O Pergunta Simples é um podcast sobre comunicação. Sobre os dilemas da comunicação. Subscreva gratuitamente e ouça no seu telemóvel de forma automática: https://perguntasimples.com/subscrever/ Para todos os que querem aprender a comunicar melhor. Para si que quer aprender algo mais sobre quem pratica bem a arte de comunicar. Ouço pessoas falar do nosso mundo. De sociedade, política, economia, saúde e educação.
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Gabriela Barros faz-me rir. E quem me faz rir já me ganhou.
Há episódios em que se fala com a razão, em que se explicam coisas.
Outros com o coração, em que se descrevem emoções.
E há episódios raros em que sentimos que estamos a falar com uma pessoa inteira. A Gabriela Barros é dessas pessoas. E desconstrói todo o episódio deste o primeiro minuto. Chegou para tomar conta do programa, e sem pedir licença, montou a casa, transformou esta conversa em algo dela. Limitei-me a segui-la. Depressa que não temos tempo a perder
Ocorre-se-me agora a ideia que fiz de coelho perseguindo Alice na sua aventura pelo País das Maravilhas. Fui testemunha, só isso.
Gabriela Barros é atriz. Mas não só.
Mãe, comediante, improvisadora, cantora por dentro. Virá daqui o seu sentido de ritmo?
Uma mulher que entra num programa de humor como o Taskmaster e sai de lá campeã, não por estratégia, mas por instinto.
Uma atriz que se atira para a comédia com a mesma entrega com que representa o vazio, o silêncio, a alienação contemporânea numa série como Ruído.
Este episódio é isso tudo. E mais.
Falámos de improviso. De criatividade em estado de urgência.
Daquele momento em que não há nada — e ainda assim, é preciso entregar alguma coisa. E é aí que nasce o poema do pato.
Sim, ouvimos esse poema outra vez. Mas o mais bonito não é o poema. É o que ele revela: que há uma Gabriela que trabalha sem rede, que gosta do risco, e que acredita que fazer figuras parvas com dignidade é uma forma nobre de arte.
Falámos do Taskmaster, do concurso, sim. Mas também da sua arquitetura secreta — do segredo partilhado entre concorrentes que não sabem o que os outros fizeram, da magia de se rir em direto da catástrofe alheia.
Falámos do prazer de não saber, do improviso como regra e da frustração como combustível. E falámos do Nuno Markl, claro. E da relação de palco, de corte e costura, de quem faz rir por dentro e por fora.
Mas este episódio também mergulha noutro registo.
Ruído, a série escrita por Bruno Nogueira e realizada por Luís Araújo, é um espelho torto do nosso tempo.
Uma espécie de distopia realista onde as personagens andam perdidas, anestesiadas, com medo de parar.
E a Gabriela, que também lá está, entra nesse universo com a mesma coragem com que se mete numa coreografia de perucas no Pôr do Sol.
Sim, o Pôr do Sol também veio à conversa. Uma série que parecia novela, mas era paródia. Um fenómeno cultural onde Gabriela interpretou — no mesmo dia, às vezes na mesma cena — três personagens diferentes. Matilde. Filipa. Salomé.
E uma atriz que, como ela própria diz, chegava ao fim do dia em orgia emocional, com a sensação de estar a viver um daqueles projetos que acontecem uma vez na vida. Onde tudo bate certo. Texto, elenco, realização, tempo, intuição. E felicidade.
No meio disto tudo, falámos também do que não se vê.
Da dúvida. Da vaidade. Da insegurança.
Da sensação de que às vezes é preciso alguém de fora para dizer: “isso não está a funcionar.” Falámos do ego. E do trabalho com diretores de atores — esse papel muitas vezes invisível, mas fundamental. A Gabriela não foge a nenhuma dessas conversas. E fá-lo com uma lucidez desconcertante.
Há ainda espaço para o drama. Para o cinema. Para O Som Que Desce na Terra, o filme que lhe valeu o Prémio da Fundação GDA e a nomeação para os Globos. Um papel duro, silencioso,
Pergunta Simples
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