Uma mulher casada saiu de casa para fazer compras. No bonde parado num ponto Ana vê um cego de pé mascando chicletes que ria. Aquilo a abalou profundamente. Os anos tranquilos do casamento de agora em diante mergulharam numa assustadora revolução . Ao retomar a viagem, o bonde arranca e as compras de Ana caem e os ovos voltam à condição de coisa a aprofundar sua imensa crise íntima. O mal-estar a levou a perder a parada de sua casa, saltando atônita num lugar estranho conhecido: o Jardim Botânico. A pujança da vida provocada pelo cego mascando a colocou num impasse diante do casamento.

Walter Benjamin neste belíssimo ensaio mostra magistralmente a “natureza da verdadeira narrativa: sua dimensão utilitária: o narrador é um homem que sabe dar conselhos. O conselho tecido na substância viva da existência tem um nome: sabedoria. A arte de narrar está definhando porque a sabedoria está em extinção”.

Um estudante morador de favela da zona sul do Rio de Janeiro percebe o temor que produz na gente da zona sul, passando a gostar de provocar este sentimento .

Um pesquisador francês descobre no lugar mais recôndito do Congo Central uma tribo de pigmeus. Lá o persquisador vê a menor mulher do mundo de 45 cm e ela estava grávida. Nada podia ser mais raro e encantador do aquele achado. Ele passa a chamá-la de ‘pequena flor’.

Contos do livro “PRIMEIRAS ESTÓRIAS” de João Guimarães Rosa