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A tranquilidade é um estado em que a mente e o corpo encontram paz e equilíbrio e é essencial para alcançar a sabedoria e a felicidade.
É como um lago calmo a refletir o céu azul. Sem pressa. Sem ruído. Onde tudo flui sem resistência.
No estoicismo, a tranquilidade não se encontra presa a momentos, mas em todas as situações do dia a dia.
Manter a tranquilidade na sociedade moderna, que aprecia o apego material, é um desafio enriquecedor.
A valorização dos bens materiais, como símbolos de sucesso, dificulta a nossa tranquilidade. No entanto, há maneiras de cultivar a paz interior mesmo nesse contexto.
É comum julgar que só vivemos sem preocupações se possuirmos poucos bens, mas tal não acontece.
Ao aplicar os princípios estoicos, verificamos que sofrer quando perdemos algo, quando somos roubados ou enganados é uma penosa forma de encarar o sucedido.
Como posso estar tranquilo perante um roubo, um telemóvel perdido ou um computador estragado?
Com posso não me incomodar com o desaparecimento dumas chaves, o extravio de uma encomenda ou o tempo desperdiçado numa fila de espera?
Epiteto responde de forma admirável a esta dificuldade, com exemplos do seu tempo: Uma gota do teu óleo derramou? A tua sopa foi roubada? Diz para ti mesmo: “Este é o preço a pagar pela liberdade da paixão! Este é o preço de uma mente tranquila!'
Esta maneira de encarar a perda, demonstra de forma perfeita, que é possível aceitar contrariedades como parte natural da vida, sem deixar que perturbem a paz interior.
No estoicismo, o foco está no controlável, na nossa reação e no aceitar serenamente o que está fora do nosso alcance.