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Sozinha de si

Mayra Abbondanza - Ghostwriter
38 episodes
1 week ago
Histórias silenciadas de mulheres despedaçadas, contadas anonimamente, para cuidar de todas de uma vez. Quantas histórias são silenciadas porque não há coragem para contar? Quantas mulheres poderiam estar se apoiando, se soubessem o que estão vivendo? Escrever sobre traumas dá a chance de resignificá-los, dando à história um outro final. Mas como poder contar histórias sem cortes, para construir uma rede de apoio, sem precisar expor nenhuma mulher ou suas famílias? ANONIMAMENTE! O processo é blindado e ninguém saberá quem você é. Mande sua história para mim 📥 ghostwriter@maabbondanza.com
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Histórias silenciadas de mulheres despedaçadas, contadas anonimamente, para cuidar de todas de uma vez. Quantas histórias são silenciadas porque não há coragem para contar? Quantas mulheres poderiam estar se apoiando, se soubessem o que estão vivendo? Escrever sobre traumas dá a chance de resignificá-los, dando à história um outro final. Mas como poder contar histórias sem cortes, para construir uma rede de apoio, sem precisar expor nenhuma mulher ou suas famílias? ANONIMAMENTE! O processo é blindado e ninguém saberá quem você é. Mande sua história para mim 📥 ghostwriter@maabbondanza.com
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#31 - Orgulhosa de mim
Sozinha de si

4 minutes 38 seconds
7 months ago
#31 - Orgulhosa de mim

Nunca quis ter filhos, mas a minha visão aos 30 anos mudou, decidi que seria mãe. 

Nesse meio tempo conheci uma pessoa que me prometeu acima de tudo amizade. Sempre tive problemas com minha mãe e ele apareceu como porto seguro. 

Foi praticamente o meu primeiro homem, antes dele tive apenas 4 relações sexuais. Os sinais de que viveria uma relação abusiva foram se mostrando logo de cara: a nossa primeira vez foi sem o meu consentimento, pois estava com medo. Depois do prazer dele, ele me abraçou e disse que me amava. Fiquei tão confusa que comecei a acreditar que era amor. Vim me dar conta que foi abuso aos 35 anos, quando estava numa sessão de terapia.

Sempre fui independente, tenho meu apartamento e ele ia pra minha casa todo final de semana. Brincávamos de casinha, onde eu era a Amelia, como na música. 

Ele era bem popular e ainda no primeiro ano de relacionamento via conversas dele com outras mulheres e me sentia mal. Começaram então as crises de ciúmes. Noivamos com todos os indícios de que não era bom pra mim. Aos poucos fui me anulando da minha família e das poucas amigas que tinha. Ele dizia que elas tinham inveja de mim, sabia me controlar, pois eu já estava nas mãos dele emocionalmente.

O relacionamento durou 3 anos 8 meses, quando tive a certeza de que me traía. Tinha um caso há dois anos e um dia antes de eu descobrir, ele queria porque queria que fizéssemos um vídeo no Instagram do dia dos namorados.

Eu planejava casar e ter um filho, ele sempre me enrolava e eu não enxergava.

Nesse tempo, conseguiu mudar minhas roupas, calçados, gostos musicais, livros. Vivia falando mal do brega/sofrência que gostava de ouvir e dos meus livros de romance.

Entrei na academia por influência dele, quando comecei a perder peso ele atribuía essa conquista minha a ele, dizendo: "olha pra tu, a mulher que você é hoje é por minha causa" e isso martelava na minha cabeça como um mantra que ficou sendo verdade. 

Ao descobrir a traição pelo whatsapp dele, confesso que contei pra 4 pessoas, pois já estava infeliz e sabia que seria minha forma de não voltar atrás, pois teria vergonha caso voltasse. 

Nesse tempo minha mãe já tinha falecido, e tive o apoio desses 4 anjos na minha vida que não me deixavam sozinha aos finais de semana e me ajudaram bastante. 

A dor foi grande. Não conseguia me olhar no espelho pois pensava "quem vai me querer aos 34 anos!? Já estou velha".

Desde então faço terapia, e não imaginava que chegaria aos 36 anos da forma como estou. Pensava que estaria casada, com um filho, um cachorro e carro na garagem. Minha vida está totalmente diferente do que planejei, mas quando olho pro meu passado, vejo o quão forte me tornei e desejo o mesmo a todas aquelas que passam por qualquer tipo de abuso. 

O título que me dou hoje é: ORGULHOSA DE MIM. 

Mesmo depois de tudo que passei, vejo o quanto amadureci ficando mais observadora e mais analítica, consigo identificar mais fácil sinais que não condizem com o meu propósito de vida, verbalizo e estipulo limites, dizendo "não" sempre que necessário. 

O sonho de construir uma família tradicional ainda existe, e é o que mais dói, tenho esperança que um dia aconteça, e enquanto isso sigo em frente.

Voltei a estudar, estou fazendo outra formação, voltei a correr, tenho meu apto e meu carro, precisei provar pra mim mesma que seria possível conquistar o mundo sem uma presença masculina, simplesmente porque eu sou forte, porque nós somos fortes. 

Não estou exatamente no lugar que eu desenhei na minha infância e adolescência, mas sou muito grata pela mulher que me tornei, quebrando padrões estéticos da sociedade e pelos bens que conquistei.

...[por conta do limite de 4000 caracteres o restante da história está apenas no áudio]

Lembrando que o Podcast Sozinha de si é um projeto de acolhimento através de histórias anônimas, para cuidar de todas de uma vez! Manda a sua história pra mim: ⁠⁠ghostwriter@maabbondanza.com⁠⁠





Sozinha de si

Histórias silenciadas de mulheres despedaçadas, contadas anonimamente, para cuidar de todas de uma vez. Quantas histórias são silenciadas porque não há coragem para contar? Quantas mulheres poderiam estar se apoiando, se soubessem o que estão vivendo? Escrever sobre traumas dá a chance de resignificá-los, dando à história um outro final. Mas como poder contar histórias sem cortes, para construir uma rede de apoio, sem precisar expor nenhuma mulher ou suas famílias? ANONIMAMENTE! O processo é blindado e ninguém saberá quem você é. Mande sua história para mim 📥 ghostwriter@maabbondanza.com