Nada melhor do que uma boa confissão para lavar a alma, iluminar a inteligência e prevenir os pecados futuros.
Um bom cristão tem sempre a confissão, o estado de graça e a comunhão eucarística como as grandes prioridades da sua vida – sem os quais, a própria caminhada tornar-se-ia um conjunto de sentimentos mais ou menos mal formados na interioridade.
Não se vai longe sem um passo atrás do outro.
Também de nada adiantaria correr durante um dia até cansar e, depois passar meses parados.
Para progredir na vida espiritual precisa-se de constância e ordem.
Sem uma rotina de oração é difícil estabelecer reais progressos espirituais.
Certamente o homem cresce mais com poucos meses de uma direção espiritual assídua e bem feita do que com anos caminhando só.
O desafio não é só encontrar bons diretores, mas de ser fieis a eles. Por não ser uma urgência, alguns acabam relegando isso a segunda importância, ou pedindo direção sem ter clareza da sua real necessidade.
Tantos cristão não cumprem o grave dever de formar a consciência nos verdadeiros valores.
Eventualmente usam até a desculpa de que “não sabiam” sobre coisas essenciais da fé ou do seu estado de vida.
De fato, há uma ignorância, mas esta muitas vezes é uma ignorância culpável, pois é dever do bom cristão conhecer sua fé e as exigências que seu estado de vida lhe propõe.
O exame de consciência não deve ficar na superficialidade das coisas graves ou nas desculpas que inventamos para manter-nos sem conversão.
Ele deve conduzir a discernir os valores, os critérios internos pelas quais estamos guiando nossa vida para, assim, conseguir apresentar nosso coração inteiramente a Deus.
A oração não é uma fuga da realidade.
A oração é, antes de tudo, encontro, refúgio, abrigo e conversão.
Assim deve ser também quando encontramos aqueles mais abandonamos e vemos neles a face sofredora de nosso bom Deus.
Se não houver um empenho real de permanecer na Graça de Deus, torna-se difícil ter uma sincera vida de oração. Uma vez que vai ficar sempre faltando o liame que une nosso coração ao coração de Deus.
Portanto, a luta do cristão é uma luta para permanecer no Estado de Graça.
A oração é antes de tudo um caminho de humildade.
Enquanto o “homem velho” quer resolver tudo conforme suas capacidades, o homem novo tem o profundo desejo de submeter-se por inteiro à vontade de Deus.
Portanto, a vida de oração é implorar a Deus para que Ele faça minha vontade, mas uma forma de dobrar meu duro coração à vontade d’Ele.
Para rezar basta ter um coração, diria Padre Pio.
Precisamos nos esforçar para sempre apresentar a Deus a sinceridade de nosso coração, e apresentá-lo ele por inteiro.
Uma grande tentação nessa caminhada é rezarmos só conforme as nossas empolgações, deste modo nossa vida não seria baseada na constância, mas nos sentimentos.
O centro do nosso coração não está fixado nas nossas emoções, mas antes na nossa consciência moral. Ou seja, naquele senso interno onde está apoiado as minhas decisões.
É a isso que a Palavra de Deus chama de “coração”, porque é nas decisões que firmamos nossos passos na caminhada.
A vida interior não se resume a um conjunto de atos externos de oração; mas numa espiritualidade que rege a vida como um todo.
Obviamente, toda a vida interior tem que ser regada com oração, mas ela deve sustentar toda a nossa vida, assim como nossa coluna vertebral.
Na Eucaristia, Jesus está presente como está presente no Céu. Velado no véu do Sacramento, Ele nos abre seu coração! A Igreja celebra a instituição do Sacerdócio e da Eucaristia, onde Jesus antecipa sua paixão, entregando seu corpo na ceia - o mesmo corpo sagrado que seria ofertado em sacrifício no Altar da Cruz! Não contente em nos dar muito, Deus nos deu tudo. E como é próprio do amor se expandir e crescer, mais do que tudo, Deus deu a si mesmo. Se entregou a sua vida na morte da cruz, mas ainda mais, se fez pão. O Verbo encarnado, Jesus Cristo se fez pão na Eucaristia, não como símbolo, não como ritual, mas como a entrega da própria vida para cada um de nós. "Quem comer da minha carne permanece em mim e eu nele, diz o Senhor." De fato, como diria São João Crisóstomo: Não é o homem que faz com que as coisas oferecidas se tornem o corpo e o sangue de Cristo, mas é o próprio Cristo, que foi crucificado por nós. O sacerdote figura de Cristo pronuncia estas palavras, mas a sua eficácia e a graça são de Deus transformam as coisas oferecidas. Não é um símbolo, é a entrega, é a renovação do próprio sacrifício da cruz. Não um novo sacrifício, não uma repetição, não uma representação, mas a vivência atual da mesma oferta na cruz que Jesus Cristo realizou de uma vez por todas no Monte Calvário, renovado no altar em cada Santa Missa celebrada.
Maria é a primeira discípula e seguidora de Jesus e a mais perfeita seguidora.
Por não ter pecado, ela é a imagem humana mais próxima do seu Filho! Ou seja, ela realiza em si aquilo que Deus deseja realizar em todos nós.
A confiança total nas mãos da Mãe leva cada um de nós, seus filhos, a abraçar a vontade de Deus com maior liberdade e generosidade de coração.
Ao ponto de confiar todos os meus bens, corporais e espirituais, para que a Virgem Maria cuide e distribua como achar melhor.
A verdadeira devoção à Maria não se encontra em grandes sentimentos e afetos à Mãe de Deus. Isso seria insuficiente.
Na verdade, o amor a Maria deve-nos levar a imitar suas virtudes. Em suma, amar Jesus como Maria amou: com um amor que abraça tudo da vida de Deus!
Maria é a filha bem amada de Deus Pai, pois foi preparada antes do nascimento para sua missão.
Mãe querida de Deus Filho, que gerou na carne o Filho Unigênito; e "Esposa" do Espírito Santo - desposada de Deus com amor esponsal e consagrada de Corpo e Alma ao Senhor.
"Porque ir a Maria, se posso ir direto a Jesus?".
Essa é uma pergunta frequente, a qual precisamos responder com dois motivos: por questão de humildade - perante o rei, nos aproximamos humildemente.
Outro motivo é porque o Pai assim o quis: se Deus se usou de Maria para Jesus vir aos homens. De igual modo, os homens devem se usar de Maria para ir ao Filho.
A Salvação de Cristo foi realizada na Cruz!
Foi o sacrifício de sua vida e a entrega de seu Corpo que nos abriu as portas do Reino.
Ora, esse Corpo Santo do Senhor foi gerado no ventre de Maria: se o Santuário do Antigo Testamento era Santo por reterem os sinais da Salvação, quão mais Santo não seria o corpo que gerou o Santo dos Santos?
Deus não teria um plano B, afinal Ele é Deus Onisciente. Dessa forma, ele escolheu de forma única Maria para ser a Mãe do Salvador - Ela não é uma mulher qualquer.
O seu Sim, por assim dizer, tornou possível a encarnação, o Sim eterno do Filho ressoou nos lábios de Maria.
Se Jesus é o Sol da Justiça, antes de seu nascimento despontou aqueles primeiro raios no horizonte do mundo escuro.
Maria, Imaculada, toda pura, é a Aurora - ou seja, não é o Sol, mas o esplendor do Sol que desponta no horizonte e mostra a chegada do Verdadeiro Sol.