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entremarés
luiza gianesella
64 episodes
6 days ago
"entremáres" é um livro de poemas de luiza gianesella (https://instagram.com/poetalatosensu) cuja versão impressa pode ser adquirida em https://borboletaazulselo.com/livraria/ Copyright © luiza gianesella, 2021 Edição: Marcelo da Silva Antunes Projeto gráfico e diagramação: Aline Macedo Ilustrações: Lucas R. Gaspar (https://instagram.com/a.capineira) Capa: Aline Macedo Agosto de 2021 Borboleta Azul Produções (https://www.instagram.com/borboletaazulselo/)
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"entremáres" é um livro de poemas de luiza gianesella (https://instagram.com/poetalatosensu) cuja versão impressa pode ser adquirida em https://borboletaazulselo.com/livraria/ Copyright © luiza gianesella, 2021 Edição: Marcelo da Silva Antunes Projeto gráfico e diagramação: Aline Macedo Ilustrações: Lucas R. Gaspar (https://instagram.com/a.capineira) Capa: Aline Macedo Agosto de 2021 Borboleta Azul Produções (https://www.instagram.com/borboletaazulselo/)
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Episodes (20/64)
entremarés
45b. gérmen - por vitor varella @varellavitor

https://www.instagram.com/varellavitor

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4 years ago
1 minute 37 seconds

entremarés
43b. morte - por jony pupo @joaopedrotp

https://www.instagram.com/joaopedrotp

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4 years ago
1 minute 34 seconds

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40b. dobra - por jocarla gomes @jocarla_gomes

https://www.instagram.com/jocarla_gomes

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4 years ago
1 minute 4 seconds

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38b. lodo - por daniel minchoni @danielminchoni

https://www.instagram.com/danielminchoni

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4 years ago
2 minutes 12 seconds

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29b. xadrez (monogamia) - por erika da mata @erikadamata.art

https://www.instagram.com/erikadamata.art

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4 years ago
1 minute 1 second

entremarés
24b. entidade - por wanderson martins @comunistaveg

https://www.instagram.com/comunistaveg

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4 years ago
1 minute 26 seconds

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21b. sol na casa VII, II - por karine kelly pereira

https://www.instagram.com/karinekellyp

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4 years ago
40 seconds

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18b. touro morto - por anderson antonangelo @anderson.antonangelo

https://www.instagram.com/anderson.antonangelo

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4 years ago
1 minute 32 seconds

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13b. a rua - por vitória oliveira @epifaniafrugal

https://instagram.com/epifaniafrugal

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4 years ago
1 minute 51 seconds

entremarés
VI. colofão

Porque cantar é um subterrâneo.
Depois é um pátio.

Herberto Helder,
“Poemacto I”

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4 years ago
11 seconds

entremarés
V. sobre a autora

luiza gianesella nasceu em 1987 em são paulo/sp, onde (ainda) vive, e é poeta lato sensu e (arte-) educ(omunic)adora.

foi finalista do VI Prêmio Jovem Literatura Latino-Americana (MEET - Maison des Écrivains Étrangers et des Traducteurs de Saint-Nazaire) em 2008, com o livro de contos Solipsismo (inédito). tem textos publicados nas antologias Literatura Crônica (Andross, 2008) e Posfácios (Hecatombe, 2021) e nas revistas Dizpacho (edição independente, 2018) e agagê 80 (Borboleta Azul, 2020). entremarés é sua primeira publicação individual.

gianesella.wordpress.com
luiza.gianesella@gmail.com
@poetalatosensu

Foto: Pedro Nobrega (@salgadonobrega)

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4 years ago
1 minute 8 seconds

entremarés
IV. posfácio (tríptico crítico), por Anderson Antonangelo, Taynnã de C. Santos & Vitor Varella

iv. posfácio (tríptico crítico)

por Anderson Antonangelo, Taynnã de C. Santos & Vitor Varella

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4 years ago
7 minutes 10 seconds

entremarés
49. apocalipse pretérito

apocalipse pretérito

mãe,
obrigada por ter parido
duas mulheres
no limiar do apocalipse.

não sei ao certo quando foi.
mas passou. e resta
um presente estendido,
força esgarçada.

quando acabar de cair essa noite
estarei ereta diante de uma porteira
ou de um portal,
olhos fixos nas estrelas.

que as conquistas sejam
muitas ou poucas,
não importa.
terei vivido a sobrevivência.
celebrado riso e canto.
caminhado de pés descalços
sobre esta espécie de brasa fria.

um lápis queima uma mão.
um olhar fustiga um rosto.
uma presença se faz turbilhão.

não havendo motivos para comemoração,
ao menos nos entreolharemos,
eu e os meus,
e nesse entreolhar dançaremos quietos
estaremos nus
e isso será oculto
pra qualquer olho que tudo veja.

enquanto se derreterem as calotas polares
haverá entre nós
uma teia luminosa de assombro
intocável.

partirei certa de ter estendido as mãos
e tentado olhar as coisas pelo seu através
– não debaixo, nem de cima.
certamente terei falhado mais do que não,
seja esse dia hoje
ou distante.
e não importa.

que a vida não se meça
com régua tão simples
e numa só direção.

no limiar do apocalipse pretérito
há ainda gatos,
cerveja e,
me parece,
poemas a escrever,
insights pela madrugada.

e tudo isso é bom.
mãe, obrigada.

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4 years ago
2 minutes 13 seconds

entremarés
48. testamento vital

testamento vital

quero
morrer
viva


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4 years ago
11 seconds

entremarés
47. testamento

testamento

o que tenho de mais valioso
simplesmente não se arrola
(a vida é menos escola que
fonte incessante de esmolas)

mas nessa labuta sem frutos
construo uma surda luta

se nada aqui é meu
nada que reste
— brasa no breu —
será alvo de disputa

que o silêncio que se siga
equivalha àquele
que nos bons momentos
pude e soube cultivar
(que seja um silêncio denso
prenhe de tudo
que ainda haja
por se desenrolar)

que só me seja dado
revis(it)ar
as horas de pura vazão
— mesmo se imersa
na lerda tarefa
das baias —
de algo de ócio espanto tesão e poesia
(amortização de mais-valia)

que eu (vocês) m(s)e lembre(m)
das mãos que estendi à vida
(não a outrem)
(troca vazia)

se eu partisse hoje iria
sem grandes arrependimentos
e com orgulho moderado
(que espero que até o fim
termine de ser minado)
pois conheci 78 cidades
e desde a constatação
de que o mundo é pequeno e vasto e fortuito
já não me parece muito

espero ao final ter poucas condecorações
(ou nenhuma)
e tudo por celebrar(mos)

— espuma e não em suma
monções e não mansões —

que o que quer que reste
não seja ou(l)vido
(basta de traça e eco)
mas sirva de espelho ponte ou fonte
(ponte pra fonte
fonte de pontes
— um estranho espelho opaco
em descalabro)

me diz um amigo
— mais vale escrever
que ser publicada

envergonhada leio
— mais vale morrer
que ser enterrada

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4 years ago
2 minutes 17 seconds

entremarés
46. efeméride

efeméride

faz um ano que digo esta frase
sem metáforas atenuantes:
minha mãe morreu

há um ano fotografei
um reflexo de luz fria
na pedra fria
do chão do hospital

retrato de plena
agonia?
mas talvez também
reconhecimento?
e concretização?
do que já se sabia
que viria?

talvez ainda um mínimo
reconhecimento
de beleza?
tentativa mínima
de criação
dentro do limite possível
então
do afeto?

temi o dia de hoje
como se temem as efemérides malditas
ou as benditas
transfiguradas após tragédia
distância
ou partida:
como se fora
o anunciado apodrecimento
de uma fruta boa
ou um rastro incômodo
órgão vestigial
de um bicho estranho
que um dia houve

temi essa efeméride e essa imagem
como se caso ressurgissem
reciclassem somente
dor

lições da minha mãe
à beira da morte
mas também antes e sempre
nas frestas e lidas
de como existia:
morre-se um pouco a cada dia
e há beleza na vida

toda efeméride é
efeméride de morte
e toda efeméride é
também
bela
— questão de calibrar o olhar
moldá-lo ao afeto que se pretende
cultivar

(e ao contrário
do que pensava
tal operação
não embota a vista
nem distorce o fato:
vista e fato:
filhotes do afeto)

e assim caminho
sem temor, mesmo
que um pouco mais
sozinha


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4 years ago
2 minutes 4 seconds

entremarés
45. gérmen

gérmen

há uma semana
morreu uma mãe
em porto alegre

quando morre uma mãe
é um pouco a morte
de uma semente germinada

permanece uma lembrança
e mais uma genética
e mais uma espécie
de esperança

morte por desespero /
um desespero à beira da
morte

depois somente apa-
tias
uma espécie de silêncio cal-
marias

em fotos um congelamento
de gestos em áudios rediviva
vibração em textos caligrafia já
sem peso superada
dicção

somos um pouco irmãs nós
todas as filhas de mães
mortas
num laço de sangue derr-
amado ou estancado
alheio porém
nosso (herança
sanguino-
lenta)

quisera eu meu gesto
que em grande medida des-
conheço a todas as filhas de mães
mortas
alcançasse suave e num
afago ou num simples
pousar de mãos sobre
ombros ou mesmo talvez so-
mente num aceno um pouco
distante servisse não como um con-
solo mas talvez como um
atestado de compreen-
são aqui as únicas coisas possíveis

estender as mãos às mães mortas
através de suas fi(o)lhas soltas talvez
retomar o gérmen perdido no
peito uma possibil-
idade passageira de
passado(a)

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4 years ago
1 minute 50 seconds

entremarés
44. réquiem para minha mãe

réquiem para minha mãe

viver um carnaval
deveria ser algo como
uma euforia alforriada

no entanto sinto a vida escorrer
como a água escorre de uma pedra de gelo
que queima o interior de um punho cerrado

respirar me parece a cada dia
menos automático

todos os futuros projetados
me parecem longos demais

tudo por fazer e tudo
tão importante

e em 31 anos mal aprendi
a tocar alguém (...)

---

o texto completo não cabe no máximo de caracteres permitido nesta legenda. ele pode ser acessado na íntegra em https://gianesella.wordpress.com/2021/09/04/requiem-para-minha-mae/

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4 years ago
8 minutes 37 seconds

entremarés
43. morte

morte

esta noite sonhei a morte

a morte era uma baleia branca
já morta
impedida de descer às profundezas
por ahmad, um jovem

jamal, amigo de ahmad,
como aliás cabe a todo pianista de jazz,
acompanhava ahmad submerso
montado nas costas da baleia

enquanto afundavam lenta e paulatinamente
debatiam a natureza das coisas
e suas conjecturas formavam corrente ascendente
— imagino-a quente —
contrabalanceando a inexorável gravidade

jamal um pouco condescendente
consciente de que aquilo
não podia durar

ahmad falsamente tranquilo
mão direita na barbatana dorsal
— caída —
e mão esquerda erguida
— em descurso

(e a morte aos poucos se putrefaz
em espiral descendente
impedida de morrer de fato
envolta num morrer latente
no oxímoro de um lento turbilhão)

até que algo
— algo não súbito
mas decerto conclusivo —
obriga ahmad e jamal
a baixarem as cabeças
em reverência ou desistência
restituindo tudo
aos seus ritmos normais
à necessária vazão
à tromba d’água
sob a(o)s vaga(o)s

enquanto soam fortes
rumo às fossas abissais
em acorde dissonante
todos os metais

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4 years ago
1 minute 48 seconds

entremarés
42. os homens que amarei, III

os homens que amarei, III

sou grata às melodias que eu alcanço
– pois tudo o que lanço fere e lava.
agradeço às palavras de outra parte,
e àquilo que por arte renasceu
tornando-se apogeu adolescente
de um amor ainda latente e já maduro,
outrora espelho escuro e agora dia.

sou grata às melodias que eu ressoo
– pois tudo o que apregoo fere e cura.
agradeço às loucuras de outra sorte,
e àquilo que por morte fez-se nada
tornando-se a chegada como em vulto
de um amor ainda oculto e já refeito,
outrora espelho estreito e agora via.

sou grata às melodias por que juro
– pois tudo o que conjuro fere e alcança.
agradeço à esperança de outras gentes,
e àquilo que contente fez-se festa
tornando-se uma fresta espantosa
pro amor ainda prosa e já cantado,
outrora espelho errado e agora cria.

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4 years ago
1 minute 23 seconds

entremarés
"entremáres" é um livro de poemas de luiza gianesella (https://instagram.com/poetalatosensu) cuja versão impressa pode ser adquirida em https://borboletaazulselo.com/livraria/ Copyright © luiza gianesella, 2021 Edição: Marcelo da Silva Antunes Projeto gráfico e diagramação: Aline Macedo Ilustrações: Lucas R. Gaspar (https://instagram.com/a.capineira) Capa: Aline Macedo Agosto de 2021 Borboleta Azul Produções (https://www.instagram.com/borboletaazulselo/)