
Para muitas mulheres, o caminho da maternidade segue um roteiro: alguns meses de tentativa, uma gravidez e, logo depois, a chegada de um filho. Mas para outras, é diferente. Tudo depende de terceiros, de instituições e do tempo que elas determinam. Essa é a realidade das mães adotivas.
Cami sempre quis ser mãe, mas não se sentia atraída pela ideia de engravidar. Quando a infertilidade do marido foi diagnosticada, a adoção se tornou o caminho.
Ela conta aqui como Giulio e Francesco entraram na sua vida, fala do seu puerpério: o hiperfoco, a hipervigilância, as mudanças corporais. É preciso dizer alto: a mãe adotiva também vive o puerpério, no corpo e na mente, e merece ser vista, ouvida e acolhida ; exatamente como qualquer outra mãe.
Com a Cami conversamos sobre a sua abertura à vida, a volta às origens italianas, a culpa no trabalho e a grande pergunta da maternidade : que tipo de mãe quero ser?
Obrigada, Cami, por ser esse exemplo de coragem — no sentido latino do termo — de quem age com o coração.
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