
Às vésperas do lançamento do segundo dos três volumes da biografia de Lula, Fernando Morais, um dos escritores mais bem-sucedidos do país, conta ao “Reconversa” bastidores da convivência com o presidente e como faz para manter a objetividade diante de seus biografados, sejam figuras contemporâneas, a exemplo do líder petista ou de Paulo Coelho, sejam personagens com trajetórias que já tiveram um ponto final, como Olga Benário e Assis Chateaubriand. Um biógrafo de excelência, como é Morais, pode fazer com que uma personagem saia da história para entrar, de novo, na vida. Desde a reportagem “A Ilha”, publicada em 1976, sobre Cuba, ao primeiro volume que conta a vida e a trajetória política do presidente, em 2021, contam-se 10 livros, que já venderam seis milhões de exemplares em 38 países. Morais diz: “O maior desafio de um biógrafo é manter um distanciamento da personagem, de modo a não se apaixonar por ela nem a odiá-la”. E revela uma dica que recebeu de um certo Gabriel García Márquez. Imperdível.