Surpresa! Então... Não nos perguntem sobre o que é este episódio… E não, também não estivemos à conversa com ninguém… Ou, melhor dizendo, estivemos à conversa um com o outro, o que, à partida, não augura nada de bom. Mas tentámos... E, com experiências contadas, entre raciocínios sem qualquer lógica, muitas interrupções e piadas em excesso, cá estamos a comemorar dois anos de podcast. Dois anos de um projeto que, sendo um reflexo da nossa vida, também tem tornado a vida destes "Pais à experiência" bem mais bonita.
Estivemos à conversa com… Pois, para fechar a temporada estivemos à conversa um com o outro. E, assim, estivemos à conversa com cada uma e com cada um de vós que nos vai acompanhando nesta aventura.
Não, este episódio não é uma despedida. É um “até já”. E é também, acima de tudo, um “obrigado”. Afinal de contas, entre tantas coisas, este podcast ensinou-nos que tudo fica mais fácil (e mais bonito) quando não estamos sozinhos. Na parentalidade não é diferente.
Estivemos à conversa com a Ana Maltez e o Martim Mariano, pais da Leonor e do Vicente e que, no cantinho “Agora nós os 4”, partilham as histórias do dia a dia em família. Pedaços de vida que, emaranhados na rotina, sobressaem, fazem sorrisos e lágrimas. E que podem, afinal, ser também pedaços da vida de quem os lê e acompanha. Foi o que aconteceu nesta conversa. E a sinceridade com que se dá voz (e palavras) às coisas tem contornos de magia. Tem mesmo. Abraça quem ouve, faz-nos sentir acompanhados, dá colo. E os pais também precisam de colo. Colos que podem ser conversas. E esta conversa foi colo para nós.
Estivemos à conversa com Fábio Castro, autor da página “Timelessdad”. O exercício de autodescoberta que é a parentalidade, os reflexos do que vivemos enquanto filhos no que somos enquanto pais, a gestão da culpa e das expectativas e a aprendizagem permanente e inesgotável que nasce (e renasce) a cada instante… Muita coisa, sim. Mas, acreditem, é só um bocadinho do tanto que foi esta conversa.
Estivemos à conversa com Jéssica Arez, da Acreditar - Associação de Pais e Amigos das Crianças com Cancro.
Num dia especial, em que lembramos o que, na verdade, importaria lembrar todos os dias, partilhamos um episódio igualmente especial. Sim, falámos sobre o peso do diagnóstico e do que são os impactos nas vidas destas famílias. Mas, no final, o que fica na memória é a força destas famílias, a missão desta Associação e o poder de Acreditar.
Estivemos à conversa com Paula Costa, CEO da Parents and Partners e criadora do projeto “Yes mom, you can”.
A construção de uma harmonia em que, sem a imposição de aparentes “equilíbrios”, a parentalidade e a carreira possam caber na mesma frase e na mesma vida. A redescoberta de quem somos, também enquanto profissionais, após a chegada de um filho. A gestão das pontes que, por mais que tentemos refutar, existirão sempre entre estes pedaços dos dias. E a necessidade de “demitirmos”, com urgência, todos os preconceitos e julgamentos.
Pois é… De tudo isto foi feita esta conversa. E, no final, ficou a sensação de que tudo fez tanto sentido.
Estivemos à conversa com Mónica Cró Braz, pediatra, autora do livro “Pergunte à sua pediatra” e mãe. E este é mais um daqueles episódios em que acabamos por prestar uma homenagem a quem, exercendo a sua profissão, acaba por fazer toda a diferença na vida de quem, tantas e tantas vezes, só precisa de uma palavra para tranquilizar aquele doloroso medo de falhar. E os pediatras estão nesta lista.
Assim, além de uma conversa descontraída sobre tantas questões que fazem o dia a dia de qualquer família… Este episódio é mais um suplemento de gratidão, na certeza de que, sem estes profissionais, com quem se cria uma relação de transparência e confiança, a experiência da parentalidade poderia ter um diagnóstico ainda mais complexo e exigente.
Estivemos à conversa com Inês Fontoura. Mãe independente, mãe a solo por opção.
E esta decisão foi só o ponto de partida. De uma nova vida e de uma conversa sobre tanto mais. As exigências das mais diversas naturezas, os receios que nem sempre se conseguem calar com argumentos racionais, a reorganização natural (e quase inconsciente) das prioridades, o peso das escolhas que fazem a diferença e a descoberta daquelas que, afinal, não têm peso algum… E, claro, a beleza do que é crescer a ver crescer um filho. Porque, não haja dúvidas, também nós, pais e mães, crescemos todos os dias.
Estivemos à conversa com Catarina Oliveira, criadora da página “Espécie rara sobre rodas”. E começamos pela confissão: não é fácil falar sobre deficiência. Este é um assunto embrulhado em preconceitos, tabus e muitos, muitos medos. Medo de ofender, medo de dizer asneira. Medo de olhar de frente para a deficiência. Para a diferença.
Uma vez que suspeitamos que coisas como a empatia, a inclusão e a negação do capacitismo sejam “coisas” que se ensinam mais com atos do que propriamente com palavreado… Esta foi verdadeiramente uma conversa em que aprendemos sobre o que queremos ser. Na esperança de que, se o soubermos ser, a Amélia saberá olhar a diferença de frente.
Estivemos à conversa com Marta Chambel, médica alergologista. Partindo do que vivemos e do que foi a reação da Amélia após a introdução do ovo, esta foi uma conversa sobre os sinais, os impactos e as soluções. Atualmente mais conscientes do que são os condicionamentos e receios provocados por uma alergia, esta conversa foi, afinal, um prolongamento do que acontece nas redes da Marta, comprovando que a informação será sempre o melhor remédio.
Estivemos à conversa com Patrícia Correia, que, perante o desafio da maternidade, também abraçou, com ainda mais intensidade, o gosto pela educação financeira.
Assim e conscientes de que a parentalidade também traz desafios no campo financeiro, entre dicas preciosas e conselhos valiosos, a Patrícia vai partilhando o mealheiro de conhecimentos que foi poupando.
No final, fica a certeza: todos queremos investir num futuro mais feliz. Principalmente para os nossos filhos.
Estivemos à conversa com Andreia Paes de Vasconcellos, mãe e autora do projeto “Tomás, My special baby”.
Quando, com a notícia do nascimento, chega um diagnóstico e expressões como “trissomia 21”, as lágrimas interrompem os sorrisos e a pergunta que fica é “porquê?”. Desde a ausência de respostas até à reinvenção da força para criar essas respostas, passando pelo crescimento de uma família que cresceu para lá do diagnóstico e das expressões… Esta é uma conversa dura, mas também cheia do que há de mais forte na experiência da parentalidade: o amor.
Estivemos à conversa com Mário Santos, pai feminista, doula e sociólogo. Estivemos à conversa sobre o que há para desconstruir na parentalidade. E construir de novo. Integrando mais perspetivas, mais formas de ver, fazer e pensar. Tentando incluir mais e excluir cada vez menos, numa experiência em que não tem de haver “melhor vs pior”, muito menos quando em causa está uma questão de género. Sim, quando falamos de “mãe” e “pai”, podemos estar simplesmente a falar de formas diferentes de ver, fazer e pensar. Podemos e devemos. Porque, sim, somos todos diferentes. Mas, talvez, em vez de sobreposição de papeis, cada vez valha mais a pena ver, fazer e pensar em complementaridade. Sim, também na parentalidade.
Estivemos à conversa com Andreia dos Santos Luís, autora da página “Autismo. E depois?!”.
Sim, falámos sobre autismo, sobre o que muda, sobre o que nunca muda, sobre o que não tem de mudar, sobre o que deveria mesmo mudar.
Mas não falámos “só” sobre autismo. Falámos, acima de tudo, sobre uma família que conhece aquela que é a música de uma casa cheia. Uma família na qual o autismo é só mesmo uma das muitas peças que a compõem. E são tantas, é tão bonitas, as peças que fazem está família.
Estivemos à conversa com Diana Lopes, terapeuta da fala especializada em perturbações do desenvolvimento. Uma conversa que tranquiliza… Mas que também deixa pistas, alertas, orientações. Para que nós, pais, possamos acompanhar e perceber melhor quando há algo mais a fazer. Não, não se trata de interferir ou desrespeitar o tempo da criança. Trata-se, sim, de, também a partir da linguagem e conscientes de que se comunica de tantas outras formas, saber quando procurar ajuda e, assim, ajudar a criança.