RB-O Resto é Barulho é um programa de rádio, que vai para o ar às sextas pelas 22 horas, na RCM, (Radio do Concelho de Mafra)
No "RB" todos os motivos são bons para recuperar, ou descobrir (se for esse o caso) grandes músicas perdidas no tempo.
Viajamos todas as semanas por um tema diferente, que serve de base a duas horas de grandes recordações!
Realização e apresentação de Pedro Miguel.
Com a colaboração de:
Renato Ribeiro com o Pó de Palco
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RB-O Resto é Barulho é um programa de rádio, que vai para o ar às sextas pelas 22 horas, na RCM, (Radio do Concelho de Mafra)
No "RB" todos os motivos são bons para recuperar, ou descobrir (se for esse o caso) grandes músicas perdidas no tempo.
Viajamos todas as semanas por um tema diferente, que serve de base a duas horas de grandes recordações!
Realização e apresentação de Pedro Miguel.
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O tema desta semana é simples de dizer, mas difícil de encarar:
“Não Queres Perceber?”
Olhar para o mundo de 1900 a 1925 e depois para o de 2000 a 2025, é como folhear um livro antigo e reconhecer as mesmas frases sublinhadas, escritas noutra caligrafia.
A História tem esta mania de repetir os seus truques.
Lá atrás, a extrema-direita crescia à sombra da crise económica, das desigualdades e do medo.
Agora cresce de novo, alimentada pelas mesmas emoções, apenas com novas ferramentas — jornais e panfletos transformaram-se em redes sociais e algoritmos.
O palco mudou, mas os atores são parecidos.
O medo continua a ser a matéria-prima.
Medo do que é diferente, medo de perder espaço, medo de não ter futuro.
Esse medo, embalado em discursos fáceis, transforma-se em bandeira.
E as promessas soam suaves, quase como canções de embalar: dizem que basta entregar a liberdade em troca de segurança, que basta apontar o dedo a um culpado imaginário para que tudo melhore.
Parece simples, ... não é?
Mas a História mostra que é sempre um truque perigoso.
E no meio deste eco entre séculos, a música esteve sempre lá.
Quando a voz da rua foi silenciada, a música falou.
Quando o poder quis impor silêncio, a canção denunciou.
Quando tudo parecia fechado, a melodia abriu uma janela.
A música nunca foi só entretenimento — é memória, denúncia, resistência e, sobretudo, esperança.
É a lembrança de que, se não quiseres perceber, alguém vai escrever o enredo por ti.
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