Home
Categories
EXPLORE
True Crime
Comedy
Society & Culture
Business
Sports
History
TV & Film
About Us
Contact Us
Copyright
© 2024 PodJoint
00:00 / 00:00
Sign in

or

Don't have an account?
Sign up
Forgot password
https://is1-ssl.mzstatic.com/image/thumb/Podcasts123/v4/b7/50/3e/b7503e5f-8429-08fb-4dba-66b279c48d6c/mza_1670392549746755494.jpg/600x600bb.jpg
Psiarque | Leonardo Torres
Psiarque | Leonardo Torres
78 episodes
4 days ago
Saúde Mental, Atualidades e Cultura em um único lugar. www.psiarque.com.br instagram.com/psiarque facebook.com/psiarque
Show more...
Mental Health
Health & Fitness
RSS
All content for Psiarque | Leonardo Torres is the property of Psiarque | Leonardo Torres and is served directly from their servers with no modification, redirects, or rehosting. The podcast is not affiliated with or endorsed by Podjoint in any way.
Saúde Mental, Atualidades e Cultura em um único lugar. www.psiarque.com.br instagram.com/psiarque facebook.com/psiarque
Show more...
Mental Health
Health & Fitness
https://d3t3ozftmdmh3i.cloudfront.net/production/podcast_uploaded/6256429/6256429-1672925019656-2bd9092d3710d.jpg
Términos de relacionamento e psicologia
Psiarque | Leonardo Torres
5 minutes 49 seconds
3 years ago
Términos de relacionamento e psicologia

Siga-me no twitter e no instagram: @psiarque

Conheça meu blog:⁠ www.psiarque.com.br⁠

Existem pessoas que vão e vem na vida de cada um. Algumas realmente parecem ser tão importantes que, quando se vão, deixam aquele sentimento de falta na alma, não importa se elas foram amores ou amigas, o que importa é intensidade vivida do lado da pessoa. Apesar da vida de cada um ser única, os encontros, desencontros e despedidas da vida são inevitáveis.

As despedidas são inúmeras: entre amigos que vão deixar se encontrar recorrentemente pois um deles mudará de cidade; entre neto e avô ou avó vendo a vida deste último findar e similares; entre amores, que mesmo juntos até o final da vida, há um final para estes. A dor é certamente inevitável, pois toda despedida é acompanhada de certo luto.

A única coisa que acompanha a vida de alguém por completo é esse alguém mesmo, ou melhor, o si-mesmo. E é comum negar veementemente a vida inteira o si-mesmo. Se não entrarmos em um processo de análise, tendemos a colocar nossas dificuldades, nossas vulnerabilidades e sombras no outro; afinal, é mais confortável para o ego que o outro seja o portador de suas mazelas; assim, ao findar com ele, cria-se uma catarse – uma expiação das sombras. Ledo engano. O si-mesmo vem para apontar todas as incongruências, absurdos e sombras no outro dia.

Há quem procure ainda uma resposta fora e causal sem perceber que a questão é interna e psíquica. Acabam por usar as ferramentas mânticas de forma equivocada e literal. Vale a ressalva que pode até funcionar momentaneamente, mas a sombra retorna se não conseguiu o que queria.

Estes que habitam cada um de nós tem seu valor e confrontam o eu o tempo inteiro. Muitas vezes querem medidas unilaterais e primitivas – querem rasgar a carne – mas só querem pois não não escutados. Passei por um período, recentemente, que não quis escutá-los, mas no fim, eles ganharam, o ego perdeu e houve um acordo final, ou semi-final.

Uma tarefa difícil é perceber que os encontros daqueles que se foram são importantes para o ego tornar-se quem ele deve ser. A cada encontro há contágio de pensamentos, sentimentos, emoções e afetos; a cada encontro, se houve afeto, o ego se torna um pouco o outro e vice versa.

Os encontros possuem dois movimentos: o primeiro redutivo causal e o segundo projetivo. Alguém conhece outro alguém porque em um determinado momento do tempo/espaço houve um encontro. Mas também, se algum afeto foi criado, cabe a cada um perguntar: "para quê eu tive que conhecer esta pessoa?".

Quem disse que tudo foi por acaso? Quem disse que o ciclo vivido não foi já uma vida? Devemos respeitar os desígnios do si-mesmo e reconhecer que nessa dinâmica o eu deve aprender que controle, planejamentos, planos e querências são ilusões.

Boris Cyrulnik aponta que na vida, diante de traumas, muitos indivíduos encontram no outro uma tutoria de resiliência – não há a necessidade deste outro ser humano, pode ser um animal, um objeto, um lugar, etc. Tais tutores oferecem, nada intencionalmente, um suporte para o traumatizado seguir sua vida social bem como reestabelecer sua vida intrapsíquica. Por isso, para alguns encontros é muito comum entender que ali o fenômeno da sincronicidade ocorreu, ou seja, uma co-incidência altamente significativa para alguém, ampliando a consciência.

Por isso valorizar-se é tão importante. Aqui não estou falando de valorizar o ego, mas reconhecer o valor dos que me habitam. Não há ninguém que não possa ensinar nada para alguém. Por isso o fim com parcimônia nos ajuda a reconhecer as lições da vida.



Psiarque | Leonardo Torres
Saúde Mental, Atualidades e Cultura em um único lugar. www.psiarque.com.br instagram.com/psiarque facebook.com/psiarque