Neste episódio do GestãoCast, entrevisto o ex-Ministro da Fazenda, sócio da Tendências Consultoria e colunista da revista Veja, Maílson da Nóbrega.
Falamos sobre os cenários para 2022, numa ótica política, econômica e social.
Abaixo, alguns tópicos que abordamos:
Economia.
- A política como grande gerador de incertezas macroeconômicas no Brasil.
- Pressão inflacionária, subida do juros e redução do crescimento em 2022.
- Permanência do desemprego em níveis altos.
- Baixíssima probabilidade de reformas estruturantes, como a tributária e administrativa.
- Perda da âncora fiscal e impactos inflacionários das políticas populistas sem objetivos sociais coerentes.
- Retomada do crescimento nos serviços, mas pela reocupação de capacidade ociosa com o retorno das atividades presenciais.
- Desaceleração do comércio e da indústria.
- Possíveis efeitos positivos do Auxílio Brasil no aquecimento da economia nordestina.
Política.
- A rejeição dos mais pobres à inflação e a ineficácia de políticas populistas inflacionárias na popularidade presidencial, com alta probabilidade de eleição de Lula em 2022.
- Possível preferência do mercado financeiro por Lula num confronto contra Bolsonaro no segundo turno.
Mundo.
- Baixo impacto dos problemas no sistema de crédito chinês. Pouca probabilidade de crise na China no curto prazo.
- Aumento dos juros na economia americana com mudança da expectativa de alta saindo de 2023 para 2022.
- Atração de capital mundial para os Estados Unidos, contribuindo para a desvalorização do real, no caso do Brasil, e consequente pressão inflacionária em nosso país.
O lado positivo.
- A força das instituições e da democracia brasileira, que foram testadas agressivamente.
- A força do sistema financeiro brasileiro, que foi testado fortemente pela instabilidade política e pela forte crise causada pela pandemia do coronavírus.
- A força do empreendedorismo brasileiro: o agronegócio e o setor de extração mineral, com competitividade mundial, grandes e sofisticadas empresas nacionais, avanços na infraestrutura trazidos pelo setor privado, startups e unicórnios brasileiros.