
Os conflitos familiares, por mais desconfortáveis que sejam, são verdadeiros laboratórios para a prática do estoicismo. Não porque o estoico evita o conflito, mas porque o encara como uma oportunidade de exercitar o domínio emocional.
Um dos conflitos familiares mais comuns dizem respeito a questões financeiras. Despesas excessivas, dívidas acumuladas e falta de planeamento são dos maiores focos de ansiedade na vida moderna.
A filosofia estoica oferece uma abordagem poderosa à gestão orçamental. O estoico não se deixa dominar por desejos consumistas. Cultiva o autocontrolo, valoriza o que tem e rejeita o excesso.
Epicteto afirma que a riqueza não consiste em possuir grandes bens, mas em ter poucas necessidades. Quando nos reduzimos ao essencial, tornamo-nos invulneráveis à escassez, o que para Epicteto é ser verdadeiramente rico.
Perante uma discórdia financeira na família, o estoico analisa o que pode controlar, que são os rendimentos, despesas, dívidas, prioridades e procura fontes alternativas de rendimento ou aconselhamento financeiro.
Epicteto diz-nos que “Não culpes os outros por aquilo que depende de ti.” O estoico assume a sua parte no problema financeiro, seja contribuindo mais ou reduzindo gastos. Se há desemprego ou imprevistos, estes são aceites com coragem, escolhendo a melhor forma de superar a situação.