O antídoto da alma e a coragem de olhar para os próprios demônios.
Evoé, com todo o meu coração e arrastando minhas correntes
Tita Tuif
Larguei mão do que pesava.
Do roteiro, do medo, do que esperavam de mim.
Aqui, eu falo do que sobra e do que ainda pulsa.
Improviso o verso, confesso o que arde, e deixo o resto ir.Porque a poesia também é abrir mão...
Duas pontes interligam os batimentos cardíacos e, cedo ou tarde, todos partem; ninguém fica, de fato, ao lado quando a angústia faz você desacelerar os passos.
Milésimos de segundo seriam mais dignos de pompa e prosa.
• Crônica •
Meu bem,
Apesar da culpa que carregamos, das palavras proferidas sob efeito do êxtase da vida e do fogo que nos consumia, da raiva que senti ao abrir minha caixa torácica e te entregar de bandeja para que se servisse e lambuzasse os dedos, não o culpo.