Viver é um grande desafio e ninguém nasce sabendo como fazê-lo. A educação é uma jornada sem fim, trazendo novos tons e habilidades para interpretar o real à medida que avançamos. A leitura, reflexão e filosofia são ferramentas para construção desse projeto de vida que é aprender a viver e encontrar a boa vida.
Em momentos de dor e ansiedade como o que experimentamos hoje, ideias filosóficas podem nos servir de apoio e instrumento para enfrentar o real.
Epicteto, célebre filósofo estoico, diz que “São as dificuldades que mostram os homens.”
Nos somos construímos através dos encontros com o mundo e nossa estrutura se fundamenta na maneira com que lidamos e interpretamos esses afetos.
Os estóicos nos ensinam a lutar com as armas que possuímos e não nos desgartarmos com aquilo que foge ao nosso controle. Não devemos depender de fatores externos e nem basear nossa felicidade naquilo que nos escapa.
Marco Aurélio diz que “Se você está sofrendo por coisas externas, não são elas que estão te perturbando, mas o seu próprio julgamento sobre elas. E está em seu poder anular este julgamento agora.”
O que podemos aprender com esses grandes mestres do passado? Em épocas de ansiedade e stress, de pânico e medo social, precisamos ver as coisas de uma ótica mais ampla. Ser criteriosos e construir nossa própria interpretação do que seria uma vida virtuosa e digna, afinal, vivemos sempre sobre incertezas. Não podemos ser tolos otimistas, nem um chatos pessimistas, mas realistas, que trabalham nas frentes que podem controlar, que entendem a natureza caótica da vida e se esforçam constantemente para alinhar sua vida à um projeto de potência.
