Sendo a família a organização natural que mais profundamente se relaciona com cada pessoa, torna-se razão suficiente para que os pais se prepararem com entusiasmo e sentido profissional, a fim de oferecer uma educação integral que envolva não apenas a educação da inteligência, mas também a da vontade e da afetividade.
O bem mais escasso do nosso dia já não é o tempo, que continua com 24 horas, mas a atenção, comprometida hoje pela baixa capacidade de filtrar as informações e fixar-se no que é mais relevante.
A confiança nos pais é ingrediente fundamental para que os filhos tenham alta autoestima e sejam obedientes e se deixem educar: se confiam nos pais, tornam próprias as indicações que deles recebem, pois sabem que estão escolhendo o melhor. Obediência e confiança se exigem mutualmente, e onde não há confiança, a obediência se torna fria, externa, protocolar ou para evitar castigos.
Todos somos sensíveis ao tema da liberdade, pois sentir-se livre é fundamental para buscar a autorrealização. Qual é a concepção que se tem da liberdade? O consumismo atual associa a liberdade ao status económico: quem tem dinheiro pode satisfazer todos os seus desejos! Será que viver para juntar muito dinheiro é a melhor maneira de empregar a liberdade?
Prudência é virtude necessária para quem quer acertar na vida, pois ajuda a decidir sobre a melhor maneira de atuar em cada momento.
Os adolescentes quando aprendem a estudar ganham gosto por esta atividade e crescem em virtudes como fortaleza, ordem, espírito de serviço, sentido de responsabilidade, capacidade de compreensão, domínio do temperamento.
Para ter filhos rijos e não molengões é preciso não perder tempo no processo da educação comportamental, que deve começar na pré-infância (0 a 6 anos), e ter continuidade na infância, adolescência e juventude.
A influência dos sentimentos e emoções sobre o comportamento cresce enormemente, principalmente entre os jovens, o que torna necessária a formação da afetividade para se ter um agir equilibrado que facilite tomar decisões acertadas.
A capacidade de distinguir entre as ações ou realidades mais e ou menos importantes é condição para o desenvolvimento próprio e dos filhos. Isso porque há valores estáveis, objetivos, que não dependem de estados de ânimo ou da opinião pessoal, pois a verdade é uma adequação da inteligência com a realidade externa.
Que valores ou princípios regem a minha vida? Sendo guia ou referência para o agir humano, enganar-se na escolha de um valor poderá ser fatal, pois construir a vida sobre o erro é caminho para o fracasso.
Saber dizer não à criança é uma atitude que os pais devem enfrentar para ajudá-la a fortalecer o caráter ao ter autocontrole, capacidade de dominar os sentimentos quando algo não ocorre como desejado, ter paciência para esperar…
Ajudar a criança a ser a verdadeira protagonista de suas ações a fará desenvolver uma personalidade rica. Para isso, ela deverá agir por motivo ou estímulo interno, e não externo.