Home
Categories
EXPLORE
True Crime
Comedy
Business
Society & Culture
Health & Fitness
Sports
Technology
About Us
Contact Us
Copyright
© 2024 PodJoint
00:00 / 00:00
Podjoint Logo
US
Sign in

or

Don't have an account?
Sign up
Forgot password
https://is1-ssl.mzstatic.com/image/thumb/Podcasts126/v4/a9/ce/d9/a9ced911-0f80-104d-73a5-801a3029a474/mza_1448271630070435003.jpg/600x600bb.jpg
Coluna Atílio Bari
Atilio Bari
92 episodes
5 days ago
Coluna Atílio Bari
Show more...
Visual Arts
Arts
RSS
All content for Coluna Atílio Bari is the property of Atilio Bari and is served directly from their servers with no modification, redirects, or rehosting. The podcast is not affiliated with or endorsed by Podjoint in any way.
Coluna Atílio Bari
Show more...
Visual Arts
Arts
Episodes (20/92)
Coluna Atílio Bari
Gil e Chico, cronistas das nossas vidas

Na coluna desta quarta-feira (29), Atílio Bari comenta dois espetáculos: “Jeca – Um Povo Ainda Há de Vingar”, em cartaz no Sesc Consolação, e “Olhos nos Olhos”, no Teatro Porto. O primeiro é calcado no universo musical de Gilberto Gil, principalmente no disco “Refazenda”, gravado poucos anos depois de seu retorno ao Brasil, depois do exílio em Londres. Já a segunda peça, um solo da atriz Ana Lúcia Torre, percorre uma parte da obra de Chico Buarque, entrelaçando as canções com momentos da vida da artista — que celebra 60 anos de estreia no teatro — e da vida do país.

Nas palavras do colunista, “Jeca” é sobre “o retorno do protagonista às suas raízes, que são as próprias raízes do povo brasileiro. Nós também somos do mato, como o pato e o leão. Refazenda, reencontro, redescoberta de um povo que pode ser a semente de um novo tempo, um refazer, um revalorizar a vida, a cultura, as pessoas. Daí que a peça é uma espécie de celebração das nossas origens, e uma revisão emocionada das nossas mazelas, das nossas políticas, e das nossas esperanças”. Ele ainda complementa: “As canções do Gilberto Gil trazem em si uma crítica poética e muitas vezes metafórica das nossas estruturas sociais, com pitadas filosóficas e espirituais”.

Já sobre “Olhos nos Olhos”, Atílio diz que “somos conduzidos às letras das canções. Sim, Ana Lúcia não canta, ela diz as letras, com paixão e intensidade, e a gente descobre uma amplidão de sentidos nas canções, tanto nas mais românticas como nas mais carregadas de críticas sociais ou políticas. Ana Lúcia utiliza cada uma delas para abordar momentos da sua vida e da sua trajetória artística, e suas reflexões sobre o teatro, a mulher, o amor...”


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
5 days ago
5 minutes 50 seconds

Coluna Atílio Bari
“A Máquina” e o amor que desafia o impossível

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari comenta a nova montagem do espetáculo “A Máquina”, texto de João Falcão baseado no romance homônimo de Adriana Falcão, em cartaz no Teatroiquè até dezembro. A obra narra o romance entre os protagonistas Karina e Antônio. Ele, com peças que recolhe de um ferro-velho, constrói uma máquina capaz de viajar no tempo para buscar o futuro e trazer para a sua amada. “Antônio é mais um desses amantes que desafia o impossível em nome do amor”, Atílio define.

Na primeira versão, que foi aos palcos no ano 2000, a peça revelou os talentos, até então desconhecidos, de Lázaro Ramos, Vladimir Brichta e Wagner Moura, que convenceram o autor a revezar o papel do protagonista masculino entre quatro atores — incluindo seu sobrinho, Gustavo Falcão, que assina a codireção da nova montagem. Em 2025, o elenco é composto pelos atores do premiado coletivo Ocutá, contando com Alexandre Ammano, Bruno Rocha, Marcos Oli e Vitor Britto como os novos Antônios e Agnes Brichta — filha de Vladimir — intérprete de Karina.

A encenação da versão atual acontece em um palco giratório, nas palavras do colunista, “como uma espiral de consciência, desejo, emoções e fantasias”, que complementa o ritmo vertiginoso e alucinante da peça. “Impossível sair do espetáculo sem se emocionar com essa história ao mesmo tempo singela na essência e sofisticada na forma, poética, humana como ela só. Universal, e muito, muito brasileira”, ele conclui.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
1 week ago
4 minutes 6 seconds

Coluna Atílio Bari
Os Mambembes e os sonhos que nos mantêm de pé

Na coluna desta quarta-feira (15), Atílio Bari comenta “Os Mambembes”. A peça baseada em "O Mambembe", de Arthur Azevedo, está em cartaz em São Paulo até novembro, no Teatro Tuca. “A obra mergulha no universo dos artistas itinerantes, os mambembes, que enfrentam o preconceito, a miséria e o desprezo social com a força de quem carrega no peito o amor pela cena e pela vida errante nas estradas”, define o colunista.

Atílio afirma que, em cena, uma trupe mambembe é mais do que apenas um grupo de atores — é uma família formada na luta, na dor e na alegria que os une. Quem carrega a responsabilidade de dar vida aos personagens que constituem essa dinâmica são alguns dos grandes nomes da dramaturgia brasileira, entre eles: Claudia Abreu, Julia Lemmertz e Paulo Betti.

Por fim, o colunista diz que o espetáculo, que pulsa com energia e humanidade, além de divertir, também emociona, “porque fala dos sonhos, aqueles sonhos que parecem tão pequenos para o mundo, mas que são o que mantêm de pé os sonhadores”.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

*Estagiária sob supervisão de Cirley Ribeiro. MTB 832/SC

Show more...
2 weeks ago
4 minutes 26 seconds

Coluna Atílio Bari
Shakespeare, os ódios e as intolerâncias

Na coluna desta quarta-feira (08), Atílio Bari comenta a nova montagem de “O Mercador de Veneza”, texto de William Shakespeare, no Teatro Tuca. A trama acompanha Antônio, personagem vivido por César Baccan, um mercador que contrai uma dívida com o agiota judeu Shylock, interpretado por Dan Stulbach. Como garantia, Shylock exige uma libra da carne de Antônio, a ser cortada pelo agiota, de qualquer parte do corpo. O contrato desencadeia um julgamento dramático, colocando em pauta temas como justiça e preconceito.

Na Inglaterra do século 17, marcada por um antissemitismo que essencialmente expulsou os judeus do país na época, Shakespeare criou o famoso discurso pronunciado por Shylock, que ainda hoje aflora discussões sobre intolerância religiosa. Na corte de Veneza, ele diz: “Sou um judeu. Um judeu não possui mãos, órgãos, sentidos, afeições, paixões, como todos os cristãos? Se um judeu ofende a um cristão, o que faz o cristão? Vingança. E se um cristão nos ultraja, não nos vingamos?”.

O colunista conclui levantando a dúvida: “Afinal, o que vale mais: o contrato ou a vida de uma pessoa? O preconceito, de ambos os lados, os leva a um grau de desumanização. E por trás de tudo, o dinheiro como alavanca das ações”.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
3 weeks ago
5 minutes 12 seconds

Coluna Atílio Bari
O show de La Bengell no Brasil em Revista

Na coluna desta quarta-feira (01), Atílio Bari comenta o musical “Norma Bengell, o Brasil em Revista”, em cartaz no Teatro Sesi-SP. O texto narra a trajetória da célebre atriz, cantora, compositora, roteirista e cineasta, vivida no palco por Amanda Acosta. A artista, como define Atílio, foi uma musa do cinema e do teatro brasileiros, tendo atuado em mais de 40 filmes e em mais de 20 produções teatrais. 

O colunista destaca os pontos de enfoque da peça, que, segundo ele, “aborda os momentos mais marcantes da vida dessa atriz de personalidade forte e de atitudes corajosas. Seus embates com a ditadura militar, seu engajamento nas questões de gênero, bem como as dificuldades que enfrentou durante a vida e a carreira. E seus relacionamentos, com os atores Alain Delon, Gabrielle Tinti e outros, vários outros”.

O espetáculo tem música ao vivo e reúne um elenco com nomes como Leticia Coura, Luciana Carnieli e Paulo de Pontes. A direção é de Aimar Labaki, também autor do texto. Atílio encerra afirmando que a montagem é “uma merecida homenagem a essa figura controversa, símbolo de uma época, e um registro da história do nosso país a partir dos anos de 1950”.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

*Estagiária sob supervisão de Cirley Ribeiro. MTB 832/SC

Show more...
1 month ago
5 minutes 54 seconds

Coluna Atílio Bari
A importância do teatro voltado para crianças

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari fala sobre o teatro infantil, gênero que ele define como “uma ponte entre o mundo real e o universo da imaginação”. “Nestes tempos em que as telas dominam a atenção dos pequenos desde a mais tenra idade, o teatro oferece uma experiência viva, sensorial e humana. Ele não apenas tem o dom de divertir, encantar e seduzir, como também é transformador, pelo poder de gerar identificação, em que a criança se transporta para as situações que acontecem em cena, espelha-se nelas, pensa sobre elas.”

O colunista destaca grandes nomes das artes cênicas, como o russo Constantin Stanislavski, mundialmente conhecido pelo seu sistema de atuação para atores e atrizes, e defensor da ideia de que “o teatro para crianças deve ser como o de adultos, só que melhor”. Atílio também cita o casal brasileiro Tatiana Belinky e Julio Gouveia, percussores do teatro infantil feito com dignidade e respeito. Autora dos sucessos “Pluft, o Fantasminha” e “A Bruxinha Que Era Boa”, a mineira Maria Clara Machado também foi lembrada.

Dado o tema, não poderiam ser deixadas de lado as produções da TV Cultura. Clássicos como “Castelo Ra-Tim Bum”, “Cocoricó” e “Mundo da Lua” e constituem, na opinião de Atílio, o melhor da produção brasileira para crianças e jovens. Ele encerra chamando atenção para uma versão para o palco de outro programa infantil de grande sucesso: o “Quintal da Cultura”.

O espetáculo “A Incrível Viagem do Quintal”, em cartaz até setembro no Teatro Liberdade, apresenta os personagens Osório, Dorotéia, Ludovico e Ofélia em uma viagem pelas cinco regiões do país em busca de um RG perdido. No caminho, eles se deparam com as manifestações artísticas, os costumes e a cultura popular de cada lugar.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
2 months ago
7 minutes 10 seconds

Coluna Atílio Bari
O impagável “Terror de comédia” de Conde Drácula

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari fala sobre “Drácula – um terror de comédia”, texto de Gordon Greenberg e Steven Rosen adaptado para os palcos brasileiros. O ator Tiago Abravanel dá vida ao semi-morto Conde Drácula. Nascido de narrativas populares do século XV, o vampiro apareceu pela primeira vez na obra do escritor irlandês Bram Stoker, no século XIX. Desde então, a figura foi reproduzida, parodiada e homenageada incontáveis vezes na cultura pop.

No espetáculo dirigido por Ricardo Grasson e Heitor Garcia, a história do corretor de imóveis que procura o taciturno conde para fechar um grande negócio se repete, mas com um tom diferente. “As confusões e trapalhadas que acontecem em cena levam a comédia às raias dos antigos e impagáveis pastelões – uso esse termo com cuidado e muito respeito por esse estilo de comédia, em que o ator é um elemento fundamental para que tudo funcione como uma maquininha de gerar riso”, na definição de Atílio.

Para o colunista, a obra, que se assemelha a adaptações como o satírico “Drácula, morto, mas feliz”, de Mel Brooks, e “Draculinha”, peça infantil de Carlos Queiroz Telles, é “uma comédia com letras maiúsculas, que cumpre magnificamente a sua proposta de levar o público às gargalhadas”.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
2 months ago
5 minutes 14 seconds

Coluna Atílio Bari
O “Bom Ladrão” de Padre António Vieira na atualidade

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari volta a mencionar o Padre António Vieira, um dos mais influentes personagens do século XVII em termos de política e oratória. “Diante de uma audiência formada por figuras proeminentes da corte, juízes, ministros e que tais, Padre Vieira desatou o verbo e pôs-se a falar de ladrões e de seus roubos, e concluía afirmando, com ironia, que “roubar pouco é crime, mas roubar muito é grandeza”, diz o colunista.

O religioso afirmava que “roubar sem ter poder faz o pirata, roubar com poder faz o Imperador”, em crítica à corrupção e à impunidade, especialmente entre as elites e autoridades da época. “Há os ladrões que roubam uma pessoa, surrupiam um pescado na feira ou um leite em pó no mercado, e se arriscam por isso. E há os ladrões que pilham as cidades, os estados, o país, e pouco lhes acontece, ou nada. Na época de Vieira, o ladrão sem poder era enforcado, o ladrão com poder mandava enforcar”.

Atílio chama a atenção de governantes corruptos, desviadores do dinheiro público, funcionários espertinhos e fornecedores mal-intencionados: “acautelai-vos, porque Vieira garante que as vossas vidas após a morte serão entre labaredas, pois roubais daqueles que não têm poder. Ao invés de cuidarem dos seus rebanhos, como os pastores, os roubam, como os lobos”.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
2 months ago
5 minutes 54 seconds

Coluna Atílio Bari
O caos moderno dos gregos e troianos

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari comenta a série “Kaos”, da Netflix. “Trata-se de um mergulho insolente e fascinante na mitologia grega, com seus deuses, semideuses e heróis. Insolente porque essas entidades mitológicas aparecem na série de uma forma bastante escrachada, mas sem perder as suas auras de celebridades mitológicas”.

Zeus, interpretado por Jeff Goldblum, descrito como “onipotente e ao mesmo tempo inseguro”, está preocupado com a queda da sua popularidade e recorre aos demais deuses com medo de perder seu status divino. O colunista destaca o papel das outras divindades na trama, como Prometeu, “companheiro em outras épocas, e agora preso a um penhasco onde uma águia vem lhe bicar o fígado todos os dias” e Dionísio, “apaixonado pelos mortais, um tanto avoado e alheio ao desejo de vingança de Zeus contra a humanidade”.

Para Atílio, “Kaos é uma série irreverente, com momentos de crueldade explícita, humor negro, politicagem, amor, fúria, e expõe os vícios, fraquezas e ambições desses deuses todos. Que já estão lá, na origem, na própria mitologia criada pelo povo grego, e que espelhavam, no Olimpo, as belezas e os horrores da humanidade, presentes também aqui, na nossa realidade contemporânea, o que nos mostra que continuamos os mesmos e vivemos como os nossos ancestrais”.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
2 months ago
6 minutes 3 seconds

Coluna Atílio Bari
Nathalia e os fantásticos nonagenários

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari comenta o espetáculo “A Mulher da Van”. O texto do autor inglês Alan Bennett ganha vida na interpretação de Nathalia Timberg que, prestes a completar 96 anos, realiza um desejo antigo ao estrelar a peça sobre a história real de uma senhora, acumuladora, que morava dentro de uma van na década de 1970.

“Essa senhora carrega consigo, além das suas tranqueiras, uns mistérios do seu passado. De tempos em tempos ela muda a sua van de lugar, e estaciona sempre na porta de alguma residência. Eis que um dia para na frente da casa do autor do texto, o dramaturgo Allan Benett, e ele, penalizado, a deixa colocar o veículo na sua garagem.”

Para além do tema central, Atílio faz uma ode aos colegas nonagenários da atriz, como Fernanda Montenegro, Othon Bastos, Ary Fontoura e Tony Tornado, para citar alguns. “Dizem que o vinho quanto mais velho melhor. Mas eles não são como o vinho, porque o vinho repousa em tonéis ou garrafas, imóveis, em temperaturas controladas, ao longo de anos e anos, para serem por fim degustados por alguns poucos privilegiados. Para eles, ao contrário, é a agitação dos palcos e dos estúdios, é o desafio de novos personagens que os torna cada vez mais saborosos para o público, nos grandes palcos, para milhares de pessoas numa temporada, ou na TV e no cinema, para milhões.”


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
3 months ago
4 minutes 1 second

Coluna Atílio Bari
A vontade livre de Flávio Império

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari nos leva à exposição “Tens a Vontade e Ela é Livre”, em cartaz até fevereiro na Estação Pinacoteca. A mostra resgata a obra do artista plástico Flávio Império, que também foi um dos mais reconhecidos cenógrafos e figurinistas do Brasil, tornando se uma figura central para a compreensão da cultura do país nas décadas de 1960 e 1970.

O colunista destaca a parceria entre Flávio e Maria Bethânia, para quem “criou a ambientação cênica e as vestimentas dos shows Rosa dos Ventos, Pássaro da Manhã, e outros mais da Bethânia, e de Gal, e dos Doces Bárbaros e de mais uma porção de artistas desse mesmo quilate”. Entre os destaques da exposição, está a maquete que descreve o projeto que o artista fez para o show Pássaro da Manhã, concebendo um cenário em que Bethânia surge de uma noite escura no fundo e vai gradualmente se aproximando da plateia ladeada por tecidos que representam a alvorada.

Nas palavras de Atílio, Flávio foi “um artista que soube traduzir em cena e na sua obra gráfica e de pintura os tempos sombrios da ditadura militar no Brasil, período em que realizou os seus trabalhos mais representativos, mais críticos e engajados, mas sem jamais esquecer as belezas e sensualidade do nosso povo. Flávio nos emociona com seus traços, suas cores, seu poder de traduzir o que nos parece intraduzível”. 


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
3 months ago
5 minutes 19 seconds

Coluna Atílio Bari
Intimidade indecente, amores e rancores

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari comenta a peça “Intimidade indecente”, que faz uma nova temporada no Teatro Renaissance. O espetáculo acompanha Mariano e Roberta — interpretados por Marcos Caruso e Eliane Giardini —, um casal separado lidando com a passagem do tempo, que também é personagem.

Nas palavras de Atílio, o tempo se faz presente no desenrolar da narrativa e no corpo dos atores, que não usam qualquer tipo de maquiagem: “A passagem dos anos está no andar, nos gestos, nas manias que se acentuam. Tudo ali, à nossa frente, sem quaisquer recursos adicionais. Trabalho delicado, conduzido pela direção de Guilherme Leme Garcia”.

O colunista destaca também o texto de Leilah Assumpção, celebrada dramaturga e autora de clássicos contemporâneos como “Fala baixo senão eu grito” e “Roda cor de roda”. “É atemporal, um tanto romântico, um tanto cruel, um tanto amargo, e também muito engraçado. No fundo, uma história de amor em que os protagonistas, com a intimidade construída pelas décadas de convivência, se provocam, se desafiam, se cobram, se criticam, se aproximam, se repelem, até que no fim... bom, é claro que não vou contar o fim”.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
3 months ago
4 minutes 11 seconds

Coluna Atílio Bari
Chateaubriand, o “Cidadão Kane brasileiro”

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari comenta o espetáculo musical “Chatô e os Diários Associados - 100 Anos de Paixão”, em cartaz no Teatro Liberdade. A peça apresenta ao público as façanhas da polêmica figura. O texto é de Fernando Morais, biógrafo do magnata das comunicações Assis Chateaubriand, e de Eduardo Bakr, com direção de Tadeu Aguiar. Nas palavras do colunista: “Esse homem foi praticamente tudo o que quis ao longo dos seus 76 anos de vida, iniciados ainda no século 19: jornalista, escritor, advogado, empresário, político, mecenas, imortal da Academia Brasileira de Letras, mulherengo, amigo de muita gente, inimigo de mais gente ainda”.

Interpretado por Stepan Nercessian no palco, Chatô, como o empresário ficou conhecido, criou o maior conglomerado de mídia da América Latina, numa época em que a palavra mídia ainda não era usada entre nós: “No seu auge, os Diários Associados contavam com mais de cem jornais, dezenas de emissoras de rádio e TV, revistas e agências de notícias. Uma das suas criações, a revista O Cruzeiro, chegou a ter uma tiragem de mais de 700.000 exemplares, vendidos em banca, num Brasil em que ainda não havia o hábito da assinatura de jornais e revistas, e mais da metade da população era analfabeta. Trouxe a televisão para o Brasil, com a inauguração da TV Tupi de São Paulo”.

O colunista encerra destacando a importância histórica da trajetória de Chateaubriand: “É uma parte da nossa história, quase um documentário musical, em que desfilam Carmem Miranda, Dalva de Oliveira, Francisco Alves, Mário Lago, Hebe Camargo e outros muitos ídolos pioneiros da comunicação de massa do nosso país. Que bom ver tudo isso no palco, um musical brasileiríssimo [...]”.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.


O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
3 months ago
5 minutes 36 seconds

Coluna Atílio Bari
A cientista e o lugar de fala no espetáculo “A Médica”

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari comenta o espetáculo “A Médica”, texto do inglês Robert Icke a partir da obra do escritor vienense Arthur Schnitzler, dirigida por Nelson Baskerville. A peça aborda temas sensíveis como religião, racismo e orientação sexual sob a ótica dos “especialistas em todo e qualquer assunto” das redes sociais.

O texto acompanha a Dra. Ruth Wolff, interpretada por Clara Carvalho. Ela é chefe de um departamento especializado em pesquisas sobre o Alzheimer e precisa lidar com o caso de uma adolescente de 14 anos que dá entrada no local por causa de um aborto feito clandestinamente. Quando a médica se recusa a deixar um padre dar a extrema unção à menina, se inicia uma polêmica de proporções gigantescas.

Nas palavras do colunista: “A questão transborda do contexto médico para outros campos de discussão. A doutora não permitiu a entrada do padre porque ela é judia e não entende a importância da presença de um religioso nos momentos finais da vida de uma pessoa católica? Ou será que é porque aquele é um hospital de padrão elevado, e não gosta de atender pacientes que não sejam da elite?  Pra complicar a situação, o padre é negro. Ah, então há aí um componente de racismo, certo?”. Ele conclui dizendo: “Uma montagem impactante e corajosa, uma discussão pertinente sobre questões atuais, que afetam cada um de nós e a sociedade como um todo”.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.


O "Estação Cultura", com apresentação de Madeleine Alves (nas férias de Teca Lima) , vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
4 months ago
5 minutes 53 seconds

Coluna Atílio Bari
A irreverência de Dzi Croquettes (agora Sem Censura)

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari fala sobre o grupo de atores e dançarinos Dzi Croquettes, que sacudiu o meio artístico em plena ditadura militar na década de 1970. Composto por treze homens que se vestiam de mulheres, mas sem a conotação do travestismo, o grupo estreou nas boates cariocas e paulistas para depois ocupar também o teatro.

O colunista comenta os boicotes sofridos pela companhia ao longo de seus quatro curtos anos de existência: “O fato é que a vida do Dzi Croquettes virou um inferno. Proibições, batidas policiais, perseguições, ameaças. E eles se bandearam para Paris, com o dinheiro arrecadado numa temporada relâmpago no teatro Maria Della Costa. Maria franqueou o teatro para eles, gratuitamente, para poderem juntar o necessário para as passagens”.

A temporada europeia rendeu bons frutos, colocando o Dzi Croquettes entre os grandes nomes do entretenimento da época: “Entram na vida deles Liza Minelli, Josephine Baker, Maurice Bejart, Nureyev e outra figuras carimbadíssimas. Viraram internacionais, para ódio dos milicos desta terra de coqueiro que dá coco”. Em temporada no Teatro Itália, Ciro Barcelos, um dos remanescentes do grupo, recupera parte da trajetória do Dzi Croquettes, agora sem censura. Nas palavras de Atílio: “Quem os conheceu vai se emocionar. Quem nunca os viu vai se surpreender”.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
4 months ago
5 minutes 50 seconds

Coluna Atílio Bari
Gala Dalí, a potência por trás do gênio do Surrealismo

Na coluna desta quarta-feira (18), Atílio Bari comenta o espetáculo “Gala Dalí”, em cartaz no Mi Teatro, inspirado na vida da esposa do surrealista Salvador Dalí. Elena Diakonova, a Gala, foi uma mulher à frente de seu tempo: ousada, liberal e determinada. À época em que se casou com o artista espanhol era separada e 10 anos mais velha. A russa foi responsável por dar um novo rumo à vida e à arte de Dalí.

Atílio destaca as contribuições de Gala para a trajetória do pintor: “Gala foi sua musa, conselheira, administradora, divulgadora, agente. Promoveu exposições das obras de Dalí, defendia Dalí como sendo o mais surrealista dos surrealistas, estimulava-o a pintar, redirecionava o foco do pintor para obras cada vez mais surpreendentes, defendia-o das incompreensões dos conservadores, posou para ele em muitas e muitas ocasiões, tornou-o multimilionário, mas mais do que tudo isso, ela foi a companheira inseparável, o colo onde Dalí desfiava as suas mágoas e as suas inseguranças”.

O colunista fala sobre o impacto que a morte de Gala, aos 89 anos, teve na vida do marido: “Pouco antes de morrer, ele escreveria: “Gala foi a fada boa do meu equilíbrio, que baniu as salamandras das minhas dúvidas e fortaleceu os leões das certezas. Gala trouxe-me, no verdadeiro sentido da palavra, a ordem que faltava à minha vida.

Eu existia apenas num saco cheio de buracos, mole e delicado, sempre à procura de uma muleta. Ao juntar-me a Gala, encontrei a minha coluna vertebral e, ao fazer amor com ela, preenchi a minha pele".


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

*Estagiária sob supervisão de Cirley Ribeiro. MTB 832/SC

Show more...
4 months ago
5 minutes 24 seconds

Coluna Atílio Bari
A Verdade é, de fato, nua e crua?

Atilio Bari aborda o conceito de “verdade” na coluna desta quarta-feira (11), reflexão surgida em uma conversa dele com o diretor Marcos Damasceno, que esteve em cartaz nos últimos meses com a peça “Nebulosa de Baco”, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB).

Bari cita crenças de Aristóteles, na Grécia Antiga, e os relatos de Jesus Cristo, na bíblia, para ressaltar que até mesmo grandes figuras não conseguiram explicar, de maneira absoluta, o que é a Verdade. Durante o papo, ele e Damasceno lembraram da parábola judaica sobre a verdade e a mentira, imortalizada em uma pintura do francês Jean-Léon Gérôme.

O colunista explica que, na metáfora, a Mentira vestiu as roupas da Verdade e acabou condenada, somente por estar nua. “(...) Coitada, perambula por aí, envergonhada, desprezada. Mas (a Verdade) se recusa a usar qualquer outra vestimenta que não seja a sua própria roupa”, afirma Atilio.

Em seguida, ele conclui que a infiltração da Mentira não ficou no passado. (...) Hoje (a Mentira) frequenta palácios governamentais, templos religiosos, tribunais de justiça, grandes corporações multinacionais, e as redes sociais. E a Verdade verdadeira, onde foi parar? Está cada vez mais difícil encontrá-la”.

Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

*Estagiária sob supervisão de Cirley Ribeiro. MTB 832/SC

Show more...
4 months ago
4 minutes 59 seconds

Coluna Atílio Bari
Mércia Albuquerque, a corajosa Lady Tempestade

Atilio Bari dedica a coluna desta quarta-feira (04) à história de Mércia Albuquerque, advogada pernambucana que inspira o espetáculo “Lady Tempestade”, em cartaz até 6 de julho no Sesc Consolação. A montagem é estrelada por Andrea Beltrão, sob direção de Yara de Novaes.

Morta em 2003, aos 69 anos, Mércia era conhecida no início da carreira pela defesa de menores abandonados. Tal cenário mudou em 1964, quando ela viu o líder comunista Gregório Bezerra ser arrastado pela polícia, despertando na profissional o desejo de ajudar os presos políticos durante o regime militar. “(Mércia) Atuou em cerca de 500 casos, investigou o paradeiro de muita gente sequestrada pelos militares, localizou várias dessas pessoas, algumas vivas, outras não”, conta o colunista.

A advogada deixou um extenso diário com relatos da época, que serviu como base para Sílvia Gomez criar a dramaturgia de “Lady Tempestade”, descrita por Atilio como “impactante”.

Bari justifica a opinião destacando a performance de Andrea Beltrão, que dá vida à personagem “A.”. “Na peça, ela é a atriz e é a advogada, basta um gesto e a magia está feita: surge o sotaque, surge a coragem, surge a tempestade”.

Atilio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O ⁠"Estação Cultura"⁠, com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
5 months ago
5 minutes 30 seconds

Coluna Atílio Bari
Bárbara e as intermináveis saideiras retornam ao palco

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari fala sobre o espetáculo “Bárbara”, em nova temporada no Teatro Bravos. A obra é baseada no livro autobiográfico “A Saideira”, que narra a luta da jornalista Barbara Gancia contra o alcoolismo.

O colunista aproxima o ouvinte da definição da doença usando referências da cultura popular brasileira, como Heleninha Roitman, da novela Vale Tudo: “Uma personagem de ficção que, assim como tantos no teatro, no cinema e na TV, nos mostra a extensão, a profundidade e muitas vezes a incompreensão do seu drama”.

Atílio também destaca a força da atuação de Marisa Orth — que dá vida a Bárbara no teatro: “[Ela] aproveita cada sílaba do texto, sem jamais descambar para o óbvio de caricaturar uma bêbada no palco. Há uma dignidade na sua interpretação, que faz jus à coragem da Barbara Gancia em relatar tão abertamente e tão despudoradamente as suas dramáticas experiências”.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
5 months ago
5 minutes 1 second

Coluna Atílio Bari
Italo Calvino e o homem honesto como a ovelha negra

Na coluna desta quarta-feira, Atílio Bari comenta a vida e a obra do escritor italiano Italo Calvino, autor do conto “A Ovelha Negra”, que descreve um país onde todos são ladrões e o cotidiano é um ciclo de roubos e trapaças, até que surge um homem honesto, impactando a ordem estabelecida.

O colunista exalta a linguagem literária de Calvino, chegando a compará-lo com alguns dos maiores e mais distintos nomes da literatura brasileira: “Sua escrita é recheada de ironias, em um estilo que eu ousaria dizer ser muito próximo aos nossos modernistas de 1922”.

Atílio encerra estabelecendo uma conexão entre ficção e vida real: “Não nos faz lembrar dos capangas a serviço dos latifundiários? Dos pequenos meliantes a serviço dos reis do tráfico? Do funcionariozinho da repartição que fajuta um documento para favorecer o chefe? Ou do assessorzinho do deputado ou vereador que aceita fazer uma rachadinha com o eleito pelo povo? Locais e situações onde a pessoa honesta passa a ser a ovelha negra, como no conto que acabei de resumir”.


Atílio Bari é idealizador e apresentador (ao lado de Chris Maksud) do programa Persona, da TV Cultura, e também participa do "Estação Cultura", todas as quartas-feiras. A coluna aborda espetáculos de teatro, livros, outras formas de dramaturgia e assuntos da atualidade, que muitas vezes se aproximam da ficção.

O "Estação Cultura", com apresentação de Teca Lima, vai ao ar pela Rádio Cultura FM 103.3 e pelo aplicativo Cultura Play, de segunda a sexta-feira, às 10h.

Show more...
5 months ago
4 minutes 33 seconds

Coluna Atílio Bari
Coluna Atílio Bari