Nos episódios anteriores partimos de São Paulo e percorremos os Estados do CE, RN, MA, PA, RJ, e agora chegamos à porção Sul do país, nos Estados de PR e RS.
Em cada um dos oito Estados por que passamos, abordamos a educação popular sob uma perspectiva diferente.
Começamos em São Paulo, onde nossa bússola apontou para a região do Cariri, no sul do Ceará. De lá, seguimos o fio de Ariadne e partimos para Natal, no Rio Grande do Norte, depois para a comunidade quilombola Cariongo, próximo a São Luis, no Maranhão; a parada seguinte foi em Belém do Pará, e depois desembocamos em Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Ao cabo, vemos como vidas invisíveis são relativas àqueles que (não) as veem.
EPISÓDIO GRAVADO ORIGINALMENTE EM 30/08/2020
No Sul, a educação popular dá o Norte pra muita gente boa.
A nossa jornada de conhecimento da educação popular chega à região Sul do país.
Cidades discursadas como modelos de urbanismo apresentam uma lógica de exclusão estrutural.
Mas a emancipação pelo conhecimento mostra resultados importantes.
Bora no play?
EPISÓDIO GRAVADO ORIGINALMENTE EM 01/08/2020
O Rio que ocupa as margens com carinho e conhecimento
Aquele abraço!
A equipe fluminense do Emancipa mostra que o sucesso da educação popular está na relação entre carinho e conhecimento.
Episódio com apoio do cantor e compositor BNegão, que autorizou o uso de seu trabalho na trilha sonora.
EPISÓDIO GRAVADO ORIGINALMENTE EM 14/07/2020
Belém-Belém: A periferia é centro também.
Nossa jornada pela educação popular segue para a capital do Pará, onde descobrimos uma rede do movimento Emancipa trazendo jovens para o centro de gravidade da cidadania e da perspectiva de um futuro melhor.
EPISÓDIO GRAVADO ORIGINALMENTE EM 06/07/2020
Neste episódio, gravado em 30 de março de 2020, entrevistamos o antropólogo Gil Lourenção, cientista brasileiro radicado no Japão.
Gil voltou à terra do sol nascente depois de dois anos de pós-doc no Brasil, e chegou em janeiro de 2020, quando a COVID-19 ainda não tinha sido declarada uma pandemia, e o Coronavírus iniciava sua excursão mundial.
Ele analisa o caso do Diamond Princess, navio de cruzeiro de bandeira estadunidense que atracou no Japão e tornou-se um laboratório errante dos efeitos do vírus em aglomerações humanas.
No segundo episódio da série Vidas Invisíveis, eu e a Hanah Julia conhecemos o Movimento Emancipa de educação popular.
Voluntários mobilizam o conhecimento como ferramenta de autonomia coletiva, para um cenário que, para muitos, é paralisante, e para o qual parece não haver alternativa. Áreas de sombra da presença do Estado são iluminadas por pessoas que acreditam na inclusão por meio da ciência como bem comum.
É um Brasil de vidas invisíveis, que a mídia corporativa não mostra.
EPISÓDIO GRAVADO ORIGINALMENTE EM 29/06/2020
Em sua pesquisa de doutoramento, Adela Parra Romero olhou para um ecossistema montanhoso muito importante para a disponibilidade hídrica na Colômbia: o Páramo. O Páramo ocorre entre 3.000 e 5.000 metros de altitude, em regiões intertropicais. Na América do Sul, os Páramos estão presentes na Venezuela, na Colômbia, no Peru e no Equador.
O que motivou Adela a estudar o Páramo de Santurbán foi o conflito socioambiental envolvendo a atividade tradicional de extração mineral e seu impacto sobre o manancial, que abastece milhares de pessoas naquela região. Confira como os conflitos tornam-se instância de produção de conhecimentos que são usados como ferramenta de combate coletivo.
O antropólogo Gil Lourenção estudou, no seu pós-doc, pessoas que imprimem suas próteses em casa, entre tantas novas formas de lidar com a medicina nas atuais fronteiras impostas pelo capitalismo mundial. Conheça a ciência ciborgue.
A proposta do podcast Em Tese é falar sobre ciência.
Em tese, para falar de ciência é preciso ouvir cientistas. Mas em que ponto a vida dá vida a cientistas?
O entendimento sobre como o conhecimento científico pode mudar nossa realidade e melhorar nossa sociedade só pode ser alcançado por quem tem a ciência por perto, somada à sua vida.
O primeiro roteiro desse episódio nasceu da ideia de ouvir como estão passando os futuros cientistas brasileiros. A melhor forma de pensar o futuro é trazer o futuro para conversar. Isso significa dar voz à geração que inicia sua caminhada. Pois bem.
O rascunho do meu roteiro estava pronto, e comecei a colocá-lo em teste, para ver como seria sua aderência.
As primeiras pessoas com quem falei, paulistanas e paulistas, me deram a impressão de que eu estava no caminho certo. A incerteza que nos cerca a todos tem um efeito específico (diferente/intrigante) na mente dos jovens que se preparam para o ENEM e para aqueles que iniciam suas carreiras universitárias, o primeiro degrau no desenvolvimento de novos cientistas.
Aí veio o segundo passo em meu roteiro: eu precisava ver como os jovens de outros Estados pensavam. Mas isso precisava ser feito não nos campus da USP ou da UNICAMP, mas no local onde esses jovens vivem. Olhei para a bússola e ela me deu o Norte. Obviamente, se eu quero entender como os jovens que buscam a Universidade estão pensando agora, mirando o futuro de uma ciência genuinamente brasileira, eu preciso ouvir as pessoas que mais lutam para conseguir um espaço: os jovens nordestinos e os jovens nortistas.
Assim como Marco Polo descreve suas cidades invisíveis na obra de Ítalo Calvino, tracei uma rota que supostamente me levaria a arquiteturas de pessoas / que retrata3riam obstáculos motivados pela ausência de um Brasil retalhado. Pensava em ilhas de vida, cercadas por adversidades, e cada qual com suas tempestades e fissuras. Buscava retratar e dar voz a um povo sofrido, que requer urgente atenção.
Encontrei esperança. Encontrei seres humanos que amparam e se deixam amparar, e juntos criam seus próprios caminhos.
EPISÓDIO GRAVADO ORIGINALMENTE EM 17/06/2020