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A impulsividade é a tendência de agir sem pensar nas consequências, movido pela emoção.
Em condições normais, o cérebro analisa uma incidente antes de tomar uma decisão. Recebe informações do ambiente, compara-as com experiências anteriores, efetua uma avaliação, para prever consequências, e, por fim, escolhe a melhor ação a ser tomada.
Num ato impulsivo, este processo é ignorado, levando a reações imediatas, conflitos e arrependimentos.
A impulsividade tem raízes na evolução humana como um mecanismo de sobrevivência. O corpo, ao perceber uma ameaça, ativa o estado de luta ou fuga, amplamente detalhado no episódio 36 deste podcast.
Atualmente, existem poucas situações de perigo ou emergência, no entanto, teimamos em ativar este estado de alerta desnecessariamente, injetando no corpo grande quantidades de cortisol, que nos torna agressivos e prejudica a tranquilidade.
Na filosofia estoica, a impulsividade é vista como uma fraqueza. Valoriza-se a autodisciplina e a razão, como guias para uma vida equilibrada, acreditando que o agir impensado afasta-nos da virtude e da paz interior.
Segundo Marco Aurélio, a sabedoria consiste em educar as paixões e a razão.
A impulsividade provoca sofrimento desnecessário, enquanto o autocontrolo e a reflexão levam ao conhecimento interior.