
BEM VINDOS À CAVERNA
Pseudos deuses iludidos por mera sombra
Peões de carbono que a morte assombra
Mal há consenso entre o que pensa e faz
Quer ser dono do outro e nem de si é aliás
Vemos o mundo por um vidro que reflete
As mãos sujas de sangue do que se comete
O maior pecado é pensar diferente do gado
Ai de quem viu o sol e não somente sombreado!
Vi o desconforto dos porquês de uma criança
Se confrontar com a realidade sem esperança
Da nossa acomodação com um injusto sistema
E o que fazemos com a sombra deste poema?
Uenes Vilaça