
Como bem disse Taylor Swift: um homem é assertivo, mas uma mulher - proferindo uma mesma fala - é apenas grosseira ou violenta. As palavras que se usam quando as mulheres estão sendo avaliadas em sua competência acadêmica têm sido sempre mais pesadas e carregadas de julgamento de valor moral, e não de desempenho intelectual. Tudo pode ser considerado erro ou falha - inclusive sua falta de saúde mental, a sua opção de maternar, ou até mesmo a sua tentativa de se sentir pertencente à comunidade acadêmica apenas socializando. E adivinha só: a gente é julgada e condenada o tempo todo. A avaliação entre homens e mulheres segue sendo uma competição desigual, onde o “sexo frágil” sempre perde, pois não pode nunca “falhar”, com base em critérios que saíram das vozes imaginárias da cabeça dos homens.
Sobre o resultado dessa dinâmica desequilibrada, a gente acha que cabe bem uma célebre opinião da nossa ex-presidenta Dilma (certíssima, inclusive): nem quem ganhar nem perder, vai ganhar ou perder. Vai todo mundo perder.
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