Entre algoritmos, likes e legendas curtas, falamos sobre o que acontece quando o saber precisa caber em poucos segundos. Quais os ganhos e as perdas da divulgação científica, especialmente nas ciências humanas e na psicanálise, quando o discurso se adapta ao ritmo das redes? Conversamos sobre os efeitos de traduzir o complexo em linguagem simples, o risco de empobrecer a escuta e a potência de alcançar quem talvez nunca teria acesso a esses debates. O que se transforma quando a teoria vira conteúdo?
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Neste episódio, a conversa gira em torno das heranças que não escolhemos: aquelas que recebemos muito antes de qualquer testamento. A partir da ideia de herança simbólica, o episódio contrasta o que herdamos no campo psíquico, cultural e relacional com o que se transmite de forma concreta, como um terreno, uma dívida ou uma fazenda. O que significa carregar uma história familiar que vai além da genética? Enquanto o saber médico olha para o passado como risco biológico, o olhar psicanalítico e antropológico busca entender como o sujeito se insere na trama das gerações, entre identificações parentais, ideais de eu, fantasmas e legados invisíveis.
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Neste episódio recebemos o psicanalista Jodemar Costa, com mais de 45 anos de prática clínica, para uma conversa sobre o dinheiro como significante na psicanálise. Exploramos como as falas sobre dinheiro, ou sua ausência, podem sinalizar marcas importantes do inconsciente, revelando dinâmicas de troca, perda, valor e desejo. A discussão passa ainda pelos afetos envolvidos na troca analítica, o medo da perda, o gozo em acumular ou gastar, e como tudo isso fala de uma economia psíquica mais ampla. Além disso, conversamos sobre a posição do analista diante do dinheiro: o desconforto, as idealizações e as armadilhas da gratuidade ou da “vocação”.
Neste episódio, exploramos como o corpo, apesar de ter um registro orgânico e biológico, é profundamente atravessado pela cultura. A cultura não apenas nomeia e organiza as sensações e funções do corpo, mas também atribui sentidos e valores ao que sentimos e fazemos. A partir dessa perspectiva, discutimos temas como o cansaço — não apenas como esgotamento físico, mas como construção cultural ligada à produtividade e ao desempenho.
Abordamos também a relação com o cocô, algo tão corporal e cotidiano, mas envolto em códigos culturais de nojo, vergonha e controle. Essa conversa amplia o debate sobre o que é autorizado ou reprimido pela cultura no modo como habitamos o nosso corpo.
Refletimos, assim, sobre a separação (ou melhor, o entrelaçamento) entre o corpo orgânico e o corpo psíquico-cultural, mostrando como esse último molda a forma como sentimos, expressamos e compreendemos o primeiro.
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Neste episódio, te convido a pensar: qual pratinho, se cair, quebra você? Existe essa metáfora de girar os pratinhos da vida, mas não especificamos de qual material eles são feitos — de cristal, de plástico, de ilusão ou de pressão, mas será que todos eles precisam mesmo estar no ar?
Refletimos sobre quem nos ensinou o que é importante, e como muitas vezes seguimos montando mesas que nem nossas são. Talvez a vida não seja sobre equilibrar tudo como uma palhaça em espetáculo, mas sim sobre montar, desmontar e reconstruir nossas próprias mesas.
Um monólogo de quem já deixou pratinho cair e entendeu que nem tudo que faz barulho se quebra.
Neste episódio do Só Ladeira Abaixo, o antropólogo, pesquisador e professor da UFJF, Raphael Bispo, nos fala um pouco sobre o fenômeno das celebridades evangélicas. Figuras como Andressa Urach, Baby do Brasil, Priscila Alcântara e Perlla nos convidam a pensar como são geridas as carreiras artísticas e a fé cristã. Mais do que entender isto como trajetórias marcadas por consistências, Bispo nos apresenta como as interrupções são fundamentais para entender as continuidades e descontinuidades que elas precisam mediar em suas vidas pessoais e profissionais.
Neste episódio, conversamos com João Maciel (@joaoalmaci), psicólogo, mestre e doutorando em história e filosofia da psicanálise, sobre a teoria de Sandor Ferenczi acerca do trauma e as propostas clínicas que ele trouxe para lidar com as intensas respostas do corpo ao sofrimento. A teoria de Ferenczi, frequentemente esquecida dentro da psicanálise, nos convida a refletir sobre como as reminiscências do trauma podem se manifestar, seja pela identificação com o agressor, seja pelo esquecimento da situação traumática – um esquecimento que surge muitas vezes porque a lembrança do ocorrido é, simplesmente, insuportável.
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Neste episódio conversamos com João Salla, psiquiatra e mestrando em saúde coletiva (UNIFESP) , sobre as complexas dinâmicas do boom dos influenciadores em saúde pós-pandemia. Discutimos como a desinformação se espalha nas redes sociais e como isso impacta a percepção e o comportamento de quem consome saúde como mercado.
Exploramos a ideia de saúde que está sendo promovida por esses influenciadores, que muitas vezes simplificam ou distorcem conceitos para agradar ao seu público. A conversa também toca na questão da autonomia dos indivíduos, refletindo sobre até que ponto as pessoas têm controle sobre suas escolhas quando estão sendo influenciadas por mensagens muitas vezes superficiais ou tendenciosas. Propomos uma reflexão crítica sobre o papel dos influenciadores na construção da narrativa sobre saúde e o impacto disso na autonomia das pessoas.
Neste episódio, conversamos com Marcos Carvalho, cientista social e doutor em antropologia, sobre o que é ciência e quem a faz. Exploramos as complexidades do discurso científico, indo além de visões simplistas de "anjos e demônios", para entender tanto os avanços quanto as limitações das diversas formas de produzir conhecimento. Também refletimos sobre como a ciência, sendo uma construção humana, nunca é totalmente neutra nem única.
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Neste episódio — ou quem sabe, nesta aula —, @owlzampiroli nos convida a refletir sobre uma expressão amplamente utilizada, a chamada "natureza humana", questionando em que medida podemos lançar mão dela. Será que o significado que atribuímos às palavras, frequentemente tratadas como verdades absolutas, é realmente tão sólido assim? Conceitos como Eu, Gênero e Nome podem ser apenas construções moldadas por nossa cultura e época. Nesse sentido, aquilo que muitas vezes atribuímos a uma suposta neutralidade científica ou uma biologia universal pode estar muito mais imbuído pela cultura do que imaginamos num primeiro momento.
Qual a sua relação com fins e começos? Acha que os rituais são importantes para simbolizarmos a passagem do tempo? Neste episódio conversamos sobre as possibilidades que nos permitimos quando encaramos algo novo, entretanto, focar apenas nas metas pode limitar nossa percepção e nos impedir de enxergar outras vias além das que inicialmente planejamos.
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Este episódio, gravado ao vivo na Autoria Casa de Cultura, aborda como o processo de identificação é essencial para a formação do "eu", mas também como ele pode levar à aniquilação da diferença. A identificação é apresentada como uma dinâmica fundamental para que o sujeito construa sua identidade, reconhecendo e se espelhando em elementos externos. Porém, também é discutido como discursos de massa, sejam eles encontrados em fãs-clubes da cultura pop ou na política, muitas vezes assumem um caráter quase religioso, demandando uma adesão completa e inquestionável.
Esses discursos de identificação total tendem a suprimir ambivalências e diferenças, favorecendo características que reforçam o narcisismo do grupo, enquanto rejeitam tudo que não se alinha a essa identidade coletiva. Além disso, ressaltamos que esse tipo de identificação excessiva impede que o sujeito consiga expressar seus próprios desejos, pois ele está fundido a uma narrativa externa. Essa "cola" entre o discurso cultural e o Eu, que não deixa de ser construído a partir da cultura, sufoca a capacidade do sujeito de produzir uma narrativa sobre si mesmo.
Neste episódio, @raissa.rcastro conta um pouco sobre a história e a teoria da ensaísta e psicanalista russa Lou Andreas-Salomé. Uma mulher livre que viveu em um mundo dominado por homens e conseguiu dar contornos muito interessantes à própria vida. Conhecida como uma femme fatale ou "a mulher que Nietzsche amou", Lou foi julgada por desejar e acreditar que o contrato de casamento é uma forma pouco imaginativa de conceber um relacionamento. Na teoria psicanalítica, ela explorou o narcisismo como uma força criativa e uma vivência de totalidade psíquica, metaforizada pela ligação entre mãe e bebê.
Referências:
Lou Andreas-Salomé (Dorian Astor, 2018);
Minha Vida (Andreas-Salomé, 1931/1985);
Carta aberta a Freud (Andreas-Salomé, 2001)
Coletânea "Sobre o tipo feminino" (Andreas-Salomé, 2022)
Narcisismo como dupla direção (Andreas-Salomé, 2021)
Neste episódio abordamos o tema do "apaixonamento pela teoria" e como ele pode dificultar tanto as críticas quanto o avanço teórico dentro da psicanálise. Contamos com a presença da pesquisadora Jéssica Baêta, mestre em Filosofia (UFAL) e doutoranda em Psicologia (UFJF), para discutir os desafios que surgem quando a teoria é tratada como um dogma inquestionável.
Falamos sobre os embargos teóricos e o impacto do apego cego às ideias estabelecidas, além de refletir sobre as dificuldades enfrentadas na academia brasileira atual. Analisamos como a posição de totalidade — a visão do "pai deus" na psicanálise — limita a percepção das nuances necessárias para pensar e trabalhar com a psicanálise de maneira crítica e fora do espaço superficial, comumente reproduzido em frases prontas para redes sociais.
Neste episódio, @raissa.rcastro compartilha um insight que teve no meio da madrugada após ler um livro sobre vícios. A partir dessa reflexão, explora a questão dos vícios nas redes sociais e o papel subjetivo do olhar do outro. Você pode ouvir o podcast no Spotify ou em outras plataformas de áudio!
Nessa conversa com a psicanalista especialista em bebês, Anna Ribeiro (@annacostaribeiro), discutimos a importância dos registros infantis e como essa época é até mais angustiante que a vida adulta. Pegando a definição freudiana de angústia: energia livre, a vida da criança se torna bem mais trabalhosa do que supomos do alto do pedestal neurótico. A partir disso falamos sobre escola, cuidadores, corpo e até alienígenas!
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Nesse vídeo extra fazemos uma Tierlist, um brincadeira em que rankeamos alguns textos do Freud entre 1890 à 1910.
Timestamp: 00:00 Intro 1:00 Explicando a Tierlist 5:20 Sobre a concepção das afasias (1891) 09:44 Estudos sobre a histeria (1893-1895) 17:41 Projeto para uma psicologia científica (1895) 24:33 Interpretação dos sonhos (1900) 30:24 Psicopatologia da vida cotidiana (1901) 35:58 Chiste e sua relação com o inconsciente (1905) 37:52 Três ensaios sobre a Teoria da sexualidade (1905) 46:14 Cinco lições da psicanálise (1910) 48:45 Sobre a psicanálise selvagem (1910) 53:23 Leonardo da Vinci (1910)
Neste episódios falamos sobre a relação entre trabalho e descanso. Como a produtividade e o lazer afeta nossa relação com tédio? O quanto a desaceleração é suportada? Diretamente de Corumbau-BA analisamos um pouco as variáveis envolvidas no discurso sobre o descanso e culpa. Redes Sociais: Instagram: https://www.instagram.com/soladeirabaixooficial/?next=%2F Tiktok: https://www.tiktok.com/@soladeiraabaixooficial Spotify: https://open.spotify.com/show/2xJMdtSiMujCSEZtucgPeo?si=369dc9ba673e47cf Instagram Raissa: https://www.instagram.com/raissa.rcastro/ Instagram Oswaldo: https://www.instagram.com/owlzampiroli/
Neste episódio conversamos sobre as relações que estabelecemos com os nomes, um presente - de grego ou não - dado pelos cuidadores muitas vezes antes do nascimento. Entre ideais, heranças de sobrenomes e escolhas de apelidos pensamos sobre esses laços construídos ao longo da vida.
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Como encaramos o futuro hoje? Neste episodio, o @owlzampiroli discute quais os sentidos que foram atribuídos ao futuro desde a idade média até o contemporâneo. Será que hoje progresso e futuro se divorciaram? Temos medo do futuro?
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