
Estamos na véspera de mais uma Conferência Mundial do Clima, a famosa COP30, que será realizada em Belém, no Pará. O que podemos esperar dela?
Se as decisões dela dependessem da vontade dos povos originários, das comunidades tradicionais e dos movimentos e entidades populares, como deve ser num mundo verdadeiramente democrático, com certeza esta COP seria o fim da vergonhosa incapacidade dos governos dos países, que não só não enfrentaram as conhecidas causas do aumento do aquecimento do Planeta e dos eventos climáticos extremos, mas tentaram dar impressão, com palavras e promessas vazias, que estavam levando a sério esse desafio para todas as formas de vida da Terra. Na verdade, com o pouco ou nada que fizeram, o que era um desafio há trinta anos, hoje é claramente um conjunto de ameaças à vida, e pior, ameaças com sinais de não retorno, isto é, com a probabilidade de que não se conseguirá recuperar o que foi destruído.