IMPROVISOS. Resolvi adjetivar a filosofia da qual vou tratar de "transversal" pra indicar que é, antes de tudo, transdisciplinar. Os assuntos são vários, mas a abordagem considero filosófica porque procuro buscar causas profundas em coisas aparentemente superficiais. "Agir localmente, pensar globalmente", certo? Isso implica, necessariamente, em traçar contextos temporais (históricos) e espaciais (geográficos) mais amplos dos normalmente traçados pelos filósofos de botequim, como se diz (embora eu também adore jogar conversa fora). Quatro exemplos: 1° no filme "A Encruzilhada", o prof do conservatório diz MAIS OU MENOS isso para o aluno que tava querendo migrar seus estudos do clássico para o blues: "são aprendizagens diferentes. O primeiro é disciplina e sistematização. O segundo é CULTURAL" 2° Alguém (acho que escutei isso num documentário), comparando Eric Clapton com Jimi Hendrix, disse também MAIS OU MENOS isso: "Eric é um virtuose da guitarra. Hendrix, um FENÔMENO da natureza" 3° Cursos de línguas estrangeiras costumam oferecer o que eles chamam de IMERSÃO: uma excursão, num feriado prolongado, onde todos só devem se comunicar na língua que desejam aprender, os chamados intercâmbios culturais, onde se vai passar uma temporada no país do idioma em foco, etc. 4° Pois bem, todos os conceitos que fiz questão de colocar em maiúsculas MAIS OU MENOS, (aprendizagem) CULTURAL FENÔMENO e IMERSÃO são TRANSVERSAIS. Outros termos usuais: transdisciplinares, orgânicos, globais, intuitivos, inexatos, sistêmicos, hipotéticos, passionais... Então: a "Filosofia Transversal" à qual me refiro é tudo isso ao mesmo tempo agora. Pretenda dar preferência a informalidade, naturalidade e improvisação na fala, mas volta e meia leio um texto mais elaborado que achei legal e/ou teve alguma repercussão no Facebook, minha rede social preferencial. PS: perdoem-me, antecipadamente, pelos sons ambientes. Morando numa kitnet com a mãe, no centro de São Paulo, entre a praça da República e o Minhocão, não tem como. Grato pela compreensão.