No episódio #74 do podcast da Coletiva Olhares, as psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Kawakami Gonzaga conversam sobre as "narrativas de fim" e os entendimentos que parecem definir o modo como devemos experimentar os tantos encerramentos inerentes à existência.
Muito se fala sobre a importância do fim.
É dito em negrito e quase como um mantra: encerrar ciclos, deixar ir, desapegar. No entanto, talvez a gente ainda esteja repetindo os mesmos roteiros de fim. Roteiros herdados de uma cultura que na maior parte dos contextos nos quais estamos inseridas faz do término um fracasso e da continuidade um prêmio. Nós somos ensinadas a superar rápido e a transformar o luto em performance de recomeço. E é nesse movimento apressado do “seguir a qualquer custo”, que talvez sigamos sem recursos para habitarmos os tantos fins.
Como ela chega em vocês? Compartilha por aqui as reverberações e, se fizer sentido, indica para outras pessoas que possam gostar dessa conversa.
No episódio #73 do podcast da Coletiva Olhares, as psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Kawakami Gonzaga conversam sobre a expressão “confia no processo”.
Será que deixamos coisas de lado quando focamos na ideia de que é necessário confiar no processo? O que será que perdemos de vista? Talvez algumas palavras possam ser trazidas como sinônimos e exercitar a beleza de termos um vocabulário tão amplo, ao invés de utilizarmos a palavra “processo” para tudo.
Como essa conversa chega até vocês?
No episódio #72 do podcast da Coletiva Olhares, as psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Kawakami Gonzaga conversam sobre a captura e terceirização das emoções.
São muitas as ofertas especialistas em nos ensinar o que devemos sentir e o que devemos fazer com o que sentimos. Fruto de uma sociedade capitalista, a cultura da autoajuda tem lucrado bastante com as nossas emoções. E nós, que somos da área psicologia clínica, como podemos nos posicionar diante disso? O que podemos pensar e construir com tudo isso? Será que um movimento de retorno ao nosso corpo e aos nossos próprios afetos ainda é possível?
No episódio #71 do podcast da Coletiva Olhares, as psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Kawakami Gonzaga conversam sobre o “não lugar” e um tanto do que ele pode nos contar.
Dialogamos sobre esse espaço instável que pode ser vivido como escolha ou imposição. Pode estar nos deslocamentos geográficos, mas também se inscreve nos corpos. Ele fala das migrações forçadas, dos territórios indígenas arrancados, das diásporas negras e dos corpos que rompem com binarismos e desafiam fronteiras.
O “não lugar” é ferida aberta e, ao mesmo tempo, campo de invenção, como nos inspira Lélia Gonzalez.
Nessa conversa, nos perguntamos: o que nasce da experiência de nunca se sentir inteiramente de dentro ou de fora? E como os afetos se constituem nesse campo de tensões?
Chega com a gente nesse episódio para pensar e sentir junto e, caso faça sentido, comenta como nossa troca foi se assentando por aí?
No episódio #70 do podcast da Coletiva Olhares, as psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Kawakami Gonzaga conversam sobre fazer 40 anos.
Pra uma geração que achou que não envelheceria, fazer 40 anos é se deparar com a matemática do tempo - ainda que ela seja distinta daquela sensação de ainda ser jovem que nos habita.
Parece que chegamos aos 40 com muitos sonhos ainda a ser realizados e algumas frustrações. Aquele movimento revolucionário que achávamos que traria frutos não caminhou tão bem.
Nessa conversa, situamos a geração millennial em termos sócio-históricos brasileiros e reconhecemos o que participou de todos os sonhos construídos - e desmoronados.
Chega com a gente nesse papo, que ainda temos fôlego de mudança e queremos companhia!
No episódio #69 do podcast da Coletiva Olhares, as psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Kawakami Gonzaga conversam sobre transformações e aceitações.
Num mundo cheio de discurso de “seja você mesma”, a gente tá mesmo querendo isso das pessoas? Ou será que nós desejamos que as pessoas com quem nos relacionamos mais intimamente sejam cada vez mais parecidas com nós ou que atendam cada vez mais as nossas expectativas? Afinal, o que da outra pessoa me incomoda que deve ser elaborado por mim e o que deve ser levado pra relação?
"O nascimento é, talvez, o primeiro grande estranhamento que vivemos. Um corpo que estava imerso, quente, contido… de repente, respira ar pela primeira vez. Enxerga luz. Sente o frio, o som, o toque. E tudo isso provoca choro. Um choro que não significa dor, exatamente, mas uma forma de dizer: eu não sei o que está acontecendo.
É curioso como entendemos isso nos bebês e, mesmo assim, desaprendemos a reconhecer esse tipo de expressão em nós mesmas. Como se, com o tempo, a gente perdesse o direito de se assustar com o novo. Como se sentir o que não sabemos nomear fosse sinônimo de fraqueza e não de humanidade".
Como temos nomeado aquilo que nos é estranho? Aquilo que conta da novidade experimentada? O que é que se move em nós quando algo escapa ao previsível?
Há algo de muito vivo nos momentos em que nos deparamos com o desconhecido. Um convite (nem sempre confortável) para reconfigurarmos os sentidos e escutarmos de outro lugar.
E esse tal convite foi um dos muitos fios que compuseram a tessitura do episódio #68. Uma conversa honesta e de muita entrega vivida pelas psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Kawakami Gonzaga.
Como tudo isto chegou por aí?
Você pode partilhar suas afetações através dos comentários!
-----
Para as pessoas que escutaram até o final e ficaram interessadas no Minicurso Afeto e Política na Psicologia Clínica, aqui está o link para mais informações:
https://afetoepolitica.orbitpages.online/minicurso-afeto-politica-na-psicologia-clinica?fbclid=PAQ0xDSwK0HyhleHRuA2FlbQIxMQABpxzKdVdrwnOTpAaLjWAAETXZv2bn8iveP05ehSQJmBN0KlhprgRVmKMnrnfm_aem_fPwQjqoeS5tMwRa9-ghL4w
No dia 27 de maio de 2025, a Coletiva Olhares completou 5 anos, o que é um motivo de muita celebração e comemoração. No episódio de podcast número 67, as psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Kawakami Gonzaga têm uma conversa muito especial, resgatando algumas memórias (& fofocas) desde nosso início até os dias de hoje. Haja história!
Além das boas memórias, a conversa também pega um rumo para as dores e as delícias de sermos quem somos, nesse movimento contrafluxo da Psicologia hegemônica, que ainda se vincula tão fortemente com discursos elitistas, classistas, racistas e cisheteropatriarcais.
Convidamos vocês para nos ouvirem, já que é graças a vocês, que estão junto com a gente, que fazem a gira girar, que a gente celebra esses cinco anos.
Sentir angústia com as transformações nos modos de relacionar parece inevitável nos dias atuais.
É um tal de bebê reborn, epidemia de solidão, pessoas se relacionando com IA, e gente até se consultando com ChatGPT. Será o fim dos tempos?
Conforme vamos nos ligando a todas essas informações que inundam nossas vidas virtuais, encharcadas por feeds acumuladores de notícias desastrosas, nos resta a pergunta: há horizonte em que ainda estamos juntas nessa tal sociedade do espetáculo, do cansaço e do consumo?
Não é fácil ter esperança quando parece que temos composto um mundo sintético e desconectado do coração, mas tem algo de quente na vida que é impossível de ser apagado ou sintetizado.
Viver a ambivalência de ora ser otimista ora pessimista, como nos convida Eduardo Galeano, parece ser um caminho quando nos remetemos a ações de transformação que têm passado a existir nos últimos tempos e que contam de um cotidiano mais possível - fruto de muita luta e de alguns esforços coletivos.
Esse é o tema da nossa conversa no episódio 66 do podcast da Coletiva Olhares, com as psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Kawakami Gonzaga, que está disponível em várias plataformas de áudio e te convidamos para estar com a gente nessa!
É duro perceber que nem sempre os nossos processos de mudança e atualizações irão corresponder à realidade ao redor. Pudera: nem todo mundo está no mesmo tempo que a gente!
Às vezes, fazer essas travessias exige despedidas. Pode implicar em nos despedirmos de hábitos, lugares, modos de falar. Nos despedirmos de versões nossas que já não nos servem.E, como toda despedida, isso pode doer - mesmo quando necessário.
Atualizar-se é um ato de coragem, por isso no episódio #65 do podcast da Coletiva Olhares, as psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Gonzaga conversam sobre os nossos processos de mudança, as atualizações das (e nas) nossas narrativas de vida e como tudo isto vai compondo o fazer clínico dessas três profissionais da psicologia.
Como contar que não somos mais quem fomos? Como sustentar e bancar escolhas novas sem que elas sejam vistas como rejeição das antigas? Como dizer “eu mudei” sem esperar compreensão imediata?
Estas são algumas das perguntas que embalam esta belíssima conversa.
Como ela chega em você? Quais os ecos?
No episódio #64 do podcast da Coletiva Olhares, as psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Gonzaga sobre um processo controverso: se por um lado temos vivido uma superexposição nas redes, que vão construindo um senso de intimidade escrachado, por outro, temos sido tomadas por uma ausência da presença. Esse movimento todo parece trazer um medo dos encontros e de relacionar-se. Essa é uma conversa que denuncia sintomas deste tempo, mas que também convida para que forjemos possibilidades.
No episódio #63 do podcast da Coletiva Olhares, as psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Gonzaga conversam sobre a relação entre mulheres e dinheiro. Sabemos que construção dessa relação entre mulheres e dinheiro é diferente para cada uma de nós. Além do gênero, marcadores como raça e classe são bem importantes para essas diferenças. Qual filme passa na sua cabeça quando você pensa na sua experiência pessoal com o dinheiro? Chega mais pra escutar essa conversa e, quem sabe, também trocar com a gente como chega tudo isso aí pra você!
No episódio #62 do podcast da Coletiva Olhares, as amigas e psicólogas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Gonzaga apresentam mais um episódio que compõe a série "Compartilhando Histórias" - um espaço aberto para partilhas e trocas cuidadosas sobre narrativas e histórias enviadas por pessoas ouvintes e/ou experiências vivenciadas pelas próprias integrantes da Coletiva Olhares.
Neste episódio, uma das integrantes da Coletiva partilhou - de maneira corajosa e não menos delicada - um momento vivido em seu contexto familiar. Em sua história, uma conversa é inaugurada e, pela primeira vez, a pauta sobre as violências físicas vividas durante a infância e início da adolescência é posta à mesa. Conforme é dito, esta é “uma narrativa que traz consigo um emaranhado de histórias" a serem cuidadas e traumas a serem reparados.
Foram pautadas as implicações e as marcas que as ditas "palmadas” deixam em nossos corpos físicos e emocionais.
Trata-se de um episódio denso e necessário. Um episódio que questiona o entendimento social que temos sobre amor, cuidado, educação e criação. Um episódio que se propõe enquanto convite reflexivo para todas as pessoas que reconhecem a importância de produzirmos espaços seguros e saudáveis para que todas as crianças e adolescentes possam se expressar e existir enquanto sujeitos de direito.
No episódio #61 do podcast da Coletiva Olhares, as amigas e psicólogas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Gonzaga iniciam o ano de 2025 com um episódio que compõe a série "Compartilhando Histórias". Esse episódio foi gravado no dia 15 de janeiro de 2025.
Neste episódio, Domitila lê a história de Marina (uma seguidora e ouvinte da Coletiva Olhares), que conta sobre uma relação com Cadu. É uma história cheia de perguntas, que também sucinta várias outras e nos leva a pensar sobre as artimanhas de relacionamentos que são traçados por vias da irresponsabilidade do outro lado. É possível viver uma relação assim?
E se você quer enviar uma história para nós também, estamos com os canais abertos! Chega mais!
No episódio #60 do podcast da Coletiva Olhares, as amigas e psicólogas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Gonzaga encerram o ano de 2024 com um episódio que compõe a série "Compartilhando Histórias".
Neste episódio, Camilla empresta a voz para o poema escrito por uma seguidora e ouvinte da Coletiva Olhares.
Em suas linhas e entrelinhas, a ouvinte fala sobre a visita inesperada da morte, as perdas e o desafio de "sentir a vida para quem fica depois da morte". Fala sobre o amor enquanto sustentação e importante guia em dias de saudade e, ainda, sobre os paradoxos do sentir.
A história partilhada despertou em nós, integrantes da Coletiva Olhares, a coragem para o mergulho. Aliás, nos convocou a pensarmos sobre como pautamos (e/ou silenciamos) a morte, os processos de finitude e as experiências de perda numa sociedade que nos ensina a temer tais questões.
Foi uma conversa honesta e de múltiplos sentidos.
No episódio #59 do podcast da Coletiva Olhares, as psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Gonzaga seguem com a série “compartilhando histórias”. A conversa gira em torno de um sentimento comum a muitas de nós: a vergonha que podemos ter quando estamos vivendo uma fase difícil e que pode fazer surgir uma versão de nós mesmas que não nos agrada. Junto com o tema da vergonha, também foi problematizado o fato de geralmente sermos mais amorosas e cuidadosas com as “piores versões” alheias do que com as nossas próprias.
No episódio #58 do podcast da Coletiva Olhares, as amigas e psicólogas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Gonzaga dão continuidade à série “Compartilhando Histórias” com a gravação do seu 4º episódio.
Essa conversa vem de uma ressonância do episódio 55, quando Domitila conta uma história sua, sobre a possibilidade de navegar no silêncio.
Nesse episódio, a história de um ouvinte chega contando sobre o outro lado do silêncio: quando ele é criador de sofrimento e fantasias. A palavra nos ajuda a dar contorno para nossos sentimentos. E quando não há a palavra, como seguir adiante?
No episódio #57 do podcast da Coletiva Olhares, as amigas e psicólogas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Gonzaga dão continuidade à série “Compartilhando Histórias” com a gravação do seu 3º episódio.
Neste episódio, Camilla lê a história que foi compartilhada por uma ouvinte e que, segundo a mesma, trata-se de uma experiência que "(ainda)" não tem fim.
Ela conta do (re)encontro com uma pessoa que conheceu ainda no maternal e, mais do que isso, do encontro consigo mesma ao afirmar que: "olho pra toda experiência (das piores às melhores) que adquiri e venho adquirindo até hoje. pergunto como que é possível tamanha beleza existir pulsante, ser força motriz pra tudo que me envolve. compreender o amor e suas nuances descentralizando o outro, foi como descobrir o meu próprio Jardim Secreto. um local que não há só beleza e fruição, mas também há abrigo".
Seguindo o fluxo da série Compartilhando Histórias, Camilla, Diana e Domitila acolhem, sentem e mergulham no mar de perguntas e reflexões que uma narrativa faz emergir.
Deu pra sentir o quão poético e bonito foi essa conversa, não é?
Gostou do episódio e sentiu vontade de enviar a sua história? Você pode encaminhá-la para o instagram @coletiva.olhares e/ou para o email coletiva.olhares@gmail.com.
No episódio #56 do podcast da Coletiva Olhares, gravado no dia 24 de setembro de 2024, as amigas e psicólogas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Gonzaga dão continuidade a série “Compartilhando Histórias” com a gravação do seu 2º episódio.
Nesta conversa, Diana lê uma história sensível e emocionante de uma ouvinte e convida as amigas para trazerem outros olhares para o que foi contado, ampliando as visões e os entendimentos sobre confiança e sobre o que pode ser feito depois de uma grande decepção.
O episódio #55 do podcast da Coletiva Olhares foi gravado no dia 17 de setembro de 2024, e é o primeiro da série "Compartilhando histórias", que vai contar com histórias das próprias psicólogas e amigas Camilla de Melo, Diana Montenegro e Domitila Gonzaga, bem como de pessoas que enviarem histórias para elas.
Nesse episódio, Domitila conta uma história que viveu durante a faculdade, na relação com uma amiga e relata sobre coisas que o silêncio pode contar para ela.
E se você quer enviar alguma história para elas, os canais de comunicação estão abertos, seja pelo direct do Instagram @coletiva.olhares ou pelo e-mail: coletiva.olhares@gmail.com.