
Vanessa Matarazo e Rafael Castiajo apresentam excertos de uma obra que examina a origem e o valor dos conceitos morais, como "bom" e "mau", e a consciência de culpa. Friedrich Wilhelm Nietzsche propõe uma genealogia da moral que contrasta a moralidade aristocrática ("bom" como nobre e poderoso) com a moralidade escrava, que se origina do ressentimento dos fracos e impotentes. Argumenta-se que conceitos como "culpa" derivam de noções materiais de "dívida" e que o ideal ascético, promovido por sacerdotes e filósofos, representa uma vontade que se volta contra a vida, funcionando como um mecanismo de cura e proteção para a vida que degenera. O autor critica as interpretações modernas e teológicas da moralidade e sugere que a ciência, com sua vontade de verdade, é na verdade uma aliada inconsciente desse ideal ascético, sendo o niilismo a sua catástrofe final. Ele afirma que a moralidade do costume, que valorizava a crueldade e a dureza, foi seguida pela moralidade da compaixão, que representa um enfraquecimento da humanidade.