Uma comunidade de fé mostra sua natureza resistente, e resiliente, quando consegue lidar com as diferenças que há na sociedade e, sendo ela uma representação da sociedade, entre seus membros e participantes.  Não precisamos de muito esforço para ver o quanto a nossa sociedade está dividida: movimentos ideológicos; preferências políticas; religião; desigualdade social…  

Há ainda as questões que colocam em cheque os que buscam neutralidade, alguns temas exigem um posicionamento: sustentabilidade; aborto; identidade de gênero; racismo; liberdade de expressão; ciência e fé...  A igreja que permanece lida com questões reais da sociedade. Considera com sensibilidade o que pensa os participantes da comunidade, com o objetivo de viver a unidade em Cristo, buscando a harmonia.  

Parece que a falta de harmonia e unidade é um problema novo, de hoje, no entanto a história da igreja mostra que as diferenças e discordâncias sempre existiram na Igreja de Jesus. O que a história ensina é que não podemos fechar os olhos para assuntos que atacam nossa unidade.  

As cartas enviadas para diferentes igrejas, registradas no Novo Testamento, mostram o enfrentamento das crises resultantes do partidarismo, problemas sociais, da religiosidade, omissão, heresias. Vemos nas cartas a coragem para tratar das crises, os apóstolos escrevendo diretamente: Isto tem que parar!  Nesta mensagem  continuando a Série Resistência – A igreja que permanece, vamos falar dos riscos de silenciar e não tratar os temas sensíveis que aos poucos comprometem a unidade de uma comunidade de fé.  Acreditamos que a Igreja da Resistência é sábia, se submete ao Senhorio de Cristo, é consciente, compreende que aquilo que divide uma sociedade não deve dividir a igreja de Jesus.  

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