All content for Malhete Podcast is the property of Luiz Sérgio F. Castro and is served directly from their servers
with no modification, redirects, or rehosting. The podcast is not affiliated with or endorsed by Podjoint in any way.
Por Francesco Sammartano
A Ordem Maçônica desempenha o papel de guardiã da Chave que abre as portas da comunicação com o vasto universo do conhecimento, valendo-se da linguagem simbólica que caracteriza o esoterismo como uma herança ancestral. São os verdadeiros iniciados que, ao compreender a essência do Divino e estabelecer uma espécie de "troca" com ele, conseguem a "Chave" para adentrar o fascinante mundo do Espírito.
Rudolf Steiner, nosso Irmão, nos recorda que o Homem-Espírito vivencia, desde o nascimento, a posse de uma natureza tríplice: Astral (possuindo alma), Etérica (podendo usufruir de várias Vidas através da metempsicose) e Física (com um corpo associado em cada manifestação).
O homem iniciado, desenvolvido eticamente e alinhado com as Leis Morais, pode "acessar" a segunda natureza (a Esotérica), um reino que permanece impenetrável para o profano.
Será que nossa instituição pode realmente aspirar a se comunicar com as massas e esperar ser compreendida? A Loja, enquanto espaço limitado, representa um microcosmo, uma imagem do Universo. Quantos estariam dispostos a acreditar ou seriam capazes de compreendê-la?
É crucial reiterar que o "conhecimento fundamental" capaz de transformar o mundo deve permanecer "reservado", acessível apenas àqueles que demonstraram insensibilidade às personalidades profanas e guardaram zelosamente o "Conhecimento" confiado a eles. Dessa forma, o diálogo Exotérico na sociedade profana e o diálogo Esotérico entre os iniciados tornam-se necessários.
Cada Iniciado deve encontrar na Maçonaria o propósito de sua existência, embarcar na busca pelo Caminho que une o Céu e a Terra e ascender à verdadeira Luz da Verdade. Entretanto, essa jornada não está isenta de riscos, especialmente o constante perigo de se perder caso não tenha sido previamente moldado por uma cultura universal.
A partir do exposto, torna-se evidente que a Maçonaria, como Sociedade Iniciática, permanece fora da influência direta sobre a sociedade profana, reservando esse papel mediador ao Maçom que, impregnado eticamente e não mais uma Pedra Bruta, pode trabalhar de maneira significativa para o bem e o progresso de todos.
Uma sociedade iniciática não é um poço onde todos podem livremente se abastecer; ao contrário, é um local de educação da alma. Nos reunimos para construir templos à virtude, não para obter facilidades em nossas necessidades diárias.
A Maçonaria não se resume a uma entidade moral ou um clube filantrópico, embora trate de ética e filantropia. Temos o dever não apenas de ajudar uns aos outros, mas principalmente de defender qualquer indivíduo da injustiça.
Enquanto as sociedades profanas competem entre si para determinar e impor seus líderes, o mundo iniciático, composto por Pares, busca o Primus inter Pares confiando na "Levigação". A qualidade da escolha resultará em uma jornada mais suave ou mais áspera, dependendo de quanto o sujeito se deixou permear pela Arte Real.
A Maçonaria, enquanto escola de pensamento, possui o magnetismo necessário para atrair homens diversos que internalizaram a essência da total disponibilidade fraterna por meio do árduo exercício da Tolerância em benefício de todos.
Quando observamos de perto, percebemos que o único objetivo compartilhado por todas as associações misteriosas é a elevação do ser humano. Isso é significativo, especialmente considerando que a sociedade atual encoraja a competição desenfreada.
Portanto, as características essenciais para integrar uma sociedade iniciática como a nossa são a liberdade e a retidão moral: a primeira auxilia na distinção entre o sábio e o revolucionário, enquanto a segunda, baseada em princípios éticos universais, facilita a escolha do bem em detrimento do mal.
Assim, torna-se imperativo e essencial para a Maçonaria investir na formação de bons Mestres, pois deles podemos esperar a promulgação de leis boas e justas, protegendo os jovens de se tornarem presas fáceis para o mal.