
Falámos de escolhas. De perceber que o amor à Arte nem sempre paga contas — e que isso, em vez de nos travar, pode libertar.
Partilhámos a decisão de separar caminhos: continuar a criar, mas sem esperar, por enquanto, retorno económico significativo dos nossos projectos. E concentrar o nosso sustento noutras áreas — como o web development, o design de jogos e de aplicações.
Discutimos o que significa não depender da Arte para viver — e, com isso, voltar a fazer Arte por gosto. Sem filtros. Sem peso. Com espaço para o erro, para a experiência, para a liberdade.
Falámos ainda da dificuldade em conseguir apoios quando não se é “conhecido”. Da ilusão dos números. E da urgência em reconhecer que cultura tem custos — e merece ser sustentada.
O futuro próximo é este: espectáculos online, ensaios em directo, processos abertos e partilhados. Porque a Arte continua, mas a Estratégia, sim — mudou.
Para fechar, estreámos um excerto da nossa versão de "O Sol", tão difundido por Zé da Lata. A versão completa estará disponível dentro de semanas — fiquem atentos.