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A vingança surge como uma reação emocional diante duma injustiça.
Está associada ao desejo de retribuir, ao suposto agressor, o sofrimento que causou.
A vingança não traz satisfação. Leva a um alívio temporário, mas prolonga o sofrimento e impede o crescimento pessoal.
O estoicismo defende que a melhor resposta a uma injustiça é manter a serenidade e agir conforme a razão.
A vingança e a raiva estão profundamente conectadas. Quando a raiva não é controlada, produz o desejo de vingança, gerando um ciclo destrutivo que mantém a mente presa ao sofrimento.
Marco Aurélio aconselha a responder ao mal com o bem e a não permitir que as ações injustas dos outros corrompam a nossa conduta.
Vivemos numa sociedade organizada, onde as grandes injustiças são menos frequentes. No entanto, o sentimento de vingança surge em pequenas disputas do dia a dia.
Enganam-nos numa compra, barafustamos como o vendedor. Apropriam-se do mérito do nosso trabalho, denunciamos o oportunista. Recebemos uma encomenda errada, protestamos com a empresa de entrega. Passam-nos à frente numa fila, reagimos agressivamente.
As relações familiares também desencadeiam sentimentos de injustiça. Laços de sangue não garantem a harmonia. O nível de intimidade leva a que pequenas contrariedades tenham um forte impacto emocional e se transformem em reações conflituosas.
Pequenos detalhes facilmente se transformam em gatilhos, que despoletam o desejo de vingança e criam rancores domésticos.
Algo simples, como a casa desarrumada ou um tom de voz agressivo geram raiva explosiva, amuos prolongados, sarcasmo, indiferença ou fuga ao diálogo.
Estes comportamentos não resolvem problemas, Prolongam a infelicidade no lar, aprofundam distâncias nas relações e criam ressentimentos.