Não vou fingir que eu sabia muito sobre o Charlie Kirk, mas digamos que a morte de um cara um pouco conservador (mas chamado de nazista) de 31 anos com duas crianças para criar me fez pensar uma ou outra coisa.

Nesse episódio do melhor clubinho de literatura do mundo falamos sobre a condição do homem moderno. Entre a Era das Revoluções e a Era Presente, analisamos obras dos dinamarqueses Kierkegaard e Thomasine Gyllembourg para entender como mudam nossas reações diante dos imperativos da consciência — a explosão vulcânica e a passividade paralisante. Falo do problema de excesso de informação e fofoca, de excesso de coragem, de falta de coragem, da fofoca e diversos outros fenômenos sob a luz kierkegaardiana de reflexividade e nivelamento.

Mas uma vez que estamos inseridos na paralisante era presente com nossa consciência nos torturando, o que fazer? Resgato a ideia de desamparo aprendido com Heidi Priebe.

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Mais um episódio do clubinho de literatura menos consistente do mundo. O tema de hoje — desespero e pecado! O guia é um único livro, e que livro!, O Desespero Humano, de Soren Kierkegaard. The Sickness Unto Death, em inglês.

Kierkegaard nos confronta com uma pergunta que todos evitamos — como lidar com o desespero que nasce da consciência do inevitável pecado?

O sentimento de estar nu diante de Deus, não apenas expondo nossas falhas conscientes, mas também as inconscientes, todos nossos pecados, admitidos ou não.

Nas palavras do dinamarquês: "Quando a morte é o maior perigo, há esperança na vida. Mas quando se descobre algo mais terrível que a morte, se deseja que ela venha."

Em Romanos, São Paulo grita: "Miserável homem que sou! Quem me livrará do corpo dessa morte?" e a resposta está nas páginas desse livro. E no KrameriCast vamos nos ajudar na jornada em busca à paz.

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O Sul é o meu país?

Esse episódio talvez tenha sido o mais informativo da história do KrameriCast. Trago o host do ChoppaCast, Ancapepe, para me contar a história do movimento separatista da Região Sul do país, desde o começo da colonização do Brasil. Ele é de Santa Catarina, então foca mais nesse estado, mas consegue dar uma boa ideia de onde essas ideias vêm, e não se trata do espantalho que se costuma dizer — não é o Sul achando que "carrega o país nas costas" ou coisa do tipo. Índios diferentes e europeus diferentes formando povos diferentes com culturas diferentes, desprezo do resto do país em relação ao Sul e tentativas de americanizar a discussão são apenas alguns dos motivos.

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Neste episódio destruo o Instagram e o culto à própria imagem. Falo da minha curiosidade mórbida que dá esperança, de honestidade aberta ao mundo, da diferença entre a subversão performática versus a de verdade, e de trabalhar com pessoas com quem Jesus andaria, como literais ex-crackudos, gays de direita, e-girls, racistas negros, e bingos de minorias, que são os únicos com quem dá para fazer piadas de maranhense, paraense, muçulmano e negro. "O único tipo de gente decente", disse uma amiga, os únicos com quem me identifico. Só se choca com o comportamento humano degradante aquele que é ingênuo.

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O título explica tudo: estou doente e comentando uma conversa a qual, entre as duas pessoas e mim, eu provavelmente sou o menos misógino.

Sean Strickland fala sobre desespero, violência, sorte, o infinito vazio dos vícios, desamparo aprendido, disciplina e esperança, Pearl Davis fala sobre probabilidades, aposta de Pascal, assumir que todas mulheres são vagabundas e deixa escapar vários dos seus traumas pessoais. Eu falo sobre Luke Smith, Heidi Priebe, Gustavo Corção, Kierkegaard e mostro como não sou tão misógino quanto pareço.

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O centésimo episódio do KrameriCast. Quem diria.

Foi uma autoanálise minha, mostrando o que se reflete de mim em cada era do podcast, falando sobre questões pessoais que aconteciam em alguns episódios chave - quem não lembra de clássicos como cheirar pó falando de política, você iria nesta criminosa? e crianças e idiotas? Todos episódios falavam de mim no contexto em que foram gravados e publicados, tudo nesse programa é extremamente pessoal.

Espero que vocês gostem, é uma honra ter qualquer pessoa ouvindo isso aqui.

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Neste curto episódio (30 >) falo sobre a honestidade masculina contraposta com o status feminino no contexto de Sean Strickland: por que vou falar com uma mulher que não conheço senão para comê-la? Falo sobre amigos terem sexto sentido para saber quando você está mal, sofrimento e propósito, relógio biológico masculino, muh feelings e os dois livros de mommy issues que estou lendo/li esse ano — Moon Zappa e Jennette McCurdy. Comentários sobre o livro da Moon em tempo real no Telegram.

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Esse episódio está uma bagunça.

Basicamente falo de coisas que me aconteceram em um dia específico - 08/06/2025 - e o que eu pensei sobre. Comento, acho, sobre ter ido a uma missa luterana, os temas dela, o tema frequente que não sai da minha cabeça desde o KKK 5 e como ele se manifesta em todo lugar, o que me faz questionar se é coincidência mesmo ou esquizofrenia, teorias cíclicas serem coisa de mulher e da terceira via (a famosa via anal), o homem estético kierkegaardiano e o suicídio, e um vídeo muito bom de um canal chamado Unsolicited Advice sobre Memórias do Subsolo. Ouçam até o fim!

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Sim, é verdade. Temos um novo KrameriKast Klassic. Deve ter ouvinte que nem sabe o que era essa série de episódios... E esse é um dos que mais me deram orgulho de ter feito por diversos motivos.

Em primeiro lugar, eu estava adiando de fazê-lo há não menos que 3 anos, nunca me senti digno de falar dessa obra. Além disso, ainda que pessoalmente eu o considere um pouco superestimado em relação a outros de Dylan, é um álbum muito especial para mim, tendo minha música favorita, "Idiot Wind". Devo muito ao Bob Dylan pela minha personalidade, mas isso aqui é uma questão mais pessoal. Blood on the Tracks é notoriamente associado ao relacionamento de Dylan com sua musa, a ex-coelhinha da Playboy Sara Dylan, ainda que em sua autobiografia ele o tenha negado. Também tenho minhas dúvidas, e acredito que outros também, afinal nos últimos anos se tornou a obra mais renomada de Dylan, talvez pela década mais sensível em detrimento dos anos 2000 e 1990 mais irreverentes.

Sendo uma obra mais pessoal e íntima, não foquei tanto na parte musical e sim na biografia e contexto das músicas.

Foi um tanto complicado juntar todas as ideias que tive para esse episódio, usei de referência Richard F. Thomas, Michael Gilmour, Scott Marshall, Jonathan Cott e, claro, o próprio Dylan. Estou genuinamente orgulhoso do resultado final, espero não ter vergonha dele daqui a uns dois ou três anos.

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Quem é vivo aparece.

Hoje é aniversário do meu guru Bob Dylan então decidi gravar um episódio. Não comentei exclusivamente sobre o homem, mas citei a influência de Bringing it All Back Home sobre a minha pessoa. Comentei brevemente algumas leituras desse ano, incluindo Lições de Abismo de Gustavo Corção e Ressurreição do Subsolo de René Girard. Entender economia ajudaria as pessoas a viverem as próprias vidas íntimas de maneira mais leve, sem precisar ver toda relação com outros como um jogo de soma zero. Não quero ser Mishkin ou Stavróguin, quero como diria Dylan me abrir para o mundo - I ain't no false prophet! Comento sobre momentos em que o tempo para, também.

A thumbnail desse episódio foi feita em live, vai estar disponível no Odysee também.

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Neste episódio eu falo sobre não merecermos nada e ainda assim termos tudo que precisamos para a felicidade, sobre dignidade humana, sobre um vídeo interessantíssimo de uma vítima de tráfico sexual que adicionou evidência ao tema do episódio 93 falando de como homens e mulheres se abusam nesse mercado, sobre parasitagem emocional, e sobre minha maior teoria elitista psicológica baseada em Um Estranho no Ninho, um dos meus maiores insights dos últimos tempos. Falo (acredito que pela primeira vez) sobre o fato extremamente irritante de sempre acharem que uso drogas.

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Neste episódio vocês vão me ouvir reclamando de como incels são maltratados pela sociedade enquanto cai um dilúvio dentro da minha casa, falo de como é mais fácil ter status médio para mulheres do que para homens, comento sobre a experiência de descobrir que uma pessoa que você admira é na verdade extremamente questionável em vários aspectos, ainda que você consiga aproveitar o que ela fez de maneiro, faço um rant anti-homofobia, e falo do clube de literatura do PewDiePie, o homem mais abençoado da face da Terra.

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Este episódio é sobre violência, mas também sobre beleza, ingenuidade e arte. Comento sobre o Tao te Ching, Samurai X/Rurouni Kenshin, Illmatic e a diferença entre ter ideais em teoria e aplicar os ideais na prática ainda que isso seja incompreensível para os outros, especialmente no contexto de violência como imaginamos em contraponto a violência como é experienciada na realidade. Ontem foi aniversário de 50 anos de um dos álbuns já feitos na história da humanidade, ouçam Blood on the Tracks.

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Bem vindos a mais um episódio do clubinho de literatura! Dessa vez o Doki-Doki vem com os restos de 2024, como os restos de peru e salpicão do Natal. Comento quatro livros que não encaixaram em nenhum outro episódio mas ainda gostei muito: Endgame, uma biografia de Bobby Fischer, possivelmente o maior enxadrista da história, The Loser (O Náufrago) de Thomas Bernhardt, uma história fictícia sobre o pianista Glenn Gould, Confissões de um Yakuza, livro que está no meu radar há eras por ser uma influência sobre o Bob Dylan e joga um balde de água fria em qualquer pessoa que entenda os yakuza através de filmes (palavras do autor), e por fim Temor e Tremor de Soren Kierkegaard.

Se no último episódio fiquei enrolando para falar sobre os problemas da ideia de decadência do Romantismo, aqui talvez eu exalte o romantismo na vida real, como no caso de Fischer e Eiji Ijichi (o yakuza cujo nome eu não lembrava pelo livro estar na primeira pessoa), no caso mais literário/imaginativo como no caso d'O Náufrago, ou no caso filosófico de Kierkegaard, no qual o indivíduo tem seus valores acima de todo o universal.

Timestamps:

00:00 - Confessions of a Yakuza (Junichi Saga)

28:28 - Endgame (Frank brady)

55:36 - The Loser (Thomas Bernhardt)

1:13:46 - Temor e Tremor (Soren Kierkegaard)

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Neste episódio, inspirado por eventos recentíssimos, trago um antigo conhecido do KrameriCast para discutir comigo um problema exclusivo da nossa era. Red trabalha em uma agência de OnlyFans, e tem insights exclusivos de quem sabe o funcionamento da indústria por dentro, contando histórias de clientes que eram garanhões e clientes que venderam a casa para sustentar o vício. Eu tento trazer temas do vídeo do Glink "The Lonely Fans of OnlyFans", entre outros, e discutimos isolamento social, os problemas de relacionamentos modernos, da visão masculina e feminina da coisa, e a inutilidade de fazer guerra dos sexos ao discutir os problemas que surgem em relacionamentos. Percebemos também que o verdadeiro chad é o Noel Rosa.

Os primeiros 40 minutos, aproximadamente, foram gravados antes da conversa e são sobre minha percepção pessoal do problema, mais baseados em uma interação real com uma performer da indústria. No KrameriCast, nos livramos de moralismos, não estou atacando ninguém e não desejo nada além do melhor possível para (quase) todas as pessoas.

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Neste episódio comento a decadência do hip-hop com o retardado caso da briga do Kendrick Lamar com o Andrew Schulz, sobre o tenebroso caso do Hax$, um dos jogadores mais tradicionais de Super Smash Bros Melee que acabou literalmente perdendo uma perna por causa de impiedade do povo, que NUNCA tem razão e cobre sua impiedade e sede por sangue com um véu de empatia, e sobre o dantesco (e curioso) caso da nova musa do KrameriCast, Lyedja Yasmin, fazendo paralelos com comentários do Frank Zappa sobre como a nossa cultura é extremamente cínica e faz as pessoas viverem constantemente frustradas ainda que a vida seja incrível.

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Aparentemente estou gravando em dezembro tudo que eu não gravei ao longo do ano.

De qualquer forma, nesse episódio eu falo sobre nós escolhermos nosso próprio inferno e sobre abrir mão de Ted Kaczynski. Talvez eu tenha comentado por uns 40 minutos sobre a experiência de ser botafoguense também, mas não tenho certeza... o fato é que tudo sobre o Botafogo de Futebol e Regatas, todo o sofrimento e todo o constante, ininterrupto mal-estar existencial de ser botafoguense por 26 anos, toda a dor fizeram sentido e redimiram a existência como um todo, ainda que por um momento curto.

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Bem vindos a mais um episódio do melhor clubinho de literatura do país! O último episódio foi focado em nossa concepção de "educação", e terminou com o que eu considero o surgimento da educação moderna, que foi o progressismo da virada do século 20. Desde então, a educação formal só piorou, e segue piorando a passos largos. Olhando essas coisas, noto uma tendência a imaginar que está tudo piorando, que vivemos em uma era decadente ou algo assim, mas para mim não poderíamos estar mais distantes da realidade. De onde surgiu essa tara em ver decadência em tudo? Em grande parte, no Romantismo, e foi no processo historiográfico do século XIX e do período romântico que se criou várias idealizações do passado que hoje seguem vivas seja na esquerda ou direita. Basicamente, trato da decadência moderna, da visão Whig de constante progresso, e da realidade: sempre temos algumas coisas melhorando e outras coisas piorando. Blackpill é cringe e gay, é a saída fácil para você não precisar pensar de verdade na realidade, nos problemas e nas potenciais soluções para eles. Se tudo já está acabado, para que sequer tentar?

Timestamps:

00:00 - Intro

15:52 - Life at the Bottom/Vida Na Sarjeta (Theodore Dalrymple)

49:48 - Capitalism and the Historians (Friedrich Hayek e outros)

1:34:41 - The Idea of Decline in Western History/A Ideia de Declínio na História Ocidental (Arthur Herman)

Goodreads: https://www.goodreads.com/user/show/172494349-emerald

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Neste episódio eu falo, com áudio semi-estourado e alergia, sobre Theo Von querer estar em um relacionamento mas conquistar isso sozinho, sobre o fim do Desinformação, e sobre um dos vídeos mais irritantes que já vi sobre Richard Feynman — obviamente, de uma mulher. Só pode ser brincadeira! Os ouvintes do primeiro episódio do Doki-Doki vão apreciar um pedaço da discussão sobre o vídeo em questão.

E sim, eu estava fazendo a thumbnail enquanto o Botafogo jogava com o São Paulo.

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