Deslocar-se, descentrar(-se), caminhar de volta pra rua, mover(-se) da casa à cidade, das memórias íntimas às ancestrais. O Coletivo Teatro Dodecafônico propõe quatro peças sonoras do projeto Mover(-se): Sete Peças para Deslocar-se de Dentro pra Fora e três programas de ação em formato card para o Instagram que convidam as pessoas a se moverem e criarem pontes com a programação da Bienal Sesc de Dança. São diálogos transversais, entrelaçamentos possíveis entre diferentes campos, vozes e criações dos coletivos e artistas presentes.
A peça parte da escuta do fluxo das águas e da busca pela terra, convidando quem escuta para um percurso entre corpo, casa e cidade. O corpo como possibilidade de entrelaçamento entre águas e terras na casa. Observar porções de terra, desde esse espaço íntimo até as ruas da cidade, propondo um deslocamento de terras no espaço urbano, como uma reelaboração simbólica dos territórios em constante disputa. Um trecho do Manifesto da Articulação Nacional das Mulheres Indígenas, reflexões de Walter Benjamin e Uýra Sodoma são vozes que se cruzam para revolver, transmutar e reflorestar territórios.  
Músicas: "Squamata" e "Thoracica", de Craca Beat.
Deslocar-se, descentrar(-se), caminhar de volta pra rua, mover(-se) da casa à cidade, das memórias íntimas às ancestrais. O Coletivo Teatro Dodecafônico propõe quatro peças sonoras do projeto Mover(-se): Sete Peças para Deslocar-se de Dentro pra Fora e três programas de ação em formato card para o Instagram que convidam as pessoas a se moverem e criarem pontes com a programação da Bienal Sesc de Dança. São diálogos transversais, entrelaçamentos possíveis entre diferentes campos, vozes e criações dos coletivos e artistas presentes.
A peça invoca um desvio do eu para o outro, um mergulho em si para em seguida ir ao encontro das alteridades que nos constituem e que nos diferenciam, entre os corpos que nos habitam e aqueles que transitam pela cidade. Uma coleção de perguntas para propor deslocamentos ao pensamento e ideias fixas, um jogo de errância, o avesso da assertividade das afirmações, uma evocação do que se mantém em trânsito. (Re)conhecimentos de Judith Butler se articulam às práticas de reimaginação do mundo instigadas por Jota Mombaça.
A peça propõe um percurso pela casa, experimentando deslocamentos do corpo, dos sabores e da voz. É um convite à explosão em tempos de distanciamento social, polarização política e barbárie. Duas ou mais pessoas tocando suas peles, cada uma em sua casa, cada uma em seu tempo, poderiam formar um coletivo? – é a pergunta inspiradora da poeta Ana Martins Marques. Uma evocação às marchas, um ensaio para uma revolta por vir – é o convite de Paulo Freire que ainda ressoa em nós.
Música: April Kisses, de Eddie Lang
A peça nos convida a observar o espaço da casa e da cidade, escavando memórias, propondo movimentos possíveis a partir dos objetos, da arquitetura e do entorno do lugar que cada um habita. Articula pensamentos do geógrafo Milton Santos, do arquiteto Juhani Pallasmaa e da bióloga Donna Haraway, enquanto propõe pequenas doses de reflexão, entrelaçando-nos ao mundo enquanto conversamos com ele.
Músicas: Papaloko, de Axial e Awful, de Josh Pan