou semipúblico aquelas partes do corpo que normalmente não são expostas (órgãos genitais) com objetivos de gratificação sexual provoca um ultraje ao pudor público.

A prática pode surgir de um desejo/impulso incontrolável para expor as partes íntimas para estranhos com o objetivo da satisfação da lascívia.

Apesar das indicações de que os atos de exibicionismo são eventos frequentes, esta parafilia somente tem recebido mais atenção médica e de pesquisadores nos últimos anos.


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1 year ago
26 minutes 24 seconds

Danilo Baltieri
Símbolos Identificadores entre Pedófilos?

Publicado originalmente no portal G1

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1 year ago
5 minutes 9 seconds

Danilo Baltieri
Mentira – Umas das formas do Heteroengano

Mentir é o ato de falsear a verdade por meio de palavras ou códigos linguísticos equivalentes. Sem a linguagem (principalmente verbal) não pode haver mentira, mas apenas simulação, dissimulação ou qualquer outra forma de engano voluntário. Um homem mudo pode também mentir, mas, para isso, deve usar seus códigos convencionais, que psicológica e socialmente equivalem à palavra falada ou escrita. 


É muito provável que os mentirosos usem a imaginação para criar histórias falsas, mas mentir é mais do que apenas criar uma história falsa. É literalmente uma declaração falsa feita com a intenção deliberada de enganar. 


A definição acima envolve então dois componentes: 1. A inverdade da informação
2. A intenção enganosa dolosa do comunicador. 


Portanto, para que uma pessoa possa mentir, é preciso elaborar um “conto” e “persuadir” o ouvinte. Usualmente, os mentirosos olham para o ouvinte para perscrutar se ele está acreditando e tentam dizer algo plausível que não cause espanto e/ou desconfiança no observador. De fato, é pouco provável que acontecimentos implausíveis sejam acreditados e/ou respaldados mesmo por ouvintes precariamente interessados. 


Perguntas que o entrevistador deve se fazer antes, durante e após a entrevista com um presumido mentiroso: 

Componente de Decisão

1. O conto foi elaborado em antecipação a uma solicitação específica pela verdade?

2. O conto está inserido em um contexto social complexo?


Componente de construção  3. O conto parece ter sido elaborado de súbito?

4. O conto é internamente consistente? Essa consistência pode ser mantida ao longo do tempo?

5. O conto é externamente consistente (congruente com estatísticas, análises de casos similares? Informações de terceiros são embasadas?)


Componente de ação  6. O conto é suficientemente detalhado com informações multimodais ou um cronograma realista que convence?

7. O entrevistado tem razões para estar altamente motivado para mentir?

8. Quanto monitoramento e controle sobre si mesmo o entrevistado está exercendo para parecer sincero ou permanecer em seu papel enganoso?

9. Quanto o entrevistado monitora o comportamento do entrevistador para ver se a mentira é convincente?

10. A verdade está profundamente arraigada, dizer a verdade provoca emoções fortes ou a resposta verdadeira é habitual? 

11. O conto parece ter sido ensaiado?

12. O entrevistado está altamente ansioso?

Fatores que aumentam o ônus cognitivo de contar a verdade  13. O mentiroso precisa parar para repensar na história já contada em outras situações?

14. Se o entrevistado dissesse a verdade, ele ficaria muito ansioso para que os outros acreditassem?

15. Se o entrevistado dissesse a verdade, ele estaria altamente motivado para ser acreditado?

16. O acesso à verdade exigiria a recuperação de memórias episódicas ou semânticas que se deterioraram ou não foram recuperadas recentemente, ou é a verdade indisponível na memória?

17. Uma resposta enganosa é bem ensaiada em comparação com a resposta verdadeira correspondente?

18. Uma resposta verdadeira requer elaboração ou qualificação para ser compreendida com precisão pelos entrevistados? 

19. Uma resposta verdadeira requer a geração de uma nova opinião, julgamento, avaliação ou reação emocional?

20. A comunicação honesta exige a transmissão de ideias complexas que necessitam de uma tradução cuidadosa para serem compreendidas pelos entrevistadores?

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1 year ago
23 minutes 46 seconds

Danilo Baltieri
GHB – Do Uso Terapêutico, Do Uso Abusivo e Uso com Intenções Criminosas

O GHB e os seus análogos são amiúde utilizados indevidamente pelas suas capacidades de aumentar a libido, sugestionabilidade, passividade e causar amnésia.

O uso indevido de GHB tornou-se popular entre adultos jovens em discotecas e “raves” na década de 1990 e ganhou notoriedade como droga para estupro. 

GHB é tomado isoladamente ou em combinação com outras substâncias, como o álcool etílico (principalmente), outros depressores, estimulantes, alucinógenos e maconha.

A dose média varia de 1 a 5 gramas (dependendo da pureza do composto, isso pode ser 1-2 colheres de chá misturadas em uma bebida). No entanto, as concentrações destas “misturas caseiras” têm variado tanto que os usuários geralmente desconhecem a dose real que estão bebendo.

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1 year ago
17 minutes 40 seconds

Danilo Baltieri
Canibalismo versus Vorarefilia – Uma Filigrana Acadêmica?

O termo canibal, definido como comer a sua própria espécie, é um legado do encontro do genovês Cristóvão Colombo em 1492 com os caribenhos das Antilhas, que se dizia serem consumidores de carne humana. Etimologicamente, esse termo é derivado do espanhol (Caríbales ou Caníbales) para os Carib, uma tribo das ilhas do Caribe.

Apesar de ser um termo originário após da “descoberta” da América, trata-se de um costume generalizado que remonta ao início da história humana. Estudos que documentam a prática do canibalismo entre não-humanos, identificados em mais de 1.500 espécies, levaram à distinção entre canibalismo humano e não-humano (Polis, 1981). O termo antropofagia (do grego, “comer homens”), é mantido para se referir ao consumo de humanos por outros humanos. Dito isso, o termo canibalismo é usado para descrever a prática humana e não humana (White, 2001).

O canibalismo representa um comportamento tabu para muitas sociedades ocidentais, algo a ser relegado às outras culturas, a outros tempos e a outros lugares. Novas pesquisas arqueológicas forneceram evidências de que muito antes da invenção dos metais, antes da construção das pirâmides do Egito, antes das origens da agricultura e antes da explosão da arte rupestre paleolítica, o canibalismo já podia ser encontrado entre muitas pessoas diferentes, bem como entre muitos dos nossos antepassados.

O canibal também foi objeto de fascínio na literatura antiga registrada por historiadores, teólogos e filósofos, e depois nos relatos de exploradores, mercadores e embaixadores durante a Era da Exploração da Europa. Pejorativamente, pessoas que habitavam terras distantes da dita “civilização” eram frequentemente retratadas como canibais: isto é, como estranhas criaturas semelhantes aos animais, dada a “ferocidade” atribuída aos ditos canibais. No século XX, os antropólogos descreveram o canibalismo como outro exemplo das muitas formas do comportamento humano, respondendo à questão dos motivos e significados de comer seres da mesma espécie. Algumas pessoas comeram os corpos de inimigos mortos durante a guerra, e algumas mataram e comeram feiticeiros que acreditavam ter lhes trazido morte e infortúnio. Outros consumiram os corpos de parentes falecidos em cerimônias mortuárias, expressando amor e tristeza por aqueles que perderam, um sentimento que nos une como seres humanos. A diversidade do canibalismo como prática, e dos contextos em que ocorreu, é evidente nas três regiões do mundo onde a prática recebeu mais atenção, nomeadamente Papua Nova Guiné, América do Sul e África.

Uma nova abordagem ao canibalismo estendeu o significado do termo de ingerir outros para considerar os outros como alimento para o corpo, a mente e a alma. Esta noção mais ampla de canibalismo transmite uma compreensão muito mais ampla e sensível da natureza das relações humanas (Nyamnjoh, 2018.).

Embora antigamente considerado um fenômeno raro e “anormal”, pesquisadores têm demonstrado que o canibalismo já foi uma prática não tão incomum entre os nossos antepassados. Relatos etnográficos de canibalismo normalmente vêm de evidências antropológicas de mutilação esquelética, como vértebras perdidas e esmagadas, abrasões e restos de ossos humanos cozidos.

Pesquisadores também demonstraram que a ocorrência do canibalismo em sociedades humanas passadas pode ter sido uma rota de transmissão de doenças. Por exemplo, uma doença rara chamada Kuru foi encontrada entre quatro pessoas em Papua Nova Guiné como resultado da canibalização de um grupo de pessoas já mortas, como parte de um ritual fúnebre. Kuru é uma forma de encefalopatia espongiforme causada pela transmissão de príons, o que leva a sintomas como tremores e perda de coordenação motora devido à neuro-degeneração (Lindenbaum, 2008).

Embora diversas formas de canibalismo têm sido reconhecidas, a maioria dos antropólogos concorda com a classificação de três principais tipos de canibalismo:

O canibalismo ritual

O canibalismo para sobrevivência

O canibalismo patológico

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1 year ago
35 minutes 17 seconds

Danilo Baltieri
Infantilismo Parafílico versus Infantofilia

Uma maneira de descrever o infantilismo parafílico é contrastá-lo com um fetiche por fraldas, e esse contraste é mais claro nas fantasias. Embora não exista uma fantasia AB (Adult Baby)/ DL (Diaper Lovers) típica, elas geralmente caem em dois extremos. Um extremo envolve a fantasia de ser um bebê ou uma criança pequena, adorável, sexualmente inocente e impotente. A fantasia infantil geralmente gira em torno de uma figura parental que trata o Adulto Bebê como um nenê e pode envolver fraldas, roupas de bebê e brinquedos para ajudar a definir o papel. No final, a criança pode adormecer num berço macio. Existem também formas menos extremas de infantilismo que são mais comuns, como o desejo sexuoerótico de ser cuidado e amamentado por uma “mama” sem necessariamente fraldas ou outros artigos para bebê. O outro extremo é o amante de fraldas eróticas. A fantasia do infantilista se concentraria nas fraldas como itens fetichistas, objetos sexualmente carregados de sinais da infância. A fantasia do Adulto Bebê terminaria em orgasmo e ejaculação.

A maioria dos indivíduos que têm essas fantasias não procura tratamento. De acordo com a Associação Americana de Psiquiatria (APA, 2003), se houver sofrimento ou prejuízo significativo por um período superior a seis meses, o infantilismo parafílico ou o fetichismo podem ser diagnosticados como Transtorno.

Aqueles que tentam representar a fantasia infantil ou similares são chamados de Bebês Adultos (ABs). Isto pode envolver fraldas de tamanho adulto e roupas de bebê etc. Se o parceiro estiver disposto, eles podem participar de uma dramatização de pai/bebê, o que pode levar à dinâmica BDSM. O bebê adulto pode optar por não fazer sexo enquanto estiver no papel de bebê. Em contrapartida, os fetiches por fraldas são muito mais práticos. Podem envolver a adição de fraldas às atividades sexuais convencionais. Os Infantilistas Parafílicos são também conhecidos como Autonepiofílicos.

Já os Nepiofílicos são conhecidos como Infantófilos. Os infantófilos são aqueles portadores de Pedofilia que apresentam fantasias, atividades, pensamentos e/ou práticas sexuais envolvendo crianças menores de 5 anos de anos de idade. Trata-se de uma das formas mais severas, se é possível assim dizer, de Pedofilia. As atividades são altamente criminosas e aqueles que padecem desse quadro devem procurar tratamento médico com urgência.


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1 year ago
9 minutes 50 seconds

Danilo Baltieri
Cetamina – Um Mal para a Nossa Época

Nos Estados Unidos da América, a cetamina está disponível na forma de marca Ketalar desde a década de 70. A droga é usada para aplicações humanas e veterinárias. Encontra-se cetamina prescrita nas seguintes formulações: a) Líquido claro e incolor b) Spray nasal c) Pó esbranquiçado d) Injetável intravenoso

A cetamina também é, infelizmente, utilizada de forma abusiva como droga recreativa para produzir efeitos eufóricos e/ou dissociativos. A cetamina é uma substância controlada nos Estados Unidos desde 1999. Conhecida por vários nomes de ruas – por exemplo, “Key”, “vitamina K”, “K especial”, “tranquilizante para gatos”, “jato” – a cetamina às vezes é ilicitamente usada para efeitos intoxicantes semelhantes aos causados pela Fenciclidina (Pó de Anjo). Os usuários descrevem “experiências fora do corpo” e sensação de “derreter com o ambiente” após o uso abusivo. A cetamina produz distorções das percepções de visão e som, além de uma sensação de desconexão, relaxamento e amnésia. Assim, às vezes, os usuários se sentem anestesiados e expectadores dos seus próprios ambientes e de si mesmos. Assim, os efeitos dissociativos da cetamina a tornam uma droga recreativa popular. A cetamina é reconhecida como tendo potencial para abuso e dependência física. As pessoas que usam essa substância relatam que os efeitos são “de curta duração e extremamente eufóricos, além de facilitarem as interações sociais, a tornam muito atraente”.


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1 year ago
8 minutes 55 seconds

Danilo Baltieri
Necrofilia

Existem mais de 250 parafilias descritas nos gêneros textuais médicos e a maioria é considerada “rara” ou de existência clinicamente duvidosa...


Mesmo que assustador, até uma pessoa morta pode produzir sentimentos sexuais para certas pessoas. O velho ditado, "a morte é um irmão do sono", tem um significado aqui na medida em que um cadáver é comparado a uma pessoa dormindo.


Os já chamados “Fetichistas do Sono”, para quem usualmente pessoas dormindo geram alguma atração sexual, parecem estar próximos, em termos práticos, aos necrofílicos. Esses indivíduos evocam fantasias e sentimentos de natureza erótica/sexual.

A Necrofilia é das anomalias sexuais mais perturbadoras em que pode haver motivos fetichistas envolvidos, decorrentes particularmente da cor e da condição da pele, mas também de partes individuais do corpo como as mamas e os genitais.


A este respeito, a sala de embalsamamento e o necrotério desempenham um papel a não ser ignorado. Além do fetichismo, ocasionalmente o impulso sádico parece estar envolvido em grande medida. Com alguns indivíduos há uma associação de pensamento entre morte e assassinato. Ao longo de toda a história criminal ocorreram muitos casos horríveis de pessoas exumando mulheres e meninas mortas das suas sepulturas e mutilando-as assustadoramente, cortando seus corpos, arrancando seus intestinos e cortando suas partes sexuais. Entre os mais conhecidos está o caso do sargento francês Bertrand, descrito pela primeira vez em 1849, na Union Medicale, que estava sob a responsabilidade de Krafft-Ebing. Este homem, realmente muito notável do ponto de vista sexualmente patológico, em sua juventude se masturbava sete ou oito vezes ao dia, enquanto se excitava com a concepção imaginativa de que ele estava mutilando cadáveres de meninas e que ele estava então as violando. A maioria dos necrófilos encontram sua satisfação nessas concepções puramente imaginativas.


Bertrand, no entanto, primeiramente começou a esquartejar animais e, enquanto arrancava-lhes os intestinos, ele se masturbava. Em seguida, ele pegou cães vivos e, depois de matá-los, arrancou seus intestinos. Mais tarde ainda, ele desenterrou diferentes corpos femininos, cortando-os de uma forma aleatória, masturbando-se durante a mutilação. Segundo é relatado, Bertrand afirmou “não posso descrever o que eu sentia naquelas horas. Mas tudo o que eu gostei com uma mulher viva era nada em comparação com as mortas. Beijei as mulheres em todas as partes de seu corpo, pressionei-as contra o meu coração como se eu quisesse apertá-las em pedaços; enfim, fiz tudo com elas que um amante apaixonado pode fazer com sua amada. Com uma delas, depois de ter sustentado o seu corpo por cerca de um quarto de hora de forma quase bêbada, cortei-o em pedaços e rasguei os intestinos como eu havia feito com as outras vítimas da minha paixão”.


Referências:

Aggrawal, A. (2009). Forensic and Medico-legal Aspects of Sexual Crimes and Unusual Sexual Practices. Boca Raton: CRC Press.

Hirschfeld, M. (1947). Sexual Pathology. A Study of Derangements of the Sexual Instinct. New York: Emerson Books.

Karpman, B. (1954). The Sexual Offender and his Offenses. Washington: Julian Press.


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1 year ago
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Danilo Baltieri
Os Fetichistas do Sono

Embora a mídia e a literatura popular já nos familiarizem há muito tempo com diferentes padrões de excitação, como o sadomasoquismo e o fetichismo de botas, poucos ouviram falar da Sonofilia ou Fetichismo do Sono e da “síndrome da Bela Adormecida”. Tanto a Sonofilia quanto a síndrome da Bela Adormecida são pouco descritas na literatura. Em 1986, o psicólogo e sexólogo John Money descreveu a Sonofilia como uma parafilia “do tipo predatório saqueador em que a excitação erótica e a facilitação ou obtenção do orgasmo respondem e dependem da intromissão e do despertar de um estranho adormecido com carícias eróticas, incluindo sexo oral, não envolvendo força ou violência”. A síndrome da Bela Adormecida já foi descrita em 1972 pelos psicólogos Victor Calef e Edward Weinshel. O termo às vezes é usado como sinônimo de Sonofilia, mas geralmente se refere à excitação que depende ou é aumentada pela pessoa adormecida que acorda durante o contato sexual.

É discutível se a saúde sexual faz parte da saúde mental ou se a saúde sexual, mental e somática deve ser vista como três áreas iguais. Independentemente disso, deve-se ter o mesmo cuidado ao patologizar a saúde sexual e ao diagnosticar transtornos mentais. Nos últimos anos, a percepção da sexualidade e da prática sexual mudou imensamente. Isto levou principalmente a mudanças positivas, especialmente para as minorias sexuais. Além disso, fez com que vários dos “diagnósticos sexuais” não fossem mais utilizados na CID-11 e no DSM-5.


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1 year ago
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Danilo Baltieri
O que esperar do Narcisista que se sente Derrotado?

Os denominadores comuns entre aqueles com Personalidade Narcisista são um senso de direito hiper inflado, sentimentos grandiosos de superioridade ou singularidade, crenças de infalibilidade, desprezo incessante pela verdade, conspiração para tirar vantagem dos outros, sentimento de que regras e leis não se aplicam a eles e, claro, a necessidade de rebaixar os outros, juntamente com a insensibilidade.

Como acontece com muitos transtornos de personalidade, mas especialmente entre os narcisistas, quando eles enfrentam a verdade, quando eles são apontados como criminosos ou mentirosos, ou quando falham de forma pública, eles se tornam instáveis, colocando-nos em algum risco. Podemos esperar algumas reações, tais como:

  1. Mais mentiras
  2. Se a evidência for apresentada, eles buscarão invalidá-la
  3. Auto vitimização
  4. Sentimentos de vingança
  5. Auto e/ou hetero agressividade
  6. À medida que as circunstâncias se tornam mais claras, o narcisista não assumirá qualquer responsabilidade
  7. As mentiras aumentarão e se repetirão exponencialmente.
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1 year ago
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Danilo Baltieri
Danilo Baltieri é médico psiquiatra. Professor Livre-Docente pelo Departamento de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Atualmente é Professor Assistente da Faculdade de Medicina do ABC, Coordenador do Programa de Residência Médica em Psiquiatria da FMABC, Pesquisador do Grupo Interdisciplinar de Estudos de Álcool e Drogas do Instituto de Psiquiatria da FMUSP (GREA-IPQ-HCFMUSP) e Coordenador do Ambulatório de Transtornos da Sexualidade da Faculdade de Medicina do ABC (ABSex). Tem experiência em Psiquiatria Geral, com ênfase nas áreas de Dependências Químicas