A megaoperação no Rio de Janeiro, que resultou em 121 mortes, gerou forte repercussão política após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificá-la como uma “matança” e “desastrosa”, afirmando que o objetivo era cumprir mandados, não matar. No Senado, em meio à controvérsia, foi instalada a CPI do Crime Organizado, com o governo garantindo a presidência da comissão por Fabiano Contarato (PT-ES), que terá 120 dias para investigar facções como PCC, Comando Vermelho e milícias, focando na estrutura das organizações, fontes de financiamento e possível infiltração no poder público.
O Senado instala hoje a CPI do Crime Organizado sob forte pressão política e disputa entre governo e oposição pela presidência do colegiado, que ganhou urgência após a operação no Rio de Janeiro contra o Comando Vermelho, com 121 mortes. A comissão terá 120 dias para investigar o funcionamento de facções como PCC e CV, milícias, suas fontes de financiamento e possível infiltração no poder público. O governo tenta garantir o comando com Fabiano Contarato ou Jaques Wagner, enquanto a oposição pode surpreender, repetindo a estratégia da CPMI do INSS. O relator será Alessandro Vieira, autor do requerimento, e a CPI inclui nomes de peso como Flávio Bolsonaro, Sergio Moro e Jaques Wagner, em um ambiente político marcado pela disputa em torno da segurança pública no país.
Três institutos de pesquisa — Paraná Pesquisas, AtlasIntel e Datafolha — mostram que a maioria dos moradores do Rio de Janeiro aprova a megaoperação policial realizada no dia 28 de outubro contra o Comando Vermelho, com índices que variam entre 56% e 69% de apoio, enquanto a desaprovação fica entre 25% e 39%. A ação, chamada de Operação Contenção, resultou em 117 mortos e 113 presos, incluindo suspeitos de outros estados, reforçando o caráter interestadual da facção criminosa.
Sete governadores anunciaram a criação do “Consórcio da Paz”, parceria que prevêintegração de inteligência, apoio operacional e compra conjunta de equipamentoscomo resposta à megaoperação policial no Rio, que terminou com 121 mortos ecríticas pela alta letalidade. Paralelamente, o presidente Lula sancionou umalei proposta por Sergio Moro que cria novos crimes para punir ações de facçõesque dificultem a atuação policial, com penas de até 12 anos. No Senado, foideterminada a instalação da CPI do Crime Organizado, que terá 11 membrostitulares e vai investigar a estrutura e expansão de milícias e facções nopaís.
Governadores de dez estados, incluindo Ratinho Junior (PR), participam nesta quinta-feira de uma reunião no Rio de Janeiro para discutir uma força-tarefa de cooperação em segurança pública após a megaoperação contra o Comando Vermelho, considerada a mais letal da história do estado. Organizado por Jorginho Mello (SC), o encontro busca definir ações imediatas entre os estados, como troca de recursos e apoio direto ao Rio no combate ao crime organizado, com presenças confirmadas de Tarcísio de Freitas (SP), Eduardo Leite (RS), Mauro Mendes (MT) e Ronaldo Caiado (GO).
Uma megaoperação conjunta da Polícia Civil e Militar noscomplexos do Alemão e da Penha, na zona norte do Rio de Janeiro, resultou emconfrontos intensos para conter avanços do Comando Vermelho; imagens mostramlocais em chamas e com muita fumaça, ao som de disparos de armas de fogo,enquanto até a última atualização 81 pessoas foram presas, dois suspeitosbaleados estão sob custódia no Hospital da Penha e pelo menos 60 pessoasmorreram, incluindo quatro policiais.
Sobre esse assunto, acontece amanhã, 30 de outubro,Maringá recebe o encontro “Futuro da Segurança Pública na Federação:Soluções para o Espaço Municipal”, das 8h30 às 16h, no auditório principalda Trecsson Business School, organizado em parceria com a Publius – Escola deAltos Estudos. O evento reunirá autoridades e especialistas para discutir opapel crescente das prefeituras na segurança, com mesas temáticas sobre modelosmunicipais de sucesso, integração entre esferas de governo e órgãos decontrole, e fortalecimento das guardas municipais. O objetivo é compartilharboas práticas e propor soluções aplicáveis em diversas cidades do país.Gestores interessados podem solicitar informações pelo sitetrecsson.com.br/segurancapublica. Hoje, o diretor da Publius, Rafael Viegas,PHD em Administração Pública e Governo pela FGV, com ampla experiência empolíticas públicas, falou ao vivo na Jovem Pan sobre o tema.
O Supremo Tribunal Federal se aproxima da reta final do processo do suposto golpe de Estado, com a Primeira Turma prestes a julgar os embargos de declaração apresentados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e pelos demais seis réus condenados do núcleo central da trama golpista, cujo prazo terminou ontem à meia-noite; Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses, questiona a pena e os crimes, alegando que teria desistido voluntariamente do golpe, além de pedir a unificação de dois crimes e apontar cerceamento de defesa, erros na fixação da pena e problemas na delação do tenente-coronel Mauro Cid, enquanto outros réus, como Walter Braga Netto, Anderson Torres e Augusto Heleno, também recorrem contestando provas, delações e proporcionalidade das penas, cabendo ao ministro Alexandre de Moraes analisar os recursos, com possível parecer da PGR, antes da pauta do julgamento pelo presidente da turma, Flávio Dino, podendo a decisão ocorrer ainda nesta semana, sendo que o cumprimento das penas só se iniciará após o trânsito em julgado.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva classificou como “surpreendentemente boa” a reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, realizada no domingo. O principal tema foi o “tarifaço” imposto às exportações brasileiras, que Lula espera reverter em breve. Segundo o chanceler Mauro Vieira, o Brasil pediu a suspensão imediata das tarifas durante as negociações bilaterais. Além da pauta comercial, os líderes trataram da situação da Venezuela e do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro, que Lula descreveu como “muito sério”.
Nesta sexta-feira (24), o RCC News, da rádio Jovem Pan Maringá (101,3 FM), recebeu o presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Alexandre Curi. O deputado falou sobre sua pré-candidatura ao governo do Estado, projetos de lei aprovados pela ALEP, o possível fim das APAEs, entre outros assuntos.
Aliados e advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) acreditam que sua prisão pode ocorrer até o fim de novembro. Condenado a 27 anos e três meses por tentativa de golpe de Estado, Bolsonaro teve o acórdão da sentença publicado nesta quarta-feira (22). A defesa tem até segunda (27) para apresentar o último recurso possível no Supremo Tribunal Federal.
A expectativa é que o ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, determine o início do cumprimento da pena logo após o trânsito em julgado. Atualmente em prisão domiciliar, Bolsonaro deve pedir para permanecer nesse regime, alegando problemas de saúde. Moraes decidirá se a pena será cumprida em casa, em unidade militar, na sede da PF ou em cela especial da Papuda.
O ministro Luiz Fux protocolou um pedido de transferência da 1ª para a 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), alegando a vaga aberta com a aposentadoria de Luís Roberto Barroso. O pedido foi formalizado em documento enviado ao presidente da Corte, Edson Fachin, com base no artigo 19 do regimento interno do tribunal.
Nos bastidores, a mudança é vista como reflexo do clima de tensão entre Fux e outros ministros da 1ª Turma, após seu voto isolado pela absolvição de Jair Bolsonaro no julgamento da trama golpista, em que o ex-presidente foi condenado por quatro votos a um. Interlocutores afirmam que o ambiente interno se tornou “praticamente insustentável”.
Se o pedido for aceito, Fux deixará os próximos julgamentos ligados à Operação Golpe, que seguirão sob responsabilidade da 1ª Turma, composta por Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Cristiano Zanin e Flávio Dino. A 2ª Turma, onde Fux deseja ingressar, é formada por Gilmar Mendes, Dias Toffoli, André Mendonça e Nunes Marques. A decisão final caberá ao ministro Edson Fachin.
O presidente Lula deve anunciar nesta manhã a indicação de Jorge Messias, atual ministro da AGU, para a vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), preterindo o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que contava com apoio de ministros da Corte. A escolha de Messias, apoiada pelo PT, atende ao desejo do STF por um nome firme na defesa da democracia. Para garantir aprovação no Senado, a articulação conta com o apoio estratégico de André Mendonça, ministro do STF e TSE, cuja ligação com Messias — ambos evangélicos e ex-AGU — pode ser decisiva na conquista de votos, especialmente da bancada evangélica.
Durante evento em São Bernardo do Campo neste sábado, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que sonha com uma América Latina independente e respeitada no cenário internacional. Sem citar nomes, ele criticou a postura de líderes estrangeiros que “falam grosso com o Brasil” e defendeu a soberania regional em meio a tensões diplomáticas entre Estados Unidos, Venezuela e Colômbia, que podem afetar as negociações comerciais entre Lula e Donald Trump sobre as tarifas impostas aos produtos brasileiros.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu indicar o atual chefe da Advocacia-Geral da União, Jorge Messias, para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal. A escolha, apoiada por lideranças do PT, confirma a preferência de Lula por um nome de confiança e deixa de lado o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que contava com o apoio de ministros da Corte. O anúncio oficial deve ocorrer nos próximos dias, antes da sabatina no Senado. A decisão coincide com um clima de tensão no STF, após uma discussão acalorada entre Gilmar Mendes e Luiz Fux sobre o julgamento da tentativa de golpe, revelando divergências internas entre os ministros.
Após a reaproximação entre Lula e Donald Trump, Brasil e Estados Unidos realizam nesta quinta-feira o primeiro encontro oficial para discutir as tarifas extras impostas aos produtos brasileiros. A reunião será conduzida pelo chanceler Mauro Vieira e pelo secretário de Estado americano Marco Rubio. O governo brasileiro argumenta que o “tarifaço” de até 40% encarece a vida dos consumidores nos EUA e pretende mostrar oportunidades de investimento em energia limpa e minerais críticos. A expectativa é que o bom clima entre os presidentes ajude a reverter as medidas protecionistas.
A senadora Tereza Cristina (PP-MS) afirmou que a direita precisa agir com “maturidade” e concentrar forças em candidatos com chances reais de vitória contra o presidente Lula em 2026. Em entrevista ao O Globo, ela alertou que lançar nomes sem viabilidade eleitoral seria um erro estratégico da oposição.
A ex-ministra de Jair Bolsonaro apontou apenas três possíveis candidatos competitivos: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos); o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD); e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro. Tereza também fez um apelo à união da direita, dizendo que qualquer divisão interna favorece o atual governo.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta segunda-feira (13) que ainda não escolheu quem indicará para a vaga deixada por Luís Roberto Barroso no Supremo Tribunal Federal (STF). Após agenda em Roma, Lula disse que não quer “um amigo”, mas alguém “gabaritado para ser ministro da Suprema Corte” e que tenha como missão “cumprir a Constituição brasileira”.
Barroso, indicado pela ex-presidente Dilma Rousseff em 2013, antecipou sua aposentadoria aos 67 anos, embora pudesse permanecer no cargo até 2033. Em seu discurso de despedida, ele fez um balanço da trajetória no tribunal e afirmou que decidiu deixar o STF para viver os próximos anos “de forma mais leve, com mais poesia”.
O grupo Hamas libertou nesta segunda-feira (13) vinte reféns, entregues à Cruz Vermelha e depois às Forças de Defesa de Israel. A ação ocorre quase dois anos após os ataques de 7 de outubro de 2023, quando 251 pessoas foram sequestradas. Segundo o governo israelense, antes do novo acordo, 48 reféns ainda permaneciam em poder do grupo, sendo 28 já confirmados como mortos.
Em troca, Israel se comprometeu a libertar cerca de dois mil prisioneiros palestinos, incluindo 250 condenados à prisão perpétua. O Hamas pediu mais tempo para localizar corpos de vítimas em cativeiro, e a Turquia anunciou uma força-tarefa para auxiliar nas buscas. A movimentação acontece durante a visita do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a Israel.
O ministro Luís Roberto Barroso anunciou sua aposentadoria do Supremo Tribunal Federal, surpreendendo ao deixar o cargo antes dos 75 anos, idade prevista para a saída compulsória. A decisão, comunicada durante sessão plenária, ocorre pouco depois de ele encerrar seu mandato como presidente do STF e de ser alvo de sanções dos Estados Unidos. Em discurso emocionado, Barroso afirmou que a escolha foi amadurecida e não tem relação com fatos recentes, destacando o desejo de viver sem as responsabilidades do cargo. Com sua saída, caberá ao presidente Lula indicar um novo ministro para a Corte.
Israel e o Hamas anunciaram a implementação da primeira fase de um plano de paz mediado por Estados Unidos, Egito, Catar e Turquia. O acordo, apresentado por Donald Trump, prevê a libertação de reféns e prisioneiros, o recuo parcial das tropas israelenses e a ampliação da ajuda humanitária à Faixa de Gaza. Também estão previstos um governo palestino de transição, anistia a membros do Hamas que depuserem armas e a futura transferência do poder à Autoridade Palestina. O entendimento marca a primeira trégua estrutural desde o início do conflito em outubro de 2023.